All That Drugs - Sugar Coma escrita por AbyssinWonderdead


Capítulo 23
CAPITULO 22: November Rain


Notas iniciais do capítulo

- psé, o nome do Cap. é November Rain, o trecho da música é de November Rain, a imagem é de November Rain, e o Alam gosta de Guns n' Roses, mas o cap. não tem o nome de November Rain por causa do Alam, ou por causa do Guns, foi tudo pura coincidencia... psé
- ta bom, acho que o tamanho desse não foi tão curto, nem tão longo, ta normal, e espero que gostem *u*



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ALL THAT DRUGS

CAPITULO 22: November Rain

“If we could take the time

To lay it on the line

I could rest my head

Just knowin' that you were mine

All mine”

- November Rain - Guns n’ Roses

Tinha começado a chover, e por algum milagre, Adam tinha encontrado a casa, só pelo fato de ela ter lhe dito que ficava perto de um rio. Na certa, a rua em que ficava sua casa, era a única rua que tinha um enorme lago atrás.

Dentro de todo o percurso, a maior parte fora silêncio, mas depois de algum tempo encarando Adam e a tatuagem do Guns n’ Roses, ele abriu a boca para perguntar um simples: “algum problema com a tatuagem?”, desviou o olhar na mesma hora e ouviu o ruivo dar risada. Provavelmente fizera papel de idiota, olhando para uma tatuagem por alguns minutos.

- Você é bem fâ do Guns, né? – era uma pergunta estúpida, já que estava estampado, como se fosse um Outdoor, ou uma placa com um letreiro de luz, escrito: “eu sou muito fã de Guns n’ Roses”. – Tá esquece, foi burrice perguntar.

- Ainda bem que sabe. – ele respondeu. – Algum problema com a tatuagem do Guns? Vocês fãs do Nirvana... – Frances o interrompeu.

- Axl é um brigão, e você vem começar a falar que os fãs do Nirvana, que não gostam do Guns n’ Roses? – Adam ficou meio surpreso, mas apenas respondeu com uma risada.

E disse:

- Ok. Então tá, vou perguntar de novo. Algum problema com a tatuagem?

Depois daquele momento, os dois ficaram conversando até chegarem à casa dos pais de Frances. Sobre músicas, bandas, instrumentos, e discutindo sobre alguns conflitos que aconteciam dentro das bandas, e conflitos que ocorriam com caras de uma banda, com caras de outra banda.

Lembrou-se dos tempos em que fazia isso com Travis, ele sempre muito fã de Foo Fighters, Frances muito fã do Nirvana e Hole; os dois discutindo sobre o fato de Courtney Love ser uma barraqueira e que ela implicava demais com o Dave Grohl; sendo que Frances não concordava em parte, só com a parte de Courtney ser barraqueira.

Quando chegaram à frente da casa, o assunto morrera se tornando um frio silêncio.

Frances olhou pela janela, e estava tudo escuro, não deveria ter alguém lá dentro, além de Bran, se não estivesse morto de fome e sede, do jeito que os pais eram, podiam muito bem ter deixado Brandon largado em casa, sem comida nem água.

Olhou para Adam, ele escrevia alguma coisa rapidamente em um papel, e entregou para ela, com uma cara suave e sem expressão.

- Se isso der certo, me chame. – disse.

- Okay, obrigada pela carona. – disse pegando o papel, e saindo do carro, fechando a porta.

- Sem problemas, e cuidado por onde anda. – deu uma manobra, e voltou para a rua, seguindo caminho.

Olhou o número, guardou no bolso da calça e foi até a porta da casa. Rodou a maçaneta, fechada como sempre. Abaixou-se, e levantou o tapete de bem-vindo de carpete verde que sua mãe colocara na porta. Havia uma chave prateada, meio fina e com cara de antiga, embaixo do tapete, pegou-a e abriu a porta, ligando a luz assim que abriu a porta.

- Tommen? – não sabia para quê tinha chamado pelo irmão, mas o chamou. Estalou os dedos da mão direita. – Bran?

Nenhum dos dois respondeu, subiu a escada e abriu a porta do seu novo quarto. Ouviu um miado rouco e alto, um miado diferente do normal de Bran. Mas era ele. Caiu de joelhos na frente da porta do quarto, enquanto um gato meio magro e com o pelo em um tom de laranja escuro e sem brilho se aproximou correndo.

- Bran... – alisou as costas ossudas do gato – O que eles fizeram com você?

Olhou para dentro do quarto, nada estava diferente do que da última vez que entrara naquele quarto, a mala ainda estava no mesmo lugar; havia um cheiro estranho, de gato sujo, mas não se importou.

Encostados à cama, havia um saco de ração para gatos, um pote de alumínio com água um pouco suja, e quase vazio, ao lado tinha um pote grande pela metade com ração de gato. E em outro canto, havia a caixa de areia de Bran, completamente suja.

Deu comida para Bran na boca, que quase mordia os dedos dela, de tanta fome. Colocou água nova no pote de alumínio depois de lavá-lo, depois pegou a caixa de transporte de animais de estimação e chamou Bran para dentro, mas ele não queria vir, então Frances o colocou a força e fechou a caixa.

Tirou roupas de dentro da mala, que também poderiam ficar para trás, largando-as em cima da cama, colocou o saco de ração no lugar das roupas que deixara para trás, colocou a guitarra nas costas, pegou a mala com uma mão, Bran com outra e foi embora da casa, sem trancar a porta, ainda deixando a chave embaixo do tapete.

- Livres para sempre Bran. Livres. – murmurou, seguindo caminho até onde sabia que tinha um parque, e uma árvore, onde poderia ficar.

Seus ossos voltavam a tremer aos poucos, enquanto andava. Gotas caíram e Frances se lembrou em que época do ano estavam. Era Novembro, quase Inverno, e seu aniversário estava chegando, hoje era 22 de Novembro; três dias, e ela completaria dezoito anos, completamente livre dos pais, podendo viver independente, e o inverno chegaria por completo.

Apressou o passo, e encontrou o parque, se alojando embaixo da árvore por um tempo, até que sentiu a chuva ficando mais forte. Correu até uma espera de ponto de ônibus, e ficou um tempo ali enquanto a chuva só ficava mais forte, com gotas grossas, fazendo muito barulho, até que a chuva começara novamente a ficar mais fraca, e ela viu ali perto uma ponte onde ela poderia ficar por um tempo, totalmente protegida de chuva.

Foi até lá com passos rápidos, sem correr para não estressar mais ainda Bran, dentro da caixa, balançando de um lado para o outro.

Era uma ponte um pouco úmida, nada diferente da parte de baixo de uma ponte comum. Analisou a parede da ponte, onde haviam marcas estranhas, como se alguém tivesse arranhado elas, haviam frases, e uma ela reconhecera muito bem: ”Underneath the bridge, the tarp has sprung a leak”. Uma das partes de Something In The Way, do Nirvana, da época em que ele estivera morando embaixo daquela ponte, o que era pura coincidência. Sentiu-se por segundos, um pouco alegre, tocou a parede com as frases entristecidas, apoiou a guitarra na parede, e deitou a cabeça na mala, como um travesseiro, olhando para Bran, antes de cair no sono.


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Notas finais do capítulo

- espero que tenham gostado
- eu to muito idiota esses dias, e acho que esse e o cap anterior ficaram muito idiotas, masok, espero que tenham gostado
- n esqueçam os reviews *u*
- paz, amor e empatia



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