PdV: Kelsey / Durante Tiger's Destiny (n/a: o livro ainda não foi lançado, mas eu quis fazer uma pequena one-shot do que eu quero que aconteça :3)

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Haviam se passado alguns dias desde que eu fora resgatada da prisão de Lokesh por Ren e Kishan, e dois no qual eu havia terminado com o tigre negro. Eu não queria mais ter de aguentar aquela terrível pressão. Eu sabia que não o amava, pelo menos não tanto quanto amava Ren...

Agora nós estávamos em uma praia, nos Estados Unidos. Sr. Kadam dissera que precisávamos de férias, mas Kishan decidiu ficar na Índia. Me senti mal por ele e pensei no quão idiota eu fora, já que apenas ficara com Kishan para tentar esquecer Ren. Eu amava o tigre negro, mas não podia negar meus sentimentos por seu irmão.

Eu tinha certeza de uma coisa: precisava de Ren novamente. Mais do que nunca. Porém uma pontinha em meu cérebro dizia que talvez ele não me aceitasse de volta, mas, antes de eu ser capturada, ele dissera tantas coisas. Nem me importei com a maioria, mas uma delas me prendeu.

Naquela luta antes de eu ser levada para Lokesh, suas palavras me despertaram. Eu te amo, ele dissera. E eu acabei dizendo que também o amava, o quê, obviamente, era verdade. Sempre foi verdade, e naquele momento eu sentia que precisava mais dele do que precisava de oxigênio. Sem Ren, a vida não faria sentido, não teria vontade de permanecer viva.

– Kelsey? - ouvi aquela voz as minhas costas. Olhei para o mar. Estava tarde, a noite já estava chegando. Eu estava sentada na areia, pensando, mas só então percebi que viera para tentar formar um diálogo e não consegui nada. Ren sentou-se ao meu lado. Olhei para ele, que lutava inutilmente contra alguns fios de cabelo caindo sobre seus olhos. Estava mais lindo do que nunca. Como faltava pouco para quebrarmos a maldição, ele poderia estar entusiasmado.

Ren usava uma camiseta azul que combinava perfeitamente com seus olhos, calças jeans escuras e tênis pretos. Seus olhos azuis me fitavam intensamente.

– Kelsey, o que houve entre você e Kishan?

Suspirei. Algum tempo atrás, Ren havia recuperado suas lembranças que tinham relação a mim e nunca aceitou meu romance com Kishan - se é que se pode chamar aquilo de romance.

– Nós terminamos - disse em súbito.

Ren tentou inutilmente disfarçar um sorriso.

– E como você se sente? - perguntou. Mudei de posição, desconfortável.

– Sinceramente, eu não sei.

– Você o amava?

Ren estava me deixando nervosa. Obviamente, queria ter certeza de tudo antes de fazer qualquer coisa. Ciente de que era melhor não mentir, disse:

– Eu gosto muito dele. Mas não assim.

– Então por que ficou com ele todo esse tempo?

Ele parecia ter um diálogo ensaiado em sua mente, como se soubesse as minhas respostas antes mesmo de eu pensar nelas. Vendo que eu não respondia ergueu as sobrancelhas.

– Eu apenas não estava certa de meus sentimentos.

– Queria fazer comparações iguais as que fez com Li?

Respirei fundo. Aquela era a hora. Não dava para adiar mais.

– Não. Não mais. Porque já sei a resposta. Sempre soube, na verdade.

Ren sorriu para mim.

– E qual é?

Engoli em seco. Em meus pensamentos, falar o que sentia era bem mais fácil, mas agora, com Ren ao meu lado, era complicado. Suspirei.

– Ren, a verdade é que... eu te amo. Sempre te amei e você sabe disso. Sei que não foi sua culpa o que houve sobre você ter me esquecido... mas eu não conseguia enxergar isso. Eu queria você desesperadamente. Ren, me perdoe por tudo isso. Se não fosse por minha falta de atenção, você não teria sido capturado e nada disso estaria acontecendo.

– Shh, Kells - disse ele, me envolvendo em um abraço enquanto lágrimas desciam pelo meu rosto. Alguns segundos se passaram até que Ren quebrou o silêncio falando baixinho em meu ouvido.

– Iadala, você não tem culpa de nada. Não se castigue com isso. Eu fiz aquilo para te proteger, não para te machucar. Jamais iria te ferir propositalmente, Kells. Eu detestava tudo isso, de poder ver e não se aproximar, de não me lembrar de você...

Mais lágrimas vieram. O príncipe indiano suspirou.

– Eu te amo, Kells. Você sabe. Nunca se esqueça disso, ok? Se um dia isso mudar, você saberá que não foi minha culpa, e sim de um... apagão em minha mente, não causado por mim.

Apertei o corpo de Ren com força e ele fez o mesmo.

– Não vou te deixar, Kelsey. Nunca mais.

Dizendo isso, ele ergueu meu rosto e olhou dentro de meus olhos, estudando-me. Se aproximando, Ren roçou seus lábios sobre o meu lentamente. Em seguida, observou meu rosto e piscou.

– Eu sempre vou te amar, hridaya patni. Sempre.

Sorri. Ele voltou a me beijar, mas dessa vez um beijo mais profundo e intenso. Minutos se passaram e nada de nos soltarmos, mas tudo bem. Precisávamos aproveitar nosso tempo juntos...

Porque agora eu poderia finalmente ser feliz com meu Ren.