Dia De Empreguete, Véspera De Madame! escrita por Fernanda Melo


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oie! Desculpe pelo dia de atraso, mas estou tendo muitos trabalhos para fazer e não consigo arrumar muito tempo... Mas claro eu não iria deixá-los sem um capítulo né?!
Boa Leitura...



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Depois daquele ocorrido Jasper não dirigia a palavra com sua mãe, havia deixado bem claro que não queria saber notícias dela durante um bom tempo, Esme havia os convidado hoje de manhã para que eles fossem morar lá durante o tempo que precisassem Alice não se importava desde que saísse daquela casa ela se sentiria bem perto de Esme perto de quem realmente gostava dela. Jasper estava ali esperando Alice acabar de se arrumar para descerem para tomar o café da manhã.

                Ela não queria mais sair daquele banheiro, descer e encontrar com Alicia seria uma tortura, ela se apoiava na pia e olhava sua imagem refletida naquele espelho enorme estava decidida a não sair daquele quarto. Mas Jasper preocupado bateu na porta e entrou naquele banheiro, Alice enxugou as lágrimas rapidamente e se virou para que Jasper não percebesse que ela estava chorando.

                - Meu amor, o que está acontecendo?

                - Nada.

                - Como nada Alice? Você está aqui trancada no banheiro há um bom tempo e está chorando, venha vamos descer para você beber um copo d’água.

                - Jazz, eu não quero descer, não consigo olhar para...

                - Eu sei meu amor, eu sei, mas você precisa reagir, não pode ficar trancada para o resto da tarde aqui, olha como hoje é fim de semana não tenho trabalho, vou poder ficar o dia inteiro ao seu lado.

                - E... Você pensou no que Esme disse?

                - Sim, nós vamos para lá hoje mesmo, iremos juntar nossas coisas e vamos mais à tarde para lá. Agora vamos tomar um café, vamos? – Ele lhe chamou delicadamente lhe estendendo a mão, ela teimou um pouco, mas em seguida ela segurou sua mão e o seguiu até a copa daquela casa, ficou observando a reação de cada um naquela mesa e percebeu logo que Alicia não estava gostando nada de vê-la ali. Jasper puxou uma cadeira para que ela se sentasse e Alice ainda pensava se devia ou não fazer aquilo, mas aceitou ao pedido de seu noivo e sentou na cadeira ao seu lado.

                - Como você está Alice? – Perguntou Dr. Nicolas surpreendendo todos naquela mesa, ele nunca havia redirecionado uma palavra se quer para Alice desde quando ela começou a trabalhar naquela casa, apenas respondia algumas perguntas de trabalho que ela fazia.

                - Estou bem, obrigada Dr. Nicolas. – Ela respondeu ainda de bom modo, não estava bem à vontade a ponto de se livrar das regras do trabalho que ela já não mais fazia.

                - Não me chame de Dr. apenas Nicolas, seu sogro e pai de seu noivo. – Jasper sorriu ao perceber que seu pai não tinha nada contra ao seu namoro com Alice, ele estava se mostrando o verdadeiro pai em sua vida novamente, o homem que ele havia guardado dentro de si a anos por causa de Alicia. – Você pode ficar surpresa, mas você é a mulher certa para meu filho, sempre quis uma mulher que o amasse de verdade pelo o que ele é, não pelo o que ele tem e essa mulher é você Alice. Me desculpe se não me manifestei até este momento sobre o namoro de vocês, eu não me manifestei por talvez um pouco receio, mas tenham meu apoio. - Jasper havia realmente se assustado com o que seu pai acabara de dizer, ele nunca havia reagido contra Alicia e Jasper já havia se acostumado com isso não esperava nada dele para lhe ajudar. Alice sorriu para Nicolas em forma de agradecimento, ela estava se sentindo um peixe fora do aquário, não sabia em quem se apoiar. Alice desde pequena vivia em um conto de fadas, mas o seu estava desmoronando novamente, eram como as ondas enormes que se formavam no mar em dia de tempestade que lhe causavam medo.

                Alicia não estava gostando nada daquilo em sua frente aquela cena, que para ela era deplorável dentro de sua própria casa, onde ela devia ditar as regras e o restante de sua família apenas deviam seguí-la. Ela estava em um estado de raiva que todos alí percebiam. Alicia se levantou rapidamente da mesa sem encostar a mão na comida, estava sendo desafiada em sua própria casa. Se retirou com a maior rapidez de todas e foi para seu quarto que se vacilasse tornaria apenas seu mesmo.

                - Jazz eu sabia que isso não terminaria bem eu...

                - Alice, por favor não vamos voltar nisso meu amor, não irá fazer bem para você.

                - Está bem. - Alice disse vencida. Continuou sentada ali naquela enorme mesa. Assim que tomaram o café em paz ela decidiu ir para o quarto de Jasper, ele a seguiu ele estava disoposto a sair daquela casa ainda hoje e queria que isso fosse bem rápido. Alice entrou no enorme quarto e sentou-se na cama dele, ela estava com um semblante triste e ainda estava envergonhada com o que aconteceu na noite anterior, mas ela vivia repetindo para si que não iria se deixar abater, ela tinha que começar a reagir, não podia deixar as pessoas simplesmente pisarem nela, ela não queria ser alguém na vida? Então teria que reagir, dar a volta por cima, não deixar que as pessoas sintam o agradado gosto de vitória sobre ela, jamais ela estava decidida a mudar e tentaria, mas sem saber as consequências de seus atos.

                - Você está bem meu amor?

                - Estou, eu só estava pensando, em coisas tolas, eu vou ir arrumar minhas coisas está bem? - Ela se levantou depositou um beijo rápido nos lábios de Jasper e saiu antes que ele pudesse dizer qualquer coisa. Ela caminhou rapidamente por aquela casa e foi em direção a cozinha onde Matilde se encontrava escutando o radio, era seu dia de folga, mas não tinha para onde ir então resolveu ficar alí mesmo na cozinha que ela considerava como sua, já que nenhum membro da família Hale entrava para cuidá-la.

                -  Oi, como você está mocinha? - Perguntou Matilde surpresa ao vê-la pela primeira vez depois daquela noite horrível.

                - Bem Matilde, não se preocupe você também, eu realmente estou bem. - Ela disse com um satisfatório sorriso no rosto, ela estava querendo enganar a quem? Estava evidente que ela estava mal, mas já estava cansada de ver as pessoas preocupadas demais com ela. Estava causando sofrimento não somente para si, mas para todos ao seu arredor. Ela foi diretamente para o quarto e olhou tudo alí, as duas camas, cada uma encostada em uma devida parece do pequeno quarto. Alice sentou na cama na qual era sua durante esses dois anos, ela não sentiria tanta saudade desta casa, mas sim, guardaria as lembranças ruins que presenciara alí. Ela somente aturava Alicia por causa de seu amor e também não tinha onde viver, já que os alugueis não eram nada baratos, seu salário não daria nem para pagar o aluguel de um pequeno quarto. Passaria fome, frio e nem queria ver como seria sua vida se tivesse que viver assim

                Alice já havia sofrido tanto em sua vida que fugir daquele sofrimento lhe faria bem apesar dela nem imaginar, aos dezessete anos começara a pensar que estava sozinha neste mundo sem ninguém de parentesco. Ela nem imaginava que tinha ainda Emmett, seu meio irmão que ela nem imaginava que existia, mas ele já sabia quem ela era, já sentia um carinho tão grande por sua irmãzinha que ele tanto adorava, ele sofreu quando teve que ouvir Maria dizer todas aquelas coisas para ela, ele queria poder ampará-la quando ela se sentisse só, lhe daria vários abraços e beijos quando ela estivesse triste e lhe ofereceria colo para quando ela precisasse chorar. Estava disposto a passar por cima de todos, para poder defender sua irmã, ele queria vê-la feliz e sua "sobrinha" também muito feliz.

                Alice pegou a mala que Jasper lhe emprestara e começou a colocar suas poucas roupas alí dentro dela. Depois que ela guardou todas as suas roupas sobrou somente suas recordações, o album de fotografia tinha algumas das poucas recordações de seu passado e pegou o cardeno no qual ela desenhava as roupas de sua autoria. Assim que ela acabou de arrumar sua mala e sua bolsa tranversal Matilde chegou naquele quarto e não se manifestou ao entrar, pois o quarto também era seu ela ficou surpreendida ao ver Alice com suas coisas arrumadas.

                - O que aconteceu minha filha? Alicia te despejou daqui? O que ela fez?

                - Fique calma Matilde, Alicia não me expulsou da casa Jasper e eu recebemos uma proposta de moradia e nós aceitamos. Não se preocupe Matilde continuaremos nos vendo e eu ficarei bem.

                - Minha filha olhe onde você irá se meter, para onde vocês irão?

                - Para a 'enorme' casa dos Cullen. Esme nos ligou hoje cedo, havia ficado preocupada com o que aconteceu ontem então disse que poderiamos passar quantos dias precisássemos por lá. Esme e sua família são pessoas boas Matilde, não precisa se preocupar eu vou ficar bem.

                - Tudo bem filha, eu tentarei não ficar preocupada, mas me mande notícias todos os dias que puder.

                - Eu lhe prometo. Mas não fique assim, eu prometo que irei me cuidar.

                - Filha apenas se cuide e você me fará feliz o bastante. - As duas trocaram sorrisos e se abraçaram, Alice se permaneceu calma durante todos os momentos, mas Matilde era tão importante que ela deixou algumas lágrimas cairem, Matilde também chorava, cuidava de Alice como filha, ela era sua menina, a pequena e frágil menina que ela criou um vínculo de carinho e amor. Ela sentiria tanta falta de Alice como Alice sentia falta de seus pais, mas ela já era uma moça crescida, sabia muito bem o que queria na vida, sempre viu nela a imagem da maturidade.

                - Agora eu tenho que ir, mas prometo que todos os dias te ligarei para dar boa noite, como nós fazemos aqui. - Ela finalizou dando um beijo na bochecha de Matilde, em seguida ela pegou sua mala e se direcionou para a sala daquela casa que ela tanto queria se ver afastada.

                Jasper ao ver que Alice chorava deduziu que fosse pelo o simples fato dela ter se despedido de Matilde, sabia muito bem que Matilde cuidava bem de Alice e que Alice a adorava. Decidiu então abraçá-la e lhe dizer que ela não iria embora para sempre, poderia ver Matilde sempre que quisesse, e isso foi um fato que ajudou, ela ficou mais calma e parou de chorar.

                - Agora vamos? Já liguei para Esme ela disse que já está nos esperando. - Alice fez um sinal de sim com a cabeça e se voltou para sua mala a qual Jasper fez a gentileza de levar para ela, já que a suas ele já havia colocado no carro. Enquanto eles caminhavam em direção a porta Alicia descia a escada, com uma expressão rabugenta, não acreditava ainda que houvesse realmente perdido seu filho para aquela menina que ela tanto menosprezava. Ela ainda não queria acreditar que isso estava acontecendo.

                - Você realmente vai fazer isso meu filho? Irá deixar sua mãe para ir com essa... Pessoa? - Jasper nem conseguiu olhar na direção de sua mãe continuou parado alí na entrada, Alice também havia paralisado no começo, mas não estava disposta a ouvir desaforos logo agora, então continuou porta afora e continuou andando indo em direção ao carro de Jasper. Já ali dentro daquela casa Jasper tentou ficar de frente para sua mãe. A encarou e ficou paralisado no mesmo lugar.

                - Eu não fiz nada para você, foi bem ao contrario foi você que fez algo comigo, algo com alguém que eu amo tanto. Você não tinha o direito mãe, você não podia fazer isso com Alice, ela está grávida de um filho meu, você não parou para pensar?!

                - Mas e se esse filho não existir... Ou ele simplesmente não for seu? Ela pode muito bem estar lhe dando um golpe meu filho.

                - Você não tem jeito mesmo não é? Olha passe bem. - Jasper saiu e bateu a porta com toda a força para tentar acalmar a raiva, mas não era tão fácil assim. Ele chegou até o carro, abriu o porta mala e colocou a mala de Alice alí em seguida foi para dentro do carro, olhou rapidamente para Alice que estava concentrada demais, mas que assim que percebeu se virou para ele e abriu um pequeno e delicado sorriso.

                - Você está bem? - Ela perguntou com uma voz doce e angelical e aquilo sim acalmou Jasper, pensar que tinha alguém tão especial assim ao seu lado. Ele valorizava muito Alice, a tratava como uma perfeita rainha, pois ela sim se importava com ele em qualquer momento de sua vida, ele tinha a absoluta certeza que sim, seria ela a sua companheira para todo o sempre.

                - Eu vou ficar, eu estou ao seu lado, tenho você e isso para mim é o que importa.

                - Eu só não quero te ver triste pelos cantos, eu sei que você sente falta de sua mãe.

                - Não vou mentir, você tem razão eu sinto falta de uma mãe, mas vou saber superar por vocês. - Ele disse enquanto olhava no fundo dos olhos de Alice, ela lhe respondeu com um sorriso e continuou sua atenção voltada para ele. Assim que ele deu a partida e finalmente saiu daquela casa ele sentiu um vazio dentro de si, sim ele queria e continuou a seguir o rumo para a casa dos Cullen, mas sentiria falta de sua história, de seu passado. Ele estava deixando tudo para trás por orgulho de sua mãe se ela se julgava uma mulher de classe não poderia ter feito o que fez, mas mesmo assim impôs regras para seu filho que nem mesmo ela seguiria.

                O trajeto até a casa dos Cullen foi curto eles não moravam tão longe assim e quando chegaram lá Emmett já os esperava na porta ancioso para saber como sua irmã estava, aparentemente ela parecia bem, ele já havia percebido, mas como será que ela se encontrava mentalmente e sentimentalmente? Ele queria saber e iria. Emmett cumprimentou Jasper que saiu primeiro do carro e lhe ofereceu ajuda com as malas olhou para o outro lado do carro e percebeu que Alice ainda não havia saído de dentro do carro, ficou meio preocupado e resolveu por perguntar para Jasper mesmo como ela se encontrava.

                - Hei Jasper, Alice está bem?

                - Ela está melhor, mas 100% bem não lhe garanto... Você para de olhar deste jeito para minha mulher senão...

                - Ta me estranhando é? Eu já tenho namorada e estou muito feliz, mas tem algo sobre Alice que preciso lhe contar a sos. - Jasper se sentiu meio incomodado, qual seria a bomba desta vez? Mas conversaria com seu amigo, agora a curiosidade lhe apertava com tanta força que queria saber do assunto alí e agora.

                Depois de muito pensar dentro daquele carro, Alice resolveu descer, Emmett já ajudava Jasper com as poucas malas e ela estava sendo mal educada por não ter descido do carro até agora. Assim que abriu a porta viu os dois cochichando e perceberam que eles pararam de falar sobre algo assim que ouviram a porta ser fechada por ela, Emmett abriu um largo sorriso em ver Alice e ela sorriu de volta para ele, sentia uma espécie de carinho diferente por Emmett e ela sabia que ele era especial, achava que o conhecia de algum lugar, mas não sabia onde.

                - Oi Emm. - Ela disse com um largo sorriso no rosto feliz em vê-lo.

                - Oi Lice, será bom tê-la morando aqui conosco, agora já não sei seu namorado ele sempre foi tão estraga prazeres. - Emmett fez uma careta e Jasper revirou os olhos, já Alice riu de sua brincadeira como sempre. - Eu até lhe abraçaria agora, mas seu namorado está me fazendo carregar malas... - Ele disse enquanto subia os poucos degraus para chegar até a porta da frente. Todos entraram e Alice que passou por ultimo, fechou a porta, Emmett continuou guiando o casal até a sala onde Carlisle e Esme se encontravam.

                - Que bom que vocês aceitaram nossa ajuda. - Disse Esme se direcionando até Jasper e lhe dando um abraço em seguida foi até em Alice. - Como você está querida?

                - Bem, não se preocupe. - Ela sorriu de um modo que ninguém alí duvidaria que ela realmente não estivesse bem. Alice conseguia ser convincente quando queria e sabia muito bem fazer isso.

                - Ótimo assim eu posso ficar menos preocupada querida, vocês querem deixar as coisas no quarto?

                - Claro, pode ser. - Disse Jasper pegando a outra mala que agora a pouco havia soltado para poder descançar. Esme os guiou até ao quarto de hospedes o qual era bem grande e espaçoso, era uma suíte teriam aguma privacidade naquela enorme casa que Alice particularmente achava um exagero, mas também gostaria de ter uma para si, apesar de gostar das coisas mais simples, porque não teria uma casa dessas se tivesse bastante dinheiro?! Todos nessa vida querem um pouco de luxo e ela não fugiria desse requisito. - Obrigado Esme, eu nem sei como agradescer o que você está fazendo por nós, mas prometo que não tomarei muito tempo de vocês eu logo arrumarei um lugar para ir morar juntamente com Alice.

                - Não se preocupe Jasper, podem ficar quanto tempo precisarem, serão sempre bem vindos por aqui. Bem, agora vou deixar vocês sozinhos, devem estar querendo arrumar as coisas de vocês e terem um pouco de descanso. - Esme disse os deixando a sos naquele enorme comodo. Eles olharam bem para o local, melhor dizendo Alice que não estava acostumada com as mordomias de vida de madame. Claro que ela queria ter uma vida como essa, mas tinha medo de perder sua humildade, não queria de jeito algum ficar como Alícia, arrogante, fútil e orgulhosa.

                - Grande não é? - Jasper riu ao ouvir Alice dizer aquilo com um tom de voz surpreendido, ela não tinha visto graça nenhuma no que ela acabara de dizer emburrou um pouco a cara, mas deixando ainda sua expressão doce e angelical. - Jazz não ria de mim. - Desta vez de sua boca saiu um tom de voz um tanto quanto infantil e dengoso.

                - Pequena não estou rindo de você, mas sim de como você disse. Eu achei engraçado.

                - Eu desisto de tentar te entender sabe Sr. Jasper Hale. - Ela disse se virando e indo em direção a cama e dando um mergulho, ela adorou aquele colchão era tão bom e macio que ela nem acreditava que estava deitada nele. Jasper se aproximou e deitou-se ao seu lado e lhe encheu de beijos, passou seu braço até chegar na nuca dela, os dois se beijaram apaixonadamente, ela sorriu de orelha a orelha, estava um pouco vermelha de vergonha, Jasper desceu seus baijos para o pescoço da amada o que fez Alice perceber que aquilo iria longe demais se deixasse.

                - Jazz, agora não, pelo amor de Deus. - Ela disso o tirando de perto dela, estava vergonhosa, vermelha que nem imaginava, Jasper se lamentou pela primeira vez de não estar em sua casa neste momento, poderia se trancar no quarto e ficar lá com Alice, mas a respeitaria, também concordou de ser um lugar inadequado. - Que tal descermos? Queria conversar com Esme. - Ela disse enquanto se olhava no espelho que tinha no guarda roupas.

                - Se você quiser descer para conversar com ela pode ir, eu tenho que colocar o papo em dia com Emmett.

                - Vocês estão de segredinho... É, vocês acham que eu não percebi quando chegamos?!

                - Você está com ciúmes? Acha que estamos falando de mulheres?

                - Eu não acho nada.

                - Não se preocupe pequena eu nunca seria capaz nem de falar de mulher enquanto eu estiver com você. - Ele disse olhando a imagem de Alice refletida naquele espelho, ela sorriu para ele e lhe mandou um beijo, já ele sorriu e lhe mandou outro e fez um sinal de tchau com a mão. Alice deu mais uma olhada para o quarto e suspirou e em seguida saiu do quarto meio que se perdendo naquele enorme corredor, mas assim que avistou a escadaria tratou de descer e chegou até a sala onde deu para ver Jasper e Emmett entrarem em um cômodo, Esme estava alí sentada foleando algumas revistas, vendo os ultimos lançamentos da ultima coleção. Ela tinha também um bloco cheio de folhas brancas e um lápis para desenho.

                - Você está ocupada Esme?

                - Não Alice, você precisa conversar?

                - Acho que sim. - Ela disse confusa, mas se lembrando das coisas que ocorreram no dia anterior. - Podemos conversar em um lugar mais...

                - Claro, vamos para um dos quartos. - Esme se levantou  do sofá e foi até ao quarto que Alice ficaria, elas se sentaram na cama e Esme com seu  olhar maternal olhou para Alice com carinho. - Então querida sobre o que você quer falar? - Esme disse tirando uma mecha do cabelo de Alice e o passando para trás da orelha.

                - Bem... Eu, não sei o que dizer ainda estou confusa. - Alice mudou sua expressão rapidamente.

                - Alice, sabia que você não estava bem. - Esme disse a puxando para seu colo, Alice deitou a cabeça no colo de Esme. Começou a chorar mesmo não sabendo do que, Esme estava preocupada com Alice, ela estava tendo uma gravidez muito conturbada e não sabia até onde ela conseguiria aguentar, ela lhe acariciou os cabelos e quando percebeu que Alice estava chorando Esme não sabia como ampará-la, beijou sua testa. - Conte-me como você está se sentindo meu anjo, conte-me tudo.

                - Esme, eu estou cansada de isso tudo, eu queria poder sumir e poder apagar as lembranças minhas na cabeça das pessoas para não causar sofrimentos, eu não quero mais viver assim, sendo pisada e as pessoas sempre rindo de mim, eu já estou tão cansada, não aguento isso mais Esme, não aguento.

                Esme se sentia desesperada, não sabia ao certo o que dizer, pois não sabia sobre o que Alice falava, sabia apenas que ela não estava mais aguentando todo aquele stress, Esme teria que fazer algo para Alice, não poderia vê-la daquele jeito.

                - Shh, fique calma querida tudo irá melhorar, agora você poderá ficar mais tranquila.

                - Eu sinto tanta a falta deles e isso tudo só aconteceu por minha culpa, se eu não tivesse insistido tanto para ir naquela festa eles estariam vivos até hoje, foi tudo por minha culpa Esme.

                - Meu anjo não precisa ficar assim, todos sabemos que você ama seus pais e aposto que eles sabiam muito bem disso.

                - Eu não posso mais viver assim, eu não entendo porque tem que ser tão complicado.

                - Alice, não fique assim eu me preocupo tanto com você, como se fosse realmente minha filha Alice, minha querida desabafe chore, você ficará melhor assim. - Alice não se aguentou e continuou chorando cada vez mais.

                Ela estava nervosa, aquele show que Maria havia dado ontem havia se resultado em algo, Alice certamente estava “traumatizada” com aquilo tudo, as pessoas não queriam seu bem, estava cansada de ser humilhada e ser sempre o alvo de brincadeiras sem graças, talvez o ocorrido de ontem apenas tenha desencadeado os vários tormentos que Alice já havia passado na vida. Havia sofrido no começo de sua infância, sua família pobre, seu pai trabalhava honestamente para sustentar a família, mas não estava conseguindo pagar as contas da casa e colocar comida na mesa ao mesmo tempo, ela já havia passado fome várias vezes na vida. Ia muitas vezes para escola pensando apenas na merenda que ali ofereciam.

                Era motivo de risadas dos colegas, a menina pobre e magrela, ela chegava da escola chorando quase todos os dias, corria para o colo de sua mãe e lhe deixava cada vez mais preocupada, já havia mudado de colégio e no outro ela decidiu por si só que não falaria com ninguém até que conheceu uma garotinha também tímida como ela, de cabelos e olhos castanhos, ela se chamava Bella, nenhuma das duas tomavam a iniciativa de falar uma com a outra, até que um dia Alice resolveu ir falar com ela e isso lhe rendeu uma linda amizade.

                Na adolescência continuou estudando no mesmo colégio que Bella, permaneciam como irmãs de alma, uma protegia a outra, sempre. Alice não era descolada e sim uma menina inteligente e descontraída, ia para algumas festas da escola e adorava moda, já desde pequena sonhava em se tornar modelo, para poder sair daquela pobreza, mas não era somente por isso porque queria, tinha um sonho de ser reconhecida pelo mundo todo.

                Depois veio a morte de seus pais, não tinha nada para herdar, sendo que a casa não era deles, Alice agora tinha apenas consigo um álbum de fotografias e suas roupas, foi para o orfanato e perdeu o contato com o mundo, estou para passar no ultimo ano, queria uma bolsa para a faculdade, mas acabou não conseguindo e assim desistindo de seus sonhos. Fugiu do orfanato quando ainda faltavam dois meses para seu aniversário. Alice só queria ter tido uma infância como qualquer outra criança, mas de uma coisa não duvidava, ela tinha um amor de seus pais que ninguém mais teria, ela era a menina mais amada e adorava tanto eles, que a partida foi sua maior desilusão.

                Alice havia chorado tanto que caiu no sono, Esme continuou ali ao seu lado, não queria deixá-la sozinha, ela estava fragilizada e ficar só naquele momento seria pior para ela. Esme não achava que algumas pessoas sofriam tanto, preferia achar que aquilo que passava nos jornais fossem apenas invenções, mas com Alice era de verdade. Toda aquela história que ouvira da boca de Alice sobre sua vida a havia comovido e muito, teria que ajudá-la de qualquer forma. Não queria substituir a mãe dela, mas queria ser uma para ela, Alice estava precisando mais do que nunca de uma amiga, irmã, confidente e uma mãe especial e Esme estava disposta a fazer isso por ela.

                - Aconteceu alguma coisa Esme? – Jasper apareceu na porta e a primeira coisa que notou foi Alice dormindo com algumas lágrimas no rosto. – Alice está bem? – Ele se ajoelhou perto da cama, passou a mão pelos cabelos compridos dela.

                - Ela estava querendo conversar então eu subi para ouvi-la, ela estava guardando coisa demais para si só. – Esme disse olhando diretamente para Alice.

                - Era sobre o que aconteceu ontem não é? Ela estava estranha desde quando acordou.

                - Não só de ontem Jasper, ela falou da vida dela toda, ela sofreu muito por vir de família humilde Jasper e o que vinha acontecendo na sua casa só fazia com que ela se lembrasse dos sofrimentos de seu passado. – Esme suspirou e pensou durante um certo momento. – Jasper cuide bem de Alice, dê muito amor a ela, ela pode parecer adulta e estar prestes a ser mãe, mas ela ainda é uma criança, sente falta de boa parte de sua infância. Só quer fugir do sofrimento e ter uma vida tranqüila, ela ficou repetindo que queria fugir disso tudo.

                - Eu sabia que uma hora ou outra isso iria acontecer.  Alice é uma garota frágil demais para aquilo tudo que estava acontecendo.

                - Vou deixar vocês a sós, depois conversamos mais sobre isto. - Esme levantou-se devagar para não acordar Alice e saiu do quarto bem devagar, ela passava pelo corredor imaginando a doce menina sofrida por causa da vida a única que seu pai podia lhe oferecer. Esme chegando a sala sentou-se novamente no mesmo sofá voltou a pegar a revista e tentou começr a ler, mas sua atenção estava voltada totalmente para Alice. Ela não conseguia tirá-la da cabeça, estava extremamente preocupada com Alice como ela se preocupava com seus filhos. Ela não conseguia concentrar no que tinha que fazer, estava preocupada demais para pensar em um vestido que ninguém ainda havia desenhado.

                Resolveu deixar para fazer isso mais tarde, foi preparar um chá de camomila para ela mesma que já estava começando a ficar preocupada demais, foi até o escritório de Carlisle e abrindo a porta rapidamente se assustou e assustou as duas pessoas ali presentes, Emmett e Carlisle olharam rapidamente em direção a porta e quando viram Esme se sentiram mais aliviados. Esme pediu desculpas por interromper e perguntou se poderiam conversar e ele disse que estava a disposição.

                - Carl, estou preocupada com Alice. - Esme disse enquanto sentava em uma das poltronas. Emmett que já ia saindo da sala parou imediatamente ao ouvir o nome de sua irmã no meio da conversa.

                - O que tem a Alice mãe? - Esme e toda a família sabiam da desconfiança de Emmett e o apoiava. Esme se virou em direção ao filho e abriu um sorriso confortante.

                - Acho que Alice está vivendo muito sobre preção, ela acabou não aguentando, está deprimida no quarto, havia até me chamado para conversar um pouco acabou chorando e me contado sobre sua infância e adolescencia. Ela sofreu muito na vida e acho que agora está precisando de ajuda.

                - Você quer dizer ajuda com um psicologo?

                - Talvez isso a ajude, ela precisa se livrar do passado dela, ela ainda trata sua história já ocorrida como seu presente.

                - Mãe, a Alice está com problemas? Ela... Ela precisa de ajuda? Mas como? Eu não entendo.

                - Meu filho, sei que está preocupado com ela, eu também estou eu a tenho como minha filha, por isso que teremos que fazer alguma coisa antes que seja tarde demais.

                - Vocês tem medo que Alice entre em depressão?! - Emmett e Esme confirmaram com a cabeça para responder a pergunta de Carlisle. - Isso não seria nada bom em um momento de gravidez, Alice precisa mesmo de um acompanhamento ao psicólogo, um acompanhamento médico será a melhor opção.

                - Mas gente e se ela apenas tiver essas recaídas sentimentais? Todos nós temos não é mesmo? Vamos esperar um pouco para ver como Alice irá se adapitar a nova casa, talvez ela esteja assim por ter passado tanto tempo na casa de quem não queria nem ver a sombra dela. Talvez agora ela fique melhor. - Sugeriu Emmett tentando fugir de pensar que a irmã estava começando a ficar problemática, mas ele não podia fugir desta alternativa sendo que Alice já havia passado por muitas coisas na vida.

                - Emmett tem razão meu amor, vamos esperar um pouco Alice talvez só precisa de mudar de habito, morar perto de pessoas que lhe aceite lhe faça sentir melhor.

                - Está bem, você tem razão vamos dar um tempo talvez ela goste mesmo de ficar aqui. - Esme se permitiu sorrir e Emmett abraçou a mãe feliz.

                - Ela será muito feliz com a verdadeira família dela mãe. Com as pessoas que a adoram de verdade, mais do que tudo. - Eles sorriram felizes por pensarem no futuro. Emmett não via a hora de poder dizer para Alice que eram irmãos, poder cuidar de sua irmã e talvez até mima-la. Todos alí eram uma só família, não por traços sanguíneos, mas por alma.


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Notas finais do capítulo

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