Outside escrita por Priih _ ncesa


Capítulo 3
Visita


Notas iniciais do capítulo

Nem acredito que estou seguindo a risca o meu cronograma! Estou tão orgulhosa de mim mesma! HAHAHAHHAHAHAHAHA enfim, espero que gostem do capítulo. Ele vai os deixar com dúvidas, mas afinal, isso também é mistério!
Enjoy~



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Capítulo II

Casa de repouso em Brockton, MA.

Et j'aurais aimé être ces filles... Qui, dans tes chansons, reprennent vie... – Cantarolava uma jovem mulher de olhos fechados, estirada na cama, enquanto sentia os poucos raios de sol que passavam pela grade da janela aquecerem seu rosto. - Même si, de loin, je sais qu'on s'est menti... (Tradução: Eu gostaria de ser como essas garotas; Que, em suas canções, mudam as vidas; Mesmo se, de longe, eu sei que é mentira.)

Hey. – Uma enfermeira bateu na porta e a abriu. – Miss Hinday, não gostaria de sair um pouco do quarto?

A jovem abriu os olhos. Suas orbes verdes sairam do teto e se viraram para a enfermeira loira, que embora aparentasse ser jovem, já estava na meia idade, que continuava parada na soleira da porta.

– Prisão, você quis dizer... – Resmungou e se levantou, os longos cabelos castanhos caidos em seus ombros.

– Isso! – A enfermeira disse e sorriu. – Venha, saia um pouco. Fazem dias que você não dá uma volta lá fora.

Os olhos verdes se voltaram para a enfermeira, ódio brilhando no fundo deles. Ela suspirou e se acalmou. Não poderia dar nenhum ataque de fúria, se não, seria presa numa camisa de força, novamente.

Arrastou seus pés descalços pelo chão e passou pela enfermeira, saindo da prisão, digo, quarto.

Andou pelo corredor que conhecia tão bem, cumprimentando alguns dos outros pacientes, na sua maioria, já idosos.

– Bom dia Miss Jun! – Cumprimen um senhor alegremente. – Gostaria de jogar xadrez comigo mais tarde?

– Será um prazer Mr. Smith! – Ela sorriu de volta para o homem idoso na cadeira de rodas. Ele sofria de Alzheimer, uma doença incurável degenerativa. – Mas só depois que eu passar algum tempo com o piano, ok?

– Você vai tocar piano querida? – Ele se alegrou mais ainda. – Eu amaria ver-lhe tocar!

– Como quiser. Estarei na sala de recreações. – Sorriu e lhe deu um tchauzinho com a mão, seguindo pelo correndor em seguida. A enfermeira a lhe acompanhar.

– Você deveria pegar um pouco de sol, está palida... – Comentou ela.

– Sou pálida por natureza. – Disse asperadamente. – E eu já peguei minha cota de sol por hoje.

– Mas você pode ficar doente se...

Jun não deixou ela continuar. Parou e se virou para ela, ódio ainda brilhando no fundo de seus olhos.

– Eu sei muito bem o que acontece a uma pessoa quando ela não pega sol, ok? Eu sei sobre a vitamina D, raquitismo,osteoporose e etcétera! E... – Ela falou quando a enfermeira fez menção de abir a boca. – Antes que você fale sobre eu não estar ingerindo vitamina C suficiente, eu não vou ter escorbuto ou algo do tipo, ok?

A enfermeira apenas assentiu, contrafeita.

– Faça como você quiser, Miss Hinday.

– Ótimo! – Disse a jovem e se voltou novamente para o corredor, seguindo seu caminho até onde estava o piano. Tinha uma música a compor.

A enfermeira apenas suspirou ao ver a menina dar-lhe as costas. Se lembrava como se fosse ontem o dia em que ela havia chegado, à dez anos atrás. Na época a menina só tinha cerca de quatorze anos e acabara de presenciar uma tragédia na família. Os pais haviam morrido num acidente de carro criminoso e seu irmão, gravemente ferido nesse mesmo episódio, estava em coma desde então. A jovem surtou, e foi assim que ela parou naquele lugar.

A enfermeira suspirou novamente e seguiu a jovem, já escutando as primeiras notas do piano encherem aquele local.

Jun murmurou irritada ao escutar os passos da enfermeira. Aquilo estava atrapalhando seu tempo. Contrafeita, ela voltou as teclas do piano, as dedilhando.

A vários anos tentava terminar de compor aquela música, mas não conseguia. Recentemente havia feito um avanço, e estava trabalhando nele agora.

Tocou durante mais algum tempo, até que outros passos interromperam sua linha de pensamento.

Miss Hinday? – Era a voz da enfermeira.

– Eu preciso de silêncio! – Exasperou-se, sem se voltar.

– Alguns agentes do FBI gostariam de falar com você.

– Bem, mas eu não quero falar com eles, diga para que voltem mais tarde. – Ignorou os apelos da enfermeira e voltou a tocar.

A enfermeira apenas suspirou, e sussurou para o enfermeiro que havia vindo informá-la que ela iria encontrar com esses agentes, e que por enquanto, ele deveria ficar de olho no jovem irritadissa.

– Volto num momento... – Disse e se retirou.

Jun estava começando a irritá-la. Ela era uma ótima menina quando mais nova, agora, havia se tornado uma péssima adulta, não que o ambiente ajudasse. A enfermeira suspirou e girou a maçaneta da sala de visitas, se deparando com um homem grisalho e uma jovem de cabelos rosas. Soergueu as sobrancelhas, observando aquele casal de aparência pouco comum.

Miss Hinday? – Perguntou a garota de cabelos róseos.

– Não, sou Tsunade Senju, enfermeira da Miss Hinday. – Explicou e fechou a porta.

– Ah! – Fez a rosada e sorriu. – Sou a agente especial Sakura Haruno, e este é o agente especial Kakashi Hatake. Nós temos algumas pergunta para a senhorita Hinday, será que poderíamos falar com ela?

– Ela está com um péssimo humor, porém se quiserem tentar... – Deu de ombros. – Ela está tentando terminar a composição de uma sinfônia que ela começou a anos, e está bem frustada por não conseguir terminá-la.

– Sinfônia? – Perguntou um surpreso Kakashi. – Sério? Uma sinfônia?

– Sim, uma sinfônia. Ela já escreveu meia dúzia desde que veio para cá, sem contar as teses e monografias. – Tsunade sorriu. Amava ver as caras que as pessoas faziam quando ela falava dos trabalhos de Jun. Quase valia a pena ser enfermeira dela.

– De qualquer forma, isso é irrelevante para o que viemos fazer aqui... – Kakashi ainda estava surpreso, mas estava ali por um motivo. – Preciso vê-la.

– Venham comigo. – Tsunade sinalizou para a porta. – Mas eu não responsabilizo pela fúria dela.

Kakashi e Sakura se entreolharam.

– Vamos. – Suspirou Kakashi e seguiu Tsunade que saiu da sala.

Já no corredor eles puderam escutar a música. Era uma ótima melodia, porém constantemente interrompida e começada de novo.

– Parece que ela está com problemas... – Murmurou Sakura.

– Problemas nós teremos se ela não quiser cooperar. – Murmurou Kakashi de volta.

– Ali, ela está ali! – Tsunade deu um passo para o lado e deixou que os agentes passassem por ela.

A primeira impressão que Kakashi teve ao ver a garota, que estava de costas, foi algo surreal.

A jovem estava debruçada no piano, ainda tocando e xingando quando não conseguia seguir adiante com a música. Mas não era ela tocando que fazia a cena ser diferente.

Seu cabelo liso e castanho quase tocava o chão enquanto ela estava sentada, quando em pé, deveria alcançar seus joelhos. Kakashi se lembrava de uma das fotos, que quando ela fora internada, seu cabelo já era comprido. Provavelmente, desde então, ela não o deve ter cortado.

Uma tênue luz entrava pelas vidraças da janela, realçando o brilho do longo cabelo.

Ela tinha um corpo frágil e pequeno, e aquele cabelo tão grande e bagunçado só a deixava com uma aparência mais frágil ainda.

Se existissem elfos, ele tinha certeza que ela seria um.

Balançou a cabeça para afastar esses pensamentos. Deveria se concentrar no que havia vindo fazer. Vidas estavam em risco.

Kakashi suspirou, e já ia começar a falar quando uma voz o interrompeu. A voz daquela garota.

– Sua respiração ruidosa está me atrapalhando! – Disse rispida. – Será que poderiam ir embora? Não quero falar com ninguém.

Ela estava irritada, muito irritada.

Durante anos tentara falar com alguma autoridade, nunca havia conseguido. E agora, eles precisavam dela. E, já que eles não a haviam ajudado, ela também não os ajudariam.

Ia começar a tocar novamente quando uma voz se fez ouvir.

Miss Jun Hinday?

O coração de Jun falhou uma batida.

Ela conhecia aquela voz.

Conhecia muito bem aquela voz.

Levou a mão ao medalhão que usava, seus olhos se encheram de lágrimas.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Vocês devem estar se perguntando: "O quê? Como assim? Jun já conhecia o Kakashi?! 'Tô surtando!", bem, essa era a intenção KKKKKKKKKKKKKKKKK continuem acompanhando que esse mistério será resolvido, e outros virão, os deixando super curiosos de arrancar os cabelos! HAHAHHAA.
Ja nee~



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