Fathers Eyes escrita por Giovanna Marc


Capítulo 7
Você acredita em destino?




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Eve não sabia o que fazer. Ela estava ficando louca? Ou era mesmo a Maria? Eve nunca pode esquecer Maria, pelo fato de ser Maria que trouxe a noticia da morte de sua mãe. Ela não acreditou que depois de oito anos iria ver Maria. Aliás, como Hill sabia onde ela estava? Isso era possível? Eve ficou louca com mais perguntas brotando em sua mente. Ela teria mil perguntas para fazer a Hill.

Abraçada com ela por um longo minuto. Eve se afastou do abraço lentamente assim como Hill. A mulher segurou o rosto da ruiva delicadamente e olhou para o corte que estava ali. Não era nada com que se preocupar. Ela se curaria rápido. Hill olhou para os olhos azuis de Eve e sorriu aliviada por vê-la bem. Mas Eve não sorria, as perguntas em sua cabeça não a deixavam em paz.

- Como me achou?

- É uma longa história.

- Eu tenho tempo.

Hill suspirou fundo e fechou a porta atrás de si. Puxou Eve pelo braço atravessando aquele quarto que quinta categoria e sentou-se na cama de solteiro fazendo Eve se sentar ao seu lado. Ela encarou a ruiva por alguns segundos e viu que a garota estava esperando atentamente na história. Ela queria mesmo saber.

- O seu videogame. Há nove anos eu coloquei um rastreador nele a pedido de sua mãe. Ela queria saber sempre onde você estava.

- Sério isso? – Indignou.

- Sua mãe era muito protetora...

- E porque só agora você resolveu me procurar?

Maria engoliu seco. Ela não queria causar uma confusão. Mas também não havia saída. Deveria contar para a ruiva a verdade? Mesmo se a deixasse furiosa? Acho que talvez era o certo a fazer. A mentira só traria mais problemas. Eve esperava atentamente uma resposta.

- Eu soube que fugiu do orfanato.

- Como... Como soube?

- Hm... Porque fui eu que te coloquei lá!

Eve quase explodiu naquele momento. Ela não queria acreditar no que Maria falou. Como assim foi ela que a internou naquele hospício de crianças e adolescentes? Hill não podia ter feito isso com ela. Eve queria chorar, gritar e pular encima de Maria com raiva. Mas ela deixou tudo de lado e engoliu o choro.

- P-porque fez isso c-comigo? – Gaguejou.

- Me desculpe! Mas quando sua mãe morreu você não tinha para onde ir. E sua mãe havia inimigos. Fiquei com medo de que algum deles fosse atrás de você...

- Minha mãe já estava MORTA! Não havia chances de algum inimigo me pegar, eu não valia mais nada! Apenas minha mãe iria pagar alguma fiança. Então não venha com essa história.

- É a verdade! Eu só queria te deixar em algum lugar longe das pessoas. Protegida!

- E como você sabe que eu estaria protegida lá? Colocou alguém lá naquele inferno para me vigiar também?

- Abigail...

- Você só pode estar brincando comigo... Aquela bruxa? Fala sério Maria!

- Pelo menos você está viva!

- Eu sofri um acidente hoje. Fui parar em um hospital. Fui a única que sobrou desse acidente. E para falar a verdade, desejaria ter morrido também.

- Não fale isso...

- É a verdade! – imitou a Maria.

Hill olhou para Eve com pena. Sentia-se uma bruxa por ter feito aquilo com Eve. Sabia que não merecia seu perdão, mas queria pelo menos tentar obtê-lo.

- Me perdoe, Eve. Por Favor.

- Porque eu deveria?

- EU cuidei de você todo esse tempo enquanto essa cidade estava em guerra. Nunca desisti de você. Me apeguei a você no primeiro dia que vi esses olhos a oito anos atrás. Você é a coisa mais próxima que eu vou ter de filha.

Eve viu lágrimas se formar nos olhos de Hill. Aquela agente estava se amolecendo por dentro. Eve teria que concordar que Maria cuidou dela, mesmo não sabendo. Deixa-la em um lugar longe do mundo talvez fez bem para ela. Mas a garota ainda não se conformava em ter perdido oito anos de sua vida. Eve sentiu seus olhos arderem. Lágrimas estavam se formando em seus olhos também. Ficando cega pelas lágrimas, Eve abriu um sorriso debochado.

- Eu só tenho você agora. Não posso fazer nada além de te perdoar.

- Obrigada!

Elas se abraçaram e riram entre lágrimas. Eve já tinha seu passaporte para um começo de vida. Acho que agora só precisava do visto. Ela agora tinha que agradecer ao Deus que a horas atrás estava xingando. Ele também foi rude com ela ao dar trovões em respostas. Ela tinha medo daquelas coisas. Mas de algum jeito ela precisava agradecê-lo. Quando as duas se soltaram, Maria finalmente percebeu que não era só ela que sentia aquele frio. Hill se levantou da cama sendo seguida pelo olhar de Eve. Tirou seu sobretudo e deu a garota que sorriu em forma de agradecimento.

- Acho que precisa mais do que eu.

- Obrigado.

- Que tal irmos para a minha casa? Aqui não é... muito saudável de ficar.

Hill falou isso olhando em volta. O quarto realmente não estava em boas condições. Eve riu vestindo aquele sobretudo quente. Sentiu uma sensação maravilhosa por estar coberta.

- Sabe... eu pensei que você iria me mandar de volta para o orfanato.

- Bom, parece que você já sabe como fugir de lá. Então não é mais seguro. – Riu.

Eve riu junto com ela e pegou sua bolsa. Hill foi até a porta e a abriu esperando por Eve que estava procurando algo em sua bolsa. A ruiva estava procurando ter certeza que seu relicário não iria ficar para trás. Se mataria se isso acontecesse. Após encontrar seu relicário no bolso, fechou-a e seguiu até Hill. Saiu do quarto e viu que não chovia mais. E ela ficaria muito puta da vida se começasse a chover logo quando ela saísse. Ela olhou para os lados e viu que estava tudo deserto. Ouviu Hill trancar a porta do quarto e começou a andar em direção a recepção. Deveriam entregar a chave, é claro. Em silencio elas foram ao encontro do velho que estava quase dormindo encima do balcão. Mas quando ele ouviu a porta se abrir logo se ajeitou e olhou para as duas. Maria jogou a chave no balcão. O velho pegou a chave a não disse nada. Maria saiu andando. Eve foi atrás dela quase rindo da cara do velho que era engraçada. Então quando chegaram no meio da calçada, Eve olhou em volta. Perguntou-se onde Maria morava.

- Mora perto daqui?

- Sim, a três quadras daqui.

- Que sorte a sua de me encontrar a três quadras de sua casa.

- Talvez seja o destino...

- E você acredita em destino?

- Não. Mas só porque eu não acredito, não significa que ele não existe.

- Certo.


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Notas finais do capítulo

Comente ou eu dou uma de Hulk e quebro tudo u_u
Ou talvez eu exploda tudo com as flechas do Clint T-T
Ou eu uso o reator ark e saio explodindo tudo U-U
Ou eu dou uma de viúva negra, há!
Ou talvez eu jogo um escudo na sua cabeça G.G
Ou talvez eu pego a Mjolnir e... WAIT... T-T