Outro Conto Da Cinderela Moderna escrita por LuhJackson


Capítulo 14
Alfred... E o quarto da Katie


Notas iniciais do capítulo

Avisos importantes nas notas finais! LEIAM!
Gente... Me desculpem por não ter colocado títlo o último capítulo! Não sei o que houve! Acho que deu algum problema! Mas já consertei!
Enfim... Espero que gostem do capítulo!
E sejam bem-vindos leitores novos e obrigada eplos reviews!
Beijinhos! :D
P.s.: LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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– Não é nenhum parente maluco, é? - Perguntei, levantando uma sobrancelha, me referindo à Peter, o garoto louco que começou a rodá-la no meio do salão!


– O que? - Ela me olhou confusa, mas logo depois entendeu. - O Peter não é meu parente! - Era impressão minha ou ela tinha ficado ofendida? - E... Não, eu não vou te apresentar nenhum parente maluco! Você vai ver... - Ela completou e se dirigiu à uma daquelas portas duplas (no primeiro andar) que existem em restaurantes, as quais levam, normalmente, à cozinha.


Assim que entramos, percebi que estava certa. Mas a cozinha dela era enorme! Tinha um fogão de seis bocas em um lado e um enorme balcão do outro, com uma pia embutida. Na parede dos fundos, havia uma geladeira e um armário enormes. No centro, havia uma mesa, não tão grande, mas bem espaçosa, de seis lugares, onde um senhor (que parecia ter mais de 60 anos!) estava sentado, lendo calmamente o seu jornal. Apesar de ser bem espaçosa e aparentar ter móveis e elétrodomésticos muito caros, a cozinha era bem simples, como muito poucas coisas naquela casa.


Katie se aproximou do senhor e ele a olhou tão carionhosamente que eu até pensei que ele fosse seu avô! Mas então eu lembrei o que a Katie havia me contado, sobre ela nunca ter conhecido o avô e por ter sido criada pelo mordomo. Deduzi então que aquele fosse o tal mordomo que a criara.


– Sr. Lawrance - Ela o chamou. - Quero que você conheça a minha mais nova amiga: Cindy.


– Olá, Sr. Lawrance. - Eu disse, timidamente.


– Ora, aproxime-se jovenzinha! - Ele falou exatamente como o meu avô! Agora eu sei porque a Katie se apegou tanto à ele. - Ah! E não precisa me chamar de Sr. Lawrance! Me chame somente de Alfred. - Então ele olhou para Katie e os dois começaram a rir.


Eu devia estar com uma espressão muito confusa, porque a Katie logo em seguida parou de rir e me explicou:


– Entenda... Quando eu era pequena, uns oito ou nove anos, era completamente viciada em Batman! Tinha vezes que eu colocava uma capa e saia pela casa gritando: "Eu sou a Batgirl!"- Nessa parte até eu comecei a rir!


– Batman? Ou Batgirl... Enfim... Por que Batman/Batgirl? Achei que garotinhas gostassem da Barbie ou quisessem ser princesas! Nunca conheci alguém que me dissesse que queria ser a Batgirl! - Comentei, completamente confusa.


– Não sei... Só sei que eu amava o Batman! Espera um pouco... Você queria ser uma princesa? - Ela levantou uma sobrancelha.


– Não conte a ninguém! - Sussurrei.


– Ok... - Ela revirou os olhos e riu. - Continuando... Um dia eu simplesmente tive a idéia de chamar o Sr. Lawrance de Alfred, porque, você sabe, é o nome do mordomo do Batman... - Ela começou a explicar...


– E eu resolvi apelidá-la de Srta. Wayne. - E o Sr. Lawrance (ou Alfred, né... Vai saber...) terminou.


Repito: se a Katie não tivesse me contado que ela nunca conheceu o avô, eu com certeza pensaria que aquele era o avô dela! Eles até eram um pouco parecidos! O mesmo olhar bondoso, o mesmo sorriso... Eles se passariam fácil, fácil por avô e neta!


– Bom... Acho que nós temos que ir! Ainda tenho muitos lugares da casa para te mostrar! Salão de jogos, sala de tevê, salão de beleza... - Katie começou a falar, mas eu a interrompi.


– Salão de jogos?! Sala de tevê?! E... Salão de beleza?! Vocês tem um salão de beleza aqui dentro?! - Falei, ou melhor, quase gritei, completamente surpresa, mas louca para ir em todos aqueles lugares!


Katie riu e se virou para o Sr. Lawrance:


– Até amanhã, Alfred. - Os dois riram e ele se virou para mim.


– Foi bom te cohecer, Cindy.


– Digo o mesmo, senhor. - Respondi com um sorriso. Ele era um senhor bem simpático!


Quando saímos da cozinha e estávamos subindo novamente as escadas, me lembrei de uma coisa...


– Katie? - Perguntei, ainda andando ao lado de Katie.


– Sim?


– Você ainda não me disse, exatamente, quem é Peter.


– Ah... O Peter... - Ela revirou os olhos. - Ninguém importante.


– Não mesmo? - Levantei uma sobrancelha.


Ela me fitou.


– O que você quer dizer com isso? - Ela perguntou desconfiada.


– Nada... - E continuamos andando, até chegar à porta do quarto da Katie.


Quando ela abriu a porta, eu quase tive um infarto! Era o quarto mais maneiro do mundo! Acha que eu estou exagerando? Pode acreditar, eu NÃO estou exagerando!


Primeiro de tudo: era um quarto de dois andares! Confuso? Eu explico...


Na parte de baixo havia uma janela enorme na parede oposta à porta, que tinha uma linda vista da piscina, e uma televisão que parecia ter umas 60 polegadas na parede esquerda. No centro do cômodo, haviam aguns pufes e almofadas bem grandes, daquelas que se podem sentar em cima. Além disso, no canto da parede esquerda, havia uma escada em espiral que dava para o segundo andar do quarto e, no canto esquerdo, um mini tobogã, que eu dexconfiava que fosse para descer do segundo andar. A parede direita era tomada por uma porta dupla de vidro desfocado (daquelas que, mesmo sendo de vidro, você não consegue ver o que há do outro lado) e adivinha? Um frigobar! Isso só pode ser perseguição!


– Katie...? - A chamei, boquiaberta.


– Sim. - Ela respondeu, se sentando em um pufe.


– Posso? - Perguntei.


Primeiro ela ficou com uma expressão confusa, mas depois entendeu do que eu estava falando...


– Ah, certo... Pode.


– UAU! - Exclamei e a Katie caiu na gargalhada.


– Se você acha isso aqui "uau", tem que ver a parte de cima! - Ela disse e se dirigiu à escada em espiral e eu a segui.


A parte de cima não era tão incrível quanto a parte de baixo, mas não ficava muito atrás!


As paredes do quarto era preta, mas quase não se via a parede em si, pois era revestida de velhos posters de bandas dos anos 70 e 80 numa espécie de montágem que ficava perfeita! Na parede esquerda, havia uma cama com vários travesseiros e cobertores que pareciam ser bem aconchegantes e, ao lado, um criado-mudo com um abajur. Na parede esquerda havia o mesmo conjunto de portas duplas de vidro, exceto que, ao lado delas, no chão, havia um vão circular que deveria ser o tobogã. Na parede da frente, no centro do cômodo, havia uma escrivaninha com um computador e um notebook, ambos de última geração!


– Katie... - Comecei, ainda pasma. - Você mora no mini-apartamento mais maneiro do mundo!


Ela gargalhou, provavelmente porque ela já devia estar tão acostumanda àquilo que já nem achava mais tão maneiro... Mas para mim era o paraíso!


– Bom... Meu pai tenta me compensar às vezes... - Ela admitiu. - Quer ver o closet? - Ela perguntou e eu assenti.


Depois de parte da casa, ou melhor, mansão da Katie, você deve estar pensando: "Nada mais pode te impressionar!". Errado.


Fileiras e mais fileiras das roupas mais variadas! De roupas básicas às mais caras que eu já vi! Passei em frente à uma bolsa que ainda estava com a etiqueta: 10.000 dólares?! Ela era feita de que? Pele de panda? Resolvi não comentar...


Quando eu pensei que tivesse acabado... Me enganei novamento. No fim do closet, havia uma escada em espiral que devia levar à parte inferior do quarto. Descemos e me vi encarando mais roupas. Quando atravessamos o cômodo no sentido oposto ao de antes, saimos na parte inferior do quarto da Katie.


Me toquei de uma coisa... Nós só andamos em círculos! E parecia que tínhamos andado um quilômetro ou mais! Mas não... Não tínhamos nem saído do quarto dela... Ou melhor... Do seu "mini-apartamento".


– Katie... Como você... - Eu não sabia como terminar a frase. "Como você fez um mini-apartamento dentro da sua própria casa?" parecia ser a pergunta mais apropriada, mas algo me dizia que esse não era o ponto mais importante...


– Eu disse... Me pai tenta me compensar às vezes... - Ela respondeu trite.


Foi aí que eu me toquei.


– Seu pai... Você disse que ele não tem tempo para você... Está sempre viajando ou em reuniões. - Ela assentiu. - Então ele tenta, meio que, "te comprar" com todas essas coisas caras, não é mesmo? - Ela suspirou e assentiu novamente.


Comecei a olhar novamente ao redor... Era um quarto grande, luxuoso... Mas vazio. Sem amor.


Lembrei-me de minha mãe e meu pai... Eles eram minha família. Todos os meus outros parentes moram muito longe, alguns até mesmo em outros continentes! Mas meus pais sempre estiveram alí, do meu lado, me dando todo o amor de que eu precisava.


A Katie não tinha isso. Ela tinha um pai que, mesmo morando na mesma casa, era tão distante dela quanto um tio ou tia que mora em outro país. Ela teve uma mãe que a amou muito, mas que morreu muito cedo. Pelo menos ela tinha seu fiel mordomo... Alfred.


E ainda havia o tal Peter... Afinal, quem era aquele garoto?


– Obrigada, Katie.


– De nada. Eu achava mesmo que precisava desabafar com alguém, só que nunca encontrei alguém em que confiasse tanto quanto confio em você.


Sorri e a abracei. Mas então lembrei que ela ainda não tinha contado toda a verdade...


– Quem é Peter? - Perguntei, assim que nos separamos.


– Eu já disse... - Ela começou, mas eu a cortei.


– E não venha me dizer que "não é ninguém importante", porque eu sei que é! - Cruzei os braços, segurando o riso, e me sentei no tapete felpudo, esperando a resposta.


– Ok, você venceu... - Ela foi até o frigobar e pegou duas latinhas de refrigerante. Jogou uma das latinhas para mim e tomou um gole da outra, enquanto se acomodava em um pufe próximo.


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Notas finais do capítulo

Olha gente... Amanhã eu vou para a casa do meu pai, pois no domingo é dia dos pais, e lá não tem como eu postar, por isso eu consegui entrar aqui rapidinho postar esse capítulo! Mas acho que o próximo só vai sai no final de semana que vem (porque esse eu vou estar na casa do meu pai).
Enfim... Resolvi, pelo menos, avisar a vocês!
Beijinhos!! :D