— ACORDA, COISA! VOCÊ TEM QUE APRENDER COM O PAPAI, ESQUECEU?! — essa foi minha querida irmã, Mellody.

Você não deve estar entendo nada. Vou me apresentar: meu nome é Loren Steves, tenho 18 anos e sou uma bruxa. Ou melhor, acho que sou uma bruxa, pois minha família é uma família puro-sangue e toda aquela história, não ligo para isso. Você deve estar pensando “se sua família é puro-sangue então você é uma bruxa, não é?”.

Para ser sincera minha magia nunca se mostrou então meus pais me ensinam em casa. Minha irmã diz que não tem por que me ensinar já que eu sou um aborto, mas sinto que algo vai mudar hoje.

Vou contar minha historia para vocês. Eu nasci em 1980. Minha irmã é um ano mais velha que eu. Meus pais lutaram ao lado de Voldemort na primeira guerra, mas na segunda escolhemos o lado do bem. Eu sou uma menina normal, nem bonita nem feia.

Levanto da cama e vou até do guarda roupa, pego uma roupa simples e confortável. Depois vou até o banheiro e tomo um banho rápido de água gelada. Quando fiquei pronta, resolvi descer para comer algo antes de estudar com o meu pai.

E descendo a escada eu comecei a escutar vozes.

Ah, não, os Malfoy estão aqui. Urght!

Porquê do meu surto mental? Posso esclarecer em duas palavras: Draco Malfoy. Eu e ele nos conhecemos desde crianças, quando pequenos éramos amigos, só que assim que sua magia se manifestou e a minha não ele nunca mais falou comigo, então eu fiz o mesmo.

Eu estava indo para a cozinha, a porta estava aberta e eu ouvi a voz da minha irmã.

— Não a quero mais em casa, Draquinho. Ela é um aborto sujo e não merece viver conosco. Queria que papai e mamãe a tivessem deixado em um orfanato depois que ela nasceu. — estava com uma voz manhosa.

Eu não sei o que deu em mim, mas ouvir aquilo da minha irmã, mesmo não gostando uma da outra, foi horrível. Quando vi, eu estava olhando fixamente para uma maçã e a mesma flutuou da fruteira e bateu na cara da minha irmã.

— Ah! O que aconteceu? —perguntou à minha mãe, que estava na frente dela cuidando do machucado.

— Acho que eu sei. — meu pai respondeu — Loren você está ai?

— Sim, pai, estou. — disse, entrando na cozinha.

Ele e minha mãe estavam sorrindo enquanto eu e todos os outros os olhávamos sem entender.

— Você fez alguma coisa filha? — mamãe perguntou, a voz maternal.

Bom... ficar olhando para a maçã querendo que ela bata na sua irmã é alguma coisa?, pensei

— Sim, filha, é! — minha mãe exclamou, feliz. Só então percebi que verbalizei meus pensamentos — Ah, eu não acredito, me dê um abraço.

Ela veio correndo e me abraçou.

— Mãe, preciso respirar. — disse. — Agora me explica, por que é que você está feliz?

— Filha, sua magia se mostrou! — deu pulinhos de alegria.

Espera ai, minha magia.... MINHA MAGIA SE MOSTROU?! EU NÃO SOU UM ABORTO!!! EU VOU PRA HOGWARTS! TOMA, MANINHA!

— Droga! Sempre roubando a atenção pra ela. — ouvi minha irmã resmungar.

— Toma, Mellody, eu disse pra você que não sou um aborto! — disse. — Mãe, pai será que posso ir para o meu quarto? Estou meio cansada.

— Mas filha, você acabou de acordar. — minha mãe lembrou, preocupada.

— Eu sei, mas estou cansada. Por favor, mais tarde eu saio. — fiz cara de coruja ferida.

— Tudo bem, querida. — mamãe cedeu.

— Obrigada, mãe. Amo você! — dei um beijo na sua bochecha, peguei uma maçã e fui para o quarto...

Continua.