Snow White And The Huntress escrita por AcheleForever


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Tenho 15 minutos de break hj, e resolvi adiantar essa história. Pretendo terminá-la rápido.
Enjoy it.



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O sol já alto no céu bateu em seu rosto, cegando-a momentaneamente. Abriu os olhos, vendo os poucos raio amarelos transpassarem pelas grades da sua pequena janela, era seu décimo inverno. Levantou-se e foi até sua pequena fogueira já apagada, acendendo-a novamente. Um pássaro, de coloração branca, o que era muito raro por ali, pousou no vão entre as barras de ferro. Quinn foi em sua direção, ouvindo atentamente seu canto que soava tão macio aos seus ouvidos.

Ficou admirando-o por longos minutos, até que o mesmo alçou voo. A loira, ainda olhando o horizonte, viu um pequeno prego não muito bem preso na parede ao lado das barras, e sem muita força, conseguiu trazê-lo para dentro. Poderia muito bem usá-lo futuramente.

Passos pesados foram ouvidos pelo corredor, era Jessie que viera visitá-la outra vez. Rapidamente, jogou-se na cama, cobrindo-se com o cobertor de fios emaranhados e semicerrando os olhos. O homem entrou em sua cela e sentou-se em sua cama. Sentiu os dedos passarem por seus cabelos, mostrando parcialmente seu rosto muito pálido.

- Olá, Quinn – virou-se para olhar o homem

- O quê faz aqui?

- Vim te ver novamente.

- O quê a Rainha quer de mim? – perguntou pela enésima vez

- Ela quer... – deslizou a mão pelo ombro pálido, parando logo acima do decote do seu vestido – seu coração – sussurrou

Quinn, em um movimento rápido, atacou-lhe com o prego que ainda jazia entre seus dedos trêmulos. Jessie, devido á dor, arqueou sobre as pernas, dando tempo para que Quinn consiguisse fugir de seu alcance. Passou pela grande porta de madeira maciça que continha somente um pequeno espaço por onde lhe passavam comida, trancando-o lá dentro.

Ao ouvir os primeiros gritos de dor e ajuda de Jessie, percebeu que não tinha muito tempo para pensamentos, precisava agir o mais rápido possível. Suas pernas começaram a movimentar-se, correndo sem direção certa pelos corredores que formavam o grande labirinto de celas, o qual ela não conhecia o suficiente para saber onde é a saída.

Os corredores pareciam não ter fim, as celas pareciam sempre serem as mesmas, mas com muita persistência, Quinn conseguiu achar a saída. Um pequeno portão de ferro vazado que dava para o grande pátio de pedra, que era fortemente vigiado pelos exércitos da Rainha.

Respirando fundo algumas vezes, Quinn abriu o portão e correu para a saída principal do castelo, mas antes que chegasse á metade do caminho, um dos guardas a avistou, gritando um sonoro ‘ela está aqui!’. Logo a loira se viu cercada por homens com grandes espadas, prontos para lhe atacarem á qualquer sinal de movimento. Sem saída aparente, a garota caçou com os olhos algo salvador, que a fizesse sair viva de toda aquela bagunça. Avistou do seu lado direito, não á mais que cinco metros, um grande buraco na parede, que dava para o esgoto da cidade. Sem nem pensar duas vezes, já viu-se correndo para lá, sendo seguida por no mínimo vinte soldados. Quando estava quase lá, jogou-se no chão, escorregando perfeitamente pela abertura. Caiu em uma água gélida e escura, mas antes que pudesse detectar o odor forte, estava movimentando-se novamente. Rápido chegou ao final do escuro túnel, onde eram descartados todos os dejetos do reino. Era um alto penhasco, com um mar turbulento abaixo. Olhou para traz novamente, rezou em silêncio pela sua vida, e pulou sem pensar que poderia acontecer o pior.

Foi arrastada pelas ondas até a praia. Levantou-se e arrasou-se sobre os pés já casados até um grande rochedo, lugar onde poderia se esconder. Uma figura grande e branca foi avistada de lá, e pé ante pé, Quinn se aproximou o suficiente para ver que se tratava de um cavalo. Deitado, solitário e aparentemente sem machucados. A loira estendeu a mão direita á frente do corpo, e andou até o cavalo, mostrando que estava em paz. Devagar, tocou a pele do dorso do cavalo, vendo-o se levantar e parar ao seu lado, como se pedisse para que ela montasse. E assim o fez.

Os galopes eram rápidos, mas não o suficiente para despistar os cavalos negros que a seguiam tão de perto. Sem perceber, guiou-se para a Floresta Negra. Quando já tinha uma distância razoável dos cavalheiros da Rainha, o cavalo branco atolou-se na lama escura que se confundia com o solo. Quinn desceu rapidamente e tentou ajudar o animal, mas ao ver que quanto mais tempo ela ficasse ali, mais perto da sua morte ela estaria. Dando um beijo de desculpa na cabeça do animal, correu mais para dentro da densa floresta de mata escura.

Corria sem direção por meio das árvores que confundiam-na. Escutava os passos pesados bem perto e mais rápido tentava fazer com que seus pés andassem. Mas ao tropeçar em um galho preso ao chão, caiu em cima de algumas plantas que soltaram uma fumaça preta. Levantou-se rapidamente e continuou a correr.

As árvores pareciam ter vida, mexiam-se como se possuíssem braços, seus galhos eram moles e tentavam pegá-la. Sentia sua cabeça pesar, sua visão começar a embaçar, e caiu novamente. Dessa vez, sobre dúzias de pássaros mortos e em estado de decomposição. As larvas que estava sobre seus corpos subiam por seus braços, fazendo Quinn respirar pesadamente. Sentou-se e tentou se arrastar para longe, encostando-se em um par de flores pretas fechadas. Seus olhos caíram sobre elas, que agora se desfaziam em um líquido preto e escorria por seu vestido já surrado pelo tempo.

Tentou levantar-se novamente e correr, mas sua mente continuava a lhe mostrar o lado mais sombrio da mata, e quando sua visão se embaçou de vez e sua cabeça pesou, viu seu corpo encontrar o chão. Havia desmaiado.

Xxx

- Um prego, Jessie!  – Shelby gritava irritada no meio da sala do trono – Ela conseguiu escapar da minha mais protegida cela com um prego! – andava de um lado para o outro – Se tivesse uma espada tinha tomado meu reino!

- Ela pegou-me desprevenido, irmã – o homem abaixou a cabeça

- Onde ela está agora? – aproximou-se do irmão

- Na Floresta Negra.

- Eu não tenho poderes na Floresta Negra, Jessie – segurou seu rosto com uma das mãos, analisando o machucado que agora ali havia – Arrume alguém que conheça muito bem aquelas terras. Quero que traga-a viva para mim.

- Como desejar, irmã.

Shelby ainda olhava o corte recém-adquirido pelo mais novo. Passou sua mão, sem realmente tocar, por cima do corte profundo, fazendo-o secar sem deixar ao menos uma cicatriz. Jessie sorriu para a Rainha, e fazendo uma reverência, saiu da sala decidido a achar quem precisasse.

Xxx

A última coisa de que Rachel se lembrava, era de desmaiar mais uma vez na Taberna Cabeça de Javali. Agora ela acordava sentindo-se afogar. Abriu os olhos rapidamente, e viu-se cercada pelos homens da Rainha. Saiu do cocho onde haviam-na jogado e olhou interrogativa para eles.

- Você é Rachel Berry, a caçadora? – Jessie perguntou

- O quê querem de mim? – tentava apertar suas roupas para que parassem de pingar

- A Rainha solicita seus trabalhos.

- O que ganharei com isso?

- Uma gorda recompensa – Rachel sorriu

Xxx

Entrava escoltada por diversos cavalheiros á sala do trono, onde a Rainha Shelby sentava imponente em seu trono de puro ouro. Parou á sua frente, e esperou que ela lhe dirigisse a primeira palavra.

- Como se chama, caçadora? – sua voz era melodiosa

- Rachel Berry, Vossa Alteza.

- Rachel... Preciso dos seus serviços.

- Á qual deles se refere?

- Preciso que me recupere algo perdido. Na Floresta Negra – seus olhos se semicerraram

- Me desculpe Vossa Alteza, mas a Floresta Negra está fora dos meus domínios.

- Fontes me disseram que você conhece aquelas terras como a palma das mãos. E eu lhe pagarei muito bem por isso.

- Do que me adianta ouro, se não estiver viva para recebê-lo?

- Você o fará.

- E se eu recusar?

No mesmo segundo, Rachel se viu cercada por todas as lanças dos presentes ali. Todas apontavam para seu pequeno corpo, e algo a dizia que o menos movimento que fizesse, sairia dali totalmente furada.

- Eu a quero de joelhos – Shelby falou fria

Rachel sentiu seus braços serem tomados por mãos forte, suas pernas receberam chutes certeiros na parte de traz do seu joelho. Se viu ajoelha na frente da soberana sem que pudesse mexer um músculo.

- Seu pai – a Rainha falou baixo

- Não ouse falar dele! – a morena gritou

- Eu posso trazê-lo de volta.

- Mentirosa! – um dos guardas bateu em suas costas com a lança

- Você irá buscar uma garota na floresta para mim. Uma vida pela outra.

- Você não pode... – sua voz morreu

- Ela tem poderes que você sequer ousou imaginar – Jessie interveio

Rachel abaixou levemente a cabeça, respirou fundo segurando as lágrimas que sempre vinham quando mencionavam seu pai, e assim concordou em fazer o serviço.


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Notas finais do capítulo

Talvez saia outro hoje, assim que eu sair do meu trabalho. Espero que gostem.
Beijos :D