Looking For A Bright Smile escrita por OneThing


Capítulo 13
Capítulo 13: Regionais




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Capítulo 13: Regionais.

Sábado. Um dia antes das Regionais. E meus pais voltariam hoje... Eu estava feliz por eles estarem voltando, estava sentindo falta deles. Mas estava muito preocupado com o que eles iriam pensar quando soubessem que Blaine, o filhinho da mamãe e o orgulho do papai... Estava namorando um cara.

Não, não um cara. Kurt Hummel. Eu estava namorando Kurt Hummel.

Cooper passou a manhã toda organizando a casa e me pediu para ajudá-lo á fazer um jantar especial de lasanha mista e frango assado para nossos pais. Enquanto cozinhávamos, o tempo ia passando e eu ia ficando mais nervoso á cada segundo que passava.

-Coop, eu estou muito preocupado...

-Por que, Blainie?

-Como você acha que o pai e a mãe vão reagir quando souberem que eu estou namorando Kurt?– Cooper olhou fundo nos meus olhos e ergueu as sobrancelhas.

-Eu vou fazer de tudo para que eles aprovem. Kurt é muito melhor do que qualquer outra garota por aí...– Ele parou por um segundo e refletiu o que disse –Não que as garotas que você ficou antes sejam ruins... –Eu sorri –Bah! Você entendeu o que eu quis dizer!

-Sim, Cooper! Eu entendi... A mãe é capaz de aceitar porque ela sabe que quando faço escolhas, não é por acaso. Mas estou preocupado mesmo, é com o papai...

-Fica tranqüilo, Blaine. Se algo der errado eu falo com ele... Não. Vamos pensar positivo! Vai dar tudo certo, maninho! Agora vamos fazer a lasanha mais incrível que eles já experimentaram na vida para melhorar o humor deles!– Eu ri.

-É melhor não contar hoje... Eles devem estar cansados da viagem! Quem sabe depois das Regionais...

-Quando achar que deve, Blaine.– Continuamos fazendo o jantar, que por sinal parecia mesmo, muito bom.

Meus pais chegaram. Assim que entraram com as malas, mamãe abriu um sorriso brilhante –o sorriso dela lembrava muito o de Cooper e os olhos eram os mesmos que os meus, castanhos levemente esverdeados.

-Oh meu Deus... Vocês não destruíram a casa! É um bom sinal.– Ela riu e veio me abraçar –Senti sua falta, meu bebê...

-Mãe!...– Protestei, envergonhado. Ela passou os dedos levemente no meu cabelo encaracolado sem gel e suspirou.

-Desculpe, amor. Senti sua falta! Chegamos á tempo de ver sua apresentação, como prometi.– Eu envolvi sua cintura em meus braços, enfiei meu rosto entre seus cabelos castanho-claros  e senti o cheiro de seu xampu de castanhas e menta. Aquele cheiro nunca me cansava.

-Coop! Meu querido!– Disse ela indo cumprimentar Cooper. Depois, me virei e vi meu pai parado na minha frente sorrindo –agora, o sorriso de meu pai era igual ao meu, tinha a coloração dos olhos iguais ao de Cooper e suas sobrancelhas eram idênticas ás minhas, assim como seu cabelo encaracolado. Meu pai era praticamente uma cópia minha mais velha.

-Blaine! Que saudades do meu garoto!– Meu pai me abraçou, dando-me três tapinhas nas costas como sempre fazia, eu sorri.

-Senti sua falta também, pai.– Ele se afastou, sorriu e depois foi cumprimentar Cooper.

-Não sei como sobreviveu nas mãos desse desmiolado aqui, Blaine!– Disse pai, rindo da cara de Cooper e dando tapinhas no seu tórax.

-Pois fique sabendo que Blaine adorou estar sob minha guarda. Não é baixinho?

-Na verdade, Cooper quase colocou fogo na casa na quinta-feira...– Cooper riu e me fez uma feição provocadora.

-Haha, não brinque com essas coisas, Blaine. Podem achar que é verdade...

-Quem disse que estou mentindo?– Meus pais encararam Cooper ao mesmo tempo. Depois de alguns segundos, comecei á rir –Hahaha... Brincadeira, gente. Cooper foi um ótimo irmão-pai-substituto pra mim. Mas vê se não me chama mais de baixinho!– Cooper estufou o peito e sorriu confiante.

-Pois é... Deviam confiar mais em mim vocês dois!– Todos rimos e depois ajudamos nossos pais com as malas.

Na hora do jantar todos estávamos conversando sobre como foi a viajem e mamãe contava tudo muito empolgada, enquanto papai enfiava pedaços de lasanha seguidos goela á baixo.

-Esta lasanha está ótima.– Disse papai interrompendo minha mãe –O frango também. Não conhecia esses dons subliminares, garotos... Puro talento!

-Sabe como é né, pai. Cooper Anderson não nasceu só com um talento, eu sou um cara cheio de segredos e...– Cooper olhou para mim e eu o encarei friamente -...Os Andersons, pai. Somos os Andersons! Nunca nos subestime!– Eu sorri, satisfeito. Mamãe sorria á todo momento, e papai tentava sorrir mas mantinha a boca ocupada com pedaços de lasanha e frango assado.

-Falei o tempo todo e nem perguntei... Como foi a semana de vocês?– Eu e Cooper nos entreolhamos  e sei que nós dois pensamos em Kurt no mesmo momento. Sabia que esse não era o momento certo. Mas revirei meus olhos para minha mãe e gaguejei:

-C-corrida... Muitos ensaios para as regionais. O Glee tem trabalhado muito nisso.

-Vai valer á pena, você é muito talentoso. Com certeza vai ganhar.– Disse meu pai, enfiando outro pedaço de lasanha na boca.

-Nós somos talentosos, pai. Nós vamos ganhar.– Meu pai elevou os olhos, deu um leve sorriso e voltou-se para a comida.

-E você, Coop?– Perguntou minha mãe.

-Não tenho saído muito ultimamente. Fiquei a semana inteira em casa...– Minha mãe balançou a cabeça e soltou um “hm”

Depois do jantar não falei mais com meus pais. Eles ficaram lá em baixo na sala assistindo uma novela que eu odeio enquanto eu fiquei lendo minhas revistinhas de Super-Heróis nas quais sempre fui fascinado pela fantasia que te deixa tenso de ler cada linha do balão de fala.

Minha mãe entrou no meu quarto e deu uma espiada em mim e mediu o quarto com o olhar.

-Parabéns, Blaine... Nunca vi seu quarto tão arrumando assim. Cooper fez um bom trabalho.

-O Cooper? Eu é que arrumei.

-Por que nunca faz isso quando estou aqui?– A verdadeira razão por eu ter arrumado meu quarto foi para que Kurt tivesse uma boa impressão sobre mim quando subimos pra cá naquela noite. Mas eu não ia falar isso pra ela.

-Am... Eu tive tempo.– Menti. Ela se dirigiu em direção da minha cama e, levemente, passou a sua mão no meu braço e ficou olhando para mim, sorrindo. Olhei para seus olhos claros castanho-esverdeados e sorri de volta.

-E aquela sua namorada, filho? Como está?– Eu abaixei os olhos e parei de sorrir, ela assim que viu minha expressão parou de sorrir também. Eu devia contar para minha mãe? Acho que era pra deixar a conversa me levar aos poucos até aquele assunto tão delicado.

-Ela terminou comigo, mãe...

-Mas por que?– Eu suspirei.

-Porque ela achou que eu estava gostando de Kurt.– Minha mãe franziu as sobrancelhas e riu.

-Hahaha. Por que ela pensou isso?– Eu fechei o gibi e olhei fundo nos seus olhos, mordendo o meu lábio inferior.

-Porque eu realmente estava gostando de Kurt.– O sorriso de seu rosto sumiu. Ela olhou pra baixo e depois olhou novamente pros meus olhos.

-Filho... Você é gay? Por que nunca me disse?

-Porque eu não sabia! E não sou gay, mãe.– Ela ia protestar mas antes que falasse eu a interrompi. –Eu sou gay pelo Kurt. Não consigo me imaginar ao lado de outro cara sem ser ao lado dele. Eu não olho para os outros caras com os mesmos olhos que olho para Kurt. Ele me faz bem, ele me faz feliz, ele é perfeito pra mim, mãe... E ele precisa de mim.– Minha mãe permaneceu em silêncio e com a mesma expressão. Não disse mais nada. –O Cooper já sabe, ele conhece Kurt. Ele acha Kurt um bom garoto, acha que eu mereço ele e ele disse que sempre iria me apoiar.– Ela esfregou os olhos –Por favor, me diga que você vai fazer o mesmo, mãe. Ainda sou o Blaine. Seu filho. Não faz essa cara...– Lágrimas já brotavam nos meus olhos só de pensar de minha mãe me abandonando. –Por favor...

-Filho, eu nunca iria deixar de te amar. Não precisava dizer tudo isso... Mas esse é um assunto complicado. Não posso dizer se concordo ou não sem conhecê-lo, e sem conhecer sua família.

-Sua família é ótima, mãe. A mãe dele morreu quando ele era bem novo, mas vive com seu pai e com a mãe do Finn Hudson, Carole. Finn estuda com a gente e ele me ajudou á ficar junto com Kurt. Ele tinha vários problemas na escola porque seu pai não aceitava sua opção sexual, então ele era o “valentão...” Mas assim que me conheceu, eu jurei á ele que iria ajudar á superar, e agora que estamos juntos Kurt está muito feliz. E eu também...– Minha mãe continuou em silêncio e olhava nos meus olhos á todo momento.

-Se você está feliz e é isso que você quer pra sua vida, filho... Eu estou feliz por você!– Ela sorriu e beijou minha testa –Mas quero conhecer Kurt o mais rápido possível.– Eu sorri –Mas não sei o que seu pai vai achar disso...

-Mãe, é isso que eu queria falar com você, espere acabar as Regionais e depois eu converso com papai. Se eu contar agora e ele tiver uma reação ruim, não vou conseguir me concentrar. Já estou nervoso o bastante.– Ela assentiu com a cabeça.

-Quando achar melhor, filho. Mas por que contou pra mim antes?

-Porque eu sabia que você ia aceitar minha escolha, você sabe quando eu estou com certeza de que quero algo. Ás vezes, o pai não percebe isso, ainda acha que sou um garotinho...

-É verdade... Vai demorar para ele aceitar essa sua escolha, Blaine... Mas ele vai entender, se não, eu e Cooper ajudaremos você.– Eu sorri, sentei na cama e a abracei.

-Obrigado, mãe. Eu te amo.

-Eu te amo também, Blaine...– Eu sentei de novo á sua frente e ela deu um sorriso engraçado –E então? Kurt é bonitinho?...

-Bonitinho é pouco. Ele parece um príncipe!– Nós rimos.

-Como ele é?

-Ele tem o rosto bem delicado, tem linhas perfeitas desenhadas sobre sua face... Seus olhos são azuis claríssimos, e sua boca tem uma tonalidade bem leve. Suas bochechas são rosadas naturalmente e seu sorriso é fino, mas lindo. Seu corpo não é bombado, nem muito magro... Eu diria que é no ponto. Ele usa umas roupas bem na moda, algumas estranhas... Mas eu não ligo, porque só vejo beleza e perfeição quando olho pra ele.– Minha mãe acariciou meu cabelo.

-Sortudo...

-Eu sei que sou. Ele é demais, não?– Ela sorriu.

-Eu dizia de Kurt. Ele é um sortudo por ter um namorado incrível, que admira tanto ele...– Ela deu um beijo na minha bochecha esquerda. –Eu tenho tanto orgulho do meu Blainie...

-Obrigado, mãe...– Ela ficou me acariciando, até que bateu nos joelhos e se levantou.

-Bem... É melhor você dormir. Amanhã é um longo dia! Quer que eu te deixe no auditório que horas, filho?

-Vou passar na casa do Rory antes pra pegar meu figurino porque Sr. Schue entregou na saída e nem vi. Depois podemos levá-lo junto?

-Claro. Que horas?

-O show começa ás 20:00 então passamos lá umas 17:15 porque precisamos aquecer a voz e nos prepararmos no camarim á tempo do show.

-Ok, amor. Boa noite, dorme com Deus. Eu te amo.

-Também te amo.– Ela apagou a luz, fechou a porta e caí em um sono profundo enquanto sorria de alívio.

Domingo. Dia das Regionais.

Finalmente, esse seria o dia para eu brilhar... Quer dizer, para nós brilharmos! Já estava nervoso de manhã... Mamãe preparou um lindo café com panquecas com caldo de caramelo, alguns cupcakes de chocolate que ela é especialista em fazer e que por sinal adoro, ovos e bacon. Esfreguei o olho de sono e sentei no meu lugar favorito, sorrindo na frente de Cooper olhando para a decoração do café.

-Pra que tudo isso?– Disse eu rindo.

-Hoje é seu dia, maninho! Aproveita enquanto pode! É pra aliviar um pouco a tensão.–Disse  Cooper abocanhando o cupcake.

-Nossa mãe... Caprichou, ein? Obrigado. Coop! Esse café da manhã é meu, vaza!

-Calma, Blaine. Tem pra todos!– Disse mamãe colocando mais dois cupcakes na bandeja.

-Egoísta, depois do que seu irmão fez pra você nessa semana toda vai me recusar um cupcake? Ta ficando metidinho por causa que vai fazer uma apresentação... Da próxima vez eu deixo você morrer de fome.– Brincou Cooper. Eu ri e começamos á tacar confete dos cupcakes um no outro.

-Sem brincadeiras na mesa, por favor.- Disse minha mãe.

-Onde que está o pai?

-Ele saiu pra encher o tanque do carro e buscar ingredientes pro almoço.

-Mãe, posso sair com Kurt? Preciso esquecer o nervoso, acho que um tempo com ele antes da apresentação seria legal...

-Claro! Não quer trazê-lo aqui? Gostaria tanto de conhecê-lo! Dou um jeito de manter seu pai pra fora de casa... –O telefone tocou. Mamãe atendeu e era o pai, depois que desligou sorriu e disse: -Não vai mais ser necessário. Seu pai vai ter que cobrir um empregado doente na empresa porque faltou na semana passada. Liga pra Kurt, Blaine.– Sorri, peguei o telefone e liguei para Kurt, que estava á caminho.

A campainha tocou, arrumei meu cabelo com mais um pouquinho de gel e desci as escadas correndo, quando vi que Cooper já tinha atendido a porta.

-Nunca posso receber meu namorado, Coop?– Kurt sorriu e seus olhos brilharam assim que me viu.

-Oi, Blaine!– Disse ele me dando um abraço apertado.

-Boa dia, Kurt. Eu já contei pra minha mãe sobre nós e ela quer te conhecer.– Kurt espiou por trás de mim e quando viu minha mãe acenando e sorrindo, ele sorriu mais. Desviou de mim e se dirigiu gentilmente até minha mãe.

-Com licença, Sra. Anderson. É um prazer conhecê-la!– Kurt sorria tanto... Era bom ver ele se dando bem com minha família. Espero que meu pai saiba que ele é bom.

-O prazer é todo meu, Kurt! Nossa, mas bem que Blaine tinha razão... Você é mesmo lindíssimo! Tem muita sorte, meu filho!– Fiquei corado. Kurt virou-se e me olhou sorrindo.

-Ah ele disse isso, é? Hahaha. Obrigado, Sra. Anderson! Você também está muito bem! Blaine e Cooper são bem parecidos com a Senhora! Como faz pra manter esse seu corpinho de modelo? Parabéns pelo esforço!

-Adorei seu namorado, Blaine!– Disse minha mãe brincando. Kurt segurava sua mão o tempo todo como se os dois fossem velhos amigos.

-Que anel, maravilhoso!– Disse Kurt com os olhos brilhando admirado pela pérola cor-de-rosa que brilhava entre os dedos de minha mãe.

-Foi um presente do pai do Blaine, obrigada! Eu tenho uma coleção de anéis, simplesmente adoro!

-Eu também adoro, mas não tenho coragem de usar... Sabe como é! Mas acho lindo moças usando! Adoro olhar nas vitrines...

-Quer que eu te mostre minha coleção? Um dia preciso fazer compras com você, Kurt. Preciso de suas opiniões...

-Seria ótimo, Sra. Anderson. Me deixou curioso, vamos dar uma olhada!– Os dois subiram as escadas rindo e conversando sobre marcas de roupas e bolsas e etc. Sabia que Kurt ia se dar bem com minha mãe porque ela também é muito vaidosa.

-Por favor, me chame de Renata.– Disse minha mãe, já pegando intimidade com meu namorado.

-Como quiser!

-É, Blaine... Vai se acostumando... Namorar Kurt deve ser a mesma coisa de namorar uma patricinha.– Disse Cooper assim que os dois chegaram lá em cima. Peguei duas almofadas e comecei á bater nele.

-VIRA SUA BOCA PRA LÁ QUANDO FOR FALAR DO MEU NAMORADO!– Cooper ria enquanto tentava fugir da minha ira com as almofadas.

-Você também bate como uma garota!

-Agora provocou.– Disse eu pulando nas costas dele e afogando-o entre as almofadas. Ele esperneava e socava meu braço sem parar –Quem bate como uma garota agora?– Depois de um tempo, mamãe e Kurt desceram e se depararam com nossa briga “civilizada.”

-Meu Deus, mas não posso deixar vocês juntos por um segundo que já se matam! Não sei como sobreviveram uma semana sozinhos... Assim me fazem passar vergonha! Kurt, me desculpe.

-Que isso, Renata? Vim aqui alguns dias enquanto estavam fora e isso já virou normal para mim...

-Ah, é?– Disse mamãe cruzando os braços.

-Valeu, Kurt– Disse eu brincando –Mas isso é tudo brincadeira, mãe...

-Tá bom, mas tentem se matar menos, por favor.– Disse ela tirando as almofadas da minha mão. Levantei de cima de Cooper e dei um leve tapa na sua cara.

-Você é a única garotinha por aqui, seu manezão.

-Para que isso é bullying.– Disse Cooper ajeitando o cabelo.

-O que você gosta de comer, Kurt? Não tem muita coisa aqui, tenho poucos ingredientes porque o pai de Blaine teve que fazer hora extra no trabalho e não voltou do super mercado...

-Posso ver o que tem? Qualquer coisa te ajudo com o almoço. Adoro mexer na cozinha.

-Blaine, você arrumou um garoto completo!– Disse minha mãe rindo.

Depois de uma hora, Kurt nos chamou para almoçarmos o que preparou com nossa mãe. Prepararam uma batata com presunto e queijo. Quando vimos, não parecia lá aquelas coisas... Mas quando colocamos na boca...

-Meu Deus!– Exaclamei –Isso aqui esta uma delícia! Como fizeram?

-Kurt tem mãos mágicas! Só precisamos de 1 kilo de batata, 600 gramas de presunto, 600 gramas de queijo mussarela, 2 caixas de creme de leite, 2 pacotinhos de sazon e alguns temperos... Usamos as poucas coisas que tinha e ainda ficou uma delícia! Parabéns, Kurt!- Ele sorriu.

-Kurt, case-se comigo logo para eu poder comer sua comida todos os dias!– Todos rimos.

-Obrigado, Blaine.– Disse Kurt, corando.

-Realmente, Kurt. Sua comida está divina!– Disse Cooper enfiando um pedaço de batata na boca. –Me chamem pra jantar todo Domingo quando forem casados!

-Hahaha. Impossível...

-Por que?

-Porque todo Domingo, quando estivermos casados, vou levar Kurt á um jantar romântico no restaurante que ele escolher.– Os olhos de Kurt brilharam, ele sorriu e ficou todo vermelho.

-Own, meu filho é um partidão, não é, Kurt?– Disse minha mãe sorrindo. Kurt só sorria pra mim, com seus olhos vidrados nos meus e quando os dois pararam de olhar Kurt movimentou sua boca dizendo por linguagem labial: “Eu te amo” eu dei uma piscadinha, sorrindo e voltei-me para minha batata.

Ficamos a tarde toda juntos. Bem, acho que quero dizer que minha mãe passou a tarde junto á Kurt... Na maioria das vezes ela subia pro quarto e mostrava á ele suas roupas novas, sapatos ou jóias... Eu e Coop ficamos assistindo televisão e ás vezes começávamos á lutar, mas assim que ouvíamos mamãe e Kurt descendo as escadas, parávamos imediatamente.  Ás vezes ele sentava do meu lado e ficávamos juntos, mas não podíamos ter muita privacidade na frente de mamãe e Cooper. Foi bom minha mã ter se dado bem com Kurt. Até que era tarde e Kurt precisava ir se arrumar para a apresentação. Fomos lá fora para nos despedirmos.

-Kurt, foi ótimo de conhecer, você é um garoto admirável, educado, de muito bom gosto...– Todos rimos –E o melhor é que você trata Blaine muito bem... É ótimo te ter na família!

-Eu é que agradeço, Sra. Anderson! Você é um amor de pessoa, adorei passar a tarde com você... – Ele abraçou minha mãe, sorrindo. Mamãe sorriu pra ele e entrou em casa. Cooper apareceu na porta, sorriu e disse:

-Vou deixar vocês sozinhos... Até mais, Kurt! Boa sorte hoje á noite! Estarei assistindo!

-Obrigado, Coop. Até mais!- Cooper fechou a porta. Ficamos só eu e ele na porta da frente, a rua estava deserta. Coloquei a mão em sua cintura e o puxei para mais perto de mim, ele ergueu os braços e os apoiou em meus ombros, entrelaçando-me á sua frente.

-Se divertiu hoje?– Disse eu baixinho.

-Sua mãe é um amor, e adorei ser recebido aqui... Desculpa não ficar muito com você hoje, mas sua mãe precisa se acostumar comigo antes de nos ver assim...

-É, eu sei.– Eu cheguei perto e beijei-o levemente enquanto ele acariciava meu cabelo. –Prepare-se para essa noite Kurt... Precisa ser tudo perfeito!

-Nós vamos ganhar, Blaine! Eu tenho certeza!– Eu sorri, acariciei seu rosto e dei um leve beijo em sua testa.

-Eu sei, Kurt... Eu sei.– Ele sorriu, se afastou e acenou pra mim.

-Adeus, baixinho do gel! Até daqui á pouco.

-Ei! Não sou tão baixinho assim! E além disso não gostaria de me ver sem gel...– Ele riu –Tchau, Kurt. Eu te amo!

-Eu também te amo!– Ele se virou e saiu andando. Esperei ele virar a esquina para entrar em casa. Mamãe correu para minha direção e me abraçou rindo.

-BLAINE, SEU NAMORADO É DEMAIS! ELE É MESMO PERFEITO! É educado, gentil, engraçado, fofo, lindo e tem os mesmos gostos que eu! Blaine, adoraria tê-lo na família!

-Ele é adorável, não? Eu sei que fiz a escolha certa.

-Sei que fez!– Ela me abraçou mais forte –Agora, vai tomar banho, precisamos nos preparar para sua apresentação.

-E o pai?

-Ele acabou de ligar, está saindo do trabalho, então vê se guarda sua voz pro show e não gaste-a no chuveiro, por favor. Agiliza!– Eu ri e subi correndo pro banheiro.

Depois que todos ficamos prontos –ainda faltava eu colocar meu figurino, por isso coloquei uma roupa normal– fomos para casa de Rory. Ele se espremeu no carro com meu figurino em um cabide coberto por um tipo de lona. Cumprimentou meus pais e meu irmão, e fomos para o auditório da escola.

Eu e Rory corremos para o camarim, eu e ele estávamos muito nervosos. Quando chegamos, todos deram um grito de cumprimento, Rory correu para a frente de um espelho vazio e eu fui procurar alguma cabine para me vestir.

Bem... Quando cheguei todos estavam muito nervosos, realmente. As meninas falavam em um tom alto e rápido. –imagine Rachel como estava– Alguns dos meninos estavam estressados e outros estavam animados até demais. Todos já estavam lá.

As meninas tinham acabado de se maquiar e vieram ajudar os meninos. Elas resolveram passar uma base simples só para cobrir as imperfeições das nossas peles. Todos estávamos prontos, as meninas lindas, como sempre. Os caras muito elegantes e Kurt... Parecia um anjo. No camarim haviam alguns sofazinhos e cadeiras, eu sentei ao lado de Kurt e ficamos de mãos dadas, suas mãos tremiam. Ficamos lá, conversando e fazendo alguns exercícios de voz. Sr. Schuester apareceu depois na porta, sorrindo ao lado de Emma, sua esposa que era a pscicóloga da escola.

-Ei, garotos!– Exclamou. Todos animados, batemos palmas para receber Sr. Schue e demos vários gritos de cumprimento. Ele riu e começou á falar –Silêncio! Haha. Gente, podem ouvir lá de cima... Ok... Acalmem-se, essa noite, é nossa noite! Não se preocupem, vai dar tudo certo! Vamos arrasar!

-Se dependesse da aparência de vocês já teriam ganhado o primeiro lugar! Como estão fabulosos!– Exclamou Emma, enquanto dávamos voltinhas e exibimos nosso figurino –Meninas, vocês estão lindas! Parecem princesas! Meninos, estão muito gatinhos, como sempre!– Nós agradecemos seu elogio. As luzes do camarim começaram á piscar, dizendo que era hora do show começar.

-Então, gente... É agora! Nós vamos conseguir! Vocês são demais!– Todos gritamos de alegria e nos juntamos no meio da sala e todos colocamos as mãos uma em cima da outra, juntas no centro. E gritamos juntos entusiasmados nosso grito de guerra:

-VAAAAAAAAI WEEZY!

Nos sentamos na platéia para ver a performance dos adversários. Seriam um grupo do colégio Dalton Academy chamado The Warblers. Era liderado por um garoto chamado Sebastian. Hesitei em pensar se todos desse grupo eram gays, porque eram todos garotos. O outro grupo era de uma outra escola, o grupo se chamava Vocal Adrenaline. Era liderado por um garoto chamado Jesse. Sam me contou que ele já teve rolos com Rachel no ano passado, o que deixava a concorrência mais acirrada. Nem quis saber muito sobre o outro grupo porque era tipo um Glee Club mas composto de idosos. Me dava náuseas só de pensar que iríamos competir contra adoráveis senhores de idade.

Seríamos os últimos á nos apresentar. Tínhamos tempo suficiente para nos concentrar e bolar algum plano se algo der errado. Os primeiros foram os Warblers, eles se enfileiraram e começaram, todos juntos em perfeita sintonia, á cantar a introdução da música “Glad You Came” do The Wanted.

 Todos usavam figurino idêntico. Um terno preto, com uma gravata preta listrada de vermelho, o símbolo do Dalton Academy logo ao lado da gola contornada de vermelho e uma calça cinza escura.

Realmente, Sebastian tinha uma voz impressionante, ele era a voz principal e os outros eram a segunda voz e a batida. Tudo o que era feito na performance deles era á base da voz, não havia nenhum instrumento. Eles fizeram danças e impressionava, de fato, pensar que não havia nenhuma bateria ou outro instrumento variado no meio daquela bagunça musical completamente sincronizada. Dava até medo de tão perfeito que era a sintonia das vozes dos garotos.

No final da performance, aplausos de pé. Os garotos sorriram,  agradeceram e saíram do palco em fileiras completamente organizadas. Acho que ensaiaram isso. Nós não ensaiamos o final, então acho que é capaz de Sugar pular nas costas de Rory e os dois saírem correndo gritando, Finn começaria á “dançar” e depois se Sam entrasse no meio... Não saberia onde enfiar a cara... Mas, mico entre amigos é bem mais divertido!

Depois dos Warblers foi a vez daquele grupo de senhores de idade. Cantaram uma música que devia ser velha pra caramba , porque não reconheci e quando perguntei para várias pessoas do Glee, ninguém sabia distinguir. Revirava os olhos de vez em quando e ás vezes via as pessoas chorando... Mas senti mesmo pena de ver aqueles senhores na beira da morte cantando uma música extremamente brega.

Agora era a vez do Vocal Adrenaline. O figurino dos garotos era uma blusa rosa bem chamativa, faixas que prendiam a calça aos ombros –assim como o figurino dos meninos do nosso grupo, mas os nossos eram dourados e o deles eram pretos– e calças pretas. O das meninas era um vestido com babados preto, cheio de purpurina, no final do vestido o tecido era rosa da mesma tonalidade que o dos meninos. Usavam calça preta tecido leggin por baixo do vestido e sapatos de salto-alto. As meninas do nosso coral ficaram morrendo de inveja do figurino delas, virei-me para elas e tentei animá-las.

-Vocês estão lindas! Nada vai apagar o brilho de vocês esta noite. –Elas sorriram, começaram á apertar minhas bochechas e me chamar de “fofo.”

A música começou, era a introdução da música “Bohemian Rhapsody” do Queen. O que era bom, nosso coral seria o único á fazer um mash-up.

Assim que a performance começou, já podíamos perceber que era tudo muito bem ensaiado. A cada passo de dança que davam, era como se fosse algo profissional. Os pelos do meu braço arrepiavam de nervoso. Fizeram a performance deles parecer um musical... As danças tinham coerência com a letra da música. Jesse era o destaque. Os outros pareciam estar á sombra dele, o que nos deu vantagem, já que todos aparecemos juntos, sem destaques, sem maiores aparições... Mas... As danças deles... Aquilo era impressionante! O coral inteiro do New Directions se entreolhavam... Eu olhava para os caras e eles estavam revirando os olhos, assustados. Eu olhava para as meninas e elas estavam pasmas.

Será que iríamos perder?

Não podíamos pensar assim... Todos estávamos tão confiantes! Não podia acabar daquele jeito! Tínhamos que vencer, se não pelo talento que temos, que seja pelo nosso esforço.

Era tudo muito perfeito –se não fosse pelas expressões convencidas e nojentas que Jesse fazia durante a performance. No meio da apresentação, Kurt me puxou e quando olhei para o resto do New Directions, estávamos todos indo para o camarim nos preparar. Não só fisicamente, como emocionalmente...

Sr. Schue entrou na sala e todos estávamos quietos.

-Gente... Cadê aquela animação de agora á pouco?

-Não dá!– Gritou Puck –Não dá pra encarar esses caras! Parece que saíram de um musical ou coisa assim...

-É só sermos positivos!

-Sr. Schue– Disse Rachel se aproximando –Eles parecem profissionais... Nem o respeito em nossa escola temos, como superaremos esse grupo?– Silêncio. Aquilo me assustava. Não podia ficar parado diante dessa situação. Todos tínhamos certeza que iríamos ganhar...

-Se formos negativos nós nunca vamos ganhar!– Disse eu me levantando e soltando as mãos tensas e suadas de Kurt. –Vou contar pra vocês uma história... Havia um garoto, cheio de problemas. Vivia sempre triste... Ele não conseguia esquecer esses problemas até que surgiu alguém na vida dele, que estava realmente disposto á mudar isso. E com a cabeça erguida, esse alguém recuperou a felicidade que um dia fora perdida por esse garoto. Então... Não vamos perder a esperança enquanto podemos recuperá-la.– Todos deram um leve sorriso. –Pensem no esforço que tivemos nessas últimas semanas... Essa é nossa chance de brilhar! Essa é nossa chance de mostrar ao mundo para o que viemos! O mais importante não é o prêmio, e sim, o esforço que tivemos por uma boa causa... Estamos unidos. Isso é uma boa causa! Se não fosse pelo Glee Club, não estaria namorando uma pessoa incrível –Olhei para Kurt, sorrindo –,não teria amigos nos quais confiar –Olhei para Finn e Artie, que sorriam para mim –e o mais importante... Não saberia o propósito de minha vida... Nunca imaginei que sentir os holofotes apontando pra mim seria uma sensação tão boa... Agora é isso que quero pra minha vida. Assim como muita gente aqui.– A luz piscou –E então? O que me dizem? Querem acreditar que somos capazes? Ou ficaremos aqui sem fazer nada?... –Sr. Schue bateu palmas sorrindo e todos os outros, começaram á se entusiasmar e bateram palmas também.

-Blaine falou tudo! Vamos lá, garotos! Vocês são incríveis... Com certeza irão arrasar no show! Não posso garantir que irão ganhar o prêmio, mas posso garantir que iram erguer a platéia e delirar todo mundo. Vamos lá?!– Todos soltaram um grande e alto “SIM”, colocamos as mãos no centro novamente e Rachel sorriu pra mim.

-Obrigada, Blaine. Falo por todos nós! Você é incrível!

-Nós somos incríveis, Rachel! Juntos, ninguém nunca vai nos superar...– A luz piscou de novo.

-Ok, chega, se não vamos ficar presos aqui e não vamos apresentar! Acredito em vocês! VAMOS LÁ!

-VAAAAAAAAI WEEZY!– Todos rimos e subimos para trás das cortinas.

Chegou a hora.

Entramos no palco posicionados. Minha respiração estava ofegante, olhei para Santana ao meu lado, dava pra ver que ela estava com a respiração rápida, ela olhou para mim e sorriu levemente. Dei uma piscadinha e mexi os lábios silenciosamente dizendo: “Vai dar tudo certo” o diretor disse:

-E agora com vocês, do colégio McKinlen Hight... The New Directions!

Rachel começou.

 “I came to win, to fight, to conquer, to thrive...” Ela se dirigia para a frente do palco e quando a estrofe acabou, começamos á dançar. Por enquanto, tudo estava saindo bem, algumas pessoas, pelo que pude ver, estavam meio nervosas e estavam dançando meio travadas, mas nada que possa se perceber da platéia. Artie, com sua voz suave, parecia vindo de um anjo, cantou sua estrofeI used to think that I could not go on...” enquanto Santana entrou no meio com o rap de Nicki Minaj “I wish today it will rain all day. Maybe that will kinda make the pain go away...” Artie atravessou o palco de novo cantando mais uma estrofe com a voz suave que confortava os ouvidos de quem o ouvia cantar “And life was nothing but an awful song...” Santana já estava se soltando mais, entrou por cima da voz leve de Artie com o rap novamente “They got their guns out aiming at me. But I become near when they aiming at me”

Essa era minha vez.

Eu iria cantar o rap agora. Respirei fundo e parti para o centro do palco, assim que surgi e comecei á cantar, o público aplaudiu. “Me, me, me against them. Me against enemies, me against friends. Somehow they both seem to become one, a sea full of sharks and they all smell blood. They start coming and I start rising. Must be surprising, I'm just surmising...” Santana apareceu ao meu lado sorrindo para nossa parceria no rap, admito que minha voz e a dela soavam muito bem juntas. “I win, thrive, soar, higher, higher, higher. More fire!”

Era a vez de Rachel e Santana. A hora do refrão era linda, todos cantavam juntos, com as duas músicas em sintonia. “I came to win, to fight, to conquer, to thrive. I came to win, to survive, to prosper, to rise...” Sorri e cantei a minha parte no refrão suavemente. “I believe I can fly... I believe I can touch the sky...”

Eu já não estava mais nervoso. Me lembrei da sensação que senti na primeira vez que me apresentei na minha audição para entrar no grupo. Eu sorria á todo o momento por sentir as luzes apontando para nós... Nós éramos as estrelas do momento e... Opa. Era minha vez de novo. “I hear the criticism loud and clear. That is how I know that the time is near. See we become alive in a time of fear and I ain't got no motherfreaking time to spare. Cry my eyes out for days upon days, such a heavy burden placed upon me...” Santana surgiu ao meu lado novamente e cantou comigo “But when you go hard your nay's become yea's. Yankee Stadium with Jay's and Kanye's” Refrão de novo.

A platéia se pôs de pé, batiam palmas e sorriam á todo momento. O grupo do Vocal Adrenaline se recusavam a se levantarem ou a fazerem uma expressão agradável. Os Warblers, e o grupo de senhores ficaram de pé para apreciar nossa performance.

O chão se enchia de fumaça, dando a impressão de que pisávamos nas nuvens. Luzes azuis brilhavam nas “nuvens” em nossos pés, o que dava brilho ás peças de roupas douradas, que davam brilho em nossa apresentação.

No último refrão, Mercedes colocou sua voz pra funcionar. Usava distorções no meio da música que causava uma grande confusão para quem ouvia, mas era realmente bonito, dava ênfase para nossa performance, sem dúvida. Brittany, Mike, Rory, Sugar, Tina, Sam, Puck, e Quinn faziam as vozes de fundo, eu e Finn dizíamos por cima da melodia de Rachel e Santana: “I believe I can fly... I believe I can touch the sky... I think about every night and day... Spread my wings and fly away...” Artie e Mercedes faziam o contra-canto, o que deixava tudo mais mágico. Quando percebi, faltava uma frase para acabar a música.

“I believe I can fly.”

A platéia delirou, levantaram-se todos e aplaudiram, gritaram, assoviaram... As luzes batiam em nossos rostos, olhei em volta e todos sorriam, eu podia ver a felicidade em seus olhos. Eu olhei pra frente e me deparei com aquela multidão aplaudindo, olhando pra gente, sorrindo... Meus olhos se encheram de lágrimas, segurei pra não chorar.

Podia ficar lá a noite inteira recebendo o carinho daquela gente... Mas Brittany pegou meu braço e me puxou pra fora do palco, me tirando do transe. Quando voltamos pro camarim, todos nos abraçamos, gritamos, estávamos muito animado porque aquilo foi melhor que nossas expectativas. Abracei Rachel, Britt, Mike... E até me surpreendi quando me peguei abraçando Puck.

-Fomos bem, cara! Parabéns!– Disse Puck pra mim, todo sorridente. Aquela pinta de valentão dele se foi, ele parecia mais inofensivo do que Artie sorrindo daquele jeito, sincero.

-Valeu! Você foi ótimo, Puck!– Ele sorriu e virou-se para abraçar Tina. Fui cumprimentar Santana.

-E aí, meu parceiro de raps?– Disse ela rindo, e me abraçou forte.

-Você estava incrível, Sant!

-Nós estávamos! Obrigada, Blaine. Por não desistir de nós. Eu te amo!– Me surpreendi de ouvir isso da menina que sempre implicou comigo.

-Sério?

-Eu sei que eu te xingo, que eu pego no seu pé, te chamo de gravatinha, baixinho do gel...- Ugh. Ela não perde uma chance.- Mas é porque te considero um grande amigo! Obrigada, Blaine.

-Por que está me agradecendo? É ótimo ter você comigo!– A abracei e a ouvi soluçar. –Não chora...

-Aquela f-foi um dos momentos m-mais felizes de minha v-vida... –Disse ela fungando. Eu me afastei e limpei as lágrimas dela, ela sorriu e depois foi ao encontro de Brittany. Fiquei abraçando Kurt até Sr. Schue entrar na sala com o maior sorriso do mundo. Emma estava muito sorridente também.

-Garotos, vocês foram incríveis! Simplesmente INCRÍVEIS!– Ele abraçou todos nós –Estou muito orgulhoso de vocês! Nós não estaríamos assim, realizados se tivéssemos ficado aqui sem encararmos a concorrência.– Sr. Schue olhou para mim. –Obrigado, Blaine.

-Para, Sr. Schue! Isso não aconteceu por minha causa! Aconteceu porque todos nós confiamos em nossa capacidade de vencermos de um grupo muito bom. Isso tudo é por nossa causa!– A luz piscou. Quer dizer que iriam anunciar os vencedores agora.

Bem... E que a sorte esteja conosco.


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer á todos que estão acompanhando minha fic! :)
Hehe ~troll face~ só saberão os vencedores no próximo capítulo U.U LOL