Better Than Revenge. escrita por Juliana Silveira


Capítulo 55
Capítulo 55 - Antiguidades.


Notas iniciais do capítulo

Oie *-*
Tudo bem com vocês?
Mais um capítulo.
Fic se aproximando do fim~
Chora :(



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Windy.

-Sei lá, acho que seria muito interessante se morássemos juntos. – Ricardo disse como quem não quer nada e eu o fitei.

-Ricardo, para de me pressionar. – Fechei os olhos por alguns segundos.

-Não estou te pressionando, minha amada. Apenas sugerindo este fato.

-Ah ok. – Digo rindo. Estávamos em meu apartamento, na sala para ser mais exata. Meus olhos se elevaram até um quadro estranho na parede, ele sempre esteve aqui, mas eu nunca havia reparado.

-Que foi Windy? – Ricardo perguntou enquanto eu ia em direção ao quadro.

-Nada... –Murmurei e tirei o quadro da parede, e ali havia um cofre. Ricardo parou ao meu lado e ergueu as sobrancelhas.

-Meu deus... Você sabia disso?

-Lógico que não. – Digitei minha data de nascimento e curiosamente o cofre abriu. Nele havia um pedaço de papel, o peguei cuidadosamente e sentei-me no chão.

Abri o papel lentamente e nele estava a letra do meu pai.

Querida Windy...

Se você está lendo isso, provavelmente eu morri e você se tornou a garota independente que desde criança sonhava. Sei que convivemos pouco, mas quero deixar claro nessa carta que sempre soube da possibilidade de não ser o seu pai. Se você ainda não sabe disso eu irei contar agora, sua mãe me traiu com o pai do Rafael, ele sempre a amou e ela sempre o correspondeu.

Por mais que ela não deva assumir isso para você, ela o ama!

Eu sempre me neguei a fazer um teste de DNA, pois para mim você é a minha filha, minha amada filha!

Minha bonequinha que quando completou 1 ano e 4 dias a primeira palavra foi: Papai.

Minha bonequinha que deu o primeiro passo segurando a minha mão.

Minha bonequinha que sempre dizia que queria casar comigo, pois eu era o homem perfeito e queria ser feliz como sua mãe era comigo, apesar dela não me amar como amou o pai do Rafael.

Jamais irei aceitar que você fosse filha dele de coração, porque você é minha filha e eu não gostaria que você tivesse o mau caráter daquele homem.

Queria estar vivo para ver você realizando seus sonhos, dançar a sua valsa de 15 anos, mas eu estava jurado de morte... E adivinhe por quem?

Sua mãe jamais soube disso, e prefiro que assim permaneça.

O pai do Rafael ameaçou me matar, após eu ter batido nele em uma briga por causa de sua mãe, dois homens com uma mesma paixão. Isso não dá certo.

Mas não quero falar de tragédia, pois eu não sei do que vou morrer, e não sei se o pai do Rafael seria capaz disso.

Quero dizer, que mesmo que você corra atrás e descubra se sou ou não seu pai, quero que você tenha a consciência de que eu sempre te tratei como uma filha, porque para mim você é a minha filha. Minha amada filha, a filha que eu sempre pedi pra Deus, você é uma RITIELE.

Essa carta já está gigante, então gostaria primeiramente de dizer que eu deixei uma quantidade enorme de dinheiro no banco em uma conta criada em seu nome, na qual você poderá usar depois dos seus 18 anos. A senha e a conta estarão no envelope desta carta, na qual deixei vários informantes de confiança para terem certeza de que ela estaria aqui até a sua vinda.

Lembre-se sempre de uma coisa, eu posso ter morrido, mas ainda vamos nos encontrar, em uma outra dimensão ou em um outro lugar.

Eu te amo muito, minha princesa.

Papai.

    Lágrimas inundavam o meu rosto, Ricardo me abraçou e se segurou para não chorar junto.

-Seu pai era um poeta. – Ele murmurou em meu ouvido e eu chorei ainda mais.

-Ele sabia!

-Quem?

-Meu pai, que eu poderia não ser filha dele.

-Eu nem sabia disso Windy. Porque não me contou? – Questionou Ricardo.

-Porque eu descobri depois que a gente brigou...

-Tudo bem... – Ricardo suspirou.

-O pai do Rafael matou o meu pai!

-Ele não disse isso, disse que ele havia o ameaçado.

-Dá na mesma, Ricardo! Meu pai morreu dentro de casa, sempre falaram que alguém havia mandado, mas a policia nunca descobriu nada.

-Pode ter sido outra coisa Windy, seu pai era juiz, deve ter tido vários inimigos e tudo mais.

-Ele morreu por culpa da minha mãe, Ricardo!

-Calma Windy, Calma. – Disse e me abraçou ainda mais forte.

(...)

     Acordei com o braço de Ricardo jogado sobre meu abdômen, pisquei diversas vezes tentando lembrar-me de como adormecemos no meu apartamento e o motivo logo surgiu em minha mente:

   A carta de meu pai, horas de choro inconsolável igual a Ricardo acariciando meus cabelos que fez com que eu apagasse na mesma hora.

O tempo estava escuro, chuvoso e úmido. Pior impossível!

  Fiquei enrolando na cama para não levantar, mas a campainha soou logo cedo, automaticamente meus olhos encontraram o relógio ao lado da cama que marcava 07h:30min. Ricardo despertou meio sonolento e com uma voz rouca murmurou:

-Quem é essa hora?

-Não sou adivinha. – Bufei e levantei, fui até a porta e a abri. Dando assim de cara com nada mais nada menos que a minha mãe.

-Mãe? – Murmurei surpresa.

-Podemos conversar? – Perguntou e eu assenti levemente, dei espaço e ela adentrou o apartamento.

-Essa hora da manhã? –Questionei. –Mas é bom mesmo, preciso conversar com você.

-Desculpe, eu não consegui dormir e precisava falar o quanto antes contigo. Mas sobre o que você quer falar?

-Sobre isso! – Disse mostrando a carta que estava em cima de um balcão. Minha mãe estralou os olhos e pegou a carta, leu a mesma atentamente e suspirou.

-Seu pai.

-É verdade?

-É, mas a parte da morte eu não sei... A polícia nunca desconfiou disso.

-Ah, e você nem questionou? Você nem está chocada com essa suspeita! – Disse berrando praticamente. –Você não está surpresa! Eu devo perguntar o porquê?

-Porque eu já sabia... – Jogou as palavras sobre minha face, e sinceramente ficou difícil digerir tudo isso.

-Há quanto tempo? –Me atrevi a perguntar e ela mordeu os lábios, porém não respondeu. –Há quanto tempo? – Repiti a pergunta e ela abriu a boca e sussurrou.

-Depois da morte de seu pai.

-E eu posso saber o porquê de você não ter contado nada disso a polícia?

-Porque na época ele me ameaçou... E eu fiquei com medo. Ele disse que iria te sequestrar! E ele era bem capaz, eu não queria andar com medo pelas ruas, medo de perder você! Eu já tinha perdido o seu pai, meu marido. O homem no qual eu pensei que iria ficar a minha fica inteira ao lado. Eu jamais suportaria te perder, e essa ideia me atormentava.

-Isso não é justificativa! Você é amiga daquele idiota até hoje!

-Sou, porque eu o perdoei. Eu o odiava, mas eu aprendi a parar com isso, pois o ódio atrapalhava a mim e me fazia muito mal.

-E como você pode deixar o idiota do Rafael tão perto do Dan? – Disse entre lágrimas, já a minha mãe se demostrava fria.

-Ele não tinha nada a ver com o mau caráter do pai, Windy!

-Realmente não, mas você encobertou um crime! – Eu gritei. – Isso dá cadeia! Você encobertou os fatos!

-Encobertei pro seu bem! – Ela gritou. Ricardo entrou na peça e me abraçou.

-Calma. Amor. – Sussurrou em meu ouvido, e acenou para a minha mãe levemente.

-Você já pegou os resultados do exame de DNA? – Ela questionou e eu neguei com a cabeça.

-Só semana que vêm.

-Ok, eu queria pedir uma coisa. – Ela disse mostrando um dedo e fechando os olhos.

-O que?

-Volta pra casa?

-Não. – Neguei firmemente.

-Filha, eu sei que eu escondi tudo isso de você...

-Pro meu próprio bem e blablabla. Eu já entendi mãe, eu quero ser independente. E desde que eu vim de Paris eu não consigo ser, eu estou ótima aqui, morando sozinha, estou trabalhando e falando nisso eu tenho que me arrumar se não vou chegar atrasada.

-Tudo bem, mas, por favor. Avise-me quando souber do resultado do exame de DNA. E desculpa por todo o mal que lhe causei. – Disse e deu um beijo em minha testa, sorriu calorosamente para Ricardo e se retirou.

(...)


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Notas finais do capítulo

Gostaram? :D
kisses ♥



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