Nova York.

Os agentes da S.H.I.E.L.D. procuravam por pistas de Eve nas ruas de Nova York. Mas parecia que ela não estava mais ali. Os avengers queriam sair procurando por ela. Principalmente Natasha e Steve que estavam aflitos com tudo aquilo. Mas Fury não os deixam sair da S.H.I.E.L.D. ele precisa mantê-los ali até acharem pistas corretas. Já se passaram quatorze horas que ela estava desaparecida. Na cabeça de Fury ela já estaria escondida em algum lugar onde o Governador acha seguro. Nick estava feliz por agora ter uma razão para prender o Governador. Mas com Eve nas mãos dele, era impossível expressar isso. Fury mandou agentes para Boston, que é onde o Governador foi mais visto pelos vigilantes da S.H.I.E.L.D. O jato do Governador também voou até Boston logo depois que ela havia desaparecido. Nick já suspeitava disso. Porém ele mantinha os avengers ocupados direcionando-os para outro lugar. Porque se eles soubessem, provavelmente iriam querer atacar Boston. Os agentes estavam fazendo um bom trabalho. Mas precisavam pegar o Governador com as mãos sujas. Precisavam de provas, pois algo tão poderoso como ele, poderia sobrar para a S.H.I.E.L.D. E claro, os avengers.

Natasha e Steve estavam sentados naquela grande mesa redonda. Eles não sabiam o que pensar. Não sabiam o que fazer. Estavam cegos de preocupação. Tony não queria demonstrar, mas sua preocupação era tão grande quanto à deles. Ele procurava rastros de Eve por todo o país com JARVIS. Mas ela era invisível, era como se ela nunca tivesse existido. E isso não ajudava em nada. Clint estava no canto da sala analisando tudo ao redor. Ele via a dor de sua parceira, Natasha. E ele não gostava nada daquilo. Nunca havia presenciado isso antes. Ele não sabia como era sentir essa dor de mãe, mas compreendia. Clint então voltou ao olhar em volta para os agentes que trabalhavam ali em seus computadores. Ele avistou Maria, e ela parecia meio abalada também. Bom, ela a escondeu em um orfanato por oito anos. Descobri que ela conseguiu ser achada pelo governo não deve ser nada bom.

Steve levantou da cadeira que estava em silencio e saiu daquela sala. Ele precisava andar um pouco. E mesmo com alguns olhares de alguns agentes dali, ele continuou a andar pelos corredores da S.H.I.E.L.D. Era como se aqueles agentes estivessem ali para tentar segurá-lo caso ele tentasse fugir dali e sair correndo atrás de sua filha. Steve riu sozinho pensando sobre isso. Afinal ele jogaria esses agentes para longe com a ponta do dedo, ainda mais com a raiva que ele estava. Ele andou até chegar a um tipo de laboratório. Então lá ele viu Banner sentado em frente a um computador limpando seus óculos embaçados e os colocando no rosto. Steve antes de entrar bateu na porta anunciando sua presença. Banner olhou para a porta rapidamente e viu Steve. Logo se ajeitou na cadeira e olhou para ele com um sorriso fraco. Steve foi até ele e sentou-se a cadeira de seu lado e suspirou. Eles não trocaram nenhuma palavra por alguns longos segundos. Steve estava ficando desconfortável com aquilo.

- Banner, o que acham que irão fazer com ela?

Banner olhou para Steve com um olhar meio triste. Ele sabia o que eles fariam, provavelmente. Mas aquilo só poderia ser pior para Steve. Ele não precisava saber.

- Acho melhor você não saber, Steve.

Rogers olhou para ele com uma expressão de dor. Ele havia entendido aquilo, mas havia uma vontade em saber, ele precisava saber o que fariam com sua filha. Aquilo doeria nele, mas não tanto quanto em sua filha.

- Eu preciso saber... Eu aguento.

Banner olhou para Steve que parecia tentar se fazer de durão. Mas aquilo não combinava com ele naquele momento.

- Não, não aguenta. Você é o pai dela.

Steve suspirou fundo e olhou para Banner com cara de poucos amigos.

- Me fale logo, Banner. Prefiro saber de tua boca do que da boca de Fury.

Bruce desviou seu olhar por um momento fitando a tela do computador. Logo depois voltou a olhar para o Steve que o encarava.

- Como eles querem o soro, eles irão colocar substancias químicas no corpo dela para o soro ter reação e permanecer mais forte. É como se eles fossem ativa-la.

- E isso irá machuca-la? Muito?

Steve perguntou com certo medo da resposta. Bruce suspirou, queria omitir essa parte, mas não poderia fazer isso.

- É a dor mais insuportável do mundo, Steve. É como a reação negativa da mesma dor que você sentiu quando lhe injetaram o soro.

Steve se arrependeu por ouvir aquilo. Ele se lembra muito bem daquela dor que sentiu quando foi para a experiência. E foi a pior dor que sentiu na vida. E pensar que sua filha poderia senti-la três vezes pior o matava por dentro. E se ela não aguentasse aquela dor? Aquele corpo pequeno, a fragilidade dela. Ele não podia deixar aquilo acontecer. Steve pensou que poderia trocar de lugar com ela. Era o que qualquer pai faria. Ele era o único que tinha o que eles queriam. Mas pelo que ele conhece do governo. Eles iriam manter os dois presos lá. Steve continuou perdido em pensamentos ali. Ele queria tanto ouvir a voz de sua filha agora. Aquilo o estava matando. Passou pouco tempo com ela. Ainda não aproveitou ficar perto de sua filha o suficiente. E Natasha? Ele sentia seu coração fraquejar apenas de olhar nos olhos cheios de dor de sua amada. Sua família estava por um fio ali, estava quebrada naquele momento. E o que ele mais quer agora é construí-la de novo. Ele precisava disso. Não queria ver Tash chorando pelos cantos da S.H.I.E.L.D. ele queria pegar seu uniforme, seu escudo e sair correndo pelo país procurando por Eve. Não sabia descrever o quanto odiava ficar ali sentado sabendo que sua filha pode estar sendo machucada nesse exato momento. Mas ele sentia certeza de uma coisa: Quando encontrar a toca do Governador, ele vai explodi-la. Não importa se a S.H.I.E.L.D. quer o Governador vivo. Ele iria fazer aquela vingança.