Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 57
57. FIDELIDADE TROCADA


Notas iniciais do capítulo

*TODOS CHORAM*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/236157/chapter/57

Lorde Voldemort era o bruxo mais temido da Europa, quem sabe ate do mundo.

Não se dizia simplesmente “não” para ele.

— Lucius, foi muito bom ter aceitado essa saída comigo.

— Não recusaria.

— Podemos ir a tantos lugares, quem sabe num bar, ou numa área onde as prostitutas trabalham, ou arrasar uns trouxas.

— Arrasar uns trouxas seria interessante, mas o bar é a melhor pedida ao meu ver.

— Pensei que se interessaria pela área das prostitutas. — Voldemort disse, o encarando.

— Não. — respondeu com rapidez.

O lorde das trevas pensou que as coisas estavam piores que ele imaginava.

— É tão frouxo assim ao ponto de realmente amar sua esposa? — não uma pergunta.

— Meu lorde?

— Esse tipo de sentimento deixa as pessoas fracas, inúteis. Tenho que admitir que gostei do seu duelo com Amico, poderia ter matado ele.

— Talvez esse tipo de sentimento possa deixar um homem violento. Acabou de admitir que gostou do meu duelo.

Voldemort sorriu.

— Sim, qualquer macho grita em resposta quando a fêmea esta sendo afetada. Mas isso te deixa instável.

— Não estou te entendo, senhor.

— O que me garante se no momento que eu precisar de você, não vai virar as costas porque sua doce esposa pediu.

Lucius fingia não entender o que ele dizia, mas estava tão claro.

— Sempre foi tão contra minha união com Narcisa. Ela tem todos os pontos que uma esposa deve ter. Simplesmente não te entendo.

— Falta um ponto, Amico não estava errado, Narcisa é insípida e te atrapalha a me servir. Ela deveria ser mais como Bela.

— Narcisa não é sem sal, é minha família. E tenho nojo só de pensar nela como Bela.

— Viu como age? A defende em todos os momentos. Estou te testando Malfoy, o tempo inteiro e não percebeu. Sua mente estava focada em provar que ela é importante, que se esqueceu de ser vigilante. Não precisa de um feitiço em sua mente para entregar o jogo.

— Não sei por que todos resolveram entrar nesse assunto. Narcisa é reclusa, inteligente e é a minha mulher.

— Sua mulher esta te atrapalhando, é isso que estou querendo dizer. Diz-me Lucius, em quem sua fidelidade maior esta posta?

— Meu senhor... ?

— Esta amando sua esposa. Amor é um sentimento para fracos, quero saber onde esta sua lealdade?

Lucius coçou o pescoço. Amor? Não estava começando amar Narcisa, ou estava? Sempre admitiu a ela que esse tipo de sentimento não sairia dele.

— Minha lealdade esta com a causa, com os comensais. Narcisa é meu bem. Já disse, minha propriedade.

— Ah, isso sim é uma coisa boa de ouvir. Então acho que finalmente podemos visitar aquela área das prostitutas.

E os dois foram ao local.

Assim que aparatou em sua sala, Lucius correu para cima.

A casa toda era um breu, mas conhecia tanto o trajeto que mal fez diferença. Abriu com rapidez a porta e seguiu para o banheiro.

Foi difícil segurar, mas conseguiu.

Debruçou sobre o sanitário e vomitou.

Narcisa acordou em sobressalto com a chegada de Lucius, batia as portas, jogava o blazer no chão. E ia ate o banheiro. Merlin! Ele estava passando mal.

O cheiro forte de bebida dominava o ambiente, era isso então que o fazia passar mal.

A mulher pegou o blazer do chão, mas então percebeu algo... Perfume feminino, doce enjoativo e barato.

Lucius queria cuspir no vaso a noite que passou. Oh droga que merda tinha feito?

Era tão ruim que revirava ate mesmo seu estomago — agora — vazio.

Ficou de pé, ou tentou, já que se apoiava feito um tonto na parede. Viu Narcisa na porta, mas algo estava errado, em outros casos ela estaria ali, ao seu lado, sem se importar que ele tivesse vomitando.

Mas ela estava recostada no umbral da porta, com seu blazer na mão. Sem se mover. Seus olhos eram duas esferas grandes e azuis. E tristes.

Lucius tirou a roupa e ligou o chuveiro. Que Merlin o ajudasse, mas ele tinha certeza que Narcisa sabia.

Sabia o que ele tinha feito.

Lucius estremeceu e pegou a bucha, passou a se esfregar com toda força.

— Se continuar fazendo isso vai arrancar sangue do seu corpo. A bucha não vai apagar Lucius. — ela disse com frieza, o deixando sozinho.

Caralho, estava muito ferrado.

Tinha feito uma tremenda merda e a única pessoa que não podia saber, já sabia. A bucha não seria mesmo capaz de apagar.

Assim que Lucius deitou-se na cama, Narcisa levantou.

Era de madrugada, estava sem sono e na melhor das hipóteses, arrasada.

Foi ate o quarto ao lado, onde estava guardando caixas e mais caixinhas de coisas de bebe.

Passou a ser uma mania. Aonde ia comprava o que fosse mais lindo, caro e combinasse com sua família.

Tocou a própria barriga.

— Seu pai é um filho da puta infeliz. — disse. Sentindo as lagrimas queimar seus olhos.

Claro que ela podia não estar grávida ainda, mas sentia, podia alcançar. E isso era tudo que se apegava para não desmoronar.

Tudo que fazia, tudo que tentava era agradar Lucius, queria ser um exemplo, ser digna, ser quente na cama.

Raramente comentava sobre os comensais, pois odiava a idéia e não queria deixá-lo com raiva.

Mas no fim... Nada disso era o bastante.

No fim ainda era presenteada com uma traição.

Lucius sabia que ela tinha levantado da cama, mas estava exausto demais para fazer algo.

No outro dia não a viu durante o café, na hora do almoço perguntou a Poli sobre sua esposa, e foi surpreendido com a noticia de que tinha ido ao St. Mungus.

“Ela disse que era uma consulta de rotina”. Foi o que a governanta disse.

Mas estavam casados há quase dois anos e ela nunca tinha ido a uma consulta de rotina.

Suas mãos suavam enquanto se aproximava da sala particular. Nunca esperaria ser consultada como todos fazem, ou dividir uma sala.

Pagou caro para ser a preferência.

Quando sentou frente ao curandeiro, ela sabia que ele já imaginava o motivo.

— Você fez uma poção caseira?

— Não. Preferi vir logo.

— Bem. Então você tome essa, e vamos aguardar, dez minutos, é bem rapidinho.

Mas foram os dez minutos mais longos que passou.

— Vou passar uma receita de poção, é a mais eficaz quando tiver uma duvida sobre gravidez.

— Mas eu... ?

— Não esta grávida. Não ainda.

Narcisa guardou a receita e aparatou na sala da mansão.

Assustou-se ao ver bem em frente à lareira, seu marido. A encarando.

— Esta doente? — ele perguntou ficando de pé.

— Não. Apenas não estou grávida... Ainda. — disse sendo direta. E saindo dali.

Sabia que se não respondesse, ele ficaria na sua cola o tempo inteiro. E queria evitar olhar no rosto descarado de Lucius.

— Ei, espere. Pensei ate que já estava grávida. Têm comprado umas mil coisas para bebê. — ele disse, segurando seu braço.

— Não. — ela respondeu com secura, soltando-se dele.

Lucius sentia a rispidez de sua esposa, mas era aceitável. Caramba ele tinha mesmo pisado na bola.

Naquele dia mais cedo tinha chegado à mansão o convite para a festa de aniversario de casamento de Thor e Eloá.

A menina tinha sido amiga de Narcisa por muito tempo, mas acabaram se afastando quando a outra passou a andar muito com Aleto. Mesmo sabendo que Narcisa a odiava.

— Vamos à festa do Thor daqui a dois dias? — Lucius perguntou, durante o jantar.

Ela apenas encolheu os ombros.

— Narcisa estou tentando conversar direito com você desde quando chegou a casa.

— Quero ficar com nosso quarto e gostaria que fosse para algum outro. — ela disse diretamente.

O susto de Lucius foi tão grande que derrubou a taça de vinho na mesa. Mas dispersou todos os empregados que estavam por perto.

— Eu juro que vou fingir não ter escutado o que disse.

— Então eu repito: quero que saia do meu quarto.

— Isso é uma medida meio extrema. Somos casados, como ficamos...

— Sei que você ainda vai me procurar, afinal não estou grávida e preciso desse filho. Mas não impede em nada você ficar em outro quarto.

Lucius respirou fundo e contou ate dez.

— Não vou sair do meu quarto.

— É uma pena, eu amo aquele quarto, mas se for assim... Saio eu.

— Não. Hoje, esta ouvindo bem? HOJE, eu vou dormir no quarto ao lado, entendo que você esteja meio triste por descobrir que não esta esperando um bebe.

— Não seja irônico a esse ponto Lucius, sabe que o motivo não é esse.

— Entendo que você esteja chateada. Hoje eu saio, amanha conversamos, certo?

Ela não respondeu. Pediu licença e saiu da mesa.

Na noite do outro dia, Narcisa fez questão de usar um vestido ousado. Sabia o quanto isso irritava Lucius e dessa vez fez de propósito.

Ele nada disse quando ela segurou sua mão e aparataram frente à casa de Thor Rowle.

— Narcisa, Merlin, você esta um luxo. — Eloá disse.

Narcisa quase acreditou que a amizade das duas pudesse voltar a ser como era, mas isso foi cancelado quando Amico e Aleto Carrow chegaram.

— Já sabe da novidade? Estou grávida!

— Narcisa que tanto falava sobre filhos, ate agora nada. — Aleto disse com ironia.

Narcisa deu um sorriso doce.

— Acontece que tudo que eu faço é programado, estou curtindo meu casamento. Na hora que me der vontade, terei meu filho.

Somente ela sabia como foi difícil pronunciar essas palavras. Uma mentira atrás da outra, na frente de tanto espectador, na frente Lucius. Que concordou com a mentira, pegando nas mãos de sua esposa e beijando.

A festa era uma chatice tremenda. Para Narcisa era muito ruim lidar com amadores, teriam que nascer de novo para aprenderem a dar uma boa festa.

Quando Severo chegou, foi sua salvação.

— Eu devia ficar com raiva de você... Para sempre. — ela disse.

— Ah sim. Por quê?

— Você sabe.

— Não sou seu marido.

— Mas é meu amigo.

— Mas você não conseguiu evitar que Lucius se tornasse, quem dirá comigo.

— Viu? Já esta falando com ignorância como um deles.

— Não seja ridícula Ciça. Os comensais são...

— Lucius esta me traindo. — ela sussurrou.

Severo engoliu seco o que bebia.

O que antes estava sendo uma conversa tranqüila entre amigos com falsas farpas, estava ficando serio.

Ele percebia pela forma que a frase foi dita, que se ela pudesse, desabafaria com outra pessoa e não com ele.

Ate porque esse era um assunto delicado.

— Narcisa olha para mim. É verdade?

— Sim.

— Tem certeza, isso é meio serio. Não tem espaço para “achar”.

— Tenho certeza. Certeza mesmo.

— Pode ser que não Ciça, Lucius esta bem mais unido a você. É perceptível.

— Minha vida esta desandando.

— Calma. Pare de falar assim. Se começar a chorar aqui vai ser vergonhoso. E esta muito próxima, Lucius esta olhando com cara feia.

Ela afastou e sorriu. Era um fingimento. Apenas para que todos achassem que estavam falando amenidades e coisas engraçadas.

— Não estou grávida. Tem mais isso. Sev o que faço?

— Se afaste dele, se separe. Se quiser tento dar uma surra no Malfoy.

— Merlin, não! Nada de separação, seria meu fim, fora que nunca conseguiria me separar.

— Gosta dele.

— Snape!

— O ama, o defende. Então fica difícil te dar conselhos.

— Você bateria.

— Por você, sim.

Ela apertou a mão dele.

— É um fofo, aquela vadia ruiva não te merecia de qualquer jeito. — mas se arrependeu de dizer, ele gostava daquela mulher, sabe se lá por que.

— Então. Sobre Lucius fico limitado, mas já pensou em... Isso é difícil falar.

— Fale logo, esta ficando branco.

— Já pensou em fazer um teste para saber se pode...

— Fale Severo.

— Se pode ter filho. Já pensou em fazer um teste para saber se pode?

Narcisa deu um salto para trás.

— Como pôde perguntar algo assim?

— Basta pensar um pouco. Estou querendo te falar isso a um tempinho.

— Pare de falar isso, vou ficar com raiva de você.

— Fique. Estou falando para o seu bem, um teste não faz mal nenhum. Pode ser com Lucius o problema, mas só saberá com o teste.

— Estou odiando você nesse momento.

— Só quero você feliz e realizada, é minha amiga.

— Não olhe para mim mais.

Ela disse saindo de perto dele. Ok, mais isso.

Como se tudo que vivesse não fosse o bastante, agora tinha perdido seu único amigo também.

Como ele podia insinuar algo do tipo?

Lucius percebeu que sua esposa não estava tranqüila, mataria Severo caso ele tivesse feito algo, já estava achando os dois muito íntimos hoje mesmo, não seria difícil.

— Quer ir embora? — perguntou.

— Sim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não esqueçam de COMENTAR, é serio.
.
.
.
.
//ERRATA//
//ERRATA//
//ERRATA//
No capitulo anterior, Narcisa trás um gato para mansão, mas no capítulo 34, ela diz ter alergia.
eu tinha esquecido disso, HAHAHAHA... Mas nossa leitora não, então peço desculpas, não vou corrigir porque não vai interferir mais na historia, de qualquer jeito, foi uma falha minha e me perdoem.
//ERRATA//
//ERRATA//
//ERRATA//



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pavões Albinos - Malfoy Family" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.