NTS: Atos e Consequências escrita por iceecoffee


Capítulo 5
Mentiras


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demoraaaaa, vocês são de mais, obrigada pelos reviews *----* continuem mandando ok?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/238723/chapter/5

POV Jade 

Uma canção doce suou no fundo da minha mente quando voltei a abrir os olhos. Uma triste e desesperadora melancolia me faz companhia agora. A realidade ainda parece distantes, meu sentidos estão totalmente entorpecidos, meus olhos vagam desnorteados pelo comodo sem graça.

 A singela música continua, fazendo com que meus olhos se fechem de forma cansada. 

De quê eu estaria cansada? Por que tantos fios ligados em mim? Por que nada disso parece real agora?  

A música toma outro ritmo, ainda embalante e calma, torna-se também ameaçadora e irritante. Não consigo tira-la da cabeça... Isso é torturante! 

Vagas lembranças me tomam a mente enquanto me deixo levar pelo som doce da melodia irritante de piano. 

#Flash Back On 

Lillith está atrás de mim, a vi de relance calçar sua bota de salto que fora arrancado de mim em meio a nossa briga inútil. Me sinto tão estúpida, como pude perder tempo brigando de forma tão infantil? Pior, como me deixei perder dessa forma humilhante? 

Senti seu salto agulha nas minhas costas quando descia um degrau em falso. Aquilo foi o suficiente para que eu caísse de forma tão absurda. 

Depois eu fui trazida pra cá. Meu corpo todo doía e tinha sangue em minhas mãos. 

Escuridão. Solidão. Silêncio. 

#Flash Back Off.

E quando abro os olhos outra vez, quando finalmente retomo os meus sentidos, escuto coisas insensatas e ridículas que não evito a gargalhada. Minhas memorias estão completamente atordoadas. Quanto de sedativos colocaram nessas coisas? 

"Sinto muito, seu bebê não sobreviveu. " Disse o doutor cretino antes de tudo escurecer novamente.

Como se eu estivesse mesmo carregando um feto chorão em mim, como se tivesse uma coisa dentre de mim e eu nem mesmo tivesse sentido nenhuma alteração!  Como se alguma vida, tão minima e presente pudesse crescer de mim, uma garota fria e má.  

Ele tentou comprovar-me de quê tinha um bebê dentro de mim, ele tentou me dizer que eu era louca.  Ele acha mesmo que eu não saberia que o meu corpo habita um serzinho tão puro e problemático? Que algo que estava dentro de mim, era tão frágil que não suportaria uma queda de merda como aquela? 

Meus olhos estão cheios d'água. Por que? 

Por quê sinto um vazio tão grande no meu peio? Como se algo tivesse tomado de mim o Beck? Beck é o meu bem mais importante não é?

Por que ele não me tirou daqui e disse o quanto aquele médico é louco?  Por que ele não me levou de volta pra casa, pra nossa realidade? Por que ele deixou que eu ficasse aqui, nesse buraco branco e atordoante com essa música irritante, e essas perguntas tolas? 

E se o doutor estivesse mesmo falando a verdade? Não! Mas e se... E se tinha mesmo um... um bebê dentro de mim? 

As lagrimas agora rolavam involuntárias pelo meu rosto, minha mão trêmula pousou receosa na minha barriga. E se aqui, dentro de mim, tinha também uma parte do Beck? Um bebê com cara de joelho, provavelmente ainda deformado, possivelmente só um grãozinho. 

Como o grãozinho seria se...? O quê? Não! Eu não estava grávida eu não estou gravida. 

"Não mais" Uma voz familiar e pavorosa misturou-se a melodia deprimente da música clássica.

Era um voz fria, macia como um tecido. Era tenebrosa, sombria. Ela realmente me é familiar... Hey, ela voltou!

Procurei pela sua imagem pelos quatro cantos do quarto. Ela não estava mais lá. O Doutor me sedou outra vez não foi?

Ele acha que eu sou louca? Todos acham, o Beck acha?! Por isso ele não veio? Por isso ele não está aqui?

Ele ouviu aquela baboseira de surto e não está disposta a me encarar outra vez. Porque ela está aqui? Por que sempre tem que arruinar tudo? 

"Porque sou parte de você" 

Jade: Não, não é, vá embora! - Gritei entre as quatro paredes. Ela me obedeceu. Ela foi embora, finalmente estou livre outra vez, agora posso ver o Beck e dizer que ela foi embora de novo, e que dessa vez ela nunca mais vai voltar. Eu não vou deixar que ela volte. 

"Assim como o seu bebê" 

Jade: EU NÃO ESTAVA GRÁVIDA! - Extravasei, levantando da cama e arrancando todos os fios ligados ao meu corpo. 

"Era apenas uma bebê indefeso, como ousou deixa-lo? Ele provavelmente é a única parte do Beck que te amaria mesmo você sendo tão louca assim, e você a perdeu! Deixou que aquelazinha o tira-se de você! Você é a culpada, o seu filho está morto. Ele poderia ter uma vida sabia? Ele poderia sorrir todas as manhãs pra você, poderia pedir ajuda com o dever de casa, e você teria a chance de ser diferente do que seu pai foi com você! Você poderia ama-lo..."  

Meu joelhos fraquejaram provavelmente pela primeira vez na minha vida. Desabei no chão em uma posição fetal, com a testa nos joelhos repousei a minha mão sobre a minha barriga outra vez.

 PORQUE TUDO PARECE ERRADO DE NOVO? 

Beck, eu preciso do Beck... 

Subitamente a música parou. Então eu finalmente estou sozinha? Posso pensar com clareza agora. 

Me arrastei de forma degradante até minha bolsa numa cadeira branca. Tão branca quanto qualquer outra coisa, tão sem vida como qualquer outra coisa. Tão morta quanto o meu bebê. 

Disquei o numero do Beck. 

Um toque. Onde ele está? Dois toques. Por que ele não atende? Três toques. Ele não pode me abandonar agora. Quarto toques.

Beck: Meu amor? - Ele está chorando?

Jade: Diz que nada disso é verdade? Diz pra mim, que nada disso é real? 

Beck: Jade... Jade meu amor, você tem que descansar tudo bem? - Ele engoliu em seco. Está com medo de mim?

Jade: Beck, você está com medo de mim? Está com raiva de mim é isso? 

Beck: Não, não Jade, fica calma. 

Jade: Não me manda ficar calma! - Gritei desesperada. 

Beck: Jade... Jade, tudo bem meu amor, vai ficar tudo bem. 

Jade: Então vem me ver. - Pedi, implorei.

Beck: Jade... Eu... Eu não posso... Eu não consigo. 

Jade:  Beck...- Engoli minhas lagrimas junto com o meu orgulho - Beck por favor, por favor não me deixa, eu preciso de você. Beck por favor, eu quero seu abraço, quero ouvir que nada disso é real. Beck, não me deixa! - As lagrimas caem desenfreadamente, eu estou desesperada. - eu preciso de você.  

Beck: Eu não posso... Não consigo. Me desculpa, por favor, me desculpa. Eu te amo, mas isso é de mais pra mim... Por favor me desculpa meu anjo. 

Jade: NÃO! NÃO BECK, NÃO ME DEIXA AGORA, POR FAVOR NÃO ME DEIXA SOZINHA AGORA. AQUELA MULHER DISSE... ELA DISSE QUE EU MATEI O BEBÊ, ELA DISSE QUE EU MATEI A UNICA PARTE DE VOCÊ QUE ME AMARIA MESMO QUE EU FOSSE LOUCA. ISSO NÃO É VERDADE NÃO É? SE VOCÊ ME AMA MESMO, VOCÊ NÃO VAI ME DEIXAR... BECK POR FAVOR NÃO ME DEIXA! VOCÊ JUROU QUE NUNCA MAIS ME DEIXARIA, VOCÊ JUROU BECK! 

Beck: Jade eu... Tenho que ir... Eu... Me desculpa. Eu te amo!  

Jade: Não Beck. Por favor não... - Sussurrei, mas não ouve resposta apenas silêncio, depois o barulho continuou indicando o fim da ligação. 

Com o fim daquela ligação, acabara também a minha vida, ou o que restara viva dela.     


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então? Reviews?
Ai vem uma musica:
Okay - Elizabeth Gillies feat Backhouse Mike
muito obrigada pela paciência de vocês ein?!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "NTS: Atos e Consequências" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.