When You Find Me - Hiatus escrita por CGAA


Capítulo 18
Quando não poderia ficar pior...


Notas iniciais do capítulo

¹"[Heidi(Volturi)] Habilidades especiais: Ela exerce uma atração física irresistível sobre homens e mulheres, humanos e vampiros. Resistir a seu encanto é possível, mas muito difícil, especialmente se ela está se esforçando para atrair."
crepúsculo: guia oficial ilustrado.
²Qualquer coisa a culpa é do google tradutor u.u dskpdskpsdkpdskpdskpdskp .
³Se tiver alguma coisa errada, é porq eu estava com sono, ou seja, meio bebada. skpdskpdskpdskpdskp .
Boa leitura ;)



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POV JACOB



– Bom dia bebê – sussurrei baixinho sem querer atrapalhar seu sono. – Como em mais um dia, o papai vai ali ok? Alguém aqui em casa tem que por comida na mesa não é?! – sorri divertido. – Tô brincando. Sua mamãe tá dando duro, e quer saber? No final quem vai acabar nos sustentando é ela... – suspirei. – Mas até lá bebê, não se preocupe. Seu papai também vai dar duro pra te dar qualquer barbie que você queira tudo bem? Ou que tal um pônei? – sorri com a ideia. – Eu te amo bebê – beijei meu polegar, passando-o delicadamente na cabecinha dela.

Fui ao nosso quarto e me despedi da Nessie, claro, sem esquecer de lhe desejar feliz aniversário, lhe dar um beijo carinhoso e dizer que a amo. Sim, pouco. Acho que eu deveria lhe dizer como me sinto apesar dela já saber. Quem sabe, sua reação seria a mesma que a minha. Mesmo sabendo que ela me ama com todas as suas forças, meu coração ainda se acelera quando ela diz que me ama. Seu olhar diz isso.

– Te amo mais Jake – saí do quarto rindo.

Saí de casa ainda com um belo sorriso no rosto. Eu deveria dizer que ela não era só a minha melhor amiga e também minha namorada. Deveria dizer que ela era toda a minha vida. Que guardava meu coração em seu sorriso. Conhecendo-a bem como conheço, poço afirmar que ela também seria minha por toda a eternidade, assim como eu serei dela, ou seja, ela também seria minha futura esposa.

Fui à casa dos pais dela ontem depois do trabalho. Pedi a Edward que me desse um tempo e eu lhe pagaria tudo que estava lhe devendo. Tudo bem que era a filha dele, mas... Como seu futuro marido eu deveria assumir certas responsabilidades, como não depender mais do meu sogro. E claro, pedi a mão dela. Se eu já era feliz apenas por tê-la ao meu lado, quando vi o brilho nos olhos dos pais do meu anjo... Deus. Como agradeci a Deus naquele momento. Minha felicidade era palpável, transbordava.

Cheguei à oficina em menos que dez minutos. A essa hora o trânsito ainda não se intensificou, apesar de não ser tão insuportável assim. Como de costume apenas Joe estava lá. Bob, Andrew e Joshua viriam às oito. Joe – o dono –, abria a oficina e eu chegava mais cedo pra ajuda-lo a já ir adiantando o trabalho. Assim eu ganhava mais pontos com o chefe e aumentava a renda.

– E aí Black? De boa?

– De boa, graças a Deus – sorri enquanto pegava algumas ferramentas.

– Então eu suponho que...

– Pedi a mão dela em casamento. Bom, aos pais dela. Deixei pra pedir pra ela hoje já que é seu aniversário.

– Faz bem rapaz. Faz muito bem – ele me cumprimentou com um forte aperto de mão e um tapinha nas costas. – Aquelas garotas merecem – assenti com um sorriso voltando minha atenção para o carro que eu devia concertar. – E então, já pensou aonde vai leva-la na lua de mel? – deixei a chave inglesa cair fazendo-o rir alto. Em seguida dei de ombros, não me importando muito com o assunto.

– Não tinha pensado nisso – ele riu de novo.

– Já tem lua de mel todo dia né? – dessa vez tive que rir junto.

– É, mas... Acho que se houver mesmo uma lua de mel, acho que a gente vai esperar até ela passar no vestibular ou até dar uma folga. Acho que interromper os estudos dela de novo não seria uma boa coisa. Ela deu duro mesmo pra essa prova final. Muitas vezes ela ninava Victoria enquanto lia o livro.

– É, é verdade. Mas tudo tem a hora, vocês ainda vão conseguir.

– Se Deus quiser – rimos de novo dando atenção ao trabalho.

O movimento hoje estava relativamente baixo. Eu e os garotos chegamos até a jogar truco. Apostamos o lanche de hoje. Pão com mortadela e uma coca eram suficientes pra todo mundo. Eu e o burro do Joshua – não perceber que estava com as melhores cartas do jogo... – perdemos, ou seja, o babaca aqui ia ter que ir comprar as coisas. Mas eu nem me importava tanto. Eram raras as vezes que eu tinha que ir.

– Anda logo Black. Tô morrendo de fome – eles riram enquanto eu revirava os olhos.

Passei a mão no bolso procurando a carteira. Não achei nem ela e nem meu celular.

– Droga – praguejei já acelerando a moto eu direção a nossa casa.

Peguei a carteira e o celular na cômoda ao lado da cama. Quando abri a porta para sair levei um susto. Heidi, a “amiga” puta da Leah que sempre foi vidrada em mim. Aquele dia que a Nessie me ligou e ela pensou que eu estava traindo-a, eu estava junto com o povo lá de La Push, ou seja, Leah, o que quer dizer, aquela vadia no lugar errado na hora errada. Acabei nunca desmentindo a história. Ninguém iria acreditar em mim. Iriam achar que estava me fazendo de coitado e que eu queria apenas limpar minha barra.

– Olá bonitão. Não vai me convidar para entrar? – estreitei os olhos pra ela.

– É claro que não. Primeiro, você não é nem um pouco digna de estar aqui. E segundo, tô em horário de trabalho, ou seja, vaza daqui vadia – ela apenas revirou os olhos.

– Educado como sempre... Eu acho que você vai me convidar sim – o que ela queria dizer com isso?

– Ah, eu acho que não. – ia praticamente empurrando-a tentando abrir caminho para que eu pudesse sair. Ela apenas me lançou um olhar surpreso e confuso, se mantendo plantada na porta.

– O quê? Devia estar funcionando... Por que não funciona com você? – por que diabos ela estava falando isso? E o que diabos ela queria que funcionasse? Seu poder de sedução? Ah, por favor, humph.

– O que não tá funcionando vadia? Sua bunda?

– Você deveria ser mais gentil Jacob. Te ajudaria em muita coisa... – pude jurar pela minha própria vida que vi seus olhos ficarem completamente negros antes que ela me empurrasse com tal força que fui lançado parando apenas quando me colidi com a parede mais próxima, não resistindo ao impulso de fechar se fechar os olhos me rendendo a escuridão.



POV NARRADOR



Heidi era uma garota de mais ou menos 20 anos alta, cabelos negros como a noite, rosto simetricamente perfeito, já com o corpo de mulher, poderia ter o homem que quisesse aos seus pés apenas com o olhar. Graças a sua natureza, tinha uma espécie de dom que fazia com que seus pedidos fossem... Inegáveis, a quem quer que lhes fossem pedidos.

Com o impacto o garoto acabou desmaiando, provavelmente tendo fissurado ou no mínimo torcido alguma coisa. Heidi fechou a porta andando até ele com passos lentos... Pensando. Por que com Jacob era diferente? Por que apenas ele não cedia a seu “dom”?

– Onde está sua bela namoradinha Jacob? – ri irônica, pegando Jacob pelo braço e o arrastando até seu quarto. – Na verdade, onde está sua bela filhinha? – então a garota começou a despi-lo, colocando-o em cima da cama em seguida. – Uau. Você até que tem um belo corpo Jacob – feito isso ficou apenas de lingerie se deitando na cama ao lado dele. – Agora é só esperar. Você é mesmo um desperdício Jacob. Seria bem útil pra nós...

Não demorou muito para que Renesmee chegasse, juntamente com Victoria e Haniel. Heidi deixou escapar um sorriso malicioso assim que sentiu a energia do anjo aumentando, ficando mais perto. Haniel também sentiu uma energia diferente se aumentar. Victoria ficou inquieta em seus braços, quase começando a chorar. Haniel estava totalmente confuso com seus pensamentos. Nunca havia ficado de fato frente a frente com um ser desses, porém tinha alguma ideia de como poderia ser. Estava mais confuso ainda do porque de a criança em seus braços ter ficado inquieta, como se também reconhecesse que o ser estava ali.

Então o anjo deixou a garotinha no berço, disposto a descobrir o que acontecia de fato. A garota já se encostava à parede ao ver o namorado na cama com outra garota. Mais velha e consideravelmente mais bonita. Renesmee não era uma garota “feia”. Não tão alta, cabelo castanho acobreado, ondulado, feições próximas a perfeição, o corpo perfeitamente esculpido... Talvez o sonho de todo garoto. Porém, Heidi era mais velha, e sim, seu corpo era realmente mais... Atraente, aos olhos de um homem do que ela. Mas o que mais a magoava, era que era a sua cama. Sua ‘casa’, onde ela havia se entregado ao amor da sua vida pela primeira vez. Onde estava vivendo com seu namorado como se já estivessem casados, criando com todo o amor a filha que aprendeu a amar, se tornando um de seus bens mais preciosos.

Haniel ao vê-la naquele estado imediatamente a levantou dando-lhe um abraço. Renesmee por sua vez apenas afundou sua cabeça no peito de seu anjo, já com os olhos vermelhos. Jamais havia sentido tanta dor na vida. A pessoa que mais amava no mundo, lhe dando uma apunhalada nas costas.

– Por que ele tinha que fazer isso comigo Haniel? O que eu fiz de tão errado? Ter corado quando ele me chamou de “senhorita Black”?

– O que aconteceu anjo? – Haniel perguntou ainda confuso.

– Olhe lá – ela apontou para o quarto fazendo com que Haniel deixasse escapar um “oh” de espanto. Estava mesmo diante de um ser que abominava durante toda sua existência.

– Você. Vai para o quarto de Victoria agora. Entendeu? Agora – Renesmee olhou confusa para ele. – Sei que não tenho tanta influencia sobre você, mas você vai me obedecer, escutou Renesmee? – perguntou olhando nos olhos da garota com um olhar tão intenso que a fez ir para o quarto imediatamente.

– Quem é você e o que quer com esta família? – ele perguntou fazendo com que Heidi desse uma risada alta e irônica. Renesmee sentiu um arrepio enquanto mordendo o lábio, tentava acalmar a garotinha em seus braços. Bom, tentava se acalmar também.

Heidi se levantou da cama olhando diretamente para Haniel, os cabelos negros caindo pelos ombros. Haniel arregalou os olhos amaldiçoando o ser mentalmente. Apesar de já ter acesso à oportunidade, Haniel jamais havia visto uma mulher nesse estado antes. Sua mente não era tão inocente, porém pura. Dava sempre mais razão aos sentimentos espirituais do que aos carnais.

– Então você é o famoso Haniel. Uau, você é mais bonito do que imaginei – ele revirou os olhos. – O que aquela pirralha tem pra ter esses pedaços de mau caminho aos pés dela? – Renesmee bufou enquanto Haniel revirava novamente os olhos.

– Se quer saber, eles são ótimos caminhos – Heidi riu, se divertindo.

– Olha aí Haniel, a pirralha se metendo em conversa de gente grande – ela riu novamente. – E sabe garota, tenho sérios argumentos que provam que seu namoradinho é realmente um pedaço de mau caminho – ela respondeu dando a entender de que tinha mesmo tido relações sexuais com Jacob, fazendo uma fúria e um ódio praticamente palpáveis, tomar conta do corpo de Renesmee. Se ela não estivesse com a filha nos braços teria pulado no pescoço de Heidi nesse mesmo momento. – Tá nervosinha tá bebê? – Heidi perguntou provocativamente. – É assim mesmo que eu te quero.

Antes que Haniel pudesse sequer “ordenar” que ela se acalmasse e se mantivesse no quarto, Renesmee já havia colocado Victoria no berço e se encaminhava a seu “antigo” quarto, como havia pensado, com passos pesados. As mãos fechadas em punho. Jacob, começa a acordar, a cabeça e as costas doendo.

– Ness... O que... Porra, minha cabeça tá estourando – ao mesmo tempo em que ela queria mata-lo por sua suposta traição, seu coração se acelerava em resposta a ele chamar seu nome.

– Você me deve sérias explicações Jacob – Heidi começou a rir histericamente.

– Depois você termina essa relação estranha com ele. Vamos as nossas pendências. Sua filha está sendo altamente requisitada no mundo sobrenatural pirralha – a primeira reação em Haniel e Nessie foi arregalar os olhos. Ambos tinham consciência de que ela teria alguma importância já que tudo dizia não ao seu nascimento. Mas ainda se perguntavam o que a pequena Victoria teria de tão importante e ainda, Renesmee se perguntava como aquela garota sabia do tal “mundo sobrenatural” do qual ela tinha conhecimento. Logo, Renesmee estreitou olhos. Jacob ainda lutava para manter seus olhos abertos, quanto mais se concentrar na conversa.

– Assim como no Sobrenatural, você não me falaria isso apenas pela sua humilde gentileza. Ela é uma criança e eu provavelmente sou inútil contra você. Por que precisa do meu consentimento para tê-la? Ah, claro. Pelo tipinho nem preciso perguntar o que você é pra saber que é um demônio – Haniel riu levemente. Essa era a parte do gênio de sua protegida que ele mais gostava.

– O que essa vadia quer Ness? – Heidi revirou os olhos e apenas levantou a mão no rumo de Haniel e Renesmee lançando-os também contra a parede, causando um pequeno estalo na mesma. O anjo se levantou rapidamente, pegando o demônio pelo pescoço. A garota, porém, dificilmente conseguiu se colocar de quatro, tossindo e respirando com dificuldade.

– Eu poderia te matar neste exato momento – Haniel disse olhando nos olhos do demônio. Heidi por sua vez apenas riu, ainda irônica.

– Mate-me então. De preferencia de prazer – ela disse provocativamente, soterrando a pontada de medo que passou por ela. Anjos eram fisicamente mais fortes. Fora a força física, os anjos ainda poderiam exorcizar, ou se preferirem, em uma situação mais extrema poderiam até matar o demônio apenas colocando a mão firmemente sobre sua cabeça. Haniel já não sabia se continuaria mantendo o foco ou se sedia a seus instintos carnais que praticamente gritavam para ele. Então como se todos naquele quarto estivessem gritando “mate-a” mentalmente, e ele milagrosamente havia entendido, suas mão se fecharão ao redor do pescoço de Heidi. Não forte o suficiente para mata-la, mas sim para assusta-la, o que foi suficiente.

– Por que ela é tão importante? E insistirei na pergunta da Nessie. Por que precisa do consentimento dela?

– Vamos com calma bonitão. Porque ela é tão importante eu também gostaria de saber. O chefe só falou algo como a sua origem, mas isso não vem ao caso. – “origem? Mas como assim origem? Por que diabos essa mulher tá falando de origem sendo que eu e Jacob somos simples humanos?” pensou Renesmee. Haniel e Jacob, que agora esfregava a testa compulsivamente tentando afastar a dor de cabeça e se concentrar mais na conversa, estavam completamente confusos. Jacob não sabia, mas sua dor de cabeça não era causada apenas por sua dor física e sim por estar em companhia daquele ser. O motivo era desconhecido a todos. – E também segundo ele, morreria, eu acho, qualquer um que tocasse nela sem a permissão. Como se esses pirralhos tivessem a guarda dela e o segurança fosse o próprio Criador – Heidi fez uma careta ao pronunciar Criador, como se Ele fosse o ser mais repugnante da terra, e não ela, seus irmãos e principalmente seu pai.

– Interessante você e sabe Deus quem mais pensar que todos nós a entregaríamos de graça a um ser como você – ele bufou deixando bem claro o nojo que sentia por tal ser. Exorcizamus te omnis immundus spirituz, omnis satanica potestas, omnis incursio, infernalis adversii. Omnis congregatio et secta diabolica, ergo, Draco maledicte, ecclesiam tuam secura, tibi facias libertate, servire, te rogamos, audi nos Iesu Christi nomine, amen.

Antes de fechar os olhos com força e tapar os ouvidos na esperança de nãos escutar os gritos aterrorizantes que vinham da garota, Renesmee pode jurar que viu os olhos de Heidi se revirarem, ficando completamente negros. Renesmee estava em choque. Era informação de mais de uma só vez. Primeiro seu namorado lhe “traía”, sua filha era de grande importância para céu e inferno, seu anjo da guarda exorciza um demônio na sua frente e ainda teria que lidar depois com as “desculpas” de Jacob. Nem mesmo se levantar e ver como estava sua filha ela conseguia. Seu coração doía, batia descompassado, acelerado imaginando tudo que o “mundo sobrenatural” poderiam fazer com sua pequenina criança. Contra também, todos que ela amava. Victoria, Jacob, Anne, Haniel, seus pais... As lágrimas viam quente e violentamente. Não tinha certeza se conseguiria lutar por eles.

Jacob ainda cambaleando não se importou em se levantar apenas com a roupa íntima e abraçar sua namorada, enquanto Haniel observava atônito, uma grossa e densa fumaça negra sair da boca da garota e em seguida do ambiente. Heidi então cedeu, caindo no chão sem apoio. Haniel foi ao seu encontro dando um sorriso leve quando percebeu que a garota – desmaiada – ainda respirava. Renesmee não se importou por ser Jacob que a envolvia. Na verdade, sabia que era ele não porque tinha o visto e sim porque já estava tão acostumada com seus braços a sua volta e sua respiração assim tão próxima a seu ouvido, que seria impossível não reconhecê-lo. Renesmee não estava nem um pouco disposta a perdoá-lo, porém mesmo assim, ainda se sentia confortável e segura em seus braços. Ainda agradecia a Deus por tê-lo a seu lado.

– Vai passar Ness. Isso tudo...

– Não me chama assim – ela se afastou dele soluçando. – De novo não Jacob. Chega.

Haniel abriu rapidamente o guarda roupa pegando o primeiro vestido de Renesmee que viu e vestiu na garota desaparecendo com ela. Apareceu na frente do primeiro hospital que lhe veio na mente, dando a ajuda necessária à garota, aproveitando assim para deixar Renesmee e Jacob resolverem tudo isso sozinhos.

– Eu acreditei em você! – Renesmee já se levantava com os nervos a flor da pele. – Há quanto tempo isso vem acontecendo Jacob? E por que diabos? Eu não te entendo Jacob Black. Eu pensava que entendia e pelo que eu via em você, que eu te completava. De que eu era tudo pra você como você também era pra mim. Mas não. Você fez questão de destruir tudo que a gente construiu. Seria mais fácil ter te perdido uma única vez, mas não. Você fez questão de me convencer que tudo seria diferente apenas para me destruir de novo, sem me dar chance de reconstrução – Jacob esperou pacientemente que ela terminasse para que assim começasse a falar.

– É mesmo difícil de acreditar que você acreditaria em um demônio e não no “amor da sua vida”.

– E que garantia eu tenho de que isso não é um argumento para me convencer de que você não fez nada? Você já fez isso uma vez...

– Eu nunca Renesmee – Jacob a interrompeu com a voz baixa. Não pediu para que ela abaixasse o tom de voz, mas a respeitava. Sabia muito bem que ela não tinha razão em gritar assim com ele, mas ainda assim, deixava que ela botasse pra fora o que estava sentindo. Apenas esperava que ela lhe desse a oportunidade de se explicar. – Nunca te traí. Eu não sei que tipo de surto psicótico me deu naquela época para que eu te deixasse, mas eu nunca te traí. Lembra-se da Leah? Bom, é um tanto difícil imaginá-la com amigos. E então posteriormente você descobre que sua única amiga é um demônio... – ele suspirou olhando para o chão. Nessie não queria demonstrar, mas estava se interessando pela história que ele contava. Nunca havia ouvido essa versão da história. – Quando você me ligou aquele dia, foi exatamente na hora em que aquela vadia estava lá com todos nós de La Push. Ela tentava a todo custo desviar minha atenção, mas sabia que se não jogasse pesado não conseguiria te destruir. Não conseguiria nos destruir. E então ela usou o mesmo truque hoje. Era a minha vez de comprar o lanche dos garotos e a minha carteira e meu celular estavam aqui. Voltei para pega-los e quando abri a porta tinha um demônio que me jogou na parede, tirou as minhas roupas e me colocou na nossa cama, com o intuito de te magoar ainda mais – ele usou a palavra “nossa” frisando que a cama pertencia apenas a ele e ela. – Acredita em mim meu amor, por favor. Não me deixa te perder sem ter culpa.

Jacob apenas procurava a decisão nos olhos da garota. Não poderia viver sem ela. Não conseguiria. Perguntava-se a cada dia como conseguiu ficar tanto tempo longe dela. Cinco meses foram suficientes para fazer com que ele desconheça qualquer outra vida além da vida que tinha com suas garotas. Estava prestes a pedi-la em casamento, assumindo assim um relacionamento sério, se comprometendo, unindo-se com ela de fato por todas as maneiras humanamente possíveis. O que ela pensaria agora?

A garota apenas sentiu-se grata por sua filha começar a chorar quebrando o clima entre eles. Saiu do quarto pegando sua garotinha nos braços a abraçando forte. Porém a garotinha continuou chorando, apertando algo invisível na direção da porta como se quisesse sair do quarto. Antes de deixar o quarto Renesmee sussurrou baixinho no ouvido da filha: ”bebê, por favor. Não me deixe. Você é tudo que eu tenho”. Então foi ao encontro de Jacob, agora vestido com sua calça jeans escura e uma camisa preta. Victoria mais que depressa já estendeu os bracinhos para o pai, diminuindo o choro. Jacob sorriu pegando a filha no colo. Mesmo sem ter completa consciência de suas ações, a pequena Victoria dava visivelmente a entender que seu pai não mentia, ou seja, tudo isso foi apenas um obstáculo na relação dos dois.

– Acredita em mim Ness? – ele perguntou com medo da resposta. Sabia que tinha o apoio da filha que logo se acalmou em seus braços, brincando com a gola da sua camisa, mas mesmo assim, precisava também do apoio da mãe da garotinha.

– Eu... Eu preciso de um tempo pra digerir tudo isso. Dê-me apenas um tempo Jake – o garoto não conseguiu conter o sorriso que surgiu em seu rosto quando a garota pronunciou seu apelido. Ele com certeza lhe daria o tempo que ela precisasse. E então Haniel voltou, por coincidência, no fim da conversa.

– Ele não está mentindo Ness. Eu seria o primeiro a lhe dar uma boa lição se estivesse mentindo. Se quiser, tem alguns sinais na parede da sala que não nos deixam mentir – Haniel confirmou tudo o que o coração de Renesmee gritava pra ela e sua consciência a impedia de se levar. – Ah claro. Vicky?! – ele estendeu as mãos para Jacob que a deixou nos braços do anjo.

Então Renesmee abraçou Jacob com todas as forças que tinha em si, fazendo com que o garoto abrisse um largo sorriso.

– Jake? Me perdoa por ser uma idiota? – ele apenas beijou sua testa ainda sorrindo.

– Bom, tanto a Anne quanto o seu... Anjo, já nos reforçaram de que o diabo vai correr atrás da nossa infelicidade 25 horas por dia, não é mesmo? Enquanto deixarmos que o nosso relacionamento seja um triângulo amoroso entre Deus, eu e você, tudo vai continuar perfeito Ness. Ele está conosco, não se preocupe. Isso tudo só serviu para nos deixar mais fortes. Eu te amo.

Renesmee – ainda presa a seus olhos –, “perdeu o chão”, buscando apoio no garoto. Suas palavras mexeram tanto com ela, que todos que estavam se esqueceram de um importante detalhe: Victoria continuava sendo extremamente importante para ambos os lados do mundo sobrenatural.



POV JACOB



Mal podia esperar para que ela tirasse logo sua carteira de motorista. Não que andar de Volvo fosse ruim, mas... Continuavam sendo os pais dela. Depois daquela hora acabou que o coitado do Haniel teve que ir na oficina levar o lanche pro povo. Pedi que pedisse desculpas a Joe e que descontasse do meu salário. Iria passar – passei – o dia inteiro com minhas princesas. Agora estamos aqui, no carro do meu futuro sogro, minha bebê no colo da minha princesa, o clima bom... Meu coração pulsava como se fosse sair do meu peito. Talvez não nos casaríamos em uma igreja e teríamos uma grande festa. Mas ainda assim, a imagem dela vindo em minha direção vestindo um longo vestido tomara que caia branco era inevitável. Tão linda, tão... Minha.

– O que você acha dela estar fazendo 16 hoje Jake? – Edward perguntou com bom humor.

– Acho ótimo – rimos animados. Ness protestou.

– Bom, acho que não prestei atenção na piada. Posso saber o que foi? – eu e Edward balançamos a cabeça negativamente como se fosse ensaiado. – Tá bom então, eu sempre fico fora de tudo aqui. Humph – beijei sua cabeça.

– Bom, meu amor, se você souber de tudo antes perde a graça – pude ouvi-la bufar baixinho. – Você vai gostar, eu prometo.

– É bom mesmo – ela respondeu meio irritada fazendo com que eu e Edward ríssemos novamente.

Apenas Bella estava lá quando chegamos.

– Mãe! – com passos rápidos ela extinguiu a distancia entre as duas. – Estava com saudades. Bença? – Vicky logo estendeu os bracinhos pra ela.

– Deus te abençoe meu anjo. Vocês bem que podiam vir mais vezes não?! – Bella abraçou-a pegando Vicky. Sorri vendo as duas. – E então, como vai a vida de adulto? – Bella se virou rapidamente pra mim, me dando uma piscadela. – Eu ainda acho que tô muito nova pra isso, mas... Minha netinha parecesse gostar – rimos. Nessie corou olhando pra mim.

– Bom... Vai bem. A gente praticamente vive de pizza, macarrão e bife – ri alto. Bom, a gente também vive de outra coisa, mas isso não vem ao caso. Ouvi Edward bufar, provavelmente entendendo o duplo sentido já que ela desviou justamente para o assunto da comida e eu comecei a rir alto... Bella também pareceu perceber já que também riu e permaneceu no assunto da comida.

– Ah, então... Você precisa passar alguns finais de semana aqui mocinha. Eu cozinhando salmão grelhado nas horas vagas e você vivendo de miojo? Como você aguenta Jake? Ah, é. Bom, filha se quiser passar um final de semana aqui, será bem vinda, mas isso se você aguentar a abstinência não é?! – ri mais alto que da última vez. Bella e Edward também riram, enquanto uma linda tonalidade de vermelho passava pelo rosto dela. Como ela ficava linda quando estava envergonhada.

– A conversa era isso mesmo que a gente ouviu? Meu Deus Ness – Anne chegou toda animada com Haniel.

– Eu que o diga Anne – os recém-chegados riram.

– Aqui amiga. Bom, Haniel me ajudou a escolher então conta como o dele também.

– Pelo amor de Deus Anne. Sabe que não precisava – ela disse toda sorridente enquanto abria o pacotinho branco. Com certeza a loja era chique. – Oh meu Deus! Eu amei Anne, obrigada – Ness quase pulou em cima dela com uma correntinha dourada na mão. Se vi bem estava escrito “angel” em uma caligrafia um tanto... Perfeita, e duas asinhas no “l”. A corrente era mesmo linda.

– Anne. Como é bom ver você por aqui – abracei-a. – Madrinha de casamento – sussurrei em seu ouvido. Ela por sua vez deu um pulo com a mão na boca evitando que o grito escapasse para o mundo inteiro. – Sabe como é né?! – ela riu assentindo. – Já que agora a outra lovatic chegou Ness, já volto – dei um beijo em sua testa enquanto as duas riam levemente.

– Tudo bem amor – subi as escadas indo em direção ao banheiro enquanto ouvia a conversa das duas.

– Lembra quando a gente foi comemorar o 20 de agosto? – elas riam.

– Como se eu pudesse me esquecer. Jacob, Embry e Haniel estavam a um passo de sair daquela pizzaria e ir para um bar, mesmo sendo menores de idade – sorri. – E o Embry não pode vir por causa de uma reunião de família, obrigada por perguntar.

– Mas eu ia te perguntar, chata – as duas riram de novo...

Eu nem sabia que dia 20 de agosto era “feriado”. Pra falar a verdade, dia 20 de agosto é o dia do aniversário da Demi Lovato, por tanto, feriado na agenda dessas lovatics locas que eu amo. Em plena segunda-feira essas malucas inventaram de ir para uma pizzaria comemorar o aniversário da Demi Lovato. Dá pra acreditar? Humph.

O que desviou minha atenção da conversa delas não foi eu ter chegado ao banheiro ou alguma coisa nos quartos. E sim... O que diabos Josh Haloway estava fazendo aqui?

– Pensei que seria mais difícil. Olá Jacob.

Pude jurar que vi seus olhos ficarem completamente negros, assim como os de Heidi, enquanto ele sorria ironicamente pra mim. Antes que pudesse sequer me virar, o filho da mãe já me arrastava pelo braço. Tentei me soltar, mas era inútil. Talvez eu devesse chamar o anjo dela, mas isso envolveria também Edward, Bella, Anne, Ness, Victoria. Se eu ao menos soubesse aquelas palavras... Quando a parede se tornou seu principal obstáculo, o demônio saltou da janela me levando junto. Tentei me levantar e correr dele. Sem sucesso. Então a única coisa que pude ver foi sua mão direita acertando com tudo a minha cabeça.

Por um instante pude jurar que tinha morrido. Mas então tudo ficou quieto. E então eu acordei em um galpão completamente vazio, provavelmente, no meio do nada.



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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? o.o
dskdskpdskpkdspdkspskp .
o capitulo esta maiorzinho e foi postado um tiquito mais rapido que os outros entao ... talvez eu demore no proximo =/ . enfim, vo faze o possivel pra posta mais rapido ;)
afinal, os primeiros Volturi já apareceram... sdkkpdskpdskp
;)