Santana P.O.V

PÂNICO, PÂNICO, ERRO, JÁ ERA!

Ok, respira Santana. Ah respira virgula. EU VOU ME CASAR!

Sim, eu que pedi Brittany em casamento. Sim, eu a amo. Não, não estou pronta para colocar esse maldito vestido e subir no altar.

_ SANT! – gritou minha irmã, me agarrando pelos ombros e me fazendo encará-la – Respira, vamos lá. Devagar. Um, dois. Um, dois. – pediu ela e eu obedeci – Isso, agora coloque o vestido e deixe o maquiador te arrumar.

Eu concordei, deixando que me enfiassem no vestido e sentei, deixando que o frances-paraguiao me arrumasse. No meu quarto estava também minha mãe, Mercedes e Tina, todas sendo arrumada.

Conforme os minutos iam passando, eu ia ficando cada vez mais nervosa, exigindo cada vez mais broncas de minha mãe e irmã e por fim, uma dose de tequila. Quando eu já estava enfim pronta, alguém bateu na porta da sacada e Sugar abriu, revelando meu irmão.

_ Ah, qual é, vocês querem claramente acabar comigo. – resmungou ele – Primeiro a baixinha, agora você?

_ Imagine quando for a Beth? – provoquei e ele fez careta.

_ Só daqui a 30 anos. – declarou ele, fazendo careta e todas nós rimos.

_ Bom, estamos indo lá para fora. Quando ouvirem as cornetas... – começou mamãe.

_ Mãe, é a terceira vez em cinco anos que eu levo alguém pro altar – protestou meu irmão – Já to sabendo o esquema.

Elas riram novamente antes de sair e me deixar sozinha com ele.

_ Você não vai chorar né? – pediu ele e eu balancei a cabeça, mas meu bico e os olhos molhados deduraram – Poha Sant, nem a Rachel chorou.

_ Vai se ferrar. – pedi, enquanto ele me abraçava – Eu queria que papai estivesse aqui. Os dois.

_ É... – concordou ele – Eles teriam ficado bem orgulhosos de saber que um dos filhos seguiu os passos deles. – brincou e eu ri – Está pronta?

_ Estou. – disse, sentindo finalmente a calma me invadir. Ele caminhou comigo até a porta e abriu-a, me dando o braço e esperando a cornetas soarem. Aquilo era o certo. Eu amava Britt e ela me amava, e nós duas seriamos felizes para sempre.

Brittany P.O.V

Acordei com o humor péssimo, pois os duendes não me deixaram dormir, fazendo bagunça a noite toda. E por duendes, eu digo meus sobrinhos.

_ Quinn, eu amo eles dois, mais tira eles daqui antes que eu voe no pescoço deles. – rosnei, enquanto mamãe me dava uma xícara de café. Ela ligou para Puck, que logo pegava os dois aos risos na porta do quarto.

_ Se acalme querida, logo você estará no altar. – tentou mamãe, mas eu estava muito nervosa. No quarto, além de minha irmã, estava Tina e Pauline, a última irritada por não conseguir disfarçar a saliência de gravidez.

_ O Artie tinha que esquecer a camisinha logo três meses antes do casamento. – reclamava ela, com um bico, em frente ao espelho.

_ Reclama não Pauline, pelo menos vocês já saíram da escola e só vão ter um. – brincou minha irmã, dando um encosto de ombro nela. A primeira deu um sorrisinho de canto e voltou a se encarar no espelho.

Logo eu estava com meu lindo vestido e mamãe e Quinn choravam que nem loucas acompanhadas por mim.

_ Dá licença? – pediu Blaine entrando no cômodo – Ah Britt, você tá linda.

Eu pedi para Blaine me levar ao altar por sempre ter sido meu irmão-melhor-amigo. Ele não só concordou como ficou muito emocionado.

_ Nos vemos lá fora. – disse Quinn, beijando meu rosto e saindo com mamãe e as meninas. Eu olhei Blaine ele chorava, assim como eu. Me atirei em seus braços e ele me apertou, ambos sabendo que não precisávamos dizer nada.

Ele me deu a mão e fomos até a porta, a abrindo e esperando as cornetas. Então, dei o primeiro passo em direção ao para sempre.

Narrador P.O.V

http://www.youtube.com/watch?v=AqKfaNNV3Jg (N/A: se querem morrer de fofura, vejam o vídeo, porque olha, eu chorei like crazy escrevendo)

Quando começou a música após as cornetas, todos se puseram de pé. Ali estava apenas suas famílias e amigos mais chegados, o que para elas era o bastante.

Os primeiros a aparecer foram Puck com Santana. Por mais que ele disfarçasse todos viam que ele havia chorado, assim como a irmã. Ele caminhou com ela até um lado do corredor e pararam.

Logo depois, do outro lado, vieram Blaine com Brittany, ambos sorrindo em meio aos olhos ainda cheios de lágrimas. Eles chegaram a ponta do outro corredor e encararam os dois do outro lado.

Se não fosse os irmãos as segurando, Brittany e Santana teriam corrido em direção uma a outra naquele momento mesmo, mas foram caminhando calmamente em direção ao altar, sem conter os sorrisos e lágrimas que já se mesclavam.

Chegando em frente ao altar, os dois beijaram as testas e as mãos das irmãs, antes de beijar a testa e as mãos da outra noiva e entregar a mão de uma a outra. Depois, foram de juntar a Quinn e Kurt, que choravam copiosamente as demais mulheres no local.

As noivas pararam em frente ao juiz de paz com roupa de hula, tendo apenas o dedo mindinho entrelaçado, como adoravam fazer. Um sorria para a outra brilhantemente, sem prestar muita atenção ao que o homem dizia.

_ Santana Marisa Berry, aceita Brittany Susan Fabray como sua legitima esposa e... – blá blá blá.

_ Aceito. – respondeu a morena, com a voz embargada.

_ Brittany Susan Fabray, aceita Santana Marisa Berry como sua legitima esposa e... – blá blá blá.

_ Aceito. – saltitou a loirinha, fazendo todos rirem.

_ As testemunhas, por favor. – Puck, Quinn, Rachel e Finn se aproximaram, assinando os papéis depois das duas – Oh sim, e as alianças.

Beth saltitou até o lado da madrinha e lhe entregou as alianças, recebendo um grande sorriso da mais velha. As noivas trocaram as alianças com carinhos e beijos e olharam o padre.

_ Eu as declaro unidas pela vida. – sentenciou o homem a frente delas – Pode beijar a noiva.

As duas riram, enquanto se aproximavam e selavam seus lábios.

_ Te amo. – sussurrou Santana, a testa colada a da esposa.

_ Eu te amo mais. – provocou Brittany, rindo docemente.

E viraram-se para receber os cumprimentos da sua grande família, mas sempre mantendo seus dedos unidos, como seria dali em diante.

~*~

Sam P.O.V

Estávamos na festa, enquanto as noivas tinham sua primeira dança. Eu dançava colada com a minha morena e sorria com o cheiro dos cabelos dela, sempre de morango. Olhei a nossa volta e vi Quinn e Puck ‘colados’, com Beth e LeRoy gargalhando no colo deles.

Havia também Finn e Rachel, ainda naquele clima de recém-casados, ao lado de Kurt e Blaine e Tina e Mike. Artie tinha Pauline em seu colo e mexia lentamente a cadeira de um lado para o outro, sem pressa alguma. Sem pressa, nunca pressa...

_ Casa comigo? – não sei de onde veio, mas eu fico feliz que tenha vindo. Ela me encarou chocada e eu sorri – Eu sei que não é um pedido comum, mas eu te amo e você me ama, porque esperar mais?

Ela me olhou novamente, tentando ter certeza de que eu não estava maluco, mas por fim sorriu.

_ É claro que eu aceito. – vibrou.

_ Agora. – propus

_ O que? – chocou-se ela, arregalando os olhos.

_ Você chama Kurt, Blaine, Artie e Pauline enquanto eu busco Quon e Natalie. – expliquei – Eu não me importo com grandes festas, a única coisa que me importa é saber que você é minha para sempre.

Achei que ela fosse desistir, mas eu conheço bem demais esse sorriso.

Mercedes P.O.V

_ UM CASAMENTO DE ÚLTIMA HORA, QUE TUUUUDO! – gritava Kurt, pulando no lugar – Mas vocês não vão chamar mais ninguém?

_ Não queremos tirar atenção das duas. – expliquei, enquanto descíamos para a praia, no local combinado com Sam. Blaine havia ido com o irmão e eu, Kurt, Artie e Pauline caminhávamos pela areia – Vamos contar para o pessoal segunda, antes de vocês irem embora.

_ Papai e Carole vão querer matar vocês. – brincou ele, mas vão ficar felizes.

_ Eu sei que vão. – concordei, enquanto víamos Sam, Blaine, o juiz de paz, e Quon e Natalie, dois amigos que fizemos na ilha. No colo dela vinha Ailika, sua filhinha de um ano.

_ Devo dizer que estou surpreso. – admitiu Quon – Mas não menos felizes. Que comecemos logo.

Foi mais uma cerimônia simbólica, já que não tínhamos a papelada, que o juiz prometeu providenciar na segunda, antes das testemunhas partirem. Kurt e Blaine fizeram o papel de família, enquanto Artie, Pauline, Quon e Natalie foram padrinhos. E para minha surpresa, Sam tinha as alianças.

_ Burt me deu. – contou ele sorrindo – Eram dos seus pais.

Não pude evitar me emocionar sabendo que, de um jeito ou de outro, meus pais estavam presentes ali. Trocamos alianças e selamos nossa união com um beijo, que foi aplaudido por nossos amigos.

_ Tá vendo Blaine. – provocou Kurt – Agora só falta a gente.

Meu cunhado corou absurdos, enquanto todos riamos. Sam fez sinal para que eu o seguisse e deixamos todos conversando, enquanto andávamos de mãos dadas na beira da água, rumo a lugar algum e a todo lugar, juntos para o que desse e viesse.