Danger Line escrita por MelDarkness


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo para vocês =D



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O Sr Brown soltou minha mão e se juntou a Josette que estava toda sorridente com Shane.
Ela olhou para nós como se tivesse se lembrado de algo.

— Oh, já avia me esquecido... Sigam-me, vou levar vocês aos seus aposentos.
Eu e Richard a seguimos que estava carregando Shane toda feliz... Ela deixou os meninos em um quarto e me levou a outro um pouco mais distante.

— Este é seu quarto Lana.

— Obrigado Josette... Posso te fazer uma pergunta?

— Claro. - Disse ela com sotaque carregado.

— Não entendi o vestido... Ele é lindo mais é meio... Século passado. Não acha? – Ela me olhou como se não entendesse o que disse...

— É o que todas as mulheres usam chéri... Você que não está adequada... Por assim dizer

— Como assim? – Perguntei meio confusa.

— Amanhã te levo para dar uma volta na cidade para você apreciar a moda parisiense, tudo bem?

— Tudo...

— Mas vou te emprestar um vestido meu... Mulheres não usam calças... É feio! – Falando isso ela se retirou com um lindo sorriso.
E eu fiquei completamente confusa... Mas mesmo assim entrei no quarto e me deparei com uma cama enorme e nem pensei duas vezes, de jeans surrado, all star e blusa de frio do BVB deitei e dormi.

 “Eu estava parada olhando para o horizonte quando ouço passos se aproximando... Olho para o lado e vejo o Sr Brown estendendo a mão para mim e quando estou prestes a segura-la vejo uma multidão se aproximando com tochas acesas e armados vindo em minha direção, olho para direção do Sr Brown, mas ele não está mais lá.
Perdi minha chance.
Comecei a correr as vezes olhando para traz vendo soldados á cavalo me seguindo prestes a me matar, quando eu novamente olho pra frente vejo um penhasco a minha frente, um enorme abismo negro pronto para me receber, me chamando convidativamente.
Sem olhar para traz eu me lanço pelo penhasco, sei que não há volta, vou caindo sendo engolida pela escuridão a minha volta. Enfim quando não sinto mais o aperto no peito, eu sei.... Estou morta."*


Acordo assustada no meio da noite, sentido um embrulho no estomago e suando frio. Caminhei até a penteadeira do quarto e observei meu reflexo. Meus cabelos ondulados estavam uma derrota, eu estava mais branca que o lençol da cama, meus olhos estavam opacos e avermelhados e estava com a cara amassada...
Bom... Perdi o sono... Vou andar pelo castelo e observar os moveis e a decoração.... É o que me resta, saí do quarto, e andei pelo corredor mal iluminado, olhei no meu relógio e eram três e trinta da manhã. Segui pelo corredor e desci as escadas, parando no hall de entrada do castelo, ali tinha muitos quadros e obras de arte... Olhando pela janela vi que estava chovendo forte, mas não tão forte quanto a chuva que fez o carro atolar.
Lá fora as arvores estavam incrivelmente assustadoras e estavam envergando com a força do vento. Continuei andando pelos corredores do castelo e vi um porta meio entreaberta com uma luz forte saindo de lá....
Fiquei curiosa e me aproximei, com calma e espiei o que havia dentro dela.
Meu coração congelou.
Não pude evitar um enjoo forte que quase me fez vomitar.
Nós tínhamos que sair daquela casa o mais rápido possível.
Tenho que avisar meu pai.
Me virei para sair dali o mais depressa  e evitando fazer barulho. Mas não adiantou muito, ouvi a porta abrindo com um rangido e tentei correr, mas sem sucesso, senti uma pancada forte na nuca e cai. Coloquei a mão na nuca e senti o sangue sujando minhas mãos.
Me desesperei.
Ia gritar, mas uma mão me impediu.
Tentei escapar, mas a não pude ele era mais forte que eu.
Senti algo fino e gelado afundando em meu braço e desmaiei.

De manha acordei com muita dor de cabeça mais não sabia o motivo. Tive uma noite calma e agradável.  Deve ter sido a chuva que me assustou, lembro de ter olhado na janela e visto que estava chovendo.
Ouvi uma batida na porta.

— Lana é Josette posso entrar?

— Pode sim Josette.
Ela entrou com um vestido na mão no mesmo estilo.

— Disse que te levaria a cidade ami, para ver os vestidos.

— Oh, é verdade...
Ela me entregou o vestido possibilitando ver o dela. Ela estava linda como ontem. E me ajudou a me vestir...
Fomos para o jardim da casa onde encontramos meu pai e o Sr Brown.

— Paul vou levar Lana para ver os vestidos na cidade, já falei com o Sr e a Sra Flanders.

— Oui ma soeur, mas tome cuidado. – Ele recomendou para a irmã.

— Oui pode deixar que terei. – Ela respondeu com carinho.

— Mademoiselle. – Ele fez um gesto com a cabeça e eu respondi com uma mesura, não sei por que fiz isso, mas fiz

Foi estranho. Mas ele sorriu e eu esqueci o porque foi tão estranho.

Josette me pegou pela mão e me conduziu a uma carruagem, e partimos para cidade. Lá conversamos rimos e fizemos compras... Algo dentro de mim estava dizendo que isso era completamente errado, perigoso e estranho, mas ignorei isso... É paranoia da minha cabeça.
Ao entardecer voltamos para casa e nos deparamos com Shane e Richard no jardim brincando.

Josette me largou e foi brincar com Shane e consequentemente com Richard que não era nada bobo.
Tanto Richard quanto Shane usavam roupas parecidas com do Sr Brown... Achei muito estranho vê-los assim. Mas logo perdi a linha de raciocino pois o Sr Brown estava se aproximando.

— Mademoiselle Lana... Tudo bem? - Ele me perguntou

— Sim Sr Brown... Por quê?

— S'il vous plaît me chame de Paul. A senhorita estava com uma cara estranha... Está se sentindo bem?

— Estou sim... Só estava com o pensamento distante

— Mademoiselle me acompanha em um passeio pelo jardim?

— Oui, monsieur... Será uma honra. – respondi sorrindo
Ele e abriu um estonteante sorriso que me deixou de pernas bambas, seus olhos cinza me fitavam com intensidade e ele estendeu o braço para que eu pudesse me apoiar nele.
Acho que fiquei vermelha quando Richard me lançou um olhar de "está rápida hein maninha?". Eu sutilmente mostrei a língua para ele e ele riu.
Deixei Paul me conduzir enquanto nós nos afastamos.
Aonde será que ele me levaria?

Acompanhei Paul por um longo caminho que levava aos fundos da casa... Nem poderia onde imaginar aonde ele me levaria... Mas era um belo caminho era uma estradinha de ladrilhos ladeada de cercas vivas com rosas vermelhas por toda a sua extensão, caminhamos mais um pouco e pude ver aonde ele me levaria...

Havia uma estufa de flores localizada próximo a uma floresta que ficava atras da casa.

— Ma chérie já visitou uma estufa?

— Não... Mas sempre tive vontade.

— Acho que a senhorita vai gostar de ver o que a lá.

— Porque o Sr pensa que eu irei gostar?

— Eu sei. Simples assim.

Ele piscou para mim, e eu senti minhas bochechas corarem.
Nunca pensei que isso aconteceria na minha vida. Um cara bonito como o Sr Brown piscando pra mim... Tudo bem que foi só uma brincadeira, mas ainda sim me parecia estranho...

Nós entramos na estufa, era um lugar lindo, eu realmente adorei aquele lugar.  Paul soltou o meu braço e me deixou andar pela estufa para admirar as flores que ali estavam... Fiquei meio perdida no meio de tantas variedades... E indo para o fundo da estufa reparei que havia uma área reservada na estufa onde um tecido que eu não sei o nome separava do resto das flores, fiquei curiosa em relação a isso e fui ver o que era. Caminhei na direção do tecido e o puxei para o lado me deparando com um canteiro de rosas que eu ainda nunca tinha visto.

Eram rosas negras.

Fiquei surpresa ao velas não sabia que isso era possível, fiquei encantada e ao mesmo tempo assustada a varias histórias sombrias que envolvem rosas negras e eu achava que elas nem existiam... Não achava que era possível elas existirem. Senti uma mão extremamente gelada no meu braço e virei assustada.

— Pardon chérie não quis assusta-la.

— Não foi nada – Disse meio sobressaltada ainda do susto.
Paul sorriu de uma forma sedutora. Ou ele está querendo algo comigo ou ele é sexy vinte e quatro horas por dia.

— Gostou das minhas rosas?

— Sim elas são incríveis... Mas elas não tem um significado ruim?

— Mitos. Histórias que as pessoas inventam. Elas nem sabem se existem ao certo, mas criam histórias absurdas...

— Mas pra você tem algum significado?

— Sim... Mas outro dia eu te conto. Vamos?
Ele pegou na minha mão me levando dali, e mais uma vez seu toque era tão frio como um lago gelado no inverno. Mas não ia comentar nada, prestei atenção ao seu toque que pro mais que fosse frio, me fazia sentir um leve formigamento na mão, era aconchegante de certa forma... A mão dele é muito grande perto da minha, e ao mesmo tempo em que é uma mão máscula é bem cuidada.

Ele foi me conduzindo até a porta do castelo e ao chegar parou a minha frente e fitou meus olhos por um tempo, eu sentia que os olhos dele iriam me fazer ser consumida por chamas.

Corei.

Desviei o olhar, mas ele puxou me rosto para voltar ao contato visual, sua mão gelada em meu rosto me deu arrepios. Ele se inclinou para frente e eu pude sentir a respiração dele no meu rosto, ele estava contornando minhas maçãs com o nariz e eu pude sentir seus longos cílios nas minhas bochechas e por fim ele depositou um demorado beijo ali. Meu coração ficou totalmente descompassado, tenho certeza que ele podia ouvi-lo, pois ele deu uma leve mordida e voltou a me olhar nos olho sorriu e saiu andando...
E eu como uma boba retardada levei a mão a minha bochecha automaticamente sentindo aquela leve dor da mordida dele.

Entrei na casa e fui até o meu quarto, mas no corredor encontrei Richard.

— Maninha... - Ele me encarava como se tivesse uma carta na manga o que me preocupou um pouco!

— Diga... - Tentei parecer Indiferente 

— Duas coisas... - Ele abriu um largo sorriso.

— O que? - Eu já estav morrendo por dentro pois sabia o que ele falaria em seguida!

— EU VI. -  Ele passou por mim dando altas gargalhadas.
Ai esse garoto viu... Deixa ele na minha mão.
Entrei no quarto e fui me deitar um pouco, estava cansada.
Dormi...

"Eu estava parada olhando para o horizonte quando ouço passos se aproximando... Olho para o lado e vejo o Sr Brown estendendo a mão para mim e quando estou prestes a segura-la vejo uma multidão se aproximando com tochas acesas e armados vindo em minha direção, olho para direção do Sr Brown mas ele não está mais lá.
Perdi minha chance.
Comecei a correr as vezes olhando para traz vendo soldados á cavalo me seguindo prestes a me matar, quando eu novamente olho pra frente vejo um penhasco a minha frente, um enorme abismo negro pronto para me receber, me chamando convidativamente.
Sem olhar para traz eu me lanço pelo penhasco, sei que não há volta, vou caindo sendo engolida pela escuridão a minha volta... Quando olho para o lado vejo Paul observando a minha queda e sorrindo maravilhosamente, tento pedir ajuda mas ele só me observa. Então quando não consigo mais enxergar nada devido a escuridão, eu me dou conta que estou morta."

Quando acordei não estava tão mal quanto ontem, mas não conseguia mais dormi.

Resolvi dar uma volta.

Senti uma sensação de Déjà Vu, mas continuei meu caminho, e quando vi já estava no hall de entrada. Olhei para fora e o céu estava lindo e estrelado, acho que nunca tinha visto o céu desse jeito.

Fui para fora e uma brisa gélida soprou agitando minha camisola.

Fui andando na direção da estufa, mas uma agitação na floresta me chamou atenção, fui andando naquela direção, algo me dizia para dar meia volta e sair correndo, mas a minha curiosidade era muito mais forte...

Continuei andando e já estava entrando na floresta quando ouvi um barulho diferente, mas ignorei e continuei a andar, as sombras projetadas pela luz da lua estavam me assustando, mas mantive meu caminho, firme até chegar uma clareira. 

No meio dessa clareira tinha um lago no centro e algumas flores noturnas espalhadas, era a coisa mais bonita que já vi... Do nada uma sombra passou ao meu lado e eu me assustei indo para o lado e tropeçando em uma raiz e acabei cortando a perna, era um corte feio e parecia profundo, mas logo parei de prestar atenção nisso, pois havia um par de olhos vermelhos me fitando...


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