Amuleto Da Sorte escrita por Luísa Rios


Capítulo 9
Treinamento


Notas iniciais do capítulo

Poxa meus amores, foi só eu agradecer que vocês pararam de mandar uai kkkkk Mentira, as lindas que mandaram review muito obrigada, eu adoro ler a opinião de vocês. É sério to muito inspirada pra escrever porque quero chegar logo na arena. Então está aí mais um capítulo com uma surpresinha estética pra vocês, espero que gostem!



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Levantei-me da cama e decidi ir para a sala, talvez tenha alguma reprise dos jogos guardadas nos no armário com alguns DVDs, ou talvez eu pudesse ver o desfile de novo, para realmente prestar atenção nos tributos e quais dele – além dos idiotas do doze – receberam mais atenção e euforias do público. Mas quando cheguei na sala, vi algo – alguém, melhor dizendo – que eu não esperava e nem queria ver.

–Não consegue dormir, pequena? – ele se levanta em vem em minha direção. Engraçado como ele age como se não tivesse destruído a sala no dia anterior – que a propósito foi arrumada de um jeito incrivelmente rápido. Assim que ele tenta me dar um beijo em recuo e ele estranha. – O que aconteceu?

–Só acho que não devemos ficar juntos aqui. – eu disse friamente. Embora lá no fundo, bem no fundo mesmo, eu pude sentir uma pontada de dor. A dor da perda. A perda do que na verdade, não pude realmente ter.

–É pelo que Jonh disse? Ah Clove, faça-me o fa...

–Não é por isso. Só estive pensando e acho que isso pode fazer mal. – pela cara de desentendido e desinteressado que Cato fez pude ver que esse motivo era considerado banal por ele.

–Vem cá, vem, minha pequena. – isso não faria efeito. Para salva-lo – e até a mim mesma – de uma dor maior, decidi mentir.

–Não, Cato. É que... – eu sou uma perfeita mentirosa, por isso, completei com a maior mentira que pude dizer em toda a vida – Eu não gosto de você, não desse jeito. – seu rosto se desfez do sorriso para uma feição confusa.

–Mas e sobre o trem, sobre ontem e antes disso? Se for pelo o que eu fiz ontem me...

–Cato, não é isso. Tente entender. Eu não gosto de você desse jeito.

–Mas e os beijos? Clove, eu senti. – me senti realmente mal. Cato sempre fora assim comigo, na verdade. Só comigo, ele era mais... Sentimental talvez. Menos brutal.

–Não foi real, Cato. – tentei pensar numa maneira rápida de escapar, a única era dolorosa – Foi uma forma na qual tentei fugir do que me acontecia. Se te passei a impressão errada, peço-lhe minhas desculpas. – dito isso, não consegui mais olhar em seus olhos, voltei pra meu quarto me limitando a um gemido de dor interna. Eu queria muito chorar, minha garganta flamejava. Mas eu deveria provar a mim mesma que eu era forte.

Eu fui ao banheiro e joguei – mais forte do que eu deveria – água em meu rosto. Ele estava corado de prender o choro, mas me convenci – ou pelo menos tentei – de que era apenas a falta de sono. Tentei voltar a dormir, mas o máximo que consegui foi pensar ainda mais no que eu acabara de fazer. As horas passavam arrastadas enquanto a frase “Mas e os beijos? Eu senti” saía da boca de um Cato confuso. Eu não parava de imaginá-lo dizendo isso. A cada momento que se passava eu me sentia pior. Quando finalmente, depois de tanta angústia, deram oito horas e decidi levantar.

Saí da cama e troquei de roupa. As roupas do treinamento já estavam no meu armário, preparadas. Uma calça preta e uma blusa de mesma cor. Fiz uma trança tão bem apertada que nem um fio cairia em meu rosto. Coloquei as botas que estavam perto da roupa, também pretas e ótimas para correr. Se bem que eu não precisaria correr no treinamento. Na verdade não sei o que me espera.

Fui pra sala, com um pouco de medo do olhar que Cato provavelmente me lançaria, mas quando cheguei apenas Aria, Tory e Rick estavam lá.

–Acordou cedo, Clove. O treino é só as dez. – Aria disse. Não acredito nisso, parece que eles não querem responsabilidade dos tributos. Eles deviam nos obrigar a acordar cedo. Mas na verdade não era só por isso que eu queria ir agora, eu estava muito, muito entusiasmada com as armas que eles nos dariam lá. Eu não queria esperar. La viu minha expressão ruim – Mas talvez eles tenham liberado as armas, quero dizer, os orientadores não estão lá, mas o material sim. Você pode ir. – ela falou, parecendo um pouco indecisa. Mas afinal, o que de ruim poderia acontecer? O máximo que eu faria seria ver a porta trancada e teria de voltar para meu andar.

Não falei mais nada com ninguém, apenas abri a porta que dava direto pra um elevador fechado. Assim que ele se abriu eu entrei e apertei o botão logo abaixo do térreo, (onde nós saímos para o desfile) que no lugar onde nos outros estava escrito “1, 2, 3” e assim por diante, estava a escrita “C.T.” Essas inicias estavam sempre gigantescas no enorme prédio no meu distrito, tal qual eu sempre frequentei. Significavam Centro de Treinamento.

Assim que cheguei lá em baixo havia uma porta enorme bem a frente do elevador. A única porta a minha vista. Pelo jeito o lugar era bem grande, como esperado. A maçaneta não era de virar, eu só precisava empurrar. E para minha surpresa e alívio, estava aberta. Entrei e me vi dentro de um enorme pátio, com várias seções diferentes. Muitos tipos de armas, tais quais apenas os mais avançados – como eu e Cato – poderíamos usar lá no C.T. de nosso distrito. Também havia uns lugares para treinar pular de um para o outro, sei lá, como muros meio separados, era legal também. E tinha também vários tipos de tecnologia pra testar atenção, inteligência e essas coisas “menos corpo, mais cabeça”. Havia mais duas portas de ambos os lados das paredes, para mais opções de armas e treinamentos. Admirando aquele lugar vi uma estação com alvos em forma humana, exatamente iguais aos de meu distrito, perto dele havia uma mesinha com mais de cem facas. Mais de cem facas, mais de cem facas. Eu quero ficar aqui pra sempre. Haviam várias, de todas as formas, desde as retinhas até as mais encurvadas, de todos os tamanhos, desde o tamanho de meu dedo mindinho até o de meu antebraço. Que paraíso. Fui direto pra lá.

No caminho observei a estação das lanças, das espadas, – Cato adoraria essa, mas não vou pensar nele – dos arcos e flechas, do arremesso de pesos, de machados, e na última antes da sessão das facas uma garota estava saindo de trás de um alvo maior. Um alvo de dardos. - os alvos de dardos sempre foram pequenos, mas recentemente eles aumentaram e fizeram de forma humana, daí os círculos menores que marcavam os “pontos” ficavam na cabeça, no calcanhar e na coxa, e claro, no coração, para ser usado como arma - Era Glimmer, a garota do um. Ela se aproximou de mim.

–Clove não é? Do distrito dois? – ela falou com certeza.

–Sim, e você é Glimmer. Do um.

–É, - ela sorriu – pensou em alianças, Clove? – muito direta. Que bom.

–Claro que pensei. Discuti sobre isso com meu mentor e parceiro de distrito.

–Cato né? – concordei com a cabeça – Sei. Bom, eu e Marvel, meu companheiro de distrito, estávamos pensando em vocês, é claro.

–E nós em vocês.

–Que ótimo, então já está formado.

–Esteja certa disso. – puxei um sorriso. Na verdade não fui muito com a cara da loira de olhos verdes, mas era tipo como uma “lei” pelo menos um grupo de quatro carreiristas tinha que se juntar.

–Você pensou em mais alguém? – ela perguntou.

–Na verdade, sim. – ela esperou, mas não continuei, então ela disse:

–Bom, - ela dizia “bom” mexendo no cabelo – eu pensei em não nos juntarmos ao garoto do quatro, apenas à garota. E talvez nos garotos do onze e do doze.

–Esqueça o garoto do doze. – lembrei-me do ataque de raiva de Cato – Meu parceiro não vai gostar, mas quanto aos outros dois, acho, ou melhor, achamos ótimas alternativas.

–Bom, - ela disse de novo. Isso já estava começando a me irritar – acho que você e meu parceiro de distrito precisam se conhecer. Não é?

–Claro. Ele já vem?

–Ele já está aqui. – olhei em volta, tinha um pátio enorme rodeado por quatro paredes, e só eu e Glimmer estávamos lá. Mas também tinhas as portas, antes que eu pudesse falar ela confirmou – Atrás daquele arco tem mais coisas. É enorme aqui, nem se compara com o C.T. do um.

–Ah sim. Vá chama-lo então. – ela sorriu meio irônica, como se dizendo “Já está mandando em mim?”, mas foi mesmo assim.

Menos de um minuto dela ter saído pelo portão, ela já voltava com um garoto a acompanhando. Ele parecia mais alto – e feio – no televisor. Eles se aproximaram.

–Clove. Prazer, Marvel. – ele estendeu a mão pra mim.

–Prazer. – eu disse, o cumprimentando.

–Eu acho que devemos partir para os negócios não é mesmo? – ele falou sério, mas rindo. Sei lá, ele fez a piada, mas tinha um fundo de seriedade. E os “negócios” q ele dizia, eram obviamente as nossas capacidades.

–Bom, - quero dar um murro nela, agora – é melhor esperarmos seu parceiro de distrito não é, Clove?

–Certamente.

–Não esperem mais. – Cato disse aparecendo pelo portão a alguns metros de nós. – O que vocês sabem fazer? – agora ele já estava quase ao nosso lado.

–Eu sou excepcional com lanças. – Marvel falou – Mas sei usar com perfeição as adagas e os machados menores. A única arma grande que me dou bem são lanças, e sou invencível nelas.

–Muito bom, é assim que eu quero. Nada de se rebaixar, pois precisamos saber o que vocês fazem. – eu falei.

–Bom, - um dia desses eu ainda mato essa piranha. Ela falou esse “bom” idiota dela enrolando uma mexa de cabelo pra cima do Cato. Oferecida, mas isso não é ciúme, é pena dela. Otária. – eu sou ótima com dardos. De qualquer tipo, venenosos, explosivos, ácidos. Tudo.

–Só isso? – falei. Ela fez cara ruim.

–Dardos são difíceis. – eu ri.

–Não, não é isso. – eu disse extremamente irônica – É só que não costumam ter dardos na arena.

–Eu sou boa com arco-e-flechas e também. – ela não me pareceu convincente. – E você? – ela falou num tom mais alto.

–Todos os tipos de arma, mas eu prefiro as menores. – Glimmer riu.

–Obviamente. – continuou rindo. Ela estava “zoando” da minha estatura. Idiota. Eu já estava levantando o punho pra ela quando Cato segurou meu braço, fazendo uma cara de advertência. Deixei quieto.

–Me deixe terminar, garota. – ela fechou a cara – Eu prefiro as menores, mas sei me virar com as grandes. Sou melhor em facas, naturalmente, e uso também adagas, dardos, – Glimmer soltou uma risada, eu fiz uma cara ruim e ela tentou conter teatralmente - punhais, martelos também, machados menores, - tentei pensar e me lembrei de um que gosto muito – soco inglês, ah como eu amo o soco inglês. – falei tão entretida que quando voltei a prestar atenção Glimmer e Marvel me olhavam meio assustados. – Eu treino a muito tempo, sabem?

–Ai que bom né Clove? – Glimmer disse irônica, pronunciando meu nome de forma estranha e enojada – Bom, - ela disse mexendo no cabelo de novo e indo para cima de Cato. Garota ridícula – e você, gato? – GATO? GATO? GATO? Só não dei um soco naquela loira oxigenada porque não pode matar os tributos antes da arena. Mas me aguarde Glimmer piranha.

–É Cato. – não me contive, eu falei mesmo. Ele soltou uma risadinha, merda, ele vai achar que eu ainda gosto dele. Ah não, como vou consertar isso? Não pensei em nada, então só me calei, fingindo que não tinha dito nada.

–Eu sou o melhor de Panem em qualquer arma grande que me derem. – ele disse confiante, pior que era verdade – Espada, lança, machado, foice, sei usar clavas também, alabarda e obviamente, sou ótimo com escudos, tanto atacando quanto defendendo. – acredite, até com um escudo Cato sabe matar pessoas. Já eu sou meio pequena pra um escudo de tamanho normal, mas consigo me virar bem, como em tudo que faço - Mas eu prefiro espadas, pois me deixam chegar mais perto e poder usar a força, pois sou ótimo em luta corpo-a-corpo.

–Muito bom então. Todos nós somos bem úteis. – disse Marvel.

–Bom, meninos, eu e Clove estávamos falando sobre as outras pessoas para somar a nossa aliança. Pensamos na garota do quatro e no garoto do onze.

–Ótimo. – disse Cato.

–Concordo. – Marvel falou.

–Acho melhor treinarmos não é? – falei.

–É, quando eles chegarem nós falamos com eles. – Marvel disse.

–Não. Nós só pensamos neles. Se forem realmente bons, na hora do almoço nós o comunicamos da aliança. Temos que observar. – conclui.

Assim que disse isso nós nos separamos. Cato foi mostrar sua habilidade nas espadas, eu fui para a estação de facas, Glimmer continuou nos dardos – ela era boa, até – e Marvel não voltou para a outra sala, ele ficou nas lanças. Era excepcional. Não errava nenhuma.

Logo os outros tributos chegaram – os últimos, os do doze, se vestiam com a mesma roupa. Idiotas – e uma moça nos identificou pregando os números de nossos distritos nas camisas. Logo uma outra, de nome Atala nos manda prestar atenção, e acaba se formando um círculo. Ela explica o cronograma – que eu já conheço, pois é praticamente o mesmo do meu distrito – e diz também que não podemos lutar contra outros tributos, apenas contra os assistentes.

Assim que ele termina, eu me mostro muito nas áreas de armamentos, – muitas pessoas olham e ficam com medo, é assim que eu gosto – mas depois parto para as sessões de sobrevivência.

Na verdade não há muito o que treinar, afinal, eu treino desde criança, mas acho que posso dizer que melhorei um pouco meu raciocínio naquele treinamento para atenção. Tudo correu bem nesse treinamento. Eu observei a garota do quatro e o garoto do onze, mas na hora do almoço apenas Tara – a garota do quatro – quis se juntar a nós, ou seja, nada de garoto do onze. Mas isso não me chateou muito. Eu voltei quebrada para nosso andar.




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Notas finais do capítulo

Gostaram da imagem? Eu amei kkkkkkkkkk Achei no tumblr com qualidade ótima, mas acabou ficando meio assim, vou começar a pôr imagens nos caps :) Bom, espero que gostem (e comentem) 1bjo p vcs q tbm odeiam a Glimmeranha uhuuuuuuul! /alguém me mata. Espero q vcs gostem de caps grandinhos tbm