Deadhills escrita por Black Lotus, Daniel Cronwell


Capítulo 13
Jack - Burn Joker




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Jack
Depois que o choque de um zumbi estranho e a perda de Lav passaram nos paramos para avaliar a situação. Esse zumbi era diferente dos outros. O corpo não era totalmente putrefato como os outros era uma massa borrachuda cinza que se agarrava aos ossos dele. Não pudemos visualizar o rosto do infectado, por que o facão estava profundamente cravado no crânio dele. As mãos pareciam ter saindo de um filme do Tim Burton. Onde deveriam haver unhas haviam garras grossas e afiadas manchadas de sangue nas pontas.

–Eu nunca vi um zumbi igual a esse! –Cutucou Jinn com o pé.

–E com certeza não vamos ficar aqui para encontrar outro! –Disse apoiando o pé no rosto do zumbi e forçando o facão.

–Nos temos que achar as coisas para a Mel! –Correu atrás de mim.

–Não. Temos que encontrar a Lav e o Scott. –Abri uma porta e uma mão pulou para fora. Fechei a porta rapidamente e abri outra.

A sala em que entramos era um depósito, que poderia conter tudo que Mel precisava. Cori para uma caixa em uma prateleira, peguei gaze fina, ao lado peguei estetoscópio e bisturi. Jinn estava com a cabeça para fora da sala vendo se alguém aparecia. Éter, álcool e linha para pontos. Pinças e mais algumas banalidades. Saímos da sala devagar, com a mochila abarrotada de tralhas para Mel e os outros.

–Agora vamos achar o Scott e a Lav. –Falei virando uma direita.

–Eu realmente acho que ela esta morta. –Riu Jinn.

–Ela não esta morta, ela esta com Scott. Acho que os dois são capazes de sobreviver.

Andar com Jinn foi um tormento. Os zumbis pareciam não causar nem um efeito a meu cérebro e ouvidos, mas Jinn reclamando da vida parecia que ia me enlouquecer. Mas acabamos nos conhecendo melhor. Descobri que Doug era na verdade seu pai, e descobri por que era tão amargo e tinha tanta raiva da vida.

–Tente o Walk talk de novo! –Sugeriu.

Os nossos walk talks tinham um pequeno botão para chamar seu par. Quando clicado, o aparelho manda dois bipes curtos para o outro, que responde com outros dois bipes curtos. Cliquei. Bip Bip. Ficamos escutando em silêncio. E então. Bip bip. Fracos e quase inaudíveis toques. Nós nos entreolhamos e corremos. Entramos num corredor a direita, viramos para a esquerda, esquerda de novo. Talvez um lance de escadas. Dobramos outra direita é entramos num corredor com alguns infectados. Jinn respirou fundo e balbuciou entre dentes.

–Eu pego os dois da esquerda! Você pega os 3 da direita.

–Por favor, tome vergonha. –Toda aquela situação já estava me deixo irado.

A faca menor pulou da bainha e se prendeu no olho do primeiro. O segundo tropeçou no primeiro e me deu a chance de um forte chute que desprendeu a mandíbula inferior do crânio. Com um forte golpe cortei um braço e um pescoço, um infectado me segurou pelo tornozelo com força. Sem Lav fiz a única coisa que consegui pensar. Pulei com um pé solto e outro preso, esmaguei o crânio do que me segurava. Num ultimo movimento soltei a faca da cabeça do zumbi, peguei o facão e fui em direção ao Jinn.

–Peguei os meus. Para um combo peguei um seu também. Agora mate-o logo, já que gosta de dividir as mortes. –Ri ironicamente prendendo a faca na perna.

Jinn olhou para mim horrorizado e deu dois passos para frente. Quando vi o que ele ia fazer tentei impedir. Porem o tiro que ele deu foi mais rápido que eu. O tiro atingiu o infectado no peito, o que exigiu outro, para acertar onde devia estar o nariz. Pela primeira vez o vi sorrir. Mas o sorriso desapareceu quando ele olhou para mim.

–Um tiro? Num hospital infestado de zumbis? –Perguntei.

Ele pareceu ter esquecido. Então olhou para a arma com surpresa. Nós começamos a correr de novo. Tocando o walk talk. Chegamos a outro corredor com quase 15 infectados, um deles olhou para nós e emitiu um som. Alguma coisa aconteceu e um objeto azul voou para os meus pés. Abaixei e reconheci o walk talk de Lav. Era isso, Lav estava morta. Não havia nada que eu pudesse fazer, nada que eu tivesse a fazer lá. Porem, me deu uma vontade terrível e incontrolável de rir. Jinn olhou incrédulo para mim. Eu ajoelhei e peguei uma coisa na mochila, e joguei no meio da multidão. Eu ria um pouco agora.

–Jinn, me de a arma. –Falei.

Ele não entendeu mais me entregou a arma.Eu peguei uma arma e disse:

“Essa e pela Lav.” E atirei. A bala acertou em cheio a garrafa de querosene, que inflamou e fez a outra explodir. Todos os infectados agora queimavam, suas peles derretiam e descarnavam os corpos, o corredor explodiu em chamas como o próprio inferno.

– O que foi isso? –Exclamou Jinn para mim.

– Ou se morre como herói, ou vivese o bastante para se tornar o vilão. –Respondi. –Mas agora, nem me sinto como um dos heróis. Vou sobreviver. Mesmo que isso signifique ser um dos vilões.

Nos dois conseguimos achar a saída sem grandes acidentes, joguei as coisas no banco de trás de deslizei para o banco do carona. Consegui manter um silencio mortífero até o meio do percurso.

–O que foi que você disse lá dentro? –Ele me perguntou.

–Sobre os vilões? Não e nada. E só uma fala do Batman.

–Não. Sobre a Lavinia. –Perguntou de novo.

–Também não e nada. Ela foi a única pessoa que me sobrou no mundo. Ela e os outros que estão na loja. Porem ela é a única que realmente ajuda a sobreviver.

–É um sentimento muito bonito. Eu sinto o mesmo pelo meu pai e a Alice.

A conversa morreu ali, seguimos o restante do percurso ate o beco, entramos na garagem e nos deparamos com todos nos esperando.

–Conseguiram? –Disse Alice aflita.

Joguei a bolsa para ela e fui para um canto onde estavam o gordo e Mary gritando querendo saber onde esta Lav. Essa com certeza foi a pior parte.

–Mary. A lav morreu. Os zumbis pegaram ela.

Ela pareceu não assimilar a informação. Mas quando tentei um abraço para reconforta-la ela me deu um chute na canela e saiu correndo chorando. O gordo ficou sem reação depois se pôs de pé e me abraçou. Lobo conseguiu me dar uma recepção mais calorosa, como e digno dos cães. Mas logo depois eu o mandei atrás de Mary. Passei o resto do tempo conversando com Doug e sendo confortado por Liz. Por sorte Jinn não contou para ninguém sobre o a chacina incendiaria. Quando de repente um grito agudo de dor e angustia vindo do quarto em que Mel estava sendo tratada. Alice saiu da sala com as mãos ensanguentadas com rosto serio.

–Preciso de ajuda. É a Mel.



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