Caspian X

Senti algo em minhas costas, não consegui distinguir o que era. Aos poucos fui abrindo os olhos, o sol logo veio para ele, o fechei de novo. Sem jeito, fui me levantando, abrindo os olhos, quando consegui direito, vi, eu estava em uma floresta. Uma floresta? Mais, como eu vim parar aqui?

- Caspian? – ouvi a voz de Lucia, olhei para trás, ela estava tentando se levantar, fui ajuda-la. – Mais como? Como viemos parar aqui? Onde esta a Felícia?

- Não sei, mais, o que você ta fazendo aqui? E como sabe da Felícia? – perguntei, olhando para ela.

- Ela foi até o meu quarto, e não sei, quando ela me tocou, parecia como se fogo entrasse em meu corpo, então, desmaie. – ela disse. – Quando acordei, eu estava em uma sala, você estava deitado do meu lado, mais ainda inconsciente. – me lembrei do que ela fez comigo, a dor, era tanta. – Ela me falou que tinha pegado um pouco da sua energia, e depois, ela estava com uma chama na mão, e, passou pelo o meu corpo, a dor, era terrível. – ela fechava os olhos quando se lembrava da lembrança.

- Eu sei como é.  – eu disse, ela me olhou surpresa. – Ela fez a mesma coisa comigo. Mais também me disse o que ela iria fazer. – ela me olhou, agora com uma certa curiosidade. – Ela disse que me queria, queria a minha energia, mais ela disse que queria outra pessoa, a Susana, ela disse que ela tem a energia maior que a minha, principalmente quando se é para salvar outra pessoa.

- Então você acha que ela conseguiu a Susana? Para ter nos soltado? – Lucia perguntou. Meu coração parou, ela não poderia estar com a Susana.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, um cavalo aparece na nosso frente, e quem estava montado nesse era o Edmundo.

- Caspian, Lucia. – ele disse, desceu do cavalo, deu um abraço de urso em Lucia e depois em mim. – Mais como?

- Não sabemos. – eu disse, logo apareceram atrás de Edmundo, Pedro e muitos outros soldados.

- Não encontramos a Susana. – disse Pedro. Como assim não tinham encontrado a Susana?

- Como assim? – Lucia foi mais rápida do que eu.

- Recebemos um aviso da Felícia, ela queria a Susana e em troca soltaria vocês dois, a Susana fugiu e começamos a procurar por ela. Mais como vocês estão aqui, é provável que a Felícia a pegou. – disse Edmundo.

- O que dizia no aviso? – perguntou Lucia, lagrimas se formavam em seus olhos, mais eu não podia dizer que não era para chorar, nós dois sabemos muito bem do que a Felicia é capaz.

- Dizia que era para a Susana se entregar a ela no Ermo do Lampião, que em troca, soltaria vocês dois, se isso não acontecesse ela disse que nós nunca mais iria ver vocês. – disse Pedro.

- Temos que salvar a Susana. – eu disse, todos me olharam. – Que foi?

- Caspian, como vamos descobrir aonde essa tal de Felícia esta? Vocês sabem aonde é? – perguntou Pedro.

- Não, nós ficamos em uma pequena sala. – eu respondi. Como vamos achar a Susana agora?

Susana Pevensie

A dor estava forte, o fogo me consumia. Não iria conseguir resistir, era dor demais. Felícia passava a mão em chamas por todo o meu corpo, eu só podia ouvir meus gritos. Ela estava com um sorriso no rosto. Meus gritos começaram a ficar ainda maiores. Então, ela passou a mão em chamas em minha cabeça. A dor me invadiu, não era como uma dor de cabeça forte, mais sim, fogo. Fogo entrava em minha cabeça, eu me debatia na cama onde estava deitada, mais Felícia nem ligava para isso. Então vi, saindo de meu peito, era uma pequena luzinha vermelha que foi direto para o peito de Felícia. A escuridão me consumiu.

Felícia

A energia de Susana era muito mais forte do a do rei Caspian, eu estava mais forte, mais forte até do que Aslan, ninguém podia me deter. Ninguém. Nem mesmo o grande leão.

Caspian X

- Então vamos começar a procurar ao redor do Ermo do Lampião, foi lá eu a Felícia atacou o Caspian e quis se encontrar a Susana. O esconderijo dela deve ser por aquela área. – dizia Pedro. Estávamos todos na sala do trono, o general Bernado também estava ali. Estávamos tentando achar o esconderijo de Felícia, para salvá-la. – Vamos começar a procurar hoje mesmo.

- Como o senhor desejar, majestade. Vou reunir os homens agora mesmo. – disse o general, fez uma reverencia e saiu da sala.

- Eu vou junto. – disse Lucia. Pedro olhou para ela. – Eu vou, vou ajudar a procurar a Susana, Pedro.

- Lucia é muito perigoso. – disse Pedro, mais Lucia o cortou.

- É sempre perigoso, mais Pedro, eu tenho tanto o direito de ir quanto você, eu vou, você querendo ou não. – ela disse. Ela estava quase gritando, ficamos olhando para ela, muito surpresos.

- Voce é apenas uma criança. – disse Pedro.

- Não sou. – devolveu Lucia, os dois estavam se olhando, cada um com a expressão seria.

- Lucia tem razão Pedro, ela não é mais uma criança, ela com certeza pode vim com a gente. – disse Edmundo, olhando para Lucia e depois para Pedro.

- É Pedro, e ela vai, com você querendo ou não. – eu disse.

- Tudo bem. – disse Pedro. – Vamos sair daqui em quinze minutos, então se preparem. – disse Pedro saindo da sala.

Lucia saiu logo atrás dele, com um sorriso vitorioso no rosto. Edmundo e eu rimos e seguimos os dois. Fui para o meu quarto, arrumar tudo que eu levaria. Peguei uma mochila e comecei a colocar umas coisas dentro dela, sempre pensando em Susana. Espero que ela esteja bem.