All That Drugs - Sugar Coma escrita por AbyssinWonderdead


Capítulo 24
CAPITULO 23: Doll Parts


Notas iniciais do capítulo

- e o mesmo aconteceu com Doll Parts, mas esse foi proposital povo...
- coloquei tudo de Doll Parts de propósito... kkk ta okay
- espero que gostem, ficou uma porcaria, mas espero que gostem
- xoxo



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ALL THAT DRUGS

SUGAR COMA

CAPITULO 23: Doll Parts


I want to be the girl with the most cake
I love it so much, it just turns to hate
I fake it so real, I am beyond fake
And someday you will ache like I ache

– Doll Parts - Hole


Seus primeiro minutos de sono, eram sonhos ou pesadelos com memórias que a atormentavam, despertando de suas covas, desenterrando seus corpos, e voltando como zumbis para assombrá-la naquela noite de chuva.

Estava em um quarto escuro, estava ventando lá dentro, as janelas atrás da cama de casal em que estava deitada estavam abertas, com as cortinas esvoaçando para dentro do quarto com o vento forte que assobiava na noite.

Frances se levantou, ficando sentada na cama, achando ter visto a sombra de Travis em um canto do quarto, mas ele não estava ali, apenas uma ilusão, uma triste ilusão.

Ficou em pé ao lado da cama, e olhou para si mesma, ela usava uma camisola longa, branca, quase transparente de cetim. Abraçou o próprio corpo, quando um vento frio a atingiu, fazendo Frances se arrepiar. Caminhou pelo quarto escuro, quando começou a ouvir uma música sendo tocada no piano.

– Travis? – chamou, enquanto caminhava pelo quarto.

Era realmente estranho o fato de estar em uma casa que nunca havia visto na vida, vestindo algo que nunca se imaginara vestindo, e ouvindo alguém tocando piano, que por algum motivo, sem saber realmente qual, ela imaginava que fosse Travis tocando.

Quando chegou ao local onde estava o piano, quem tocava estava de cabeça baixa, mas pela fumaça de cigarro que vinha dali, e o topo da cabeça com cabelo louro com um pouco de castanho, deve cem por cento de certeza que era Travis, e quanto atravessou por onde deveria haver uma porta, a cena mudou...

Estava em algum lugar, mas ela estava vendo ela mesma ali, com Travis, ela estava vendo ela mesma se casando com ele, sentiu-se triste por um momento, sacudiu a cabeça, mas nada havia mudado, ela seguia pela igreja, com um buque de flores na mão, com um vestido branco, mas não estava sorrindo.

Olhou para o altar, onde estava Travis, com um terno, ele também não estava sorrindo, não entendia nada, realmente tinha algo errado. A igreja estava cheia, um dos erros era esse, e eles nunca quiseram se casar em uma igreja, Frances e Travis queriam se casar na praia, ou em qualquer outro lugar, sem toda a tradição do vestido branco, as damas de honra,a igreja, os votos... Não queria nada daquilo. Queria o seu próprio jeito de casamento.

A imagem mudou de novo... Estava tudo escuro novamente, e havia a luz branca e distante. Estava novamente naquele sonho das criaturas negras e esquisitas, mas quando passou pela luz não estava em uma floresta, estava em uma espécie de salão com escadas de pedra amarela, mas não escadas comuns, algumas eram normais, mas outras estavam de cabeça para baixo, e se soltavam das paredes, se movendo de um lado para o outro.

Correu até uma escada, e quando pisou, esta se moveu e foi flutuando até outra que estava do outro lado. Segurou-se no corrimão quando a escada bateu na outra com força, e esta se despedaçou, saltou antes que caísse, mas a outra também se desfez em pó e ela caiu na escuridão.

Estava de novo no quarto, deitada na cama, com o vento entrando com fúria pela janela. Agora ela não ouvia o piano, ela não ouvia nada, o vento havia parado do nada. Olhou em volta, a “porta” em que dava para o salão onde o piano estava, deixara de existir, não haviam mais portas no quarto, apenas a janela, que parecia falar em sua mente, arrastando-a até ela.

Passou pela porta dupla de vidro aberta, e se apoiou no parapeito de ferro, olhou para baixo, não havia nada além de escuridão, névoa e vento. Segurou com força no parapeito, e começou a subi-lo, até que estava em pé me cima do parapeito, balançando um pouco. Suspirou e em um ato de loucura ela saltou. Sentindo o vento machucá-la, e mesmo enquanto caía, sentia o medo, o desespero, o susto e os ossos tremendo.

E ela acordou com um miado alto, seguido por vários curtos e roucos. Bran estava arranhando a caixa, e colocando as patinhas laranjas com as unhas para fora.

Piscou várias vezes até perceber que já era manhã, bocejou, sentou-se cruzando as pernas e deu comida na boca para Bran, sem retirá-lo de dentro da caixa de transporte.

Seu corpo tremeu de leve, suspirou, apoiou-se na parede da ponte, suspirou novamente e com todas as suas coisas e Bran nas mãos, foi até o parque que tinha visto antes.

Chegando lá, sentou-se na grama, apoiando as costas na árvore, colocou Bran ao lado dela, um pouco afastado, retirou uma boina de dentro da mala e a colocou a sua frente; estava se sentindo ridícula fazendo isso, mas precisava de dinheiro, se não quisesse morrer de fome. Tirou a guitarra do case, e começou a tocar, mesmo achando que fosse uma má ideia e que não daria muito certo.


I am
Doll eyes, doll mouth, doll legs
I am
Doll arms, big veins, dog bait

Bran estava miando enquanto ela cantava, sorriu para o gato continuou cantando, enquanto olhava para o parque a sua volta, que ainda começava a pegar movimento, três a cinco crianças começavam a aparecer, com seus pais ou suas babás, correndo e brincando alegre com um sorriso no rosto.


Yeah, they really want you
They really want you, they really do
Yeah, they really want you
They really want you, and I do too


Gostava da época em que era apenas uma garotinha, que sonhava com o dia em que cresceria e seria uma adulta dona do próprio nariz, e agora era quase uma adulta, e gostava de se lembrar da época em que era uma criança, e suas únicas dores eram as dos joelhos ralados quando caía da bicicleta, ou do patins.

Viu uma menina de aparentemente sete anos apontar para Frances, com um sorriso, puxando a mãe que a acompanhava pela manga da blusa. Havia um sorriso em seu interior, mas tristeza em seus olhos. Sorriso por conseguir arrancar um sorriso da menininha de sete anos apenas com uma música, triste por não ter aproveitado o tempo em que era uma garotinha como ela.


I want to be the girl with the most cake
I love it so much, it just turns to hate
I fake it so real, I am beyond fake
And someday you will ache like I ache
Someday you will ache like I ache
Someday you will ache like I ache
Someday you will ache like I ache
Someday you will ache like I ache

A menina de sete anos veio correndo com um sorriso e sua mãe veio em uma certa distancia, com um pequeno sorriso, os adultos não são, e nunca seriam felizes como uma criança, ela agora entendia isso. Tentou não ligar quando a menina chegou e ficou parada com um sorriso no rosto, mas aquilo, para Frances, sem saber muito bem, tinha sido uma tarefa difícil não sorriso, e retribuiu.

Sentiu seu corpo tremer, mas ignorou, e ficou tocando. A menina saiu e voltou com uma mão fechada, ainda sorrindo, e acompanhada da mãe, que não sorria, apenas olhava para a filha.


I am
Doll parts, bad skin, doll heart
It's stands for knife
For the rest of my life

A garota abaixou e colocou o que tinha em suas mãos dentro da boina, várias moedas prateadas, e sentou na frente, ainda sorrindo. Logo sua atenção foi tomada por Bran, que ainda miava.

Yeah, they really want you
They really want you, they really do
Yeah, they really want you
They really want you, and I do too


– Que fofo! – a menina exclamou com um sorriso. – Mamãe, olha!

– Fofo mesmo – disse a mãe, indo até a menina com um sorriso que Frances sentia que não era verdadeiro. – Dê tchau para o gatinho e a moça, vamos.

– Ah, ta bom. – disse se levantando. – Tchau gatinho, tchau moça!

– Tchau. – foi a única coisa que Frances disse.

Sentiu seu corpo tremer com mais intensidade, mas continuou cantando, até que arrepios percorreram por todo o seu corpo.

I want to be the girl with the most cake
He only loves those things
Because he loves to see them break
I fake it so real, I am beyond fake
And someday you will ache like I ache
Somed...

E ela desmaiou...



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Notas finais do capítulo

- espero que tenham gostado
- desculpem se ficou chato
- não esqueçam dos reviews *u*
- paz, amor e empatia



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