–O que VOCÊS estão fazendo aqui? -disse a Natsuki-chan já impaciente e com seu tom sarcástico de sempre.

–Você conhece eles Natsuki-chan?-eu perguntei desesperada, mas a Natsuki-chan não respondeu.

–Estamos levando ela para o nono, é só isso Natsuki-san -disse o garoto de cabelos brancos.

–Vocês não podem leva-la, ela e apenas uma civil comum!-falou a Natsuki-chan gritando.

–Vamos, vamos estamos aqui só pra leva-la nos não podemos falhar tão perto de conseguir terminar essa missão Natsuki-san -disse o garoto de cabelos negros despreocupadamente.

Me virei esperando que o garoto que me segurava agora sozinho também falasse algo, mas ele apenas olhou para a situação como se não concordasse com o que estavam fazendo comigo. Me virei novamente para ver a Natsuki-chan e comecei a gritar mesmo sabendo que estava no meio de uma avenida grande onde passavam vários carros.

–MAS O QUE DIABOS TÁ ACONTECENDO AQUI? COMO VOCÊ CONHECE ELES? QUEM SÃO ELES? PORQUE E PRA QUE ELES ESTÃO ME LEVANDO? –de tanto gritar perdi até o fôlego.

Todos eles olharam pra mim e acho que foi aí que caiu a ficha que ninguém tinha me falado nada, então a Natsuki começou a falar:

–Ah! Kagura-chan eles são...er...uma instituição que acha os pais das pessoas...eles estão aqui porque pedi pra acharem seu pai pra mim -ela disse de forma suspeita.

–Pois é nós achamos seu pai e estamos te levando até ele! –disse o menino de cabelos brancos.

Natsuki deu um tapa nele, ela sabia que esse assunto era quase proibido para ser discutido na minha frente porque eu ficava muito triste por achar que meu pai (de sangue) tinha me abandonado. Nesse momento tive certeza que ela estava mentindo pra mim.

–SUA...o que você está fazendo? disse o garoto que havia levado um tapa.

–Me desculpe foi sem querer! –ela disse dando um olhar assassino para ele.

Eu já estava quase chorando, mas parei quando (finalmente) percebi que o garoto que estava me “segurando” na verdade estava me levando eu não tinha percebido, mas estávamos andando pela avenida o tempo todo, depois do tapa ninguém se voluntariou para falar mais nada, o garoto de cabelos brancos apenas esfregava o rosto...o silêncio se rompeu quando o garoto de cabelos negros falou:

–chegamos -disse ele entusiasmado.

Eu estava apavorada, estávamos do lado de um carro preto de passeio, o garoto que me carregava abriu a porta e tinha uma pessoa dentro.

–H-Hikari-chan? –eu disse extremamente surpresa.

–Yo! –ela disse como se já esperasse por isso.

Fiquei muito feliz, eu não sabia o que ela fazia ali mais isso me acalmou.

–Gokudera, Yamamoto eu vou com eles, vocês vão a escola acertar a transferência –disse o garoto de cabelos castanhos ainda me segurando- senhorita você pode se sentar ao lado da Hikari-san por favor? –disse ele me soltando.

Eu me sentei. O garoto se dirigiu ao banco da frete do carro, mas antes de se sentar o “motorista” disse:

–Lixo você não vai sentar aqui!... Natsuki vem sentar aqui eu não quero esse viadinho do meu lado!

–Tá, tá já vou –Natsuki-chan disse sem muita emoção, ela sentou na frente e o garoto veio se sentar atrás.

–Bem...- o garoto disse sem jeito pela cena que acabávamos de ver – é melhor eu começar a explicar as circunstâncias para você né Kagura-san?

–Acho que essa é ideia mais sensata que você tomou desde que nos conhecemos...-ele ficou ainda mais sem graça- Na verdade acho que você devia ter começado fazendo isso e me dizendo quem é você...- disse com uma cara de brava, mas eu até que estava mais calma sabia que não me fariam mal com a Natsuki-chan e a Hikari-chan por perto.

–He he -ele riu um pouco envergonhado de ter feito tudo ás presas daquele jeito- bem...acho que teremos bastante tempo para poder discutir durante a viajem mas vou começar imediatamente.

–Gostei dela, ela trata o lixo de um jeito cruel e elegante –o motorista disse rindo do garoto.

–Bem é melhor eu começar –disse o garoto parecendo cansado e acostumado às provocações do outro rapaz- Meu nome é Tsunayoshi Sawada eu sou provavelmente a próxima geração de chefe da máfia- ele disse meio contrário a ideia de se apresentar daquela forma me deixando um pouco mais calma em conhecer um chefe da máfia- e o nosso motorista é Xanxus-san o chefe da Varia uma subdivisão especializada em assassinatos da Vongola que é a nossa família.

–Família seria a máfia, certo?

–Sim –disse o garoto como se esperasse que não acreditasse nele com aquela facilidade.

–Mas então como a Natsuki-chan e a Hikari-chan se envolveram nisso? E por que eu fui raptada? Eu fiz algo pra máfia? – falei já bastante preocupada esperando que ele respondesse que tinha feito algo e seria morta.

–Não é bem assim, você não fez nada e nós também não vamos te matar ou coisa parecida –ele disse parecendo ler meus pensamentos- quanto ao envolvimento das garotas nisso seria melhor que elas lhe explicassem antes de eu lhe falar mais.

–Olhe Kagura-chan vai parecer muito louco mas eu Hikari-chan somos da máfia também. Eu faço parte da Varia, esquadrão independente de assassinato da Vongola e a Hikari-chan é de outra família chamada Família Bovina eu e você nos conhecemos por coincidência, mas a Hikari-chan te conheceu a pedido do 9º chefe da Vongola que tem uma associação de proteção com a família Bovina –disse Natsuki-chan meio sem vontade.

–O 9º me pediu para procurar sua filha que há muito tempo ele teve com uma florista. Essa florista disse que a criança tinha morrido, mas depois de um tempo ele descobriu! Ela apenas fugiu com a criança por medo do julgamento das pessoas, pois ela era casada com um ferreiro da cidade que você chama de pai adotivo o Maurício-san, mas antes de a Cláudia-san sua finada mãe fugir com você, o 9º pôde ver a cor dos seus olhos e perceber que você tinha a mesma doença de sua mãe, ou seja que a cor dos seus olhos eram um pouco diferentes das pessoas normais, quando descobriu que você poderia não estar morta ele me mandou procurar pela Itália por uma pessoa com olhos trocados, um azul escuro e outro alaranjado, da minha idade que deveria estar estudando, depois de 5 anos de procura trocando de escola todo bimestre eu achei você!

–M-mas você não ficou apenas um bimestre na escola!-eu disse sem entender nada.

–Por que eu precisava de mais tempo pra ter certeza que você não usava lentes e ver ser você tinha algo que a fizesse mais parecida com o 9º -ela disse como se eu estivesse entendendo alguma coisa.

–N-não espera vocês estão me dizendo que... que minha mãe... mentiu para o meu verdadeiro pai e esse pai está me procurando a cinco anos? Co-como isso é possível? eu...