Rachel P.O.V

Quinn e os gêmeos passariam dois dias internados porque, mesmo que meus sobrinhos tivessem tamanho e peso suficientes, eram um mês prematuros, então ficariam um dia a mais em observação.

Quando afinal fomos buscá-los, todos ficaram paparicando as crianças no quarto enquanto eu e Finn íamos a cafeteria, já que a minha cunhada estava louca para comer chocolate. Quando voltávamos, tivemos uma surpresa.

_ Jesse? – chamei, encarando o homem na maca dentro do quarto. Ele me olhou espantado, mas virou a cara. Sua mãe estava ali e parecia abalada. Quando me aproximei com Finn, vi um curativo em seu pescoço.

_ O que aconteceu? – perguntou Finn e Jesse não respondeu.

_ Acidente de carro. – respondeu a mãe dele – Ontem, voltando da audição final para NYADA. Ele foi mal e estava nervoso. Bateu o carro e um caco perfurou sua garganta. Os médicos não sabem se ele voltará a falar. – e começou a chorar.

Jesse não nos olhava, apenas encarava a parede, com os olhos cheios de lágrimas. Eu olhei Finn e vi que ele estava abalado. Me aproximei de meu ex, beijando sua testa e virei para meu namorado, apanhando sua mão e saindo dali.

_ Não vamos falar nada, pelo menos por enquanto. – sugeri enquanto íamos para o quarto de Quinn – Sem estragar o clima, ok?

_ Tudo que você quiser estrela. – concordou ele sorrindo.

Quinn P.O.V

Mais tarde, quando afinal estávamos em casa, todos conheceram os quartos dos bebês e parabenizaram Kurt. Mas, como ainda são muito novos, pelo menos nas primeiras semanas os bebês dormiram comigo e Puck.

_ Puck, fica com a Beth enquanto eu amamento o LeRoy? – pedi e ele concordou, apanhando nossa filha e se deitando ao meu lado, enquanto eu amamentava.

_ Eles só dormem. – observou meu namorado e eu ri.

_ Claro né amor. Não tem muito mais o que eles fazerem com dois dias de vida.

_ Eles são lindos... – murmurou ele acariciando o rostinho de Beth, deitada em seu peito – Minha pequena princesinha.

Logo trocamos e ele ficou andando para LeRoy arrotar, enquanto Beth mamava. Depois de quase uma hora, os dois já estavam deitados em seus cestos, profundamente adormecidos e eu estava ansiosa para acompanhá-los.

_ Você ta feliz? – perguntou Noah, abraçado a mim.

_ Mais do que em qualquer dia da minha vida. – lhe assegurei – Eles são perfeitos.

_ São nossos. – riu ele – Cara, nem consigo acreditar que nós somos pais.

_ Somos... – concordei em voz baixa – Obrigado.

_ Obrigada você minha linda. – sussurrou ele, erguendo-se para me dar um selinho – Eu te amo.

_ Eu também te amo. – garanti, me aconchegando mais a ele – Muito mesmo. – murmurei, já caindo na inconsciência.

Shelby P.O.V

Nunca na vida imaginei que seria avó, muito menos avó tão cedo assim. Mas não podia negar o quão feliz estava.

_ Eles são realmente lindos. – elogiou Dave, observando a foto dos bebês no meu celular – Uma boa mistura do pai e da mãe. – devolveu meu celular – E como os papais estão lidando com os recém-nascidos?

_ Incrivelmente bem. – admiti rindo – Noah ainda fica meio perdido, se atrapalha quando tem que pegar eles do berço e tal, mas está se saindo bem melhor que LeRoy e Hiram se saíram a principio. A Quinn... Bom, ela tem instinto materno não? Ela se atrapalha um pouco para amamentar, porque são gêmeos. Mas no geral, estão ótimos.

_ E as outras crianças? – perguntou, servindo outra taça de vinho. Estávamos na casa dele, um apartamento charmoso no centro da cidade. Ele não pudera ir mais cedo ao hospital para buscar os bebês, pois tinha aula, mas em compensação todo o coral estava lá.

_ Todos querem ajudar de alguma maneira. – ri – E vamos combinar que aqueles bebês serão completamente mimados. A não ser durante a noite, eles não ficam longe de colo algum por um segundo sequer. Fizeram uma tabela de horários para evitar brigas.

_ Você está feliz. – disse ele de repente – Muito feliz. Você quase brilha.

_ Meus filhos estão feliz, meus netos nasceram, meus amigos voltaram a ficar juntos... – comecei a falar.

_ E eu? – perguntou ele, me espantando.

_ O que tem você? – perguntei corando.

_ Você está feliz de estar aqui comigo? De estarmos juntos? – insistiu ele.

_ Nós estamos juntos?

_ Eu quero que estejamos. Você quer? – perguntou ele segurando minha mão.

_É o que eu mais quero. – disse sem sequer hesitar.

Carole P.O.V

Estávamos deitados, lado a lado, na primeira noite juntos após a volta de Burt.

_ Nem parece que tem dois bebês aqui. – riu meu noivo de olhos fechados – Quando Kurt nasceu, ele esgoelava a noite toda. E os trigêmeos também, nós ouvíamos de casa.

Como em resposta, ouvimos um choro e rimos juntos.

_ Cólica. – reconheci – Mas logo passa, eles não tem cólica muito intensas.

_ Não acredito que cheguei perto de perder isso. – disse ele com um sorriso – Agora eu, em vários sentidos, avô. Vovô Burt, vovó Carole e vovó Shelby. Já pensou eles correndo pela casa nos chamando assim?

_ Calma amor, tem alguns anos até lá ainda. Mas daqui dois anos eles vão para a faculdade... – choraminguei e ele riu.

_ Amor, em dois anos vamos estar rezando para eles irem. – retrucou ele rindo – Se acalme dona onça.

_ Bom, então acho melhor nos casarmos antes disso não? – perguntei e senti ele sorrir de novo.

_ Eu estive pensando... Que tal no dia em que fizer um ano do cruzeiro? – perguntou ele e eu o olhei, sorrindo.

_ Eu acho ótimo.