Fathers Eyes escrita por Giovanna Marc


Capítulo 27
Aprendendo o que não deve.




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Eve acordou naquela manhã com o sol batendo em seu rosto. Abriu os olhos e logo viu que a manhã parecia bela. Queria dormir mais, sentia-se um pouco cansada. Mas isso fazia parte de acordar as 9h30m da manhã. Eve se espreguiçou e se levantou da cama. Olhou para Freaky que ainda dormia em sua caminha. Sorriu ao ver aquela cena. Eve então foi para o closet escolher alguma roupa para usar. Pela primeira vez na vida queria colocar algo que não seria preto. Então escolheu uma roupa meio colorida. Até porque em meio a essa guerra que estava um pouco de cor poderia alegrar o dia. Eve pegou sua roupa e foi para o banheiro. Despiu-se e entrou em um banho gelado. Era tudo que ela precisava agora para limpar sua mente. Aquela água gelada fazia os músculos de Eve se contraírem. Ela adorava aquela sensação. Depois de se banhar por alguns minutos ela resolveu sair do banho. Vestiu sua roupa e calçou seu tênis. Por um momento se sentiu patriota, riu daquilo. Eve secou seu cabelo no secador e o deixou solto. Pegou sua maquiagem e ficou se olhando no espelho tentando saber o que iria fazer. Depois de alguns segundos resolveu que só iria passar uma máscara preta. Passou batom na cor de sua boca, pois sentia seus lábios secos. Depois que fez o que devia guardou sua maquiagem e saiu do banheiro. Eve foi até Freaky e o pegou no colo. Ele parecia cansado, como sempre. Um bebê. Eve beijou a cabeça dele e o colocou de volta na sua cama. Ela então saiu do quarto. Pelo sol que estava lá fora, ela pensou que Thor já estaria mais calmo. Ou ele teria voltado para Asgard. Eve só não sabia por que Thor foi lhe parar em seus pensamentos agora. A ruiva balançou a cabeça como se quisesse arrancar a imagem dele de sua mente. Ela desceu as escadas em silêncio e foi direto para a sala. Quando chegou lá viu Pepper sozinha no sofá mexendo naquela coisa que ela chamava de “tablet”. A televisão estava ligada também, e passava algo sobre a Indústria Stark. Eve foi até Pepper que logo a viu.

- Bom dia, querida!

Pepper abriu um sorriso para Eve que retribuiu com outro.

- Bom dia, Pepper... Onde está todo mundo?

Pepper olhou para Eve como se ela já soubesse da resposta. Pepper olhou para seu tablet e suspirou.

- Onde mais estariam?

Eve olhou para Pepper que parecia estar entediada ali. Eve então se sentou ao lado de Pepper e ficou olhando-a mexer naquele tablet. Ela não entendia nada daquilo. Mas parecia legal. Pepper viu que Eve estava curiosa sobre o tablet.

- Quer usa-lo?

Eve olhou para Pepper fazendo uma careta e depois rindo.

- Não sei se você percebeu, mas eu não me dei bem com a tecnologia.

Pepper riu junto com Eve.

- Mas você se deu bem com o JARVIS.

- O JARVIS é diferente. Eu falo com ele.

Pepper sorriu e pegou encima da mesa de centro outro tablet. E o entregou para Eve. Ela o pegou, mas não entendeu aquilo. Ficou olhando para ele ligado sem entender nada.

- A partir de agora ele é seu.

Pepper disse mexendo em algo no tablet dela. Estava trabalhando para deixar a Indústria Stark em alta. E aquilo era difícil de fazer. Eve segurava aquela coisa e não sabia o que fazer.

- O que eu faço com isso? Como vou mexer?

- Simples, é só falar! JARVIS está ai.

Assim que Pepper disse algo apareceu na tela. Era opções e instruções de como mexer. Eve sorriu ao ver.

- JARVIS, está ai? – Murmurou.

- Estou sim, senhorita Romanoff.

Eve ficou olhando chocada com aquilo. JARVIS estava em todos os lugares. Era incrível isso. Eve ficou impressionada com aquilo. Ela ficou olhando para o visor e começou a apertar em todos os botões que JARVIS mandava. Ela precisava aprender tecnologia se fosse ficar na casa do Stark. Eve ficou ali por alguns minutos mexendo no seu novo brinquedo. Nem havia percebido que Pepper havia saído da sala. E lá estava ela pensando no que procurar no site de notícias de Nova York. Então Eve pensou em seu acidente. Ela se lembrou de Franklin.

- JARVIS, procure por um acidente que aconteceu há seis dias. E o nome Franklin... Ele era o motorista.

- Já estou fazendo, senhorita.

Eve esperou JARVIS pesquisar por tudo. Ela queria saber mais sobre os detalhes. Queria saber se o outro motorista havia sobrevivido. JARVIS então colocou uma matéria de cinco dias atrás sobre o acidente. Eve olhou para a foto que havia, era de dois caminhões capotados. Não pode acreditar que saiu viva dali.

“O caminhoneiro Franklin se distraiu no volante e não avistou o sinal vermelho, chocando-se com o outro caminhão que vinha em sua direção. O motorista não identificado do outro caminhão morreu na hora. Franklin chegou ainda com vida no hospital, mas não resistiu. Fontes dizem que havia uma adolescente no banco do passageiro, foi à única que conseguiu sair com vida. Ela não foi identificada. Franklin deixou um filho de 23 anos, Lucas. Será realizada a missa de sétimo dia na Igreja Faith ás 10h30m da manhã.”

Assim que Eve leu aquilo sentiu uma lágrima cair. Logo ela secou-a e engoliu aquele choro. Ela ficou olhando para a foto dos caminhões e imaginando a cena. Ela não se lembrava de nada. Apenas de acordar no hospital. Queria poder lembrar-se de algo. A ruiva sentiu certa culpa por tudo aquilo. Ela se sentia culpada por aquilo ter acontecido com ele. E agora? E como ficaria Lucas? Eve olhou de novo para aquela matéria e resolveu que poderia fazer algo que a fizesse se sentir menos culpada.

- JARVIS, poderia me mandar o endereço da Igreja Faith?

- Sim, senhorita. Mas devo adverti-la que não seria uma boa ideia sair de casa.

Assim que JARVIS disse o mapa de como chegar à igreja estava ali. Eve preferiu não responder ao JARVIS. Ela notou que a Igreja não ficava muito longe dali. Poderia ir rapidamente sem ao menos eles notarem que ela saiu. Eve suspirou e ficou olhando para o visor do tablet. Depois de uns minutos ali em silencio sem fazer nada. Eve mandou JARVIS desligar aquela coisa e o deixou ali encima da mesa. Depois ela praticaria mais. Ela ouviu um barulho vindo da cozinha. Ela estranhou aqui e resolveu ver. Andou até a cozinha em passos lentos e calmos sem fazer barulho algum. Quando ela chegou na cozinha e viu aquela cena, sua boca se abriu chocada e com a mistura de um sorriso. Ela levou a mão na boca tentando não fazer um mínimo barulho. Segurou sua respiração por alguns segundos e depois se acalmou ainda com um sorriso enorme no rosto. Ela via essa cena: Sua mãe sentada no balcão com as pernas entrelaçadas na cintura de seu pai. Eles estavam se acabando em um beijo apaixonante e de tirar o fôlego de até quem via. Eve não sabia o que fazia. Ela poderia ficar horas ali vendo aquilo, apesar de ser estranho. Mas ver seus pais se rendendo ao amor era a coisa mais fofa que ela tinha visto na vida até agora. Eve perdeu a noção de quanto tempo estava ali, e era incrivelmente assustador eles ainda não terem notado sua presença. Eve percebeu que a coisa estava ficando um pouco quente entre eles. Ela cruzou os braços e segurou um riso. Ela estava pronta para anunciar sua chegada. A ruiva então pigarrou alto. Aquilo fez seus pais se afastarem bruscamente. Seu pai foi parar praticamente do outro lado da cozinha enquanto sua mãe tentava respirar. Ele olhou para a cara assustada e boba dos dois e começou a rir sozinha.

- Porque vocês não foram para o quarto? Isso é falta de educação... Logo na cozinha? Ou devo dizer... Na cozinha do Tony? Sério?

Os dois se entreolharam e depois olharam para Eve meio envergonhados com aquela situação. Natasha então resolveu fazer-se de inocente. E ela sabia muito bem fazer isso.

- Foi seu pai que me agarrou! – Grunhiu

Steve olhou para ela perplexo. Ele sabia muito bem o que ela estava fazendo. Colocando a culpa nele.

- Eu? Foi você que começou a vir para cima de mim.

- Não foi não! – Retrucou.

Eve olhava para os dois querendo rir mais ainda. Ela rolou os olhos e suspirou fundo chamando a atenção deles.

- Façam o que quiserem... Só que quero continuar a ser filha única.

Natasha olhou para a filha incrédula. O que ela estava pensando? Steve apenas olhou para a filha com um sorriso no rosto.

- O que está pensando? Você vai ser definitivamente filha única!

Steve fechou o sorriso e olhou para Natasha com uma cara meio triste.

- Mas... Por quê?

- ROGERS!

Natasha lançou um olhar intimidador para Steve que cruzou os braços e fez uma cara emburrada como uma criança. Eve olhou para seu pai com curiosidade nos olhos. Ela não havia entendido.

- Eu não entendi...

- E é melhor não entender! – Retrucou.

Natasha disse saindo de cima de balcão e olhando para Steve que parecia uma criança enfurecida. Eve então começou a pensar melhor naquilo. Foi quando ela entendeu e fez uma cara de surpresa.

- AH! Entendi agora... Nem pense nisso! Eu vou ser filha única. Já divido vocês com o mundo. Está ótimo assim.

Natasha sorriu e foi até Eve e a abraçou. Eve retribuiu o abraço e logo depois elas se afastaram. Natasha alisou os cabelos da filha e a aninhou por um momento.

- Eu sei disso, e é por isso que vai ser filha única para sempre.

Steve rolou os olhos e saiu andando da cozinha com uma cara emburrada. Como uma criança. Segundos depois Natasha e Eve se entreolharam e começaram a rir dele. Depois de alguns minutos rindo de seu pai, Eve parou e começou a olhar para sua mãe.

- Mãe, você vai ficar com ele, não é?

Natasha ao ouvir aquilo parou de rir e suspirou. Ela viu uma esperança nos olhos da filha e sorriu.

- Depende...

- Como depende? Vai ficar com ele sim! Ele é meu pai, e você minha mãe. Então basicamente nasceram um para o outro no meu mundo. Vocês precisam ficar juntos, minha vida depende disso!


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Notas finais do capítulo

Gente, empatou Theve e Love u-u
Nem perguntei se vocês gostaram da capa nova.
Nem precisa responder porque logo estarei fazendo outra u-u
O QUE ACHARAM?