Better Than Revenge. escrita por Juliana Silveira


Capítulo 38
Capítulo 38 - Príncipe, Passado & Sonho.


Notas iniciais do capítulo

Oie *-*
Tudo bem com vocês?
Voltei ;D
Queria agradecer a todas que estão lendo a outra fic também.
Espero que gostem desse capítulo >



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Windy.

-Ata. -Sorriu. A porta se abriu e Ricardo surgiu, sorrindo de canto. Abaixei a cabeça e mordi os lábios.

-Bom, vou indo. Vou posar no Cadu hoje. -Priane sorriu de canto e deu um beijo em minha bochecha. Odeio sua mania de ir embora bem na hora que alguém chega.

Ricardo se põe em minha frente e põe uma mecha de meu cabelo atrás da orelha.

-Você tá bem? -Pergunta.

-Sim. -Murmuro.

-Você está quente. -Pulo da cama.

-Esqueci-me de tomar o remédio. -Levanto-me e pego o mesmo, tomo-o e faço uma careta.

-Esse remédio parece ótimo. -Diz ironicamente.

-O que você está fazendo aqui? -Pergunto.

-Nossa. Bom te ver também. -Murmura.

-Não quero dar motivos para minha mãe inventar coisas. -Digo.

-Eu não me importo. E além do mais quero conhece-lá. -Dá os ombros.

-Ricardo. -Murmuro.

-Poxa Windy! Venho aqui para cuidar de você e agora está me mandando embora?

-Desculpa. - Murmurou confusa.

-Você tá péssima! Precisa descansar.

-Obrigado. -Reviro os olhos. -Dorme aqui? -Murmuro.

-Bipolar você. -Suspira. -Durmo sim.

(...)

Estávamos deitados, Sinto as mãos de Ricardo próximas a minha cintura. Suspiro, senti o calor de seus braços ao meu redor, o silêncio predomina o cômodo.

-Windy...

-Hum? -Murmuro.

-Sabe qual o meu maior sonho? -Questiona.

-Não. -Sussurro.

-Bater no Rafael. -Faço uma careta, viro-me para fitá-lo, seus olhos brilham e sua mão acaricia meus cabelos.

-Por quê? -Digo, tentando entender tamanha repugnância.

-Porque ele fez de você uma garota fria. -Diz enquanto acariciava meus cabelos. -Quando você está comigo parece que seu gelo dá uma derretida. Mas eu gostaria que derretesse ainda mais. -Ricardo aperta os lábios.

-Eu gostaria de ter a conhecido quando você era a garota que acreditava em príncipes encantados. -Murmura.

-Por? -Pergunto, seus olhos se apertam.

-Eu não sou nenhum príncipe, provavelmente estou mais pra sapo, mas por você eu tentaria ser esse cara que você sempre idealizou.

Não, ele não disse isso. Meu coração acelerou automaticamente, puxei o ar bem devagar tentando acalmar meu coração. Sorriu de canto e levei minha mão até seu rosto, acariciando o mesmo com as pontas dos dedos. Ricardo fechou seus olhos, pousei meus dedos em seu rosto e logo os tirei.

-Porque parou? Estava tão bom. -Sorri meigamente e meu coração acelera novamente. Levo minha mão novamente até seu rosto e lhe dou um selinho, afasto-me e volto a acariciar seu rosto com as pontas de meus dedos.

Aninho-me em seus braços.

-Ricardo? -Murmuro.

-Hum?

-Me abraça? -Sussurro.

-Não precisa nem pedi.

Diz e puxa-me para mais perto de si. Fecho meus olhos e escuto o seu coração bater e o aroma de seu perfume. Seus braços transmitem-me carinho, segurança e conforto como os de ninguém. Afundo minha cabeça em seu peito, sua mão brinca delicadamente com meus cabelos enquanto a outra aperta a minha cintura. E é assim, que eu adormeço em paz.

Acordo pela manhã e livro-me rapidamente da mão de Ricardo que estava sobre meu corpo, em um gesto rápido, levanto-me da cama. Meu corpo doí por conta da febre, caminhei até o banheiro e tomei meu remédio. Volto para meu quarto e Ricardo estava acordado me observando.

-Pulou da cama? -Ricardo pergunta.

-Sim, remédio. -Faço uma careta.

-Volta para cama. -Murmura, caminho em direção à cama e deito-me. Ricardo acaricia minhas costas como se estivesse fazendo desenhos.

(...)

-Tchau Ricardo. -Digo rindo, estávamos na porta, Ricardo sempre puxava um assunto para não ir.

-Hospitaleira você.

-Ah, nem vou responder. -Riu.

-Windy! -Minha mãe grita no topo da escada.

-Corra enquanto há tempo. -Murmuro brincando para Ricardo. Minha mãe desceu as escadas praticamente correndo e se pôs em nossa frente.

-Finalmente vou conhecer o novo namorado da minha filha! -Coloquei a mão na testa e apertei os lábios.

-Mãe! -A reprendo.

-Prazer, Ricardo. -Ricardo diz sorridente e obviamente divertindo-se com a situação.

-Prazer, Anastácia. Mãe da Windy. -Sorri de canto.

-Nossa! Vocês parem irmãs. - Ricardo joga um elogio e eu reviro os olhos. Tentando agrada-lá.

-Ai! Obrigado. -Minha mãe disse toda boba.

-Apenas disse a verdade.

-Melhorou filha? -Diz finalmente se voltando para mim.

-Isso te importa desde quando? -Falo friamente.

-Cruzes! -Murmura. -Desde que você é minha filha.

-Não parece. -Dou uma pausa seguida de um suspiro. -Mas estou melhor sim.

-Bom, vou deixar vocês ai. Qualquer coisa me chama, e foi bom te conhecer Ricardo.

-Igualmente. -Ricardo sorriu.

-Porque você a tratou assim? -Ricardo questionou após minha mãe sumir rumo à cozinha.

-A verdade dói. -Dei os ombros.

-Windy... -Revirou os olhos. -Bem, vou indo. Vai à aula hoje?

-Não, tenho atestado.

-Ok. - Ricardo roubou-me um selinho. Pisquei meus olhos rapidamente tentando absorver, enquanto ele saiu rindo. Fechei a porta e fui para meu quarto, tomei um banho e prendi meu cabelo num coque. Passei um make para disfarçar as olheiras das noites mal dormidas e a palidez de minha pele. Peguei as chaves do meu carro e fui até o detetive particular.

-Então é só isso? -Perguntou o homem.

-Sim.

Logo após voltei para minha casa, me dirigi até a cozinha em busca de água. Minha mãe e Dan estavam conversando, coloquei a água no copo e recoloquei a jarra na geladeira.

-Conheci o namorado da Windy hoje Dan! Ele é um amor.

-Namorado? -Dan disse incrédulo.

-É meu namorado Dan. -Digo irônica e reviro os olhos.

-Ricardo?! -Dan diz rindo.

-Sim. Um amor de menino.

-Ah com certeza. -Dou uma gargalhada.

-Vem cá mãe... Por onde você anda dormindo? -Dan pergunta.

-Na casa de um amigo. -Ela tenta soar as palavras com indiferença, mas aparentemente nervosa.

-Amigo? Tá igual à Windy? Se isso vira moda...

-Dan! -Falamos juntas.

-E a Liane? -Pergunto propositalmente para tocar na ferida. Seu sorriso se desfaz no mesmo instante.

-Pediu para voltar.

-Vocês terminaram? -Nossa mãe diz abalada.

-Se você ficasse mais em casa saberia. -Murmuro e dou um gole em minha água. - Voltaram?

-Pedi um tempo. -Fala amargurado.

-O que ela fez?

-Além de agarrar o Ricardo?! -Dan diz visivelmente irritado.

-Não acredito que ela agarrou o namoro da sua irmã!

-Mãe, você é uma comédia. -Pronúncio rindo.

-O que tem de engraçado nisso? -Diz chocada e corre de braços abertos em minha direção e os coloca ao meu redor. - Você está bem filhinha? Nossa você deve ter ficado doente por causa do ciúmes! -Faço uma careta para Dan que coloca as mãos na boca tentando evitar o riso.

-Mãe, bem menos. -Digo tirando seus braços do meu redor.

-Tudo bem então.

-Vou pra faculdade. -Dan levanta-se e sai.

-Não vai almoçar filha?

-Estou sem fome.

-Você vai comer! Depois pega uma anemia e não sabe o porquê.

-Tudo bem, medo. Praga de mãe sempre pega. -Sorriu.

-Impressão minha ou você está diferente?

-Estou normal.

-Não. Não está. -Ergueu as sobrancelhas e elevou uma de suas mãos até a cintura. -Você tá mais animada...

-Isso é ruim? -A questiono.

-Não. Pelo contrário, vou agradecer ao Ricardo por isso.

-Pelo que?

-Por trazer a minha filha de volta. -Diz sorrindo.

-Ok. Vou para meu quarto. -Murmuro fazendo uma careta subo as escadas apoiada no corrimão. Depois de um belo lance de escadas entro em meu quarto e fecho a porta, tiro minha roupa e me estico na banheira.

Fecho meus olhos em uma tentativa de relaxar meu corpo e principalmente minha mente. O barulho do meu celular vibrando, contra a mesinha na qual se encontrava fez com que em tais condições e por conta do silêncio parecesse um trator. Arfei de susto e sai da banheira, rapidamente alcancei meu roupão e sai descalça já que sempre tive essa mania. Abri a porta do banheiro e em um passo estava na cômoda. Olhei no visor: Ricardo.

-Diga-me um bom motivo para ter tirando-me da minha confortável banheira. -Digo em um tom de brincadeira, Ricardo, do outro lado da linha, parece se divertir com a situação.

-O simples fato de eu estar te ligando já não é o suficiente? -Diz fingindo que se sentiu ofendido.

-Tente novamente. -Dou uma gargalhada.

-O que houve para você acordar bem humorada? Por favor, não diga que é dia vinte e um de dezembro. -Disse irônico.

-Eu estou sempre bem humorada.

-Sim, claro.

-Ricardo. Para de erguer as sobrancelhas! -Bufo.

-Pera ai, como você sabe que...

-Simplesmente sei, conheço você melhor do que pensa.

-Nossa. Windy, Windy. Você me surpreende a cada dia que passa. -Diz maliciosamente, e eu sabia que ele estava sorrindo maroto igual um louco neste exato momento.

-Ricardo. Você. Não. Presta. - Murmurei pausadamente.

-E. Você. Gosta. Assim. - Disse repetindo o tom no qual eu havia usado.

-Já disse que te odeio hoje?

-Tenho duas notícias para te dar... Uma boa e uma ruim.

-Fala.

-A boa é que eu fui indicado pelos professores para trabalhar em uma empresa e o salário é bem alto. -Diz animado.

-Ah! Que legal! -Digo no mesmo tom.

-E a ruim é que vou fazer faculdade pela noite, pois o trabalho é pela manhã e pela tarde. Sei que vai sentir a minha falta.

-Claro amor. -Digo rindo, me jogo na cama e fecho os olhos.

-Mas sabe que não precisa, não é docinho? Já que você vai acordar todos os dias ao meu lado...

-Como assim? -Pergunto sem entender nada.

-Agora que a sogrinha já sabe do nosso namoro, tá liberado. -Riu.

-Claro namorado, com certeza. -Digo irônica.

-Bom, vou desligar meu docinho de morango. Tenho que pegar a transferência de turno.

-Ok. Vem aqui depois docinho de morango?

-Morango? -Riu. -Claro amada.

-Beijo.

-Beijo.

Desliguei o celular e coloquei uma blusa branca com rendas de manga comprida e uma calça jeans. Caminhei até à cômoda, peguei um prendedor de cabelo, fazendo assim um rabo de cavalo. Desci as escadas e o clima estava pesado. Dan está sentado no sofá enquanto Liane estava ajoelhada no chão com as mãos sob suas pernas.

-An... Desculpa. -Digo sem jeito, os olhos de Dan se relaxaram ao ver-me.

-Tudo bem. -Murmurou.

   Assinto apenas, sem hesitar vou até a cozinha e pego um copo d' água. Subo as escadas pelo outro lado, para não atrapalhar. Pego minha bolsa e vou até a casa da Priane.

(...)


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Notas finais do capítulo

O que acharam? ~Eu estou vomitando arco-íris~ E sinceramente nem acredito que escrevi esse capítulo *-* awnnnn kkk
Perguntinhas básicas:
1- O que vocês querem que aconteça na fic?
2- Qual o momento mais aguardado da fic por vocês?
3- O amor, seria um motivo para fazer a Windy esquecer a vingança ou não?
4-Acham que a Windy gosta ou não do Ricardo?
5-Acha que a Windy ainda ama o Arthur ou que ela nunca amou?
~Le eu ansiosa para ler as respostas *-*
Bjbj, até ♥