Fathers Eyes escrita por Giovanna Marc


Capítulo 1
Prólogo.




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Sentada do degrau da pequena varanda de sua casa, uma garotinha de oito anos esperava por sua mãe que estava mais uma vez atrasada para o jantar. Ela olhava para todos os cantos da rua que já estava escura. Eve, esse era o nome da garotinha. Sua mãe dizia que seu nome significava aquela que tem vida. A progenitora da humanidade. Mas a garota não acreditava neste fato. Talvez por ser muito nova ainda. Eve esperava todos os dias sua mãe, contando desde a hora em que ela tinha que sair para trabalhar.

Sorrindo sozinha, a pequena garota brincava com o desenho que estava segurando em suas mãos. Ela analisava o desenho para ver se não havia nada de errado com ele. Podíamos pensar que desde cedo ela era perfeccionista, como a mãe costuma ser. Ela sempre quis ser a melhor não só de sua classe, mas de sua escola inteira. Fazendo planos para seu futuro, mesmo com apenas oito anos de idade. Típico de uma garota inteligente. Adorava entrar escondida no quarto de sua mãe pela tarde e vestir suas roupas e sapatos. Sua mãe era sua inspiração. “Eu quero ser como você quando eu crescer” era a frase que Eve nunca cansava de dizer a sua mãe.

Sua pele branca como a neve e pequenas sardas pelo seu rosto. Os olhos azuis como se fossem duas grandes safiras. Cabelos lisos com um ruivo natural. E sua franja caindo sobre seus olhos. Era uma perfeita boneca.

Eve agora se distraia com a barra de seu vestido vermelho. O vermelho sempre foi sua cor favorita. A cor do cabelo de sua mãe. Colocando uma mecha que teimosa atrás de sua orelha, a pequena avistou um carro preto e grande parando em frente a sua casa. Logo abriu um sorriso grande e perfeito. A garota pegou seu desenho que agora estava ao seu lado e se levantou. Quando a porta do carro se abriu, ela saiu correndo em direção ao grande carro feliz. Mas parou no caminho quando viu que não era sua mãe quem saiu do carro. O sorriso de desfez aos poucos e a pequena olhou para uma linda mulher que uniformizada como sua mãe sempre aparece depois do trabalho.

Aquela era Hill, uma agente da S.H.I.E.L.D. que veio noticiar a pequena garota que agora ela era uma órfã. Hill não queria fazer aquilo, seu coração doía só de pensar em como iria falar isso para a filha de Natasha. Eve estava encarando-a com receio, ela esperava sua mãe, e Maria sabia disso. Nesse momento ela queria espancar Fury, seu chefe por fazê-la entregar essa notícia.

- Boa noite, sou Maria Hill, trabalho com sua mãe.

- Ah sim, percebi isso.

Surpresa pela pergunta Maria quis saber como ela sabia disso.

- Como sabe? – Riu nervosa.

- Você usa o mesmo símbolo no seu uniforme que está no da minha mãe.

Maria sorriu para ela gentilmente. Ela não sabia como contar para garota que o navio onde sua mãe estava fazendo uma operação foi explodido. Ela não poderia contar nessas palavras. Como o faria então? Hill estava quase suando. Todos da S.H.I.E.L.D. estavam lamentando pela morte de Natasha, mas ninguém sofreria mais que sua filha, não mesmo.

Dentro da casa de Eve estava Lucy, sua babá. Estava fazendo a janta para Eve. Quando foi olhar como a garota estava, sentiu um arrepio ao ver a garota conversando com uma estranha ao lado de um carro preto e grande. Lucy abriu a porta e saiu correndo em sua direção. Chegando lá notou um olhar triste em Hill, mas não estava entendo aquilo. Olhou para a roupa que a desconhecida usava e viu que era o mesmo símbolo da roupa de Natasha.

- Algum problema?

Hill olhou para Lucy e a cumprimentou com um sorriso forçado. Eve que agora estava no meio das duas não entendia nada. E ainda esperava sua mãe. Queria entregar aquele desenho que havia feito para ela. Mas não sabia o que fazer naquele momento.

- Sou amiga de Natasha, trabalho com ela. E você é...

- Lucy! Babá. Eu cuido da Eve e da casa.

Maria então entendeu o porquê a jovem havia corrido até Eve. Nunca a tinha visto antes. Pensava que Eve estava falando com estranhos. Hill então se agachou em frente a Eve que lhe mostrou um sorriso gentil.

- Onde está minha mãe, Senhorita Hill?

Nesse momento Hill queria chorar por Eve. Mas não podia fazer isso na frente dela, não agora. Hill olhou para as mãos de Eve e viu um papel sendo segurado por ela com certo cuidado e carinho. Eve notou isso e pensou que, talvez, Maria poderia entregar o desenho para sua mãe, já que tinha percebido que sua mãe iria se atrasar para o jantar hoje.

- Você poderia entregar para a minha mãe? Eu desenhei para ela.

Hill por um momento não sabia o que fazer. Mas preferiu assim fazer. Pegou o desenho das pequenas mãos de Eve e o olhou. Ela não pode deixar de sorrir ao ver o desenho: Era Eve segurando um balão no formato de um coração com sua mãe de um lado e um forte homem segurando a mão de sua mãe. Ela viu encima de cada cabeça os nomes que seguiam a sequencia: eu, mamãe e papai. Maria franziu o cenho ao ver o “papai”. Pois ela nunca havia conhecido o seu pai. Mas deixou esse pensamento de lado.

- Irei entregar para ela, com carinho.

Hill disse sorrindo para Eve que lhe respondeu com um outro sorriso.

- Ela vai se atrasar para o jantar de novo! – Brincou.

Hill apenas afirmou com a cabeça e se levantou ao encontro de Lucy que via toda a cena das duas com cautela. Maria olhou para Lucy com séria se apoiando ao carro ao seu lado.

- Posso conversar com você, a sós?

Lucy assentiu positivamente e olhou para Eve que analisava as duas com curiosidade.

- Eve, seu desenho já deve estar começando, vá ver.

Mesmo sabendo que seu desenho não iria começar agora, a pequena Eve foi saltitando até dentro de casa. As duas queriam conversar sozinha. Deveria ser algum segredo de mulheres. Vai entender! Entrou na casa e foi para seu quarto brincar com a nova boneca de pano que sua mãe havia lhe dado na semana anterior.

Do lado de fora da casa, Maria queria ser direta com Lucy.

- Aconteceu um acidente com Natasha.

- Meu Deus! Ela está bem? – Assustou-se.

- Ela está morta.

- Como?

- Você ouviu, ela está morta! E você precisa contar isso a Eve.


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