Dia De Empreguete, Véspera De Madame! escrita por Fernanda Melo


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Pessoal sinto em informar que estas serão as ultimas semanas desta fic, decidi por fim finalizá-la e teremos somente mais três capítulos, pelo menos o que já foi planejado, mas não sei se estou me esquecendo de algo...
Então tenham uma boa leitura...



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                Naquela mesma noite Alice não havia conseguido esperar pela volta de Jasper acabou dormindo no colo de Esme que continuou ao seu lado até Jasper aparecer no quarto. Quando ela saiu Alice acabou acordando e aproveitou para tomar um belo banho para ter uma noite melhor. Em seguida quando o casal estava pronto para dormir bateu uma enorme curiosidade em Alice, qual seria a novidade que seu irmão queria tanto lhe contar?

                - Jazz?

                - Sim?

                - Você sabe o que o Emm não quis me contar?

                - Aah não querida, não sei...

                - Jazz... Não minta para mim. – Ela virou ficando cara a cara com Jasper que desviava o olhar a todo o momento.

                - Está certo, eu sei.

                - O que é?

                - Não posso, ele pediu segredo.

                - Poxa Jazz todos já sabem de menos eu... Vocês estão sendo cruéis comigo. – Ela usou sua velha tática de chantagem, fazendo um tom de voz dengoso e um biquinho lindo que Jasper não resistiu revirou os olhos como forma de desistência a sua lei de silêncio.

                - Está bem, minha irmã está grávida, terão outro bebê.

                - Que ótimo Jazz, Rose estava mesmo querendo outro bebê.

                - É ele disse que quem está mais alegre com tudo isso é o Elliot que queria tanto um irmãozinho.

                - Esme deve estar pulando de alegria, sempre me dizia que o sonho dela era ver a casa cheia de netos correndo.

                - Que tal a gente fazer a alegria dela também?

                - Jasper Hale comporte-se. – Ele riu com a voz autoritária de Alice.

                - Aposto que Nicolas implicaria com isto já demorou em acostumar com a irmã que já tinha convivido, imagine com um novo bebê?

                - Acho que ele está aprendendo bastante com o pai... Você está fazendo um ótimo trabalho Jazz, Nick está sendo uma criança melhor. – Ela sorriu enquanto passava a mão nos cabelos de Jasper. – Mas quanto a outro filho... Bem podemos esperar um pouco não? Estou no auge de minha carreira parar durante nove meses agora seria como descer muitos degraus.

                - Eu compreendo meu amor, vamos criar estes dois pestinhas primeiro e depois pensamos em mais uma princesinha ou mais um campeão ou quem sabe os dois novamente.

                - Não fala isso de novo, da ultima vez que você brincou com isso tivemos gêmeos.

                - Então desta vez será três.

                - Jazz...

                - Ah meu amor, você fica tão linda com aquele barrigão.

                - É, mas será apenas de um pequeno e lindo bebê, não quero ser mãe novamente nem de dois, nem de três somente mais um.

                - Tudo bem, estava somente lhe irritando, você fica muito linda quando está contrariada. – Ele beijou a ponta do nariz dela em seguida selando um curto beijo de boa noite.

***

                No dia seguinte era somente alegria no café da manhã ao ar livre, Renesmee, Elliot e Nicolas já estavam de pé faltava somente Katherine para toda a família ficar completa, Alice preocupada por saber que sua filha não era de acordar muito tarde foi até o quarto. Seus primeiros passos de mãe preocupada foram avaliados ao ver a menina dormindo, aproximou-se até a mesma e sentando-se ao seu lado fez com que a menina abrisse os olhos.

                - Bom dia preguiçosa.

                - Bom dia mamãe.

                - O que foi meu anjo, não parece animada. – Alice colocou a mão na testa da menina levemente, não estava com febre, estava aparentemente saudável, mas o que estava acontecendo?

                - Nada, o que é isso? – Ela perguntou apontando para o braço de Alice, Katherine era como a mãe quando pequena, curiosa demais para poder ficar quieta.

                - Mamãe machucou ontem, por isso não viemos mais cedo, mas não se preocupe. Mas e você, o que tem?

                - Nada mamãe.

                - Como nada? Conheço bem a linda menina que tenho, pode falar.

                - Quando vamos ver a tia Vic mamãe? Sinto falta dela.

                - Bem, não sabemos onde ela mora ou seu numero de telefone, mas podemos dar um jeito.

                - Você promete?!

                - Prometo, agora vamos levantar arrumar este lindo cabelo, vestir uma bela roupa e em seguida tomar um ótimo café da manhã.

                - Ta bom.

                - Então vai lá estou lhe esperando. – Alice disse vendo a menina correr para o banheiro. Quando ela saiu toda arrumada, com uma blusinha simples e um short, ainda faltava o cabelo para arrumar algo que ela sempre deixava para mãe fazer adorava ver os diversos penteados que sua mãe lhe fazia cada um mais lindo que o outro.

                Quando desceram Emmett pegou a sobrinha no colo beijando suas bochechas inúmeras vezes.

                - E aí princesinha? Porque demorou para acordar?

                - Estava dormindo oras. – Ela respondeu cortando o clima de Emmett que ficou com cara de ‘tacho’ quando todos começaram a rir de sua cara.

                - Alice você criou um monstrinho, nunca ninguém me pegou assim.

                - É Emmett finalmente temos alguém a sua altura. – Edward continuava rindo ao lado de Bella com Nessie no colo.

                - Vai rindo irmãozinho vai rindo.  – Ele olhou sério para o irmão.

***

                Mais tarde todos reunidos na sala conversavam animadamente. As crianças brincavam quietas no canto da sala bem na vista dos pais.

                - Agora irmãzinha vou lhe contar o que é minha surpresa.

                - Eu já sei e já dei parabéns a Rose. – Ela disse com um sorriso vitorioso no rosto.

                - Ah sabia que eu não deveria ter lhe contado cabelo de miojo, você é um traidor cara.

                - Eu não consigo mentir para minha pequena Emmett.

                - Aah não fica assim maninho, sei o quanto deve estar feliz, será papai novamente sei o quanto é esforçado pela sua família.

                - Obrigado pirralha... – Um largo sorriso formou-se nos lábios de Emmett um sorriso carinhoso do qual Alice estava acostumada a vê-lo, mas não com muita freqüência. – Eu adoro você Alice e agradeço todos os dias por você ter aparecido em minha vida. Depois daquele dia... Tudo está sendo melhor com você por perto minha irmãzinha. – Ele a abraçou forte como se nunca mais a fosse ver ou se estivessem a anos distantes.

                - Pare com esse discurso grandalhão vou acabar chorando. – Ela disse escondendo seu rosto para que ninguém visse suas lágrimas escaparem.

                - É sinal de que você gosta de mim.

                - Não tenha dúvidas disso Emm, você é meu irmão, cuidou de mim quando precisei esteve lá junto a mim quando meus anjinhos nasceram sempre me protegeu como não iria gostar de você?! Impossível.

                Todos olhavam com largos sorrisos no rosto, era um momento único, Alice e Emmett eram tão idênticos que demoravam um pouco para demonstrar sentimentos profundos um para o outro. Esme, uma mulher que se emocionava fácil não pôde deixar de expressar a alegria evidente em si, o brilho em seus olhos ao ver seus filhos ali, seu grande garoto e sua linda menina.

***

                Os dias da semana voavam, a cada dia mais Alice ficava melhor tentando ao máximo relaxar, passava as noites ao lado de seus filhos ainda mesmo trabalhando, seu dia se resumia a sair cedo de casa e ir para a Diamonds, na hora do almoço buscava as crianças na escola, almoçavam no restaurante e iam para o ensaio do desfile, Katherine e Nicolas encerrariam o desfile ao lado da mãe coruja.

                Em um desses dias em que Alice ia atender um de seus fornecedores houve uma grande surpresa inesperada. Katherine sempre que andava ao lado da mãe na empresa por curiosidade de vê-la trabalhar também se viu pega de surpresa ao ver de longe uma ruiva de cabelos cacheados.

                - Tia Vic. – A menina chamou-a com um pouco de receio de não ser mesmo quem pensava que era, mas sua resposta seria um sim quando a mulher virara na direção daquela voz angelical. A menina correu para o colo de Victoria que a recebeu de bom grado, estava com saudades daquele sorriso angelical e daquele ar doce de sua criança.

                - Como você cresceu mocinha, está tão elegante e bonita.

                - Estava com saudades.

                - Eu também sinto sua falta todos os dias de quando dormíamos juntas abraçadinhas. – Ela apertou a menina ao seu encontro e beijou suas bochechas macias e rosadas. – Vejo que está bem, e os pesadelos pararam?

                - Sim, mamãe cuida bem de mim. –A menina olhou para a mãe que sorriu instintivamente para a filha. – Vem aqui mamãe. – A menina ergueu o braço chamando-a com um gesto singelo com a mão.

                Alice aproximou-se e pegando na mão da filha beijou-a em seguida cumprimentando Victoria.

                - Olá.

                - Oi Alice, me desculpe aparecer assim, mas é que meu pai me pediu para vir no seu lugar.

                - Não sabia que era filha de Carlos Stravinsky.

                - Eu mesma, filha única. – Ela sorriu olhando para Kath. – Você tem uma linda menina.

                - Obrigada, afinal tenho que lhe agradecer por cuidar dela, Kath sempre fala bem de você para mim.

                - Oh... – Ela respondeu meio sem jeito, um sorriso meio sem jeito se formou. – Tenho que confessar que nem sempre foi mil maravilhas, me deixava levar muito pelas ameaças de James. – O brilho no olhar de Victoria sumiu apenas por ouvir o simplesmente pronunciar o nome daquele infeliz lhe trazia velhas lembranças que lhe faziam mal.

                Katherine não reagiu diferente, não gostava de James e por instinto infantil, sentindo-se incomodada tapou os ouvidos.

                - O meu bem está tudo bem. – Alice pegou-a no colo, Katherine escondera o rosto na curva do pescoço da mãe, respirando profundamente, tentando esquecer-se das curtas lembranças, porém ruins de quando sofria nas mãos daquele homem. – Tudo bem meu anjo, ele não lhe fará mal mais.

                - Me desculpe, eu não devia...

                - Não é culpa sua Victoria. Normalmente ela não reage assim ao ouvir o nome dele, mas hoje...

                - Mamãe... – A menina levantou o rosto com uma expressão triste. – Ele vai voltar.

                - Não meu amor, ele deve estar longe e além do mais, vou estar com você, eu lhe protejo, está bem? – A menina concordou, confiava na mãe cegamente, dizia sempre que ela era sua heroína.

                - Então, meu pai concordou em patrocinar seu desfile, está confiante que seja um grande sucesso.

                - Ótimo, fico feliz em saber disso. – Dentro de Alice era mil alegrias, estava tudo caminhando de acordo que queria, agora só teria que esperar a semana passar e pronto rezar para que seu sucesso esperado fosse tornado realidade. – Você quer ficar mais um pouco?

                - Ah bem que queria poder conversar, mas os deveres me chamam.

                - Tia Vic me promete que você vai me ver?

                - Claro meu anjo, podemos combinar depois. – Victoria disse abrindo sua bolsa e retirando um cartão de dentro. – Alice este é meu numero, quando Katherine quiser falar comigo e não for muito incomodo me ligue estarei a disposição nos fins de semana.

                - Claro. Victoria... Soube que Maria foi pega?

                - Claro, saiu em todos os jornais, me perdoe, nem ao menos perguntei como você está.

                - Agora muito bem, foram apenas pequenos ferimentos, o que importa é que ainda estou bem.

                - Queria que o encontrassem também, somente assim terei minha paz restaurada por completo, é difícil sair na rua com medo de que alguém lhe ataque.

                - Sei bem o que está sentindo, não é nada fácil.

                - Ei, ei minha afilhada predileta. – Derek abriu os braços e ajoelhou-se esperando Katherine chegar até ele. Quando o abraço forte e carinhoso terminou, ele segurou-a no colo e caminhou até Alice. – Oi Alice, olá... – Ele perdeu completamente a razão ao olhar para Victoria, era como se lhe desse amnésia ou simplesmente esquecesse de tudo que estava em sua volta.

                - Oi Derek, deixe-me apresentar, esta é Victoria, filha de Carlos Stravinsky. Victoria este é meu parceiro de desfiles Derek.

                - Olá. – Ela o cumprimentou com um aperto de mão apenas e ele como todo cavalheiro beijou as costas de sua mão deixando-a envergonhada e Katherine como havia percebido muito bem este acanhamento dela deu uma leve gargalhada.

                - Mamãe me ajuda. – Ela disse esticando os braços para que ela saísse no meio daquele clima. Assim que estava no chão ela pôde dizer descaradamente. – Acho que estão apaixonados. – Alice não pôde deixar de rir do comentário da filha.

                - Que isso pirralha... Eu só estou admirado... Quer dizer impressionado por tanta beleza, quero dizer, não... Eu...

                Katherine soltou uma alta gargalhada e Alice teve que se segurar para não entrar no clima de sua pequena e monstrinha filha.

                - Oras não me leve a mal é que sempre que estou ao lado dessa baixinha aqui eu fico desconcertado.

                - Mentira, você nunca agiu assim perto de mim.

                - Shhh... – Ele virou tentando fazê-la disfarçar pelo menos um pouco, mas ela estava gostando.

                - Mamãe olha o tio Der me chamando a atenção. – A menina cruzou os braços e fez biquinho, estava indignada.

                - Vamos tomar um lanche? – Alice chamou-a na tentativa de deixá-los a sós. Caminharam pelo corredor e foram até o refeitório do prédio, Nicolas já se encontrava por lá com Milena comendo algum tipo de besteira, previa Alice. – O que você irá querer? – Ela disse beijando o topo da cabeça do filho.

                - Suco do laranja e... Ah qualquer coisa.

                - Pode ser um sanduíche esse qualquer coisa?

                - Pode mamãe. – A menina disse enquanto era ajudada pela mãe a se sentar.

***

                - Obrigado, verdadeiramente muito obrigado por me fazerem passar a maior vergonha perto de Victoria. – Derek disse atraindo todas as atenções das pessoas presentes na sala de Alice para ele.

                - Ah vai nos dizer que você não gostou?! – Alice olhava algo no computador e sorria largamente pelo acontecimento.

                - Eu... Está bem, pelo menos tenho que ser educado e agradecer a esta pestinha por ter me arranjado um encontro.

                - Espera um encontro?! – Alice olhou para ele achando aquilo uma maravilha, talvez essa era a deixa para Derek desencalhar de vez. Quem sabe Victoria não seja a mulher da vida do cara de 31 anos?

                - Sim cara Alice um encontro, iremos jantar amanhã em um restaurante chique, serei cavalheiro e buscarei a dama em sua casa as sete.

                - Hum acho que alguém irá desencalhar. – Alice sorriu e Derek mesmo alucinado pela questão de estar inteiramente apaixonado ainda assim fuzilou Alice com os olhos.

                - Cuida bem da tia Vic.

                - Que isso pirralha?! Estou levando bronca até de sua filha Alice e você vai deixar?

                - Óbvio, não xingar minha filha por causa disso, ela está mais do que certa, você terá que cuidar bem de Victoria, apesar de ser uma mulher forte nenhuma merece sofrimento.

                - Eu vou cuidar bem dela sim, disso podem ter a total certeza.

***

                No local onde iria ser o desfile, uma enorme casa de festas estava sendo já tudo muito bem planejado, Alice foi até lá com os filhos e Alexia providenciar e planejar o que ficaria em cada local, o palco de desfile já estava montado e Nicolas subira juntamente com a irmã até lá, prestando atenção na simples fala da mãe, um simples pedido de “cuidado crianças”.

                - É um ótimo lugar este, é sempre alugado para grandes desfiles de sucesso, assim como será o seu Alice.

                - Temos que ser confiantes não é mesmo?!

                - Kath mostre para sua mãe que você sabe desfilar melhor que ela. – Derek disse enquanto entrava atraindo a atenção de todos para si. Kath saiu de trás da cortina com as mãozinhas na cintura e cara de sapeca, era assim mesmo que a menina era. Seus longos fios loiros cacheados na ponta soltos por completo sobre sua blusa cor pérola com desenhos de balões voando formados por paetês rosa bebê, sua linda saia de babados lilás que combinava com a delicada sapatilha do mesmo tom.

                Alice batia palmas orgulhosa da filha, mandou um beijo no ar para ela que fez questão de devolver para a mãe de seu jeito todo infantil e sem vergonha alguma, em seguida entrou Nicolas que ao chegar perto da irmã segurou em sua mão e voltaram os dois juntos.

                - São o orgulho da mamãe. – Alice aproximou-se do fim do palco enquanto as crianças caminhavam a passos apressados até ela. Alice recebeu um abraço duplo beijando as bochechas de cada um. – Semana que vem quero que façam desta maneira aqui em cima, vocês serão os melhores.

                - Desse jeito deixará seus filhos metidos. – Derek reclamou.

                - Se a própria mãe deles não os incentivarem quem é que fará isso por eles?- Alice reprovou Derek, mas sem perder seu bom humor, estava tranqüila e nada estragaria sua alegria daquela semana que antecedia a sua grande estréia como estilista da Diamonds.

                Planejaram enquanto andavam pelo salão, tudo que era dito por Alice e aprovado por Alexia era anotado na agenda por Jessica, o salão de recepção logo na entrada alguns passos mais a diante já se podia avistar a grande passarela para o desfile, o enorme salão preenchido por cadeiras para melhor conforto dos patrocinadores e agentes de moda.

                O salão era tão extenso que a área da festa seria ao redor, nas extremidades do salão estariam os deliciosos comes e bebes do bufê mais renomado de Seattle, teria DJ, jogos de luzes e fumaça, as melhores musicas haviam sido selecionadas por Derek e Alexia, de acordo com a imaginação de Alice para este grande dia não teria como ser melhor, seu desfile iria ser um arraso completo.

***

                Na volta para casa com as crianças foi tranqüila, era quinta feira e por sorte Jasper não trabalharia até tarde e passados somente quarenta e cinco minutos de sua chegada ele logo apareceu, aprontando maior fuzarca para chamar a atenção das crianças que logo correram para o colo do pai. Milena chamou as crianças avisando que já era hora do banho e logo iriam lanchar.

                - Que tal tomarmos um belo banho minha futura maior estilista de todo o mundo?

                - Será apenas um banho ou já está com segundas intenções em mente?

                - Podemos pensar no caso não?!

                - Jasper, Jasper... – Alice disse segurando em seus fortes braços enquanto inclinava-se para beijá-lo.

***

                Logo após o banho o todos desceram com roupas mais confortáveis e completamente cheirosos, foram para a sala do primeiro andar conversarem um pouco sobre o dia que tiveram, as crianças empolgadas comentaram em como seria o desfile que participariam. A conversa foi interrompida somente quando Milena chamou por Jasper para atender ao interfone, dizendo que era importante e que não quisera se identificar.

                Alice ficou com as crianças na sala e Jasper atendeu ao interfone e ouviu o que Elijah tinha a dizer. Saiu pela porta da cozinha para não alarmar Alice, provavelmente sua surpresa seria tanta que nem mesmo ele queria imaginar que sua mãe estava em sua porta.

                - O que você quer aqui?

                - Jasper meu filho. Creio que soube o que aconteceu entre seu pai e eu.

                - Não sei nada sobre sua vida e a dele há seis anos.

                - Seu pai separou-se de mim...

                - Há claro e veio aqui pedir por ajuda sendo que não tem para onde ir.

                - Muito pelo contrário Jasper procurei por Rose e pedi para que ela não lhe dissesse nada, já tem quase dois anos que isso aconteceu, ela me perdoou pelo que fiz a ela e peço que aceite meus pedidos de desculpas.

                - Eu nunca estive magoado ou ressentido com você mãe. Você pode ter feito barbaridades, loucuras para me separar de Alice, mas não posso lhe julgar.

                - Eu fico feliz em saber meu filho, mas queria saber se Alice aceitaria meus pedidos de perdão, não posso conviver com isso pelo restante da minha vida.

                - Isso irá depender dela e não de mim mãe.

                - Tudo bem... – Ela sorriu meio envergonhada. – Sei de tudo que Maria lhes fizeram e sinto-me inteiramente culpada por tudo isso.

                - Isso poderia ter sido evitado mãe se a senhora não tivesse sido inteiramente egoísta. Seus atos precipitados quase custaram à vida de Alice e de minha filha. O que seria de mim e meu sem a mãe e a irmã?- Ele respirou profundamente e passou a mão sobre sua barba que começava a dar os primeiros sinais de aparecimento. – Você sabia o quão inconseqüente Maria poderia ser quando quisesse, Annabelle morreu por obra de Maria e esta história poderia ter se repetido.

                - Na verdade... Eu não a chamei até Forks naquela época meu filho, na verdade ela havia voltado para a cidade e ficou sabendo sobre você e Alice, chamou-me para uma conversa e acabei confirmando sobre tudo, mas confesso que a idéia de chamá-la para seu aniversário aquele dia foi mesmo minha idéia.

                - Jazz? Quem está aí? – Alice chamou delicadamente não muito longe dali, olhava cautelosamente para a pessoa ao lado de Jasper e sentiu um forte aperto quando conseguiu identificar sem aquele luxo todo a mãe de Jasper.

                - Venha aqui pequena precisamos conversar. – Ele estendeu os braços para que ela pudesse criar coragem e se aproximar, sabia como os fantasmas do passado assombravam Alice, somente eles poderiam fazê-la cair da corda bamba. – Minha mãe quer conversar conosco.

                - Alice vim apenas pedir-lhe que me perdoe por todos os erros que cometi contra você e meu filho no passado, sei que demorei muito para tomar vergonha em minha cara quanto a isso e que causei grandes desavenças para sua vida e a de meu filho.

                - Eu não sou de julgar ninguém Alicia, apenas... Bem esquecer o que aconteceu não vou mentir que esqueci, mas não a culpo por nada.

                - Maria lhe perseguiu durante estes anos todos por minha culpa.

                - Realmente perseguiu, mas não culpo por algo que não foi você que fez, foi Maria quem tirou minha filha de mim é somente a ela tem que pagar pelo que fez. Eu lhe desculpo se isso lhe tranqüiliza nunca a culpei.

                - Obrigada Alice. Espero que você e meu filho sejam bastante felizes. Eu tenho que ir...

                - Espere. – Alice disse meio sem pensar direito não sabendo ao certo o que deveria fazer e se sua escolha precipitada era certa, mas ela era avó deles não era? Estava diferente, mudou e se tornou uma pessoa melhor, era o que pelo menos parecia. – Você não quer entrar e... Conhecer seus netos?!

                - Oh eu adoraria.

                Jasper não pôde deixar de sorrir ao ver a felicidade sincera de sua mãe no olhar. Ao entrarem na cozinha Alicia cumprimentou Milena e em seguida partiram para a sala, Katherine estava no piano recordando de certas coisas de sua aula de piano, mais alguns anos de prática e estaria perfeitamente melhor que seu tio Edward.

                Alicia emocionou-se ao ver aquelas crianças que mais pareciam uns anjinhos. Lembrou-se bastante de Rosalie e Jasper, naquela infância que ela fizera questão de perdê-la, a se pudesse voltar atrás e corrigir seus erros.

                - Crianças. – Jasper chamou a atenção de ambos para ele enquanto esperava que lhe olhassem no hall da porta. – Venham cumprimentar a avó de vocês.

                - Avó?! – Nicolas perguntou um pouco confuso, em sua cabeça se passava somente uma questão, sua avó era Esme, somente ela e mais ninguém.

                - Sim, sua avó, minha mãe Nicolas.

                Katherine saiu de perto do piano e aproximou-se um pouco antes que Nicolas que estava estranhando tudo. Ela ultimamente vinha saindo melhor que encomenda, as terapias com Stefan já estavam ficando raras, mas havia melhorado tanto o comportamento de Katherine que às vezes Alice achava estranho ver sua filha completamente extrovertida, trocando idéias com todos ao ser redor independente da idade.

                - Olá. – A garotinha disse estendendo o braço para pegar na mão da avó, Alicia achou aquele ato tão maduro para uma simples menina de seis anos, normalmente meninas de sua idade ficariam acanhadas.

                - Olá Katherine, prazer em lhe conhecer.

                - Prazer. – A menina disse com um largo sorriso. – Você se parece com papai.

                - Kath na verdade é o papai que se parece com ela. – Jasper disse pegando a menina no colo.

                - Pode ser também papai. – Ela disse sorrindo e apertando as bochechas do homem, gostava de ver o pai fazendo boca de peixe. Ela gargalhou um pouco antes dele colocá-la de volta ao chão.

                - E este é Nicolas.

                - Olá Nicolas.

                - Oi, qual seu nome?

                - Alicia.

                - Parece com o da mamãe. – O menino comentou ainda com seu boneco de batalha na mão. – Porque não a conhecemos?

                - Estive longe por um tempo...

                - Mas agora vocês poderão conhecê-la quando quiser. Jasper concluiu.

                - Você gosta de música vovó?

                - Ah... – Um largo sorriso se abriu no rosto de Alicia, um de seus netos já lhe chamava de avó, ou melhor vovó que era um gesto mais carinhoso ainda. – Claro, vejo que você também não é mesmo?

                - Sim, aprendi a gostar com o titio Ed, você quer me ouvir tocar?

                - Claro. – A menina correu até o piano e chamou por sua mãe que se aproximou a passos curtos.

                - Qual eu toco mamãe?

                - Huum, que tal a preferida de seu pai?

                - Esta? – A menina mostrou a tablatura para a mãe que confirmou com a cabeça.

                A menina posicionou e tocou calmamente a curta música predileta de seu pai, Jasper observava orgulhoso a cada toque melodioso de sua filha e Alice não tirava os olhos de sua filha em momento algum observando como ela movimentava os dedos com habilidade, sempre ali ao lado da filha mantinha um orgulho enorme e ficava impressionada em como ela tinha uma força de vontade tão grande em aprender as coisas. E no fim de sua apresentação não lhe faltou aplausos para incentivo, ela sorriu meio envergonhada e ganhou um beijo na bochecha de sua mãe.

                - Ela é um prodígio meu filho.

                - Meus filhos são meus orgulhos.

                - Você gostou vovó?

                - Eu adorei Katherine, você tem um talento e tanto. E você Nicolas? O que gosta de fazer?

                - Jogar Beisebol com o papai.

                - Ele quer ser jogador profissional não é filho? – Alice disse no intuito de incentivar o menino a conversar mais com a avó.

                - Verdade. – O menino concordou sorrindo

                - Bem não quero incomodá-los mais, vou ir para casa.

                - Você não quer ficar para o jantar mãe?

                - Ah não meu filho, não quero incomodar.

                - Não será incomodo algum Alicia. – Desta vez quem se manifestou foi Alice.

                - Tenho que voltar para casa cedo...

                - Eu lhe deixo em casa Dona Alicia, não se preocupe. Fique e jante conosco.

                - Tudo bem, com esta cara convence qualquer um.

                A tarde não poderia ter sido mais que maravilhosa para a família, Alicia sentia-se aliviada por ter sido perdoada pelo filho e nora e por fim ganhado como de brinde conhecer seus netos que eram verdadeiramente um encanto. Ela podia ter errado em seu passado, mas o que importava para todos os pontos de vistas é que ela havia verdadeiramente se arrependido pelo o que fez.

                Aquele mal que havia praticado para outras pessoas havia voltado contra si, mas de forma que a fizera abrir os olhos e ver que aquilo que chamava de vida não era nada que ela pensava em viver. Separou-se do marido e ainda tinha dinheiro em sua conta, ganhou uma casa com a separação, simples, mas o bastante para ela viver. Arrumou um emprego como vendedora e estava seguindo sua vida, humildemente, porém mais feliz que poderia imaginar. Não ter que fingir estar sempre feliz com o marido mesmo sabendo de suas safadezas cometidas no escritório lhe causava alivio.  

                Queria agora era aprender como aprender a viver com tão pouco e poder ser feliz, estava levando a vida bem agora melhor do que muito antes, com aquelas suas infelicidades convertidas em alegrias falsas e sorrisos forçados. Agradecia em poder olhar para o raio de luz solar e poder admirá-lo com prazer todos os dias, coisas tão simples que antes ela nem sabia que existia e que agora faziam grandes diferenças em sua vida, mais do que qualquer pessoa pudesse imaginar.

                A vida poderia deixá-la viver naquele conforto infeliz para o resto de sua vida, mas decidiu aplicar-lhe uma lição e mostrar-lhe que o mundo não era feito de dinheiro, sim precisamos dele para sobreviver, alimentos, saúde, vestimentas, nada aqui é de graça, mas nem tudo ele pode lhe dar. A felicidade que é algo mais cobiçado por todos algo que o dinheiro não pode comprar somente com este tombo que a vida lhe deu Alicia abriu os olhos e finalmente pôde ver o enorme tempo que perdeu esquecendo-se de viver.

OBS: Notas finais


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Notas finais do capítulo

Estou com planos de escrever uma nova fic e gostaria de saber o que vocês mais querem ler em uma fic, um clássico drama adolescente entre nossos cullens, um drama familiar estilo Alisper de sempre... Digam não precisam ser necessariamente isto que eu disse, apenas não me pessam para fazer uma comédia romantica que isso infelizmente eu não consigo... Ainda.
Digam, por favor, será importante, deixem dicas e opiniões, como sempre digo quem faz a história é o leitor, não deixem de participar.
Bjos!



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