Chloe’s POV

Depois de eu receber a notícia do falecimento da minha mãe, o Steve disse que iria para California comigo pra enterrá-la e tudo o mais, arrumamos a mala e ele comprou duas passagens para hoje, para irmos ver a minha mãe e eu me despedir, dói tanto descobrir que eu nunca mais vou poder tocá-la, sentir seu perfume, ouvir ela brigando comigo, ouvir os conselhos dela, ela é a minha heroína, cuidou de mim por anos depois que o meu pai nos deixou.

– Tudo pronto Chloe? – Disse o Steve da porta.

– Sim sim, tudo pronto. – Eu disse pegando as minhas malas, o carro estava nos esperando lá fora, descendo as escadas, o Steve levou as minhas malas até o carro e colocou no porta malas, nós dois sentamos no banco de trás e ele me abraçou e ficou fazendo carinho na minha cabeça até chegarmos no aeroporto. Quando chegamos no aeroporto era a última chamada para ir para o portão 18 e entrar no avião, despachamos as malas e fomos para o portão, entramos no avião, ele sentou do meu lado e ele me abraçou e ficou cantando pra mim, pra me deixar mas calma, mas só me deixou mais triste porque me fez lembrar da minha mãe.

<...> 4 horas depois

Acordei com alguém sussurrando o meu nome e me cutucando, olhei e era ele rindo.

– Sua dorminhoca. – Disse ele rindo e eu sorri, pegamos as nossas malas, chamamos um táxi e fomos para a minha antiga casa.

Chegando na minha antiga casa eu me informei que o velório seria aquela noite e o enterro seria no dia seguinte, quando eu cheguei arrumei as minhas roupas no armário e deitei na minha cama de casal, eu adormeci rápido, estava tão cansada, depois de um tempo eu acordei com alguém roncando do meu lado, puta que pariu, como ele ronca alto, meu deus. Joguei o travesseiro na cara dele e fui para o banheiro tomar um banho, sai, coloquei um vestido preto e uma unkleboot preta, um colar de pérolas, passei maquiagem e fiquei esperando ele lá em baixo, ele desceu de paletó e gravata pretos, uma camisa branca social por baixo, ele deu a mão para mim e nós fomos para o velório.

Quando eu cheguei lá tinha tanta gente, cheguei perto da minha mãe e ela parecia tão serena, calma, toquei em suas mãos e ela estava tão fria, gelada, sem aquele conforto que transmitia para mim quando me tocava, agora era frieza, me doeu vê-la daquele jeito, nós ficamos até o enterro no dia seguinte, quando estavam tampando seu caixão eu joguei uma rosa branca, eu não sei porque, só sei que eu precisava fazer isso, me livrar do peso e deixar ela ir e ser livre.

Steve’s POV

Quando chegamos em casa ela não parava de chorar, eu dei um pote de sorvete pra ela e só piorou.