Wunsch escrita por Tsuki no Taiga, Alexia Jo


Capítulo 20
Markus


Notas iniciais do capítulo

Capitulo 20 on. . . boa leitura!



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O bater insistente da porta fez Bill despertar, fazendo-o resmungar. Virando-se para o outro lado, colocou o fofo travesseiro sobre a sua cabeça como se assim pudesse abafar o barulho e a luz. Ajeitou-se mais na enorme cama de modo a ficar mais confortável e suspirou profundamente, o sinal de inicio de um novo sono.

 

- Bill! Abre a porta! – a voz do irmão obriga-o a abrir rapidamente os olhos. – Tenho que falar contigo… - avisou. Praguejando, Bill lança a almofada contra a parede escudando de imediato, os seus olhos da forte luz que entrava da varanda sem ser sequer convidada. Esfregando a seus olhos, o vocalista jogou os lençóis para o lado e olhou-se no espelho.

 

- Ah se minhas fãs pudessem ver o “grande” Bill Kaulitz nessa situação – comentou consigo mesmo. Sua maquiagem estava completamente borrada, seus olhos inchados pelo sono e os cabelos desgrenhados.

 

 - BILL! – ouviu alguém gritar do lado de fora.

 

- Já to indo! – respondeu com má vontade - Que foi? – perguntou com a voz ainda rouca ao encontrar Tom à sua frente com um olhar pouco comum.

 

- Alguém entrou no meu quarto durante a noite, enquanto eu estava dormindo. – o loiro disse enquanto entrava no quarto do irmão. Bill fechou a porta colocando-se rapidamente perto de seu gêmeo com um olhar sério.

 

- E o que aconteceu? – perguntou preocupado relembrando do ataque anterior a que Tom fora vítima.

 

“Não estavam cumprindo com o que prometeram, disseram que iam protegê-lo” pensou o moreno cheio de ódio .

 

- Nada. Apenas deixaram lá uma fantasia. – o guitarrista disse sacudindo os ombros, notando o sorriso aliviado do irmão.

 

- Deve ser para o baile de mascaras. É hoje lembra? – silêncio. – Tipico… - murmurou suficientemente alto para o seu gêmeo o ouvir rolando os olhos ao mesmo tempo.

 

Dirigiu-se a mesa de cabeceira do lado direito, de estilo clássico igual ao resto da mobília de uma madeira escura. Sobre ela encontrava-se um pequeno jarro com água e um copo de cristal ao lado. Bill, verteu o conteúdo para dentro do copo que se tornara ainda mais brilhante e bebeu, ao virar o rosto, notou algo sobre a poltrona vermelha de veludo ao fundo do quarto. Uma fantasia encontrava-se sobre os seus dois braços dourados.

 

- Acho que não foi o único a receber um “presente”. – o vocalista disse atravessando o quarto e pegando no tecido preto mostrando-o ao irmão com um olhar divertido.

 

- O que escolheram para você? – perguntou enquanto Bill pousava a sua fantasia na cama, apanhando de seguida do chão, uma espécie de gorro. Olhou para aquela peça com ar critico, sorrindo divertido segundos depois.

 

- Adivinha. – disse enquanto enfiava a sua cabeça naquele tecido preto. Tom observou o rosto do irmão, agora coberto por um gorro assemelhado a um morcego divido, principalmente às orelhas pontiagudas. O cabelo aparecia desajeitadamente junto ao pescoço mas não conseguiu esconder qual era o disfarce de Bill. O de dreads soltou uma longa gargalhada, tentando dizer a palavra, enquanto a custo se recompunha.

 

- Ba… Ba…Batman! – riu-se ainda mais, ignorando por completo o olhar ofendido de Bill, enquanto tirava a mascara. – Desculpe… - riu ainda mais, contorcendo-se. – Eu já paro! – prometeu.

 

- Olha lá… - começou com uma voz severa. - … o que é que escolheram para você?

 

Tom finalmente recompondo-se, lançou um olhar sério e sedutor, e com o braço estendido desenhou um Z no ar com alguma velocidade, encostando de seguida o braço sobre o seu tronco fazendo de seguida uma reverência muito desajeitada. Ai, foi a hora de Bill gargalhar a alto e bom som

 

- De zorro? Vai de Zorro? – riu-se ainda mais. – E eu pensando que já tinha visto tudo.

 

- E o que tem? – perguntou ofendido.

 

- Sei lá… acho um pouco impossível um Zorro, macho latino, de dreads, você não acha? Ficava melhor para você… como eu posso dizer? Hum , deixa-me pensar… Ah, já sei, gangster. – Bill soltou uma gargalhada seca apontando o dedo para o irmão.

 

- E a você ficava melhor um vampiro do que o Batman! – acusou.

 

- Acredite Tom, os vampiros em La Rochelle não são nada de admirar. – respondeu com um sorriso escondido. – Já o Zorro com dreads… Bem, isso já é outra coisa. - Tom ia contestar mas foi interrompido pelo bater da porta.

 

- Quem é? – perguntaram os dois em uníssono.

 

- Somos nós. – avisou a voz de Gustav que pareceu um pouco animada para aquela hora do dia.

 

- Abram logo! – pediu Georg um pouco impaciente. A porta foi aberta deixando os dois rapazes entrarem. Gustav foi o primeiro que reparou na fantasia de Bill, indo diretamente ao assunto.

 

- Também receberam uma fantasia! – disse apontando para o tecido preto. Georg aproximou-se pegando-a.

 

- O que é? – perguntou virando a fantasia para si, tentando descobrir. Foi Tom que respondeu à pergunta.

 

- A fantasia do Bill. O… tan tan tan taaaan… Batman Kaulitz. – Gustav tentou conter uma ligeira risada mas Georg não se controlou. Bill vendo a ser alvo logo rebateu.

 

- Batman e o seu fiel companheiro, o Zorro. – e apontou para Tom. Logo as gargalhadas aumentaram deixando ninguém indiferente.

 

- Ok, ok! – começou Tom, recompondo-se outra vez. – E o do que vocês vão?? -  Gustav encolheu os ombro e de modo teatral começou a falar.

 

- Eu nada de especial, vou de Sultão, mas o nosso amigo aqui… - deu uma leve pancada nas costas de Georg. - … Vai de Tuxedo Mask.

 

- Aquele da Sailor Moon? – Billl estava ficando vermelho, prestes a explodir em risos mais uma vez.

 

- O próprio – Gustav começou a rir, sendo seguido pelos outros três.

 

- Algo me diz que nos vamos divertir muito, neste Baile. – disse Tom.

 

 

 

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Selene e Alexia passeavam pelos jardins da mansão inspirando um ar repleto de memórias.

 

- Fui avisada de que as fantasias para os quatros já foram colocadas dentro dos respectivos quartos. – informou Selene à amiga.

 

- Pergunto-me quais serão. – desabafou a ruiva. – Devem ser um pouco…não sei… um pouco… - Selene sorriu.

 

- O Vincent providenciou tudo, ou seja, será um mistério autentico.

 

- Esperar para ver.

 

Seria o dia da comemoração de mais um dos aniversários de Emmus, príncipe de La Rochele, dai a razão pelo clima acelarado que se encontrava na majestosa mansão que por vezes era comparada à um castelo. Criados de um lado para o outro, grupos estabelecidos para cada assunto, as melhores flores espalhadas por tudo o que era canto de modo a tornar aquele lugar mais paradisíaco tanto aos olhos de mortais ou imortais.

 

Até Ariel encontrava-se atarefada, bebericando múltiplas vezes do seu copo que uma das suas criadas lhe servia. O calor era abrasador e a vampira não parava de lançar ordem que apesar de soarem gentis percebia-se perfeitamente o tom imperativo. A responsabilidade daquele baile era sua e desejava que aquilo acontecesse de modo correcto, perfeito, requintado, belo, e com classe, “pequenas” características que estavam presentes em todos os inventos organizados por ela, e de uma coisa estava certa, aquele não seria exceção.

 

Em pouco tempo, quando a noite chegasse, a luz do luar iria dar um ultimo toque para completar a beleza daquele lugar e ai… todos os convidados iriam apreciar aquela noite nunca a apagando das suas memórias.

 

Digiriu-se para o quarto de Emmus e abriu a porta sem nenhuma cerimônia, abrindo as cortinas em seguida para deixar a luz do sol entrar.

 

- Acorda Emmus! – ela chamou.

 

- Ariel, me deixa dormir! – ele disse virando-se para o lado.

 

- Não senhor! Anda, levanta. E feliz aniversário.

 

A última frase fez o vampiro dar um pulo métrico na cama.

 

- Hoje é meu aniversário? – perguntou com uma expressão de surpresa.

 

- Francamente Emmus Cosidini! – disse a moça exasperada – Eu pensei que esse tempo todo você estivesse só fingindo!

 

 

 

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- Trouxe? – perguntou um belo homem de olhos azuis com uma voz suave, ao mesmo tempo aterradora.

 

Com um certo desprezo, um homem de longos cabelos negros e olhos da mesma cor retirou da sua mala preta de pele duas pastas e em cada uma encontrava-se colada uma pequena fotografia de Selene e Alexia

 

Klaus com um movimento elegante do braço tentou agarrá-las, mas rapidamente as pastas ficaram fora do seu alcance. Olhou para o vampiro que se encontrava do seu lado no avião, com destino a La Rochele, e lançou-lhe um olhar ameaçador.

 

- Não brinque comigo Markus! – avisou o advogado mortiferamente. – Me dê as pastas se não vai se arrepender.

 

- Primeiro, vamos estabelecer certas regras. – declarou Markus irgnorando a ameaça – Primeiro: você nunca ouviu o meu nome; Segundo: você nunca me viu e não me conhece; e Terceiro: Se te pegarem, NUNCA diga que fui eu que te arranjei estas informações. São extremamente confidenciais, para não dizer únicas. Consegui fazer uma cópia, no entanto, se alguém as pegar vão descobrir que foi um membro do Conselho que te entregou. Ninguém mais pode.

 

Uma aeromoça perguntou se desejavam alguma coisa e Markus, com um olhar e sorriso sedutor que fez com que a mulher corasse, assentiu com a cabeça pedindo um whisky com duas pedras de gelo.

 

Klaus esperou penosamente que a aeromoça fosse embora lançando-lhe um olhar frio. Markus engoliu um pouco saboreando minuciosamente cada explosão de sabor para depois continuar.

 

- Portanto, se for pego com estas pastas, para seu próprio bem, te aconselho a apagar da sua memória qualquer coisa relacionada comigo.

 

- Já entendi! – disse de modo severo. – Agora me entregue.

 

Markuz estendeu-lhe as pastas que foram arrancadas violentamente das suas mãos, e dando outro gole observou o rosto deformado pela surpresa de Klaus enquanto observava as fotos das duas vampiras.

 

- São as antigas grãs duquesas da Rússia - disse Markus - Filhas dos Czares Paulo I e Nicolau I, ambas da dinastia Romanov, os verdadeiros nomes são Elena e Alexandra.

 

- Esta… - apontou para a foto de Alexia.

 

- Alexandra…

 

- Ela trabalha no mesmo departamento que eu. – respondeu com uma sobrancelha franzida, para de seguida lançar um sorriso dilacerante. – Vamo-nos enfrentar em tribunal num caso que eu peguei. – olhou para Markus devolvendo de novo o seu olhar para a fotografia da sua recente rival. – Algo me diz que isto vai ser interessante.

 

- Só fiz isto porque não suporto ambas. Se quiser acabar com elas, faça logo, principalmente a Elena. – foi atingido pelo olhar inquiridor de Klaus. – Ela tem muitos contatos, e está muito perto de descobrir o que ando fazendo. Tome cuidado com ela. – avisou. - Você e Madeleine entrarão no baile como meus representantes, você usará uma máscara para não ser reconhecido e em hipótese alguma a tire, entendeu? E Khristopher... Não falhe.

 

- Pode deixar. - soltou outro dos seus temíveis sorrisos. – Eu nunca falho.

 

 

 

Berlim, Alemanha...

 

 

 

- Está atrasada Ally! –Léo murmurou para si mesmo sob o olhar reprovador de seu chefe.

 

- Ligue outra vez. – ordenou o homem de cabelos grisalhos e bigode farfalhudo. – Não me faça perder a paciência. – Léo engoliu em seco. – Não quer voltar para as entrevistas da qualidade de pastas de dentes, não? – Léo negou com a cabeça freneticamente. Telefonou mais uma vez para a amiga, cada vez mais impaciente, desligando de novo com a preocupação a aumentar.

 

- Nada… Continua ocupado.

 

- Já está ocupado à duas horas. – resmungou. – Procure-a! – ordenou. – Quero os dois aqui imediatamente.

 

Sem mais uma palavra, Léo pegou seu casaco e sua máquina fotográfica, componente que para ele era tão essencial como um par de calças, e correu para fora do edifício. Ao atravessar a rua, quase foi atropelado por um táxi que freou a tempo. Ignorando os insultos do motorista, o fotógrafo entrou no táxi e passou o endereço.

 

Durante o trajeto, o fotógrafo não parava quieto, mexia-se no banco, suava frio e tremia. Agradeceu ao chegar ao bairro onde Alicia morava, e após pagar o motorista, olhou bem para a casa rosa-choque.

 

As portadas estavam abertas, o que fez Léo estranhar. Alicia sempre tinha que ter as portas fechadas, uma mania sua, até as do jardim deveriam estar fechadas. Conhecia-a bem. Alicia sempre fora pontual, entregava a sua vida ao trabalho e ter-se atrasado sem dar qualquer notícia demonstrava que algo estava errado.

 

Entrou no pequeno jardim encaminhando-se pelo caminho feito de pedrinhas pequenas que o guiavam até à porta.

 

Tocou à campainha sendo correspondido com um silêncio mortal, fazendo-o ficar cada vez mais arrepiado sem saber ao certo por que.

 

Mirra, a gatinha de pelo amarelo que lhe dava sempre as boas vindas com o seu miar, encontrava-se calada. Nada fazia barulho, nem o vento.

 

Espreitou para a garagem, também aberta onde estava o carro da amiga com a porta igualmente aberta.

 

- Estranho demais. – avançou entrado pela porta do interior da garagem encontrando-se na cozinha. Uma cadeira estava fora do lugar. Ia chamar de novo a amiga, mas um rasto vermelho escarlate fê-lo olhar para um canto da cozinha. O seu grito foi abafado pelo choque. O pelo amarelo de Mirra encontrava-se agora ensopado por sangue já seco, que se prolongava pela parede a uma altura um pouco considerável.

 

Não foi preciso imaginar muito, na parede uma mancha enorme de sangue que depois escorria para o chão. Contraiu o vômito enquanto via alguém a atirar o pobre e inofensivo animal contra a parede, esborrachando-o.

 

- Alicia- balbuciou com urgência saindo da cozinha entrando no corredor. – Onde está? – a sua voz estava baixa, talvez com medo que a pessoa que fizera aquilo ainda estivesse lá. Começou a dirigir-se para as escadas que dariam ao quarto, mas parou ao ouvir um barulho de água. Olhou para os seus pés onde pisara uma poça de água. Um rasto daquele liquido vinha da sala parando ali, aos seus pés. Temeroso, entrou na sala de estar e o que encontrou não o acalmou.

 

“Alexia, ele está chegando”.

 

Esses eram os dizeres na parede branca e encontravam-se com algo que provavelmente era sangue, e no chão, Alicia jazia com o dedo encostado ainda na parede. Eram visíveis alguns hematomas pouco gentis e duas marcas no seu pescoço. Ao lado uma bacia enorme, deitada no chão onde o rasto de água acabava. Olhando para os cabelos molhados da amiga, percebeu o que tinha acontecido.

 

Devastado permitiu-se cair de joelhos junto à amiga segurando-lhe na mão e deixando libertar as suas lágrimas, de terror, pânico, tristeza, horror, sofrimento, saudade e principalmente de raiva.

 

Alexia...

 

Olhou mais uma vez para o que estava escrito com formas fracas, definitivamente escritas durante o último fôlego. Era um aviso. Isso ele sabia, e sabia para quem.

 

- Isso só pode significar que Alexia é a próxima vítima. – ele murmurou deixando a sua imaginação correr. – Preciso avisá-la. – completou pegando sua máquina e tirando uma foto da parede.

 

 

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado deste capitulo, no final eu fiquei com um pouco de pena da gatinha, mas o que se pode fazer? Nada. Descança em paz Mirra.
Pessoal, nao esquecer de comentar, Bitte!
Love You!