Capitulo 29

– Dreaming.

Uma luz bateu em meus olhos me obrigando a remexer na cama para logo de seguida os abrir, rodei meus olhos pela divisão me lembrando que ainda estava no quarto de Henriq, e logo que olhei para o lado encontrei os olhos dele.

–Bom dia.- Henriq sussurou com uma voz levemente arranhada fazendo um sorriso se esboçar no meu rosto.

–Bom dia.- Retribui seu comprimento e Henriq logo me puxou para cima do mesmo.

–Quero meu beijo de bom dia.- Ele pediu manhoso me fazendo rir pelo nariz.

–Você é um chato sabia!?- Resmunguei torcendo o nariz enquanto Henriq formava uma careta engraçada me obrigando a deixar descair a expressão de desdém trocando-a por uma divertida.

–Se não der vou ficar chateado.- Ele resmungou.

Sorri para o mesmo logo juntando nossos labios num beijo simples.

–O que quer fazer hoje?- Henriq perguntou se afastando um pouco de mim e se sentando na cama me dando uma visao de suas costas e um pouco do seu rabo.

Oh Deus. Ele definitivamente queria me tortuar.

–Na verdade eu tenho que ir para casa Henriq...- Disse manhosa, sabendo que esse realmente não era meu desejo.- Minha tia me mata se eu não for para casa antes do almoço. Ela me disse que tinha um assunto sério para falar comigo e tudo mais.- Disse e fitei novamente Henriq já de boxers que me olhava com cara de cachorro abandonado.

–Tem mesmo que ser?- Ele perguntou novamente e eu abanei a cabeça em confirmaçao.- Tudo bem, entao voce ao menos toma o pequeno almoço comigo e depois eu te levo, tudo bem assim?- Ele perguntou e eu assenti com um sorriso recebendo outro de Henriq juntamente com um selinho.- Eu vou avisar Janet para contar com voce. – Henriq disse e eu assenti logo o vendo sair do quarto e fechar a porta atrás de si.

Suspirei olhando em volta e mordi os labios pensando em como eu iria encarar todo mundo quando eles deveriam saber exatamente o que eu estive fazendo na noite passada.

Sacudi aqueles pensamentos de minha cabeça e me levantei deixando o lençol cair a medida que ia saindo da cama. Apanhei toda a minha roupa espalhada pelo chao, deixando meu vestido em cima da cama, e logo, mesmo não querendo e odiando, vesti a mesma calcinha de noite passada seguindo-se do vestido, tendo que me esforçar o bastante para subir o seu fecho.

Me derigi até a casa de banho e pentiei o meu cabelo lavando a minha cara também.

–Mel..- Ouvi a voz de Henriq e murmurei um pequeno “na casa de banho” e logo ele apareceu á porta.- Janet ficou contente de saber que voce está aqui.- Henriq disse em tom de gozo e eu mostrei minha lingua para ele.

–Eu também gosto muito dela.- Disse falando seria.- Err… E agora que eu me lembrei, você não tem nenhuma escova de dentes para mim.. Não me aptece falar com Janet com hálito matinal.- Franzi o cenho enquanto que Henriq riu.

–Então se for Janet faz mal, mas se for eu está tudo bem!?- Ele indagou indignado.

–Err.. sim.- disse seria como se fosse obvio, e Henriq arregalou os olhos não esperando por essa resposta.

–Já que é assim, vai ficar assim mesmo.- Ele disse e logo pegou a pasta de dentes a afastando de mim.

–Henriq me dá isso!- ordenei sería enquanto Henriq parecia achar aquilo divertido.

–Em troca de quê?- ele sorriu marroto e parou a porta da casa de banho, se encostando na mesma.

–Em troca de nada.- Disse seria.- Só quero que me dê a pasta…Porque gosta de mim e me adoraa ver feliz.- Disse meio esperançosa.

A expressão de Henriq suavisou e o seu sorriso descaiu levemente, dando de seguida o lugar a um olhar caloroso.

–Você sabe que eu gosto de você, não sabe?- Ele perguntou serio, me deixando nervosa de repente. Porque raio eu falei essa merda, afinal.- Eu não te magoaria por nada Mel.- Senti suas mãos no meu rosto e fechei os olhos sentindo a sua caricia por instantes.

Desde de quando eu o amo tanto?

Os labios de Henriq roçaram-se levemente pelos meus, abri os olhos.

–Eu te amo.- sussurei olhando nos seus olhos, sem ter coragem para dizer outra coisa.

–Eu também te amo.- Henriq devolveu para mim e logo sorriu de lado, me fazendo derreter.

–Mas agora eu tenho que lavar os dentes.- Sussurei de volta e a expressão de Henriq caiu.

–Tinha que estragar o momento.- ele disse e eu revirei os olhos sorrindo e logo peguei a pasta da sua mão me afastando dele e me posicioando em frente ao lavatorio.

–Vou descer, quando estiver pronta vai ter a cozinha.- Ele disse e eu assenti logo o vendo desaparecer pela porta.

Escovei os dentes com a escova de Henriq mesmo e logo de seguida penteei o meu cabelo pegando no meu gancho de ontem para o prender. Me olhei no espelho mais uma vez e sorri.

Eu parecia tão diferente de dias atrás. Tudo passou tão depressa.

Me olhei de cima a baixo, tentando ver se algo fisicamente tinha mudado, mas acho que não. Pelos vistos perder a virgindade não muda as pessoas.

Corei.

Só espero que ninguém lá em baixo comente.

Respirei fundo e saí da casa de banho, passando pelo quarto de Henriq e indo em direcção ao corredor da sua casa. Abri a porta e respirei fundo mais uma vez saindo do quarto. Olhei para os dois lados na esperança de que ninguém aparece-se e senti um pequeno alivio por completar que ninguém estava aqui em cima.

Desci as escadas calmamente, desejando estar com uma roupa mais confortavel do que o meu vestido do baile.

A sala estava vazia.

Ouvi um riso abafado, e percebi que era Mary rindo na cozinha. Parei na porta da cozinha fazendo todos os olhares irem na minha direcção. Corei.

–Bom dia.- Lucas foi o primeiro a falar, me mandando um olhar malicioso, enquanto eu novamente quis por um saco na minha cabeça.

–Dormiu bem menina?- Janet perguntou sorrindo e Mary riu. Desviei o olhar para Henriq que parecia conter um riso.

–Sim, obrigada.- Respondi, num sussuro.

–Vai comer?- Janet perguntou. Assenti levemente.

–Vem sentar-te.- Mary me chamou e eu me sentei do lado dela.

–Então o que achou Mel?- Lucas se pronunciou mais uma vez com um sorriso perverso.

–Achei de?- O incentivei a especificar-se, enquanto Janet metia o meu prato em cima da mesa.

–Quer que diga? Aqui?- ele perguntou enquanto o seu sorriso se alargava.

–Não sei do que se trata.- Tentei não parecer nervosa, enquanto eu tinha a certeza que meu rosto me denuciaria.- Como foi o baile?- Tentei mudar de assunto.

–Legal.- Lucas comentou.- Ah, e Betty disse que precisava de falar com você.- Ele disse.

–Tudo bem, eu depois ligo para ela quando chegar em casa.- Dei uma trinca nas minhas panquecas com chocolate e morangos. Olhei para Henriq e ele me examinava serio me fazendo corar e logo de seguida Henriq sorriu de lado.

Lucas não tentou mais nada para me provocar e o resto do pequeno almoço foi animado. Janet e Henriq implicaram um com o outro mais um pouco, Lucas implicou com Henriq mais um pouco, Henriq implicou com Mary que por sua vez me pedia ajuda para a “salvar”.

Por momentos pensei em como seria ter um irmão. Meus pais de certeza que teriam mais um filho, já que minha mãe ainda era tão nova.

Por mais coisas que eu tenha, eles ainda me fazem tanta falta. Queria poder ir contar tudo a minha mãe, perguntar todas as minhas duvidas e ter aquelas converas que só as mães e filhas têm.

Eu sei que posso fazer o mesmo com a minha tia, mas não é como se fosse o mesmo.

Eu agradeço tudo o que tenho. E não estou infeliz com a vida que tenho, neste momento eu realmente sinto que tenho pessoas de quem eu gosto a minha volta, e aquele peso que eu parecia ter ao inicio desapareceu, ou pelo menos ficou mais leve.

Eu amo Henriq, amo a minha tia e amo minhas amigas.

Mas as vezes me pergunto se minha vida seria isso se meus pais estivessem vivos. Se eu nunca me tivesse mudado para essa cidade. Nunca tivesse conhecido Lilly nem Betty.

Se nunca tivesse conhecido Henriq.

Não, meu peito aperta de pensar na hipotese. Sofri tanto para conseguir estar com Henriq e mesmo assim acho que tudo isso vale apena pelo simples facto de eu o poder tocar. Como as coisas ficaram desse jeito?

Henriq parecia ser tudo para mim. Meu coração acelerava só por ele sorrir, meu corpo estremecia ao seu toque e eu me perdia a cada vez que olhava seus olhos.

Desde quando ele era tão importante para mim?

Era como se eu não imaginase a minha vida sem ele, e tudo parecesse desabar se ele não estivesse do meu lado. Eu estaria fazendo a coisa certa em me entregar desse jeito a ele!?

A verdade é que eu já estava tão absorvida nos meus sentimentos que desejava que isto, nós dois, fosse para sempre.

–Mel.- Ouvi a voz de Henriq me fazendo sair dos meus pensamentos e desviar o meu olhar do espelho da casa de banho, para o olhar.

–Hmm.- Murmurei e Henriq veio na minha direção para logo me envolver nos seus braços por trás.

–No que estava pensando?- Ele olhou para mim pelo espelho e eu me virei encarando seu rosto a minha frente.

–No quanto eu gosto de você.- Sussurei e ele sorriu levemente, mas não por muito tempo.

–Eu também gosto muito de você.- ele sussurou de volta com os olhos levemente semicerrados. E de certa forma aquilo foi tão estranho, que meu estomago revirou com medo que fosse algo que o arrancasse de mim.- Gosto muito mesmo.- ele voltou a dizer e sorriu, me fazendo esquecer qualquer preocupação.- E que tal uma despedida antes de eu te deixar em casa?- Henriq sussurou no meu ouvido e logo de seguida beijou meu pescoço, me fazendo estremecer sentindo todo o meu corpo se arrepiar.

–O que você tem em mente?- Afastei o meu pescoço de suas garras e fitei Henriq que me olhou com os olhos brilhantes.

–Algo… Melhor do que ficar só na conversa.- Ele sorriu marroto e eu ergui a sobrancelha percebendo a sua ideia.

Sai rapidamente dos seus braços e andei em direcção ao seu quarto.

–Acho que não Henriq. È mehor levares-me agora.- disse sem olhar para ele, para parecer mais convicente.

–Ah vai Mel… A gente não vai se ver por horas.- ele falou manhoso atrás de mim e me voltou a envolver nos seus braços.

–È isso mesmo, só algumas horas.- Falei e sorri provocadora, mordendo os labios de seguida.

–Está dizendo que não quer?- Henriq perguntou, sério. E por momentos eu quase me senti obrigada a dizer que sim, parecia ser uma obrigação minha, como se eu o deve-se algo.

–Se eu falar não. O que você faz?- Perguntei, curiosa.

–Nada.- Ele deu de ombros.- Não é como se eu fosse te obrigar a fazer coisas que você não queira… Só pensei que tivesse gostado.- Ele falou, manhoso e logo de seguida me soltou se afastando um pouco.

Manipulador.

–Para de ser besta Henriq.- Ri levemente e agarrei seu braço o virando para mim.-Eu gostei.- praticamente sussurei sentindo minhas bochechas queimarem.

Ouvi um pequeno riso da parte de Henriq e olhei para baixo. VER-GO-NHO-SO!

“-Um saco por favor!” Sim, porque eu preciso de esconder minha cara.

–Vai ficar envergonhada sempre que falarmos de sexo?- Ele perguntou puxando meu queixo para cima, enquanto sorria divertido as minhas custas.

–Sim.- Sussurei e voltei a olhar os olhos de Henriq.

–Você fica linda assim.- ele voltou a se pronunciar me deixando ainda mais constragida.

Suas mãos quentes pegaram as minhas, entrelaçando nossos dedos e Henriq se juntou a mim.

–Eu te amo, tanto.- Ele sussurou ainda olhando nos meus olhos. Oh, como eu queria ter certeza de que ficariamos juntos, para sempre.

–Eu te amo, mais. Muito mais.- Sorri para Henriq que sorriu fofo para mim, selando nossos labios calmamente de seguida.

Me perdi nos seus labios, nos seus toques.

Nossos labios se moviam numa sincronia perfeita, enquanto eu sentia uma pequena caricia dos dedos de Henriq nas minhas mãos.

Soltamos nossas mãos e eu levei as minhas para o seu rosto o puxando mais para mim, enquanto que Henriq levou suas mãos até minha cintura, as elaçando.

Suas mãos percorriam meu corpo lateralmente, me arrepiando por onde passavam. Senti suas mãos em minhas pernas nuas, e levemente Henriq começou o puxando para cima, arfei. Suas mãos subiram minha perna esquerda me fazendo encostar mais em seu corpo e meu vestido subir até minha cintura, deixando meu rabo de fora.

Gemi quando Henriq depositou uma palmada no mesmo. Olhei surpresa para ele parando o beijo e deslizando a perna de volta para o chão.

–Eu já queria fazer isso a algum tempo.- ele confessou sorrindo e eu abanei a cabeça negativamente enquanto um certo sorriso se prendeu nos meus labios.

Henriq voltou a colar nossos labios apressadamente, num beijo profundo. Nossas linguas batalhavam ferozes enquanto eu acariciava sua nuca a puxando na minha direcção. Suas mãos passeavem por meu corpo livremente, tentando a todo custo manter nossos corpos juntos.

Suas mãos desceram de minha cintura para minhas pernas me dando impulso para que levasse as mesmas até as suas ancas, as entrelaçando ali. Henriq inverteu a posição e caminhou lentamente até a parede, me encostando na mesma. Prensando seu corpo contra o meu, me fazendo arfar por sentir seu membro já um pouco duro contra mim.

Seus beijos desceram para meu pescoço, deixando mordidelas e chupões pelo mesmo. Meu corpo estremecia a cada toque. As mãos de Henriq foram até minhas costas, me fazendo arquear levemente o corpo, e logo de seguida senti o fecho do meu vestido ser aberto, escorendo até a minha cintura e revelando meus seios.

Corei.

Por mais vezes que eu passa-se por aquilo, parecia sempre mais vergonhoso.

Henriq parou com os beijos no pescoço e logo começou brincando com meus mamilos. Sua lingua passava por volta deles, os enrigecendo, enquanto eu gemia baixinho no seu ouvido.

Senti minha intimidade estremecer e logo de seguida ficar levemente mais húmida. Logo Henriq abocanhou meu seio direito me fazendo delirar. Levei minhas mãos até seu cabelo entrelaçando meus dedos por ali os puxando.

–Menino Henriq…- Ouviu-se do lado de fora do quarto.

Paramos todas as acçoes e eu olhei assustada para Henriq.

–Porra! È a Jannet.- Henriq se pronunciou me deixando completamente em pânico.

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Notas finais.