Era manhã de domingo e a família Hale se preparava para sair rumo a Forks, finalmente Katherine conheceria seus supostos ‘avós’, era assim que Alice referia-se a Esme e Carlisle, teria menos trabalho para explicar isto depois para as crianças. O preparo do carro já estava sendo terminado, Jasper ajeitava as crianças na cadeirinha no carro de Alice, o carro era grande e quem iria guiando seria Elijah seu motorista e segurança particular, Milena não iria desta vez, visto que Alice lhe dera uma semana de folga também para que ela aproveitasse sua família. Ainda teria o investigador disfarçado, sendo um em seu carro e outro como motorista no carro de Jasper.

Alice havia se vangloriava mentalmente por ter comprado um carro de sete lugares, certamente hoje não precisaria usar os dois últimos assentos, assim caberia mais de suas bagagens. A divisão ali seria Elijah no volante, o investigador Marcus ao seu lado, ela e as crianças no banco de trás. Jasper iria apenas com Aro, outro investigador de Seattle, bem sucedido e com o nome bem conhecido, assim também era seu irmão Marcus, formavam uma dupla inesquecível, apesar da cara estranha que tinham e os cabelos compridos. As crianças mantinham o olhar fixo neles, estranhando aquelas figuras.

Alice ainda não saíra de casa conversava pelo telefone com Derek que se desculpava por não ter ido visitar sua afilhada, havia aparecido um evento no qual ele fora contratado de ultima hora para a divulgação de uma nova loja de moda. No lado de fora Marcus e Aro, trajados como meros motoristas conversavam sobre o serviço e Elijah observava os últimos detalhes a serem testados no carro. Jasper estava perto das crianças que olhavam atentos para os dois homens.

- O que vocês tanto olham para os investigadores? – Jasper tirou a atenção de ambos que voltaram o olhar para ele, mas por pouco tempo antes de darem uma ultima olhada nos irmãos Volturi.

- Eles são estranhos papai. – Disse Nicolas, com os olhos fixos neles com um pequeno ar ameaçador. – Eles têm cabelo de mulherzinha.

Jasper não pode evitar rir e juntamente a ele Elijah fez o mesmo, enquanto ajeitava o banco para a viagem.

- Não fale assim deles filho, papai também já teve cabelos compridos. – Jasper voltou o olhar para eles novamente. – Nem tão grandes... Mas um pouco comprido. – Ele disse fazendo uma leve careta.

Naquele mesmo momento Alice saia de casa indo em direção ao carro, Jasper levantou-se do banco na mesma hora esperando pela chegada dela. Katherine apenas observava toda aquela movimentação, ela mesma concordara em ir visitar o restante de sua família, de acordo com sua mãe, ela conheceria sua prima Reenesme, a qual ela não conseguira pronunciar o nome, que tinha apenas cinco anos e seu primo Elliot de três anos.

Queria conhecer seus avós, ouvia sempre Nicolas lhe dizer sobre a avó Esme e o avô Carlisle, vira uma foto de toda a família, já sabia identificar cada um, mas tinha apenas intimidade com seu tio Emmett, o único que conhecera neste meio tempo.

- Pronta? – Jasper passou a mão por volta da cintura de Alice, ela não pôde evitar sorrir com o ato carinhoso de seu marido.

- Sim, e você?

- Não tão pronto. – Ele disse olhando para o céu.

- O que está faltando?

- Bem a gasolina, confere, motorista, roupas, escovei meus dentes, já cuidei das crianças, o céu está azul, poucas nuvens... – Ele contava tudo nos dedos, como se isso fosse de muita importância mesmo mantendo um tom brincalhão em seu tom de voz. – Não me lembro o que está faltando... – Ele parou e olhou para Alice. – Ah me lembrei, é isto... – Ele a puxou para mais perto virando de costa para as crianças, inclinado-a no ar, como a finalização de um passo de dança, tomando-lhe um longo beijo.

No fundo ouvia-se apenas um coral de “Que nojo” vindo das crianças, mas o casal nem se importara. Quando o beijo foi finalizado Alice escondera seu rosto em meio à roupa de Jasper, com vergonha de todos terem visto aquilo. Sorrira vergonhosamente, evitando olhar para os lados e com o rosto corado.

- Eu te amo. – Ele cochichou em seu ouvido soltando delicadamente suas pequenas mãos voltando na direção de seu carro.

Alice olhou para as crianças, Katherine não a encarava ao contrário de Nicolas, que tinha em seu rosto uma expressão de uma criança meio revoltada e com nojo ao mesmo tempo. Alice apenas envergonhada decidiu ignorar até mesmo a atitude do filho e colocou sua bolsa no chão ao lado dele, fechando a porta em seguida, dando a volta no carro e entrando pelo lado onde Katherine estava sentada, ficou entre seus filhos esperando Aro entrar em seu carro para poderem ir.

Em sua casa ainda ficariam mais dois porteiros. Não tinha mais confiança para ficar sem essas regalias da vida rica que levava, preferia prevenir agora e pensava que era algo que deveria ter feito antes de sua filha desaparecer, mas que seu orgulho não permitia fazer.

Já na estrada, Alice parara de mexer no celular olhando para seus filhos que se encontravam dormindo serenamente. Depois da ida ao shopping no dia anterior, Katherine ganhara um corte de cabelo que valorizara seus cachos na ponta do cabelo, escolhera bastante roupas novas e ficara impressionada com a variedade, os adereços de cabelo, pulseiras e sapatos lhe deixou ainda mais encantada.

Para hoje ela ficara em dúvida com qual roupa iria ver sua família, era inverno, mas estava com um lindo sol no céu. Ela estava com um lindo vestido rosa e uma meia calça branca da mesma cor que o cardigã. Seu sapatinho era de um tom rosa mais claro que o vestido. Seu cabelo fazia cachos nas pontas, estava preso por uma tiara de flores bem delicadas. Ela estava uma verdadeira princesa. Alice olhava para a menina admirada, vendo cada traço de sua pequena criança, feliz e aliviada por tê-la por perto, acariciou suas bochechas macias, notando o quanto ela se parecia consigo, assim como Nicolas, o nariz e o sorriso e até mesmo o formato do rosto, os olhos e o cabelo já eram de Jasper.

A estrada estava pouco movimentada, o que condizia que o caminho seria tranqüilo até lá.

Algum tempo depois já se encontravam na entrada de Forks, percebeu uma movimentação ao seu lado direito, mesmo com a atenção voltada completamente para o livro que lia. Nicolas acordou, levantou a cabeça olhando ao redor, Alice parou de ler colocando o marcador de livros na pagina e olhando para o garotinho de cabelos bagunçados, ajeitou um pouco seu cabelo e em seguida sorriu para ele.

- Bom dia de novo dorminhoco. – Ela disse serenamente somente para ele.

- Onde estamos mamãe?

- Já chegamos a Forks meu amor.

- Daqui a pouco vou ver o avô Carl. – Ele disse alegre, ao lembrar-se das várias vezes que Carlisle lhe contava histórias e brincava com ele.

- Prometa que irá se comportar.

- Ta bom. – O menino revirou os olhos, um pouco cansado de ouvir aquilo sair novamente da boca de sua mãe.

Pelo trajeto Alice não pode deixar de olhar a casa na qual trabalhara durante algum tempo. A casa dos pais de Jasper, ainda se encontrava ali, não na mesma forma, era visível a reforma feita por eles. Nunca conseguiriam viver uma vida comum, sem desapego das coisas materiais, para eles somente aquilo lhe faziam bem.

O trajeto agora não demoraria muito, logo estaria perto da casa dos Cullen, a última casa no fim da rua, perto da reserva.

Quando ambos os carros pararam na porta Esme já ouvira e foi a pressas abrir a porta. Alice recebeu a ajuda de Elijah para tirar as crianças da cadeira. Katherine ainda dormia quietamente e Nicolas queria ir logo para o colo do avô. Assim que Elijah o colocou no chão, ele correu para os braços de Esme que o abraçou fortemente, dando um beijo em cada lado de sua bochecha. Em seguida seguiu para os braços do avô que o pegou no colo.

Jasper os cumprimentou de longe indo ajudar Alice com Katherine, ela segurava a menina no colo ainda sentada no banco do carro, Jasper pegou a menina no colo segurando-a somente com um braço e o outro estendeu para ajudar Alice a sair.

As malas seriam retiradas depois, Jasper ficaria ali até o fim da tarde de segunda. Assim que Alice saiu, ela pegou somente sua bolsa e foram para perto de Esme e Carlisle.

- Ela não agüentou a viagem. – Alice se manifestou. – Como vão?

- Bem querida, e seu coração de mãe? – Esme perguntou abraçando-a.

- Ótima, sinto um alívio dentro de mim. – As duas se abraçaram como mãe e filha, não podia se dizer como se fossem, porque para Esme, Alice era sua pequena garotinha e para Alice, Esme era sua mãe. Em seguida ela foi cumprimentar Carlisle que lhe dera um beijo no topo de sua cabeça.

- Coloque-a no seu antigo quarto, ele esta arrumado para vocês. – Carlisle voltou à atenção para Jasper que segurava Katherine de um modo cuidadoso. – Vamos entrar, estão todos esperando por vocês.

Assim que passaram pelo hall de entrada e seguiram pela escada, chegaram na sala de TV onde estavam todos presentes, Bella, Edward, Renesmee, Emmett, Rosalie e Elliott, até mesmo um amiguinho de Renesmee, que vivia em Forks, o tão conhecido Jacob, o qual Renesmee o chamava de namorado somente perto da mãe.

- Até que enfim vocês chegaram, pensei que não viriam mais. – Emmett levantou indo em direção á irmã abraçando-a de um modo que tirou Alice do chão. – Já estava com saudades.

- Eu também Emm. – Os dois sorriram ao olharem um para o outro, dava para perceber que eles eram grandes irmãos, até pareciam que se conheciam desde pequenos, poderia se jurar que sim.

- Como assim? Minha sobrinha está dormindo, justo hoje que eu iria apresentá-la pra todo mundo?

- Ela está cansada, Alice fez a menina andar o shopping inteiro ontem. – Alice o fuzilou com o olhar, sabia que Jasper estava exagerando e passando uma imagem de mãe ruim para os presentes na sala.

- Você sabe que isso é mentira. – Ela disse fazendo com que ele desmentisse o que disse.

- É... – Ele sorriu meio sem jeito.

- Conheço bem a irmã que tenho. – Emmett fez uma pausa, enquanto Elliott chegava perto do pai. O menino puxou a barra da calça do pai para que ele o pegasse. – O que houve garotão? – Ele olhou do pai para os tios. Alice se aproximou do garotinho e lhe beijou as bochechas, brincando um pouco com ele.

Notara Katherine revirar os olhos ainda com eles fechados, chegou perto de Jasper tirando algumas mechas de cabelo da frente do rosto da menina. Logo após cumprimentar todos ali, ela mesma levou Katherine para o quarto.

Colocou-a na cama, acomodada, tirou seu sapatinho e a blusa de frio, cobrindo-a em seguida. Passou a mão delicadamente pelo rosto da menina, que se mexeu um pouco, mas não acordou.

De volta para a sala, Alice foi pega de surpresa por Renesmee, ela abraçou a menina pegando-a no colo.

- Como você cresceu.

- Eu estou virando uma mocinha tia Lice. Você precisa conhecer Jake... – A menina fez uma pequena pausa olhando para os lados, vendo se alguém ali prestava atenção em sua conversa. – Ele é meu namorado, mas não conte para o papai, ele fica uma fera.

Alice concordara e ainda sorrindo para a afilhada em imaginar que gênio forte ela teria quando grande.

- Jake não acredita que a modelo Alice Brandon seja minha tia. – Ela disse desta vez alto, chamando a atenção de todos até mesmo de Jacob, que estava quieto no sofá. – Venha Jake, agora vou lhe provar que o que eu disse era verdade. – A menina foi para perto do amigo, puxando-o pela mão, Edward sempre de olho em cada movimento brusco de Jacob, apesar de que o menino não fazia nada que Renesmee não mandasse. Como dizia Emmett, ele seria um belo cachorrinho bem mandado.

- Esta é minha tia Alice. A mesma modelo da revista que te mostrei semana passada. – Ela disse fazendo com que o menino se lembrasse. – Vamos, ela não morde.

Alice ajoelhou-se em frente o menino de pele morena ao contrário de qualquer um presente dentro daquela sala.

- Tudo bem Jacob? – Alice o perguntara tirando o menino do transe.

- Tudo sim. – Ele disse em seu tom de voz infantil.

- Você é um menino muito lindo sabia? – Jacob sorrira vergonhosamente.

- Obrigado. – Agradeceu meio acanhado após o elogio.

- Você e Nessie se conhecem muito tempo?

- Não muito. – Ele disse pensativo, na verdade ele nunca parou para pensar em quanto tempo conhecia sua melhor amiga, mas para ele o que importava é que ele a conhecia apenas isso era o bastante.

- Vem Jake, vamos brincar lá fora com Nic e o Elliot. – Nessie em seu desespero de criança puxou Jacob pela mão, dando tempo dele apenas acenar um tchau para Alice.

Depois que as crianças saíram Alice sentou-se ao lado de Jasper, encostando um pouco a mais nele do que no sofá.

- Como está sendo os dias com minha sobrinha? – Rosalie se manifestara. – Queria tanto vê-la, Emmett vem me fazendo birra feito criança, se vangloriando porque a viu antes que todos nós.

- Eu sou o vitorioso. – Ele fez um gesto de campeão com um largo sorriso no rosto. – Tenho que destacar também que eu sou demais e... Irmão da mãe de minha sobrinha. Apenas isso já faz qualquer um de vocês ficarem quietinhos sem reclamar.

- Isso não quer dizer na...

- Shhiu... Não lhe dei a palavra Ed...

- Você não pode...

- Shii... – Emmett colou o dedo indicador nos lábios em sinal de silêncio e Edward desistiu de se pronunciar, vencido pela infantilidade de seu irmão. – Como eu ia dizendo... EU não tenho mais nada para dizer eu apenas não queria que Ed falasse algo.

Edward bufou no fundo incrédulo de como aquele ser poderia ser advogado, ou até não, caso ele agisse assim todos os tribunais ele venceria todos os casos pelo cansaço.

- Fico feliz por você ter conseguido encontrá-la Alice. – Edward disse rápida para que Emmett não o interrompesse.

- Obrigada Edward. – Alice estava se sentindo a pessoa mais feliz do mundo, era somente isso que faltava para que sua vida fosse perfeita.

                - Ela agora será a mulher mais feliz da face da terra. – Jasper disse atraindo a atenção dela para si.

                A conversa durara longos minutos até ser interrompida por passos vindos do corredor, Katherine estava meio perdida dentro daquela casa, sem saber para onde ir seguia o tumulto de vozes vindos da sala.

                - Mamãe?! – Ela chamou Alice encostando-se na parede enquanto arrumava a tiara em sua cabeça. Alice prontamente levantou-se do sofá indo até Katherine.

                - Já de pé?! Está com frio?

                - Não. – A menina disse olhando para todos ali e quando viu o rosto conhecido de seu tio Emmett sorriu.

                - Vai lá cumprimentar seu tio. – Ela disse incentivando a menina, que foi andando cuidadosamente em direção ao tio.

                - Oi minha pequena menininha. – Emmett a puxou para seu colo. – Como foi seu soninho? Sonhou muito com o tio? – A menina gargalhou docilmente ainda meio envergonhada. – Diga para o topetudo do Edward que eu sou seu tio predileto. – Emmett apontou para Edward para que a menina soubesse quem era este dito cujo topetudo.

                A menina olhou atenta para Edward, ela desviou o olhar várias vezes voltando para Emmett no final sem saber o que fazer.

                - Não faça isso meu anjo, Edward também é muito legal.

                - Aaah Lice não tire minha autoridade.

                - Que autoridade Emmett? – Rosalie interveio o marido que ficou quieto no mesmo instante com medo de levar uma bronca da esposa.

                - Eu vou apresentar minha sobrinha para vocês. Vamos lá, esta é minha esposa Rosalie, ela é irmã gêmea de seu pai.

                - Oi Kath. – Rose estendeu a mão para a menina sorridente, ela gostara de Rose era visível em seu rosto.

                - Oi. – Ela disse pegando na mão de sua tia. – Tio Emm o que é gêmea?

                - Bem, eles vieram juntos, nasceram no mesmo dia, você é irmã gêmea de Nicolas.

                - Aaah.

                - Vamos continuar, este topetudo é seu tio Edward, meu irmão, Bella sua esposa e amiga antiga de sua mãe, aquele velhote ali com aquela mulher linda é Carlisle e Esme meus pais. Aquele é o cabelo de miojo, também conhecido como seu pai e aquela lindinha ali que puxou a beleza do irmão é sua mamãe. Agora se você falar o nome certo de cada um eu lhe dou um doce. – A menina olhou assustada e impressionada com o tanto que seu tio falava.

                - Ahn...

                - Vamos só o nome loirinha... – Emmett sacudira um pouco a menina. – Esta loira no sofá é quem?

                - Rosalie.

                - O topete bronzeado é o...

                - Edward.

                - E aquela no seu lado é a...

                - Bella.

                - O velhote do meu pai...

                - Carli... Carlis...

                - Carlisle princesa. – Jasper a ajudou em meio a gargalhada.

                - Tá valeu, mas não vale mais ajuda.

                - Aquela morena bonita ali é a...

                - Esme.

                - Agora a pergunta mais difícil de todas valendo um doce... Qual é o nome do seu tio favorito e irresistível? – Ele pegou a menina no colo a sacudindo levemente com um largo sorriso no rosto.

                - Tio Emm. – Ela gargalhou.

                - Isto... Você é demais minha sobrinha. Estão vendo até ela me acha irresistível.

                - Agora dê um pouco de sossego para ela Emmett, ela deve estar assustada com você.

                - Nada mãe ela já se acostumou comigo, foi paixão a primeira vista. – Ele olhou para a menina que mexia no detalhe de seu vestido. – Você quer ir um pouco na sua avó?

                 Katherine olhou um pouco para Esme sem saber se devia ou não ir, não conhecia ninguém direito a não ser pelo nome. Mas concordou depois de pensar um pouco. Emmett a colocou no chão e caminhou junto a ela até Esme. Esme por sua vez com um sorriso maternal no rosto e com seu jeito carinhoso explícito em seu olhar pegou a menina sentando-a em seu colo. Katherine a olhou sem falar nada, apenas sorriu singelamente para ela e depois voltou o olhar para Carlisle.

                - O seu nome é diferente. – Carlisle sorriu com o comentário, gostava de crianças por serem sinceras.

                - É difícil de pronunciar, mas pode me chamar de Carl ou apenas avô.

                - Ta bom. – Ela sorriu.

                - O que você achou de sua família? – Carlisle perguntou querendo saber sua opinião.

                - Legal. - A menina disse entusiasmada, com um largo sorriso no rosto.

                ***

                Neste mesmo momento alguém estava passando seus últimos dias internada no hospital, sua recuperação estava sendo ótima, uma visita inesperada estava se preparando para entrar ali e fazer a vida de Victoria mudar por completa.

                - Trouxe uma surpresa para você. – Suzana disse finalizando o silêncio que permanecera logo após a troca de cumprimentos. – Podem entrar. – Suzana disse abrindo a porta e dando espaço para um senhor e uma senhora entrarem.

                Com os olhos cheios de lágrimas senhor e senhora Stravinsky estavam emocionados em rever a filha que há tantos anos sumira neste mundo com um homem que achavam que conheciam. Quem mais se lamentava todos os dias pela falta da filha era Carlos, por ter entregado a mão de sua filha a casamento com um homem tão inescrupuloso deste jeito.

                Victoria não se continha de emoção, com a mão em frente à boca para evitar um choro alto deixava a mostra somente às lágrimas que insistiam em cair, soluçou uma, duas, três vezes, antes de esticar os braços em direção a mãe para que ela se aproximasse.

                O abraço entre mãe e filha foi tão emocionante que nem Suzana conseguiu se agüentar deixou algumas lágrimas escaparem, algo que nunca acontecera durante estes anos de seu trabalho.

                Em seguida foi à vez de Carlos juntar-se a sua família, abraçou fortemente a filha, matando a enorme saudade que sentia que não teria nem tempo para descrever de tão grande que era.

                - Vocês não sabem a falta que senti de vocês.

                - Me desculpe filha, desculpe o seu velho pai.

                - Pelo o que pai? O senhor não tem culpa de nada que me aconteceu, eu que fui uma ingênua adolescente, acreditei que ele seria meu amor de verdade. O senhor não tem culpa nenhuma do que me aconteceu.

                - Eu não deveria ter concordado com seu casamento com ele, como não concordei com seu namoro. Se tivesse mantido minha palavra hoje você estaria feliz.

                - Mas hoje eu estou feliz, não tinha como estar melhor, estou aqui com vocês, era tudo que eu queria.

                Eles sorriram um para o outro e voltaram se abraçar, Suzana como não queria interromper o belo momento da família saiu de fininho, abrindo vagarosamente a porta e caminhando pelo o longo corredor com um largo sorriso no rosto de trabalho bem feito.

***

                A felicidade estava reinando naquele dia em ambas as famílias a tarde estava sendo agradável como nunca havia sido ao longo destes três anos, nada ali estava atrapalhando o que a alegria verdadeira poderia lhe proporcionar.

                 Alice e Jasper viam felizes os filhos se interagirem, perceberam que teriam um futuro longo ao lado de seus filhos, estavam felizes por verem a filha que a tanto pensavam terem perdido feliz, interagindo bem com o restante da família, perceberam em Katherine suas características mais marcantes, além de ser uma menina completamente amorosa e prestativa, se apegava rapidamente nas pessoas, via-se de princípio pelo seu carinho com Emmett e agora se apegando em Esme, a quem ela mais se sentia tranqüila por perto.

                Alice via que sua filha era uma menina encantadora, do jeito que ela sempre quis que fora, mesmo depois deste trauma, mesmo com as conturbações ela nunca deixaria de ser uma menina tranqüila. A verdadeira imagem de sua mãe quando criança, Alice se via nela.

                Apenas pensava agora em viver o presente, nunca saberia o que poderia acontecer amanhã, queria estar ao lado de seus filhos e curtir o marido, amar e ser amada, saber que além deles teria seu irmão e sua família. Que nunca mais lhe faltaria nada nesta vida para sua felicidade, para sua vida ter mais sentido e para que tudo tivesse mais cores.

                Este sentimento de libertação era como se ela estivesse flutuando no paraíso, pelo canto dos teus sonhos, provando a vida entorpecida, novamente fechando os olhos para então começar seu sonho novamente... Ela não podia tropeçar ali, estava segura dentro de si, era como um sonho que quando acordasse voltaria para sua bagunça. Ela não podia deixar, queria continuar dormindo, escorregar mais em seu êxtase, segura dentro de sua mente se escondendo, mas por certo momento pedia para que a beliscassem para poder ver que aquilo não se passava de um sonho, mas, sim de sua realidade.