Quinn P.O.V

Não é todo dia que se pari seu ultimo filho (sim, porque a partir do momento em que seu marido fechou a fabrica, a não ser que seja do Divino Espírito Santo, mais nenhum virá). Então, após muito pensar, decidi que Lyra nasceria em casa. Ou melhor, na casa de Shelby, onde Beth e LeRoy foram concebidos.

Então, contratamos uma parteira e uma mulher especializada em acompanhar gestantes, para que me auxiliassem durante o parto. O médico fez todos os exames e no sábado, pela manhã, eu passaria no hospital para romper a bolsa.

Feito isso, iria para a ‘casa grande’, onde toda a família se reuniria para esperar a chegada de Lyra. Santana e Rachel também estavam grávidas, mas Amanda só chegaria em uma semana, e Barbra em duas. Mas o destino... Esse cara é um grande filho de uma mãe.

Chegando a casa eu já estavam com leves contrações e pelos cálculos do medico, demoraria umas três horas para que a bebê nascesse, então nos acomodamos na sala e os meninos começaram a tocar violão e bateria, para fazer passar o tempo. E eis que:

_ AAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – todos olharam para mim, mas eu estava tranquilamente deitada no colo de Sam, já que Puck tocava violão – AAAAAAHHHH! – dessa vez todos se viraram para cozinha, a tempo de ver Santana se escorando na porta – Puta que pariu, a Amanda tá nascendo.

Ai virou o caos.

Santana P.O.V

Maldito seja o dia, onde quer que seja quente, que alguém resolveu que minha bolsa deveria romper enquanto aguardávamos Quinn dar a luz. E pior: em casa.

Puck me apanhou no colo e subiu até o quarto, onde a parteira veio me examinar.

_ Vão nascer as duas juntas. – sentenciou ele, me mandando fechar as pernas.

_ O QUE? – gritamos todos, mas eu digo todos mesmo.

_ Santana e Quinn estão com três centímetros de dilatação. – explicou ela calmamente – Se não for na mesma hora, vai ser com minutos de diferença.

Eu e minha cunhada encaramos a mulher com a boca ligeiramente aberta, até que ouvi a doce voz do meu doce sobrinho Iwin anunciando a cagada:

_ Tia Rachel, você fez xixi na calça?

Todos nos viramos para minha irmã, que segurava firmemente o braço do marido, com uma cara de dor e pânico.

_ Só pode ser brincadeira. – exclamou Beth, olhando para cima – QUAL É? TRÊS DE UMA VEZ?

A parteira bufou, mandando Rachel se deitar e a examinou, balançando a cabeça e rindo.

_ Vou querer receber o triplo.

Rachel P.O.V

Tem alguém rindo, gargalhando, rolando no chão de tanto rir. Buda? Alá? Jeová? Deus? Seja lá quem for, valeu mesmo viu?

Voltamos à sala, mas nenhuma querendo esperar que as horas passassem.

_ Comida apimentada e sexo induzem o trabalho de parto. – leu Mercedes na internet – Mas não tá falando nada sobre acelerar a dilatação.

_ Nem pensem. – ralhou Lauren, a ajudante da parteira – Andem bastante queridas. Oh, e acariciem os seios.

_ Oi? – virou todo mundo, olhando como se ela fosse louca.

_ Ajuda a liberar hormônios. – explicou a mulher rindo.

_ Essa parte eu gosto. – ouvi meu irmão gargalhar e Beth e LeRoy fizeram cara de nojo, enquanto tampavam os ouvidos dos irmãos.

Quando alguma de nós ia retrucar, Quinn teve outra contração DAQUELAS e gritou a ponto de deixar alguém surdo.

_ Melhor tirar as crianças do recinto? – ouvi Kurt perguntar e concordei – Muito bem pequeninos, vamos todos brincar! Quando for para nascerem, virão nos chamar.

As crianças saíram, parecendo aliviadas e ficamos apenas os adultos na sala e... PUTA QUE PARIU, TÁ DOENDO ESSA MERDA!

Narrador P.O.V (para tentar diminuir o número de palavrões)

Aproximadamente uma hora, vários palavrões, ameaças e gritos depois, a parteira enfim declarou que era hora das crianças nascerem. Mas como sacanagem tripla, as três estavam precisando fazer força.

_ NÓS SOMOS DUAS! – surtou Lauren - MARIE, NÃO VAMOS CONSEGUIR FAZER TRÊS CRIANÇAS NASCER EM DUAS.

_ Tá mais surtada que a parturientes. – comentou Sam, levando uma cotovelada da esposa.

_ Eu e Shelby cuidamos de Rachel. – propôs Carole e Marie concordou.

Quando foram chamar as crianças, pediram que elas não guardassem nenhuma das palavras que ouvissem as mães falando e nem que se assustassem.

_ Dói muito pro bebê nascer? – perguntou Ben e Brittany confirmou.

_ Agradeça por ser menino garotão. – brincou ela, enquanto todos entravam no quarto que normalmente era de brinquedos.

_ EU TE MAAAAAATO PUCK, TE RANCO AS BOLAS, JÁ QUE VOCÊ FOI INÚTIL O BASTANTE PARA NÃO OUVIR O MÉDICO!

O grito de Quinn fez os quatro filhos pararem estáticos, encarando os tios.

_ Ainda bem que não foi em quem engravidei a Sant. – sussurrou Britt, fazendo os adultos rirem.

_ Hoje de manhã eu estava vendo Funny Girl alegremente, e agora cá estou, com um filhote de orca albina querendo sair de mim. – rosnou Rachel – Babra, é melhor você ser um anjinho, ou lhe sento a vara.

_ Ela é sempre assim agressiva? – sussurrou Kaila para Charlie.

_ Não... Normalmente é boazinha. – respondeu ele, segurando o irmão mais novo que olhava a mãe atônito.

_ MERDA BRITTANY, PORQUE EU NÃO POSSO TE XINGAR? – gritou Santana, agarrando o colchão.

_ Porque eu não tenho pipi? – perguntou a loira e todos a encararam – Que foi? É a verdade.

Em meio a um surto de dor, Quinn apanhou a mão do marido, fincando os dentes até sair sangue.

_ AAAAAAAIIIIIII! – berrou ele, trazendo a mão para junto do corpo e vendo o sangue – POHA QUINN, SEM CANIBALISMO. TÁ DOENDO!

_ SÉRIO QUE VOCÊ QUER FALAR EM DOR? – berrou Quinn, agarrando-o pela gola da camiseta.

Ele se limitou a deixar Kurt enfaixar sua mão, enquanto os últimos preparativos eram feitos para que começassem a empurrar.

_ Muito bem, tudo pronto. – anunciou Lauren, sentando em frente a Santana.

_ Deus tenha piedade de nossas almas e ouvidos, amém. – rezou rapidamente David e todos fizeram coro no amém.

E começou. Um grito mais alto que o outro, um palavrão pior que o anterior. As crianças estavam ao lado das mães, os mais velhos se esforçando para ajudar e ao mesmo tempo acalmar os mais novos.

_ Muito bem, já estou vendo uma cabeça. – comemorou Lauren.

_ Mas eu acho que essa aqui vai chegar primeiro. – comemorou Marie e um segundo depois, um choro alto cortou o ar da casa.

A loira caiu para trás, arfando exausta, enquanto o marido se derramava em lágrimas. Beth abraçou Liam, dando guinchos de alegria, enquanto Sarah batia palminhas e LeRoy abria um sorrisinho de canto.

_ Prontinho mamãe, aqui está. – disse Marie, colocando a menina ainda suja sobre o peito de Quinn. A mulher não conseguiu fazer outra coisa além de sussurrar ‘oi’, com um enorme sorriso e lágrimas nos olhos (N/A: RYAN, QUERO A BETH DE VOLTA).

Assim que Puck, acompanhado dos filhos, cortou o cordão, outro grito encheu o lugar e se viraram a tempo de ver Shelby erguendo a pequena Barbra do meio das pernas da filha caçula.

_ Carai... – sussurrou Finn, chorando – Rach, nossa menina nasceu.

Charlie e Hiram se apoiaram nos joelhos, curiosos para ver a bebê. Carole enrolou a menina e colocou sobre Rachel, já que teriam que esperar a parteira para que Finn pudesse cortar o cordão.

_ Oi pequena diva. – sussurrou a morena, acariciando o rosto da filha – Oi Barbra.

_ Vamos lá Santana, só falta você. – incentivou Lauren.

_ Se você não calar a boca eu vou... AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH – gritou a morena, agarrando a mão da esposa e assustando os filhos mais velhos. Um segundo depois, o ultimo chorinho preencheu o ar e logo, a pequena Amanda estava nos braços da mãe.

_ Nene! ­– comemorou Kyle, batendo palminhas.

_ É meu amor, neném. – concordou Britt, com a cabeça ao lado da esposa, ambas em lágrimas encarando a menina.

_ Nate, Kyle, cortem o cordão. – propôs Lauren e os meninos foram para o lado dela, apanhando a tesoura – Com cuidado está bem? – eles concordaram e cortaram no local indicado.

Logo, os avôs, tios e primos estavam babando nos três bebês, todos profundamente emocionados, até que a parteira colocou todos para correr.

_ Shelby, Carole, Brittany e Mercedes fiquem para me ajudar. O resto para a sala. – mandou Marie.

Lá embaixo, as crianças comentavam excitadas o que acabara de acontecer, maravilhadas de terem visto tão de perto os bebês nascerem.

_ Na falta de charuto, vai champanhe. – disse Burt, abrindo a garrafa e colocando nos copos que David segurava – Um brinde as três novas integrantes do clã Hummel-Berry-Hudson-Fabray-Martinez.

Todos ergueram as taças, Finn e Puck ainda naquele estado de abobamento profundo.

_ Eu tenho uma filha. – comemorava Finn.

_ Eu tenho três! – brincou Puck, levando uma ombrada do cunhado – Carai, mais uma filha...

_ Pai, a parteira tá descendo. – chamou LeRoy e os meninos foram para a sala.

_ Bom, já fiz tudo que era necessário e agora elas estão descansando. Os bebês estão lá com elas.

_ Ah, a conta... – pediu Puck apanhando a carteira.

_ Por conta da casa. – disse Lauren sorridente – Não é todo dia que temos uma experiência legal dessas.

A família agradeceu, enquanto as mulheres iam embora.

_ Bom, melhor irmos também e deixá-las descansar. – propôs Sam e Kurt concordou.

_ Ah, mas eu quero ver as bebês. – reclamou Ailika.

_ Amanhã querida. – prometeu Mercedes – Agora vamos deixar suas tias e primas descansarem está bem?

As crianças concordaram e logo as duas famílias tinham ido embora, deixando apenas Finn e Puck com as crianças na sala.

_ Meninos, nós vamos ao mercado e voltamos logo está bem? – perguntou Carole, junto de Burt, David e Shelby, com Matt e Leo. Os dois concordaram e assim que os pais saíram, fizeram sinal para que as crianças os seguissem.

Entraram em silêncio no quarto, vendo que as três dormiam em sono alto e Brittany velava as três crianças.

_ Elas são lindas. – sussurrou a loira e os dois concordaram.

_ A gente pode deitar com a mamãe? – sussurrou Nate e os três adultos se entreolharam. Apanharam as recém-nascidas e com cuidado foram até as camas das esposas, deitando devagar.

Elas abriram os olhos, mas logo voltaram a fechar, enquanto braços envolviam suas cinturas e tudo que mais importava no mundo se aconchegava na mesma cama.