Dan.

–Não acredito que ela está com o Rafael. -Arthur disse.

–Ele tá bem diferente.

–Ela mentiu para mim. -Arthur murmurou.

–Mentiu?

–Quando disse que me amava. Ela ainda gosta do Rafael!

–O que? A Windy disse que te ama? -Disse chocado tentando digerir o que acabara de ouvir.

–Disse, na festa. -Arthur murmurou.

–Então ela realmente te ama, ela não fala isso pra qualquer um. O Rafa deve tá na volta dela.

–E ai, descobriu quem mandou as fotos? -Arthur perguntou mudando de assunto.

–Falaram que é confidencial. -Bufei.

–Que droga. Enfim, vou para o meu encontro. -Disse indo embora.

Windy.

–Windy, você é muito bobinha. -Shay disse, estávamos sentadas, nós duas e o Ricardo conversando sobre meu acerto de contas. Sim, eu contei tudo para ela, pois algo na mesma dava-me segurança.

–Por quê? -Disse encarando-a com as sobrancelhas erguidas.

–Simples querida, o tal Rafael gosta de você. Fique com ele, dê esperanças e faça o mesmo que ele fez com você, massacre seu coração. Assim Windy, você juntará o útil ao agradável. Ou seja, deixar ele de quatro por você e isso já soa como uma vingança. -Disse ela rindo.

–Excelente ideia. Gostei de você. -Ricardo riu.

–Também gostei da ideia.

–Oi gente! -Liane disse se aproximando de nós com o Dan.

–Oi. -Todos responderam.

–E aí, sobre o que estavam falando? -Ricardo perguntou para os dois.

–Sobre o Arthur. Ele e a Ariele, creio que estão matando aula. Pelo jeito o encontro rendeu. -Dan disse e Liane deu uma cotovelada nele. -E vocês? O que conversavam? -Perguntou.

–Sobre coisas divertidas. -Shay disse dando os ombros.

–Como o que? -Liane perguntou.

–Várias coisas. -Sorri.

(...)

–Então Windy, que tal brigadeiro, pipoca e filme?-Dan propôs.

–Topo. -Ri.

–Brigadeiro é com você. Eu faço a pipoca. -Sorriu.

–Ok. Vou lá dentro procurar leite condensado. -Fui catar leite condensado, enquanto o Dan escolhia o filme na sala. Ouvi alguém entrar, achei o leite condensado e fui até a sala, Arthur estará de costas para mim enquanto Dan arrumara o dvd.

–Eu sou um idiota e um fraco! -Arthur disse.

–Só agora você percebeu? -Dan disse ainda virado de costas sem olhar para o Arthur.

–Eu transei com a Ariele! -Arthur exclamou, coloquei a mão sobre meu peito ainda tentando absorver o que acabara de ouvir. Dan virou-se fitando Arthur.

–Como? -Dan murmurou.

–Quer saber os detalhes mesmo? -Arthur bufou. -Por favor, não conta para a Windy! Ela jamais me perdoaria.

–Arthur eu acho que é um pouco tarde para você me pedir isso. -Dan disse olhando por cima do ombro de Arthur, me fitando. Arthur virou-se lentamente e ao me encarar surgiu desespero nos seus olhos.

–Legal esse seu jeito de me esperar. - Balancei a cabeça e fui para fora da casa, peguei o meu carro e acabei indo para a casa do Rafael.

(...)

–Foi ele! -Disse chorando enquanto Rafael acariciava meus cabelos.

–O que o Arthur fez? -Rafael disse num tom um tanto raivoso.

–Disse que ia me esperar, e dormiu com outra! -Disse cuspindo as palavras.

–O Arthur fez isso? -Disse surpreso e apertou-me mais para perto do seu corpo.

–Fez! -Respondi entre lágrimas. Ficamos em silêncio por um bom tempo até que Rafael o quebrou.

–Eu sei que eu não sou uma pessoa perfeita, não sou o garoto dos seus sonhos Windy. -Ele deu uma pausa e suspirou. - Há muitas coisas que fiz que eu não gostaria de ter feito, mas sabe? Eu continuo aprendendo, me desculpa pelas coisas que fiz com você, sempre gostei de você, é, e como eu gostei, mas eu achei uma razão para mudar e, eu vou mudar quem eu era, vou ser uma pessoa melhor. E essa razão é você, porque eu ainda gosto de você.

–Eu nunca esperei uma pessoa perfeita Rafael, ninguém é perfeito. Sobre o que você fez para mim, obrigada, por causa daquilo eu não sou mais uma pirralha que acredita em tudo e todos. Mas você não tem que mudar por mim, tem que mudar por você mesmo. -Disse fitando o mesmo.

–Será que eu ainda tenho alguma chance com você? -Ele perguntou cabisbaixo.

–Você sabe que eu gosto do Arthur. -Murmurei.

–Vou fazer você esquecer ele. -Disse colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. -Preciso ir embora. -Disse tirando sua mão de mim. -E a propósito, obrigado pela essa droga de chupão. O Dan me incomodou por causa do mesmo. -Bufei e Rafael riu.

–Desculpa pelo chupão. E eu não vou deixar você ir, não nesse estado. -Ele disse me puxando para seu colo novamente e acariciando meus cabelos.

–Eu preciso ir, mesmo. -Murmurei.

–Precisa, mas não vai. -Murmurou.

Rafael continuou acariciando meus cabelos, fechei os olhos. O silêncio fez com que meu coração e meu corpo acalmasse e por um segundo eu esqueci que o Rafael era meu inimigo e adormeci em seus braços.

(...)