Amor Doce: Nova Vida (Em Revisão) escrita por Lyes


Capítulo 2
Capítulo 2 - Ruivos...


Notas iniciais do capítulo

Quantos anos...Estou de volta e melhor, espero que gostem.
"Olá mais uma vez! Passei por aqui novamente! Alterando, alterando!



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Resolvi sair um pouco. Aquela casa enorme e vazia estava me deprimindo. Um pouco mais e eu entraria de verdade em depressão. Ela era tão grande que andei de skate, patins e bicicleta dentro. Não é exagero, mas juro que ainda tinha lugares que não conhecia.

Onde está minha tia? Deve estar com o "amor da vida" dela. Posso estar parecendo egoísta, mas antes minha tia era bem diferente (traduzindo: Amor é uma doença. E o pior, é contagiosa, só se cura com o casamento).

Falando em casamento, por que diabos o padre fica tagarelando tanto? No casamento de uma amiga da minha mãe, o padre disse: Até que a morte os separe. Mas tudo separa, menos a morte. Deveria mudar para: Até que a outra pessoa os separe. Isso é bem mais provável acontecer ou: Até que o divórcio os separe. Um ano depois, essa mesma amiga contou para ela que o amor deles acabou e não estava mais dando certo, no fim eles se separaram. Viram, amor é mesmo uma doença que só se cura com o casamento.

Pense bem, se o padre dissesse "até que a outra pessoa, problemas pessoais ou a incompatibilidade os separe", ia evitar muitas separações. Os noivos iam estar cientes que podiam ser traídos, esquecidos, largados ou coisa assim a qualquer momento. Esses pensamentos foram úteis até o ponto que mi fizeram chegar a uma conclusão: A vida não é fácil.

E com isso, chego a mais uma conclusão: Sou pessimista. 

Não vou ser boazinha e dizer que sou realista, estou vendo tudo pelo lado negativo porque estou 0,0% animada para viver nessa cidade.

Tranquei a casa e saí. Pulava e dançava pelas ruas seguindo o ritmo, sem rumo e sem olhar para onde estava indo. Como eu voltaria pra casa? É, também não sei.

 Sentei-me em um banco numa praça até "simpática". Crianças gritando e dando trabalho para os pais, comprando sorvete à rodo... Tão inocentes, tão felizes, sem saber que quando você cresce a vida fica uma porcaria.

É Cat, tem uma aura negra do tamanho de um elefante te rondando. Vamos lá, pensamentos positivos, pensamentos positivos... Coelhos, felicidade, chocolate, garotos sem camisa.... Estava quase conseguindo.

Então, alguém me cutucou e resolveu acabar com a minha paz.

— Saia do meu banco. — Um ruivo tingido brotou do chão. Tirei meus fones, mas só para acabar com isso mais rápido.

— Não. 

Coloquei o fone de ouvido de volta.

— Já disse para você sair — resmungou.

— E eu já disse que não.

— Sai logo.

— Vai chorar?

— Você não me ouve? Já mandei você sair.

— Eu ouvi. Só não quero sair. Seria tão ruim assim sentar do meu lado?

— Talvez não — murmurou e sentou-se ao meu lado, na outra ponta do banco.

— Tchauzinho. — Levantei-me e saí. Não queria que aquilo durasse mais do que o necessário. Minutos da minha vida que não voltam mais, entende?

Saí andando bem depressa, antes que ele xingasse ou perguntasse se eu tinha algum problema. No caminho, comprei um sorvete de casquinha para mim, afinal, sou viciada em sorvete e isso traz paz interior e pensamentos positivos. Mas quando eu estava voltando minutos depois, passando pela mesma praça, uma figura aparentemente conhecida viu que o meu sorvete estava perto da minha barriga e de propósito o empurrou, manchando toda a minha blusa.

Cara, assim não dá pra pensar positivo, nem droga nenhuma que seja boa.

— Que ideia é essa seu idiota? Essa água de salsicha que você usa pra tingir seu cabelo está afetando seu cérebro?

— Nada a ver garota, foi um acidente. — Era o mesmo idiota. Já era de se esperar. — O que vai fazer? Vai chorar?

— E se eu for, é problema seu?

— Cuidado, coisinha. Pode sujar a fralda — disse o Sr. Bravinho.

Se ele achava que estava lidando com uma criança...

— Está com a cabeça quente? Deixe que eu esfrio ela para você. — Jogar o sorvete que restava na minha mão, na cabeça dele, foi a melhor decisão do dia. Foi satisfatório sujar aquele cabelo ruivo totalmente "Fake". Ponto pra mim! Cat arrasa, Cat detona. Jogar sorvete na cabeça desse idiota me fez um bem enorme. Acho que a minha sorte virou. Ainda tenho esperanças em relação à minha vida, acho.

Se as pessoas dessa cidade fossem simpáticas igual a ele, eu iria ser considerada a garota mais amada da cidade. Garoto abusado, se eu me encontrar com ele de novo vou ter que me segurar para não mandá-lo fazer um tour pela UTI (talvez eu contrate alguém na Deep Web, porque aquele cara tinha o dobro (o dobro e setenta e cinco, acho) do meu tamanho).

Porque eu tinha começar assim? Não quero nunca mais olhar para cara daquele estúpido, porque essa mancha horrível nunca mais vai sair. Estou vendo que não adianta rezar, sempre aparece alguma assombração. Agora só falta uma patricinha para me encher a paciência. Não... Por favor, não!

Voltei para casa, lavei minha blusa, tentei não chorar pela morte dela e então, tentei ligar para a Mel. Mas como era de se esperar, ela obviamente não atende.

Mil mensagens depois, nenhuma resposta, cansada de esperar e de me sentir sozinha,  resolvi tocar alguma coisa. Toquei guitarra, bateria, baixo, teclado, piano, saxofone (tudo o que não sabia e tinha enchido o saco para meus pais me darem), já que não tinha nada para fazer. O mais legal foi quando uma vizinha veio reclamar e eu bati a porta na cara dela. Também, os incomodados que... Se retirem. Tenho meus direitos também.

Depois de tudo, tive que encarar a realidade: Amanhã tenho que ir para a escola, conhecer o babaca do namorado da minha tia e enfrentar novos "desafios". Mas antes, vou ver um filme sobre sobrevivência na selva, vai me ajudar muito na nova escola. Encontrarei muitos animais e aposto que muitos são selvagens, ai vida difícil.

Amanhã a Mel não me escapa. Ela vai me pagar por me abandonar nesse inferno sozinha, abandonou a sobrinha querida para ficar com o idiota do namorado sem graça e trouxa . Estou ansiosa para "botar para quebrar" nesse novo colégio, eles vão ver do que Catherin Pandora Montoya Witeveen é capaz de fazer. Me aguarde Sweet Amoris, estou chegando (eu não me acho, só estou sendo positiva).

Catherin (no caso, eu) não é capaz de fazer nada demais, ela só está pensando positivo. Viu? Funciona!


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Notas finais do capítulo

Byee, até o próximo capítulo. xD