Full Metal Alchemist: Family escrita por kagomechan


Capítulo 14
Novamente se encontrando com a verdade


Notas iniciais do capítulo

Eu não esqueci de vocês o/ aqui estou eu de volta com mais um capítulo ^^
espero que gostem e novamente desculpe a demora. comentem o que acharam desse capítulo e sobre o que esperam do proximo onegai.



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Ed não sabia onde estava. Sentia o chão sob suas costas, não ouvia nada e não sentia nada além do chão. Abriu os olhos lentamente, a visão meio embaçada foi aos poucos se ajustando e Edward ficou de olhos arregalados com o que viu. Não estava mais na sala onde havia desmaiado, estava num espaço totalmente branco que não dava para distinguir se tinha teto ou paredes, nem ao menos se tinha fim. Ele não estava sozinho, várias pessoas estavam lá. Transparentes, quietos e de expressões tristes ou até serenas, as figuras olhavam Ed calmamente. Pareciam fantasmas. Aqueles fantasmas eram dos mais diferentes tipos, mas a maioria eram senhores de aproximadamente 50 anos e Ed pode distinguir que alguns pareciam ser de Xing pelas características e pelas vestes.
- Q-Que... Onde estou? - perguntou Ed.
Nenhum deles respondeu, continuaram o olhando enquanto o loiro se levantava. Até que de repente, Ed escutou uma voz que imaginou que nunca mais fosse ouvir vindo das costas dele e isso, mais do que os fantasmas, o surpreendeu totalmente, mas graças à voz conseguiu deduzir onde provavelmente estava.
- Yo! - disse a voz - Faz tempo que não nos vemos não é Alquimista?
- Você... - disse Ed se virando para o ser - Verdade.
- Ora Ora Ora! Vejo que ainda lembra-se de mim. Não veio pegar sua perna de volta não né?
- Realmente não vim com essa intenção. Nem vou perguntar onde estou porque tenho uma ideia mas quem são essas pessoas?
- Não faz a mínima ideia alquimista?
- Eles... São as pessoas de quem Nicolau roubou a alquimia?
- Resposta correta!! - disse Verdade levantando os braços animadamente mas logo assumindo um tom mais sério - mas tem outra pergunta que quer fazer não é? Pergunte. Sei que está se coçando para saber.
- Se sabe por que não vai logo respondendo?
- Porque assim não tem graça.
- Desembuche logo como você reapareceu!! Pelo o que me lembro você havia sumido quando usei minha porta da verdade como troca equivalente pra trazer a alma do Al de volta.
- Eu realmente desapareci naquele momento em que você pegou seu irmãozinho de volta. Estou aqui no momento bem fracamente usando o poder destes que estão nos rodeando, usando a energia deles, a alquimia deles. Eles não se incomodam, acham até melhor desse modo pois fiz um trato com eles, uma troca equivalente.
- E qual seria essa?
- Eles não gostam de ter que ceder a alquimia deles pra esse carinha que se finge de alquimista... Afinal vocês humanos querem sentir que suas habilidades são uteis para o lado ao qual apoiam. Agora eles são meros espíritos que ficam a ver as atrocidades que aquele que os usa cometia. Achou que ele simplesmente ficava a querer viver mais e mais?
- Pare de enrolar e chegue logo ao ponto.
- Vamos resumir tudo então já que prefere assim. Nós chegamos num acordo de que a energia deles seria usada para reconstruir sua porta da verdade e em troca, além de eles poderem finalmente descansar, você usaria a alquimia para fins certos.
- Isso? Assim tão fácil?
- Não falei que ia ser fácil, alquimista. Aceita ou não?
Ed parou um momento pra refletir e encarou os rostos dos alquimistas que tiveram sua alquimia roubada que estavam o encarando. Era verdade que usou sua porta da verdade para trazer Alphonse de volta sem arrependimentos e mesmo que sentisse falta de sua alquimia, tomaria a mesma decisão novamente se fosse para salvar o irmão. Aquela chance de recuperar a alquimia era bem atrativa mas usar a alquimia daquelas pessoas não seria o mesmo princípio da pedra filosofal? Começou a se perguntar se não estaria usando vidas humanas para isso e isso seria totalmente contra os princípios dele mesmo que eles tivessem pedido por isso.
- Seus corpos já se foram - disse Verdade como se lesse a mente de Ed - suas almas estão presas pois tem que alimentar o corpo do homem para mantê-lo jovem. A energia deles próprios os prendem aqui. Uma vez que essa energia for usada para reconstruir a porta da verdade e conecta-la ao seu corpo, eles poderão seguir.
- Não tem nenhum planozinho seu por trás disso não né?
- Porque teria? Se sua porta voltar a existir eu também voltarei. Viver no nada é entediante e eu não gosto de tédio.
- Tudo bem... Faça. Mas fique avisado - disse Ed encarando o ser branco com extrema seriedade - se tentar fazer alguma coisa que me ferre ou a qualquer pessoa, não hesitarei em sumir com a porta de novo.
Verdade abriu um sorriso um tanto sádico dando uma pequena risada.
- Me lembrarei disso alquimista.
Do chão entre Edward e Verdade começou a abrir um pequeno buraco negro que ia lentamente aumentando. Todos, Ed e os fantasmas, caíram no buraco mas Verdade ficou olhando a cena flutuando do alto mantendo o seu enorme sorriso. Ed teve um mero segundo para o olhar com raiva quando dezenas de mãos negras o agarraram com uma velocidade impressionante e um olho vermelho se abria no fundo do buraco. Esse olho, ia sugando os fantasmas para dentro de sua pupila. Logo Ed não conseguia mais ver o Verdade, estava completamente no escuro. Tudo foi muito rápido, foi como da vez que tentou ressuscitar a mãe mas um pouco diferente. Dezenas de imagens saiam da pupila do olho em uma velocidade impressionante, eram cenas da vida dessas pessoas.
Edward gritava, seu corpo parecia estar em chamas, sua cabeça parecia que ia explodir. Cada centímetro de seu corpo sentia uma dor tremenda mas nada superava a dor de sua cabeça. A dor era bem mais forte e intensa do que quando viu a verdade pela primeira vez. O corpo se contorcia mas as mãos negras que ainda o seguravam o impediam de se contorcer direito. A dor ia piorando cada vez mais, além das dores que já tinham antes, agora também parecia que várias enormes agulhas eram enfiadas no corpo de Ed.
As imagens continuavam a passar até que foram diminuindo lentamente apesar de a dor persistir. As mãos negras soltaram Ed e ele começou a cair e cair até que caiu com um baque no chão branco e em cima dele uma porta se fechou guardando o olho com íris vermelha e as mãos negras. A dor continuava e Ed ainda gritava de dor se contorcendo.
- Não se preocupe - disse a Verdade - logo acabará.
Ed não sabia quanto tempo se passou, parecia que foram horas até que a dor diminuiu o suficiente para que ele pudesse parar de se contorcer e pudesse então se levantar. Ainda com uma leve expressão de dor, ele olhou para cima vendo a sua nova porta da verdade que agora ficava onde deveria ser o teto. Era bem maior que a anterior e adornada com símbolos complicados e diversos e escrituras em diversas línguas, talvez a língua daqueles alquimistas.
- Essa é sua nova porta. - disse a Verdade
- Isso eu percebi.
- Verá que não foi só a alquimia que ganhou de volta, ganhou também um presentinho a mais.
- E o que seria?
- Terá que descobrir... Agora provavelmente não vai notar muita coisa pois sua cabeça deve estar latejante. Mas esse presente reforçará ainda mais aquilo do que o chamam desde que você entrou para o exército com 12 anos não é? Alquimista prodígio.
Do nada, como se simplesmente alguém tivesse apertado o botão de desligar a luz do lugar, tudo ficou negro e quando Ed abriu os olhos novamente, estava no chão da sala de Nicolau.


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Notas finais do capítulo

comentem o que acharam desse capítulo e sobre o que esperam do proximo onegai.



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