All That Drugs - Sugar Coma escrita por AbyssinWonderdead


Capítulo 29
CAPITULO 28: The Hero


Notas iniciais do capítulo

* sorry
* aqui está
* desculpem a demora
* vou digitar o próximo, e posto
* por favor, n abandonem TT^TT
* espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/237556/chapter/29

ALL THAT DRUGS

SUGAR COMA

CAPITULO 28: The hero

"I never meant to be the one

Who kept you from the dark

But now I know my wounds are sewn

Because of who you are

I will take this burden on

And become the holy one

But remember I am human

And I'm bound to sing this song

So hear my voice,

remind you not to bleed

I am here"

– Savior - Black Veil Brides

Frances retornou junto com Travis para o quarto. Quando chegaram havia uma mulher ruiva com um jaleco branco sentada no sofá do quarto com uma prancheta nas mãos e um óculos no pescoço, balançando a perna cruzada, como se estivesse impaciente. Olhou em volta e viu Alan encostado na parede mirando o chão.

Ajudou Frances a subir na maca, mas ela rejeitou, colocando uma mão por cima do braço de Travis, e olhando em seus olhos disse:

– Eu posso fazer isso sozinha - deu um leve sorriso - Vai crianção, estou bem aqui, nenhuma raposa vai atacar a lebre hospitalizada.

Travis possibilitou-se a um pequeno e baixo riso, insistiu e a ajudou a subir na cama. Deu um olhar torto para a médica, olhou para Alan e se afastou, ficando ao lado dele.

– Mais remédios - disse Frances com uma careta, e em uma língua silenciosa ela disse: Quando vou embora desse inferno?

Quando melhorar, respondeu Travis da mesma forma com um olhar sério. Seja uma boa lebre hospitalizada.

Frances riu, depois fez uma cara emburrada, colocando um braço por cima da barriga, enquanto no outro havia uma agulha com uma fina mangueira em que a médica injetava o remédio; a mesma lançou um olhar mal humorado para Travis, depois para Alan, e se afastou, retirando as luvas descartáveis de plástico.

Travis ergueu as sobrancelhas, demonstrando que estava olhando para ela. A mulher desviou o olhar e foi embora do quarto sem dizer nada, assim como havia chegado.

Frances bocejou, depois riu.

– Não precisava assustar ela.

– Não assustei, só olhei.

– Seus olhos claros assustam até a um gato.

– Bran não se assusta.

– Ele conhece... - interrompeu a própria fala para um bocejo - Droga...

– É melhor eu ir... - anunciou o ruivo colocando as mãos nos bolsos da calça jeans - Até.

– Até - disseram Travis e Frances em uníssono.

Alan bateu a porta do quarto suavemente atrás de si, quase sem fazer barulho. Travis acompanhou o ruivo com o olhar pela janela, e suspirou quando a imagem dele desapareceu de seu campo de visão.

– Conte até dez – Frances suspirou a frase.

– Pra quê?

– Você é ciumento demais, então... Conta até dez antes de voar para o pescoço dele.

– Tenho motivos para ficar com ciúmes? – perguntou – Tenho motivos pra voar no pescoço dele?

– Não – ela disse, indiferente.

– Então pronto – Travis bufou, depois assumiu uma expressão culpada – Desculpe, só estou um pouco estressado e cansado, desculpe.

Frances lançou a Travis um olhar que ele conhecia bem, o olhar que ela sempre lhe lançava quando ele deveria pensar antes de dizer ou fazer alguma coisa, ou então quando não deveria se importar, que estava tudo bem.

Se aproximou da cama, acariciou o braço de Frances em que não havia uma agulha enfiada em seu braço, depois se aproximou para beijar a ponta do nariz dela. Frances levantou a cabeça e o corpo, para que seus lábios se encontrassem, com beijos carinhosos e sedentos, lutando por espaço, Frances afastou-se um pouco, mas Travis segurou seu rosto com as duas mãos para que ela não escapasse, e ela não tentou escapar novamente, até que ambos estavam realmente sem fôlego e se separaram ofegantes.

– Boa noite – disse Travis.

– Boa noite.

Travis se afastou, e quando Frances fechou os olhos, arrastou silenciosamente uma cadeira para a janela, onde olhou um tempo para baixo, vendo a rua vazia a noite, com um ou outro carro passando de vez em quando.

Pegou o violão que estava encostado na parede, tirou-o da capa e sentou-se na cadeira em frente a janela, voltando a olhar com certa melancolia para as ruas desertas. Colocou o violão no colo, tocou uma nota e fez uma careta, logo depois olhou para trás achando que poderia ter incomodado, mas Frances nem se mexera.

Franziu a testa, percebendo que seu violão havia desafinado com uma facilidade e rapidez quase inacreditável. Arrumou-o, tocando cada nota, até que cada uma estivesse com o seu tom afinado e correto, e se pos a tocar a primeira música que viera a sua cabeça naquele momento.


I never meant to be the one

who kept you from the dark

But now I know my wounds are sewn

because of who you are

I will take this burden on

and become the holy one

But remember I am human

and I'm bound to sing this song


– Será possível que você não pode largar esse violão nem por uma droga de segundo? – ouviu a voz sonolenta e familiar resmungar ao longe.

Soltou uma pequena risada.

Sorriu e virou-se para olhar a cama, mas estava vazia. Virou-se para o outro lado, quase virando a cabeça rápido demais, e viu a Frances “criança teimosa” de olhos azuis, que insistia em ficar fora da cama, mesmo quando estava com sono, e deveria dormir, para que pudesse ir embora o mais rápido possível.

– Sabe que não.

Frances fez um muxoxo e sentou no chão.

– Frances... – Travis a olhou desapontado.

– O que foi?

– O que está fazendo?

– Fazendo-lhe companhia – respondeu Frances.

– Vá para a cama. Eu vou para lá.

Frances resmungou algo entre dentes e inaudível, depois ergueu uma sobrancelha e se apoiou na cadeira e se levantou, trocando as pernas uma vez e cambaleando. Achou que ela fosse cair e quase se levantou com um salto.

Frances sentiu-se na cama e começou a rir, balançando-se para frente e para trás e balançando as pernas.

– Devia ter visto a sua cara – bocejou rindo – Foi engraçado.

Travis se sentou de qualquer jeito, soltando um muxoxo.

– Não brinque em fingir que caiu.

– Eu não ia cair, bobão!

– Que seja!

– Odeio quando fazem isso comigo – disse, seguido por outro bocejo – Me drogam para dormir.

Travis se levantou e arrastou levemente a cadeira pelo chão até o lado da cama. Depois pegou o violão e se sentou ao lado de Frances, esperando que ela se deitasse na cama.

– Vamos embora amanhã – ela disse – O que vamos fazer?

– Torcer para que seus pais não te procurem – disse.

Frances riu, como se aquela tivesse sido uma das piadas mais engraçadas que já ouvira em toda a sua vida.

– Isso eles já devem estar fazendo – disse – Eu quero dizer... depois daqui.

– Voltamos para Seattle.

– Morando aonde? Embaixo da ponte? – um riso sarcástico – Não, não, não. Minha cota de morar embaixo da ponte já esgotou.

Travis limitou-se a uma leve risada.

– Seus pais deixaram a chave embaixo do tapete – os olhos de Frances se arregalaram na mesma hora, depois ela riu.

– O quê? Não, espera, sério?

Travis confirmou com a cabeça.

– Só eles mesmo... – resmungou – Dois idiotas.

Travis ergueu uma sobrancelha e pegou-se pensando nos seus pais, em como eles estavam, mas afastou o pensamento. Não vale a pena Travis, esses dois também eram dois idiotas... disse a si mesmo, depois voltando a olhar Frances, que falava alguma coisa sobre os pais, o que o fazia lembrar muito de como ele costumava falar antes, na época em que não conhecia Frances, na época em que ele era da escola, revoltado, despreocupado, detestando todo mundo...

Lembrava-se bem da época, e agora que parara para pensar já havia visto Frances na escola, andando sempre sozinha, com fones de ouvido, roupas pretas, maquiagem escura, olhando para todo mundo com desprezo. Ele fazia a mesma coisa quando ia para a escola, vestia as suas camisas de bandas de rock, usava calça rasgada... e xingava as pessoas, tentando ignorá-las na maior parte do tempo.

Sorriu para Frances, que já estava deitada, com a coberta da cama cobrindo da cintura para baixo.


I never meant to be the one

who kept you from the dark

But now I know my wounds are sewn

because of who you are

I will take this burden on

and become the holy one

But remember I am human

and I'm bound to sing this song

So hear my voice, remind you not to bleed

I'm here

Saviour

will be there when you are feeling alone, oh

A saviour for all that you do

So live freely without their harm

So here I write my lullaby

to all the lonely ones

Remember as you learn to try

to be the one you love


Frances estava virada um pouco de lado e dormia quando Travis parou para olhá-la. Parecia um anjo, um anjo sofrido, um anjo que havia caído por uma injustiça. Frances sofrera demais, sendo que tanto ele, quando ela sabiam, que ninguém a fazia sofrer, era ela mesma que fazia aquilo com ela, se culpando com o que não tinha culpa, ela se massacrava por dentro.

So I can take this pen and teach you how to live... – cantarolou enquanto se levantava da cadeira, colocando o violão de lado - But what is left unsaid, the greatest gift I give...

Tocou a testa dela de leve para não acordá-la, e a beijou onde colocara a mão. Sentiu lágrimas ameaçarem a surgir em seus olhos, afastou-as esfregando os olhos, guardou o violão, colocando-o recostado à parede. Pegou uma carteira de cigarros que guardava dentro da capa do violão junto com um isqueiro, e colocou tudo no bolso, indo até a porta.

– Até amanhã – murmurou fechando a porta levemente atrás de si.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

* vale reviews?
* ficou bom?
* próximos dois capitulos são curtos...
* espero que tenham gostado



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "All That Drugs - Sugar Coma" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.