All That Drugs - Sugar Coma escrita por AbyssinWonderdead


Capítulo 18
CAPITULO 17: Vazio


Notas iniciais do capítulo

- okay, agora a pergunta: como eu consegui postar sendo que estou em aulas e sem computador? (eu acordei mais cedi, mandei para o email, e estou postando as 5:55 da manhã, para a felicidade de vcs ^^ ~eu acho né ... vai saber,né?)
- capitulo chato, garanto, só o começo é legal, mais nada... psé
- até sexta, ou sábado, ou domingo.. bjoss enormes!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/237556/chapter/18

ALL THAT DRUGS

CAPITULO 17: Vazio

People cry, the people moan

Look for a dry place to call their home

Try to find some place to rest theirbones

While the angels and the devils

Try t' make their own

– Lake of Fire - Meat Puppets


Seus sonhos estavam perturbados, embaralhados com as coisas que aconteciam naqueles dias, a briga com o pai talvez um dia atrás, ou algumas horas atrás, vinha em sua cabeça, com lembranças de sua infância semi-perfeita, a garotinha idiota que acreditava que todo mundo era bom, ninguém era mal e todos a fariam bem.

Estava sonhando, ela tinha quase certeza disso, mas parecia assustador demais para ser apenas em sua cabeça, escuro demais para ser fantasia; ela caminhava em um lugar repleto por trevas, um lugar vazio, sem sons, sem paredes e sem chão; com uma pequena luz forte, branca e distante.

–Olá? - chamou, com a voz ecoando na escuridão - olá?

"Frances..." uma voz masculina de criança a chamou, distante, invisível, ecoando no vazio.

Começou a correr em direção a voz, o mais rápido que podia, correndo cegamente pelo vazio escuro apenas se guiando pela luz branca, e quando chegou a frente da luz, era capaz de cegar, ficou tonta e caiu do outro lado, depois da luz, pensou que tivesse quebrado alguma coisa quando caiu, pelo barulho que tinha feito, mas caíra em folhas secas que estavam molhadas.

Estava em um bosque, claro, com apenas algumas marcas do sol sendo vistas no chão cobertos de folhas, terra e raízes altas, as árvores eram altas e as copas cobriam quase completamente a visão do céu. Levantou-se com um pouco de dificuldade e analisou o local a sua volta; os pássaros cantavam, vários cantos diferentes misturados, irritantes, mas além dos pássaros ela ouvia uma correnteza ruidosa e o barulho de animais caminhando, ou ela achava que eram animais.

– olá? Tem alguém aqui? - chamou novamente.

"Frances!" a voz de criança voltou a chamá-la de longe, mas ela, do mesmo jeito que ouvia sua voz, podia ouvir sua respiração, e logo voltou a falar, com uma voz aterrorizante e sussurrante:"Eles podem te ouvir, eles podem te ver, eles podem sentir o seu cheiro, e eles te pegarão"

Deveria estar mesmo ficando louca, paranóica, olhou em volta, dando voltas em volta de si enquanto olhava cada árvore, não tinha ninguém a observando, mas ela tinha a impressão de que não estava realmente sozinha.

Um garoto com um crânio de animal na cabeça surgiu a frente dela, deu um salto para trás, mas voltou para a frente enquanto olhava o garoto, os cabelos castanhos bagunçados, o corpo miúdo, a voz...

– Tommen! - ela gritou e correu até a criança tão familiar, mas Tommen sumiu.

"Eles podem te ouvir, eles podem te ver, eles podem sentir o seu cheiro, e eles te pegarão"

O garoto voltou a aparecer, desta vez com algo nas mãos, acariciava a cabeça de um gato laranja que dormia tranquilo em seu colo.

Por que eles estavam ali?

Tommen a chamou com um gesto com a mão. Hesitou em segui-lo.

"Eles podem te ouvir", ouviu um barulho em algum lugar, olhou para o lado, não havia nada, mas achou ter visto um vulto preto atrás de uma árvore, "eles podem te ver" olhou para o outro lado, não havia realmente nada, "eles podem sentir o seu cheiro" olhou novamente para o lado anterior, quando ouviu o mesmo barulho, algo como lentos sinos tocaram e ela pode ver duas criaturas parecidas com esqueletos, criaturas pretas em forma de homens silvando, "eles te pegarão" e as criaturas negras começaram a saltar e correr, uma em uma árvore e outra por cima de um pequeno monte logo em cima dela.

Correu aflita, olhando para trás, correu mais rápido, até que os músculos de suas pernas ardiam e latejavam. Quando passou quase parando por uma rocha, Tommen a puxou para atrás da enorme rocha. Ele acariciava o gato em seu colo, sua face de criança, a face de seu irmãozinho tinha voltado ao normal, e quando se aproximou o gato deu um salto para cima de Frances.

– Ele sente sua falta.

– Bran... - um sorriso tremulo surgiu em seus lábios, levou o gato ao rosto, lágrimas rolavam por seu rosto como uma cachoeira.

Olhou para Tommen, ele tinha um meio sorriso no rosto.

– Eu quero voltar! Eu quero voltar!

Tommen parou de sorrir, Bran fez um barulho esquisito, suas unhas estavam quase penetrando no braço de Frances, quando Tommen se aproximou e disse com um sussurro macabro no pé da orelha dela:

– Talvez não...

O bosque sumiu, ela sentia o vento frio açoitando-lhe o rosto, e então estava despencando do vazio.


Acordou com um susto, sentando na maca, estava suando frio, com a respiração pesada, mas rápida. Virou-se, colocando as pernas para o lado de fora da maca.

Estava sozinha, o que era raro, as cortinas estavam tapando a luz forte do sol, suspirou, sentiu um choque no rosto, doloroso. Tocou o local, e a memória lhe voltou, e uma lágrima desceu por seu rosto. Enxugou o rosto, fungou, olhou a mesa ao seu lado, seu celular estava ali, eram dez e meia no relógio do celular, havia uma garrafa térmica mediana preta com uma etiqueta: "café c/ leite e açúcar" , nada para comer, nem um talher, nada.

Como pensava, já estavam achando que ela era louca e que seria melhor afastá-la de objetos cortantes.

Uma mulher ruiva, de aparência jovem com o nariz salpicado de sardas, vermelho, parecia resfriada, fungando. Ela vestia um guarda-pó branco que chegava até seus calcanhares, carregava uma prancheta por debaixo do braço, um copo de água em uma mão e um outro copo com dois comprimidos dentro.

A ruiva sorriu para Frances, e ela fechou a cara.

– O que é isso?

– Seus remédios. - a ruiva olhava para Frances cautelosa, como se Frances pudesse dar um ataque como o que dera no dia anterior a qualquer momento.

– Pensa que sou louca, não é?

– Não... tome os remédios.

– Para que são esses remédios? Diga! Não quero remédio nenhum! Eu quero ir embora! AGO - alguém entrou.

Sua mãe entrou no quarto, seus olhos pareciam mortos, abatidos, sua face estava inchada, não deveria ter dormido; percebeu olhar de Frances e deu um sorriso.

– Acordou - olhou para a médica - Deixe-nos, eu dou os remédios.

A ruiva assentiu e se retirou do quarto.

– Como se sente?

– Normal. Por que estão me tratando assim?

A Senhora Katherine a olhou como se não tivesse entendido, depois tentou não encarar os olhos de Frances. E ela sabia que sua mãe estava se fazendo de desentendida.

– Assim como?

– Como se eu fosse louca, como se eu tivesse algum problema, que fosse digna de pena e uma coisa que as pessoas deveriam temer. - disse dando uma pausa - me olhando torto, me dando sedativos, remédios de tarja preta... Não estou louca!

A Senhora Katherine tentou se aproximar da filha, mas Frances afastou-se de seu toque, esquivando-se rapidamente para a janela. Abriu a cortina, tapando os olhos, até acostumar com a luz; próximo ali, Frances viu um carro de aparência familiar, parecia o Cayenne de Travis, piscou os olhos para tentar ver melhor, e tudo ficou pior, ou melhor... Não tinha ideia se aquilo era bom ou ruim; um louro estava encostado no carro preto. Primeiro Frances não acreditou na possibilidade, deveria ser só coincidência, mas aquilo era coincidência demais que chegava a ser impossível. Não podia ser Travis Moranttes! Como ele tinha achado-a?

– Frances? - virou-se para a mãe.

– Tudo bem.

Voltou a olhar a janela, mas preferiu não ter feito. Um homem moreno, de ombros largos, parecido com seu pai, se aproximou do louro que supostamente era Travis, e começou a falar. O louro deveria ter dito alguma coisa que o moreno não tinha gostado muito, golpeou o louro com um soco na face dele, Frances arfou, nervosa, e se pôs a correr até a porta.

– Frances, volte! Não pode!

– O pai vai matá-lo se eu não for!

E Katherine a seguiu.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

- espero q gostem ^^
- bjs, deixem reviews *uu*