I Learned To Live, Half Alive... escrita por ScissorsandCoffee, BeckandJade FC


Capítulo 18
Eu não te esperava tão cedo...


Notas iniciais do capítulo

Bem vindos ao dia Mundial Bade, meio entristecido pelo fim de Victorious. Ah! Mas vamos lá queridas shippers, podemos melhorar este dia, e para ajudar eu decidi dar uma surpresinha para a Jade neste dia tão perfect. *---*
Acompanhe com atenção... Boa Leitura.



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Aquela dor agonizante novamente tocou o fundo da minha barriga. Eu gritei com lágrimas nos olhos. Os médicos pareciam que dançavam ao meu redor. Eles falavam algo que eu não entendia, e se movimentavam rápido de mais. Com o canto do olho, pude ver Jonas do meu lado, e Chris perto dele. Ambos com aquela roupa feia de hospital para entrar em salas assim. Chris segurava a minha mão. Minha mãe estava juntamente com Michael, meu pai, e meu tio na sala de espera. E... A dor horrível bateu novamente em mim. Senti uma vontade de gritar. Droga, Liz! Calma... Eu suspirei, minha garotinha era tão forte.

Mas uma vez eu fechei meus olhos, desejando abri-los e estar com o Beck. Mas isso não aconteceu. Eu sabia que não iria acontecer.

Minha mãe havia chamado meu pai, um dia antes, e ele certamente não aceitou muito bem a minha gravidez, disse que ia embora e não queria me ver com a vida acabada... Ele disse que ter uma filha que queria ser artista era ruim de mais, e pior ainda ao ver que ela tinha 17 anos e estava grávida. Mas eu nem liguei, tinha quem queria (nem todos) ao meu redor. Eles me apoiavam.

Gritei mais forte, resultando que Chris segurou minha mão com mais força, mesmo que eu estava esmagando a mão dela antes. Jonas segurou o ombro dela, tenso enquanto dizia coisas reconfortantes para mim.          Eu xinguei alto e mandei ele ir se catar, pois nunca na vida ele sentiria uma dor tão horrível assim. Mas então me calei, percebi que quanto mais precisava de ar para falar, mas a dor triplicava. Dor. Perdeu o significado perto daquilo que eu estava sentindo. 

Eu estava em casa, na varanda novamente quando senti uma pontada aguda na parte de baixo de minha barriga, eu lembrei imediatamente que aquilo poderia ser a hora da Liz, ou então apenas mais um daqueles alarmes falsos (seria o quinto naquela semana). Então eu senti algo estourando, logo um líquido descendo. Percebi imediatamente o que era, ao sentir minhas pernas molhadas. A bolsa estourou. Era a hora. Liz estava vindo. Gritei alto o nome de Chris, ela estava no apartamento comigo. Ela veio correndo e assim que percebeu, gritou um “OH MEU DEUS!” e então correu e ligou para uma ambulância, logo depois que a ambulância chegou (30 minutos em dor agonizante e Chris balbuciando irritantemente algo sobre “Você vai ficar bem! Calma, respira. Ah! Respira!”). Quando cheguei ao hospital, pisquei os olhos e estava em uma maca, ouvi vozes e pisquei novamente, me encontrei em uma cadeira de rodas, pisquei novamente e lá estava eu na sala de parto deitada em uma cama. Nem conseguia me lembrar a hora que me colocaram uma roupa de hospital horrível. Era muita dor e desespero para pensar ou ver claramente algo. Logo Chris entrou na sala comigo, os médicos começaram o trabalho. Ela já havia ligado para Jonas e minha mãe. Fiquei sabendo que assim que eles haviam chegado, minha mãe ligou para meu pai... Ele apareceu no hospital 15 minutos depois, e momentaneamente fiquei feliz com  isso.

Como havia combinado com os médicos antes : Eu precisava, queria, necessitava de um parto normal. Era para eu sofrer de qualquer forma, e perto do que eu tinha sofrido no amor antes... Isso não seria nada.

Só que eu estava terrivelmente enganada.

A dor parecia que não queria ir embora,e cada vez piorava... Meus gritos eram mais altos, mais agudos e haviam palavrões fortes em meio aos meus suspiros. Era tudo muito agonizante. Eu sentia as lágrimas caindo pelo meu rosto e molhando o travesseiro. Eu sentia que morreria de dor.

Os médicos disseram que eu estava com quase sete centímetros de dilatação, ou seja,já poderiam aplicar a anestesia.

Eu neguei primeiramente, então depois que outra contração forte permaneceu em mim, eu gritei um sim. Senti a pontada da agulha em minhas costas, e então depois de mais três ou quatro contrações, a anestesia fez efeito. A dor ainda vinha, só que menos intensa. Logo quando os 10 centímetros se completaram, eles me mandaram respirar a cada segundo e fazer força. Tentei, tentei, e nada. Eles apenas continuavam insistindo em minha força. Eu agradeci as aulas de yoga e hidromassagem para grávidas, eu fiz apenas cinco semanas... Mas foram santas para mim.

Gritei e gritei novamente, chorei, tentei espernear mas não conseguia. Forcei, forcei e forcei, sentia as dores menos intensas, e cada vez mas a Liz se aproximando da tão e esperada saída para esse meu desespero. Senti o suor em meu corpo. DROGA! Eu não suo. Argh... Como eu odeio isso, vamos Liz!

- Calma, Jade... Respira. – Chris tentou. – Calma. Calma. Calma. Faz força e respire. Apenas isso. Por favor, estamos com você... Calma, garota... Não se esqueça de respirar... – Ela estava me deixando mais nervosa ainda. Parecia até mais desesperada do que eu. Jonas era outro que tentava me mandar o que fazer.

Gritei xingamentos fortes, uma das médicas se surpreendeu com que eu xinguei... Na verdade, todos os médicos. Menos Chris e Jonas. Eles estavam acostumados comigo.

Minhas forças pareciam não acabar, a aquela agonia também. Quando isso vai ter fim?

Suspirei pesadamente. Senti as lágrimas. O suor. A dor. Liz. O desespero. Chris. Jonas. Os médicos. Meu pai e minha mãe. Beck. O pai de minha filha. Pensei em tudo. Nosso amor.

Isso me deu forças.

E do nada, uma médica gritou algo que deu luzes de esperanças para mim.

Os três médicos, as duas enfermeiras e a doula pareciam borrões em minha visão. Eles se mexiam e faziam de tudo para eu sentir menos dor e ter mais força.

Empurre. Empurre. Empurre.

Foi isso apenas que me respondiam, quando eu gritava, perguntava, suspirava, chorava ou xingava.

Eu acho que havia ganhado o recorde de mais xingamentos durante um parto. Desde os gritos, aos sussurros. Merda, isso é horrível!

Senti minhas mãos suarem frio, agarrei com dificuldades a barra de aço brilhante da cama e gritei alto ao sentir algo passando para fora de mim. Dei graças a Deus e sorri por ter a anestesia. Eu sabia que isso doeria trezentas vezes mais sem ela.

Senti a ajuda dos médicos, certamente pegando minha Liz cuidadosamente, enquanto eu ainda fazia forças para isso acabar mais rápido.

Chris gritou quando eu apertei mais um pouco a mão dela. Jonas riu e  pediu espaço, ele pegou minha mão e Chris ficou ao meu lado, dessa vez segurando a câmera de vídeo. Ambos observavam atentos tudo o que acontecia, e Chris filmava... Eu havia dito a ela que não queria um vídeo, mas então pensei na probabilidade de me ver, então até mesmo mostrar para Cat e Beck algum dia.

Algum maravilhoso dia em que os teria novamente.

Isso me deu mais forças, empurrei até sentir minha barriga tremer. Gritei abafado pela última vez, ouvi um choro baixo que foi se aumentando cada vez mais.

Eu sorri.

Liz.

Minha filha.

Logo toda a dor se acabou. Pude ver o sorriso estampado no rosto do Jonas, Chris, e até os médicos... Mas eu sabia, que nenhum desses sorrisos chegavam perto do meu. Eu sentia até meu rosto se rasgando por causa dele.

Só havia um sentimento que me dominava agora... Felicidade.

Uma enfermeira segurou minha menina nos braços, a enrolando em uma toalha azul e cortando o cordão umbilical. Chris sorriu enquanto filmava. A enfermeira a levou para um canto da sala, rapidamente a lavando e colocando as roupas.

Suspirei em alivio. Eu queria segurar ela. Minha filha. Meu bebê. O que eu carreguei. A dona da minha dor e felicidade. Minha querida.

Jonas segurou mais suavemente  a minha mão, me fazendo olhar para ele. Eu sorri ao encontrar os seus olhos meigos... Só que novamente, enxerguei os olhos do Beck lá. Sorri mais ainda.

Chris sussurrou, um “Felicidades mamãe. ” Enquanto sorria e  pegava em meu ombro.

Eu queria poder dizer algo, mas minha boca estava seca e eu estava sem forças. Logo vi uma médica voltando com Liz no colo, enrolada em  uns duzentos milhões de camadas de mantos. Ela me entregou sorrindo, me inclinei para segurar pela primeira vez minha linda garotinha.

Assim, Liz parou de chorar. Eu sorri, logo olhei para Chris e Jonas, ambos sorriam para mim. Me inclinei, e beijei suavemente a cabeça dela. Liz era tão pequena e... Parecia tão frágil! Ela era tão linda e perfeita.

- Jady... Ela é linda de mais. – Chris sussurrou, olhando para minha filha.

Eu sorri, com lágrimas caindo em minha bochecha. Jonas passou a mão por cima da minha, acariciando. Fitei os olhos azuis dela. Grandes e brilhantes. Tão parecidos com os meus e os da minha mãe.

- Ela é perfeita. – Jonas olhou  para Liz. – Ela é tão parecida com você.

Sorri boba. Imediatamente procurei algum traço que se parecia com o Beck. Me surpreendi a não achar nada. Como assim? Ela é parte dele também. Mas... Não tinha nenhuma característica dele, pelo menos não evidente agora.

Mas, talvez quem sabe a personalidade dela seja a mesma dele? Isso seria incrível.

Observei minha garotinha fechar novamente os olhos, e eu ouvi um “Ela é completamente saudável e está bem.Vamos a levar para a incubadora para dar as devidas vacinas. ” Era algum médico. As vozes ficaram distantes e eu senti o peso do esforço batendo em mim. Eu estava indo dormir agora. Não, não, eu não poderia. EU tinha que ver ela e ter mais tempo a segurando. Não, não ela é minha e eu tenho que vê-la, e que se dane todo o resto. Meus olhos foram ficando pesados, e eu fui apagando cada vez mais.Não! Não... Eu preciso a ver mais um pouquinho. Eu estava tão cansada... Mas, eu precisava unir forças para vê-la abrir aqueles olhinhos mais uma vez.

Então rapidamente, tudo ficou escuro.

E eu apaguei.


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Notas finais do capítulo

O que pensam sobre isso?
AVISO 1 : Desculpem-me se não saiu muito realistíco, afinal eu nunca fiquei grávida e eu não sou uma médica para saber disso, é que sabem como é né? Eles não deixam "crianças" virarem enfermeiras e trabalharem na área de medicina. Tentei fazer o mais real o possível, e eu sei que ainda não ficou bom!
AVISO 2 : Quem vai participar da Adoção? Bom, eu mudei algumas coisas... Tipo : Vai ficar aberto para todo mundo sempre, e para postar na hora e data que quiser também, pois eu sei que quando vcs receberam a notícia do fim de Victorious, chateou geral para ler ou escrever alguma coisa. Então, minha adoção foi lançada no dia Mundial Bade e ela vai valer até um tempo indeterminado. Kay? :*
AVISO 3 (Eita, que notas cheias de avisoos!!) : Fiquei triste com os comentários recebidos no último capítulo... Realmente... EU esperava mais. Por favor, comentem.