Dia De Empreguete, Véspera De Madame! escrita por Fernanda Melo


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela pequena demora, fiquei um pouco enrolada esta semana com a prova de biologia... Então como este feriado está mais parado do que nunca andei escrevendo um capítulo que nem vi que tinha ficado um pouco grandinho...
Aaah não posso esquecer, pensei bem e achei que deveria começar a postar os meus poemas que escrevia para trabalhos de escola não deixem de passar lá No Sussurro dos Ventos...



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- Cabelos loiros, olhos verdes, mesma estatura e mesma pose de vitoriosa em todas as fotos capturadas na loja de conveniência. – Delegada Suzana chegou na sala de reuniões jogando as copias das fotos sobre a mesa, todas espalhando-se cada uma em uma distância, todos ali presentes olhavam atentos, não restava nem um pouco de dúvida na mente de ninguém de quem Suzana se referia, sim só poderia ser da tão procurada Maria.

                Pela primeira vez ela havia deixado provas e pelas poses de suas fotos ela havia feito aquilo de propósito, estava com alguma idéia ou plano já em sua mente? O que ela poderia estar tramando desta vez que tão pouco ninguém saberia dizer o que se passava ali.

                - O que ela quis dizer com estas fotos? – John voltou com olhos bem atentos, olhando cada detalhe daquelas fotos impressas com boas qualidades, mas mesmo assim preferia ver as provas em seu mundo virtual, afinal aquela era sua especialidade.

                - Que está por perto?! – O tom de voz de Suzana já mudara de nervoso para um ar irônico em menos de um minuto, ela deixava bem claro que não gostava de bandidos e muito menos daqueles que gostavam de fazer hora com sua cara. – Esta foto é um dos postos para o lado sul de Seattle, ela está aqui, tão perto que estamos incapazes de enxergá-la.

                - Em todas ambas as fotos ela encara a câmera como se quisesse nos dizer que ela está cada vez mais perto. – John observava cada vez mais atento, passando as fotos impressas já comparadas com as do seu Tablet. John gostava sempre de fazer comparações com as coisas digitais, principalmente com as fotos, algo que era fácil de modificar e enganar os olhos até mesmo dos melhores investigadores.

                - O que ela quer desta vez?

                - Com a total sinceridade Ângela, ou ela quer nos mostrar seu próximo plano, ou ela simplesmente quer nos irritar. – Garrett disse diretamente a ultima parte para Suzana que já poderia estar à beira de uma loucura. Ela havia entendido o recado lançando um olhar fulminante para Garrett que ria por dentro por conseguir irritar sua subordinada predileta.

                Todos com quem ele trabalha é um membro de sua família em especial e ele via em Suzana a filha adolescente que sempre imaginou ter, apesar da diferença de idade ser curta entre ambos.

                - Continuem com o trabalho estaremos aqui no corredor caso precisem de nós. – Garrett levantou-se da cadeira confortável e pegando o braço de Suzana conduziu-a para o corredor alguns passos distantes da sala para evitar que ouvissem a conversa. – Você está esquentando rápido demais, tenha calma e paciência, são as duas chaves que você precisa para abrir o baú de tesouros.

                - Não estamos tecnicamente procurando um baú de tesouros aqui.

                - Sim, estamos, se você parar para ver, você está com o nível de stress tão elevado que não consegue nem deduzir mais minha filosofia.

                - Não estou com tempo para charadas, você mesmo viu com seus próprios olhos tem o mesmo pensamento que o meu sobre o que Maria está fazendo.

                - Mas eu ainda me mantenho calmo e seguro de que conseguirei fazer tudo como, a maioria das vezes, eu consegui.

                - Não vou agüentar ficar ali sentada naquela confortável cadeira enquanto uma mãe dorme com medo do que pode acontecer com sua família amanhã.

                - O baú odeia a paciência tudo isso porque a paciência pegou a calma que o baú deixou escapar, mas depois de tantas encrencas o tesouro, o baú, encontrará.

- O que? – Suzana olhou-o incrédula com a enorme capacidade de alguém conseguir ignorá-la, seria isso mesmo capaz? – Você ouviu o que eu disse?

- O baú é Maria. – Ele disse sem ignorar sua subordinada escutara o que ela dissera, mas a estava provocando de propósito, talvez com seu sistema nervoso trabalhando em níveis acelerados ela consiga resolver o caso de vez, às vezes um choque faça bem para os ânimos de todos aqui.

                - Você é louco.

                - O baú é Maria, tesouro seria prendê-la. – Continuou ignorando-a e a cada palavra solta de sua boca atingia Suzana como tapas de luva ficando cada vez mais irritada.

                - Você precisa se aposentar.

                - Se precisamos da calma que é Jasper, que sempre se manteve firme e também da paciência que no caso seja Alice, talvez com ambos possamos finalmente ter o tesouro.

                - Você prestou atenção no que disse? – Ela perguntou com o tom de voz um pouco mais alto, fazendo com que várias das pessoas daquele departamento olhassem para eles, Garrett não se importava, mas Suzana se lamentava por perder o controle. – Você quer usar Jasper e Alice como iscas?!

                - Entre nós eles já estão neste lugar muito antes disso tudo começar.

                - Você fica pior a cada dia.

                - Vamos pense um pouco mais, sei que você é mais inteligente que isso, você está se limitando apenas.

                - Está certo a única coisa coerente que você disse foi o óbvio que Maria quer vingança contra Alice e Jasper.

                - Não, você está errada.

                - Como assim?

                - Ela quer vingança somente com Alice e quer Jasper de volta para si. Os filhos do casal são apenas dois pequenos grãos de areia para o salto agulha numero quinze dela. Ela atacou Katherine porque Alice é muito apegada aos filhos e sabia que talvez com isso afetasse a vida do casal visto que isso não deu muito certo e que seu plano foi por água abaixo graças a Victoria, ela tentará fazer o que desta vez? – E então ele jogou mais um desafio para Suzana que pensou um pouco antes de falar, mas talvez por a resposta parecer tão obvia ela não estudara os fatos conforme seu trabalho exigira.

                - Atacar Alice.

                - Não. –Ele passou ambas as mãos em volta do cabelo tirando algumas mechas que soltaram de seu fiel penteado. – Ela ainda tem ao Nicolas, sua segunda tacada de mestre se caso este não dê certo aí sim ela partirá para alguém do tamanho dela.

                - E como ela não tem potencial para fazer o trabalho sujo, alguém a ajudará. No caso pode ser a Lucy, que já sabemos que está com Maria nesse joguinho.

                - Sabia que você é esperta, você apenas precisa de uma pequena motivação nestes seus nervos.

                - Está me chamando de nervosa?

                - Não... Eu apenas...

                - Hei, acho melhor vocês verem isto. – John interrompeu a conversa abrindo a porta da sala rapidamente, balançando seu tablet, chamando à atenção de ambas as partes. – Quem imprimiu estas fotos?

                - Uma das novas contratadas Sara. – Respondeu Ângela.

                - Então é melhor pegarem esta mulher logo. – John manteve com a voz firme ainda verificando milimetricamente cada pedaço da foto. - Esta foto impressa esta modificada, vejam, as originais mandadas pela loja há um carro logo atrás dela, nesta foto não aparecem estas duas garotas logo mais distante aqui. – Ele apontou para o aparelho onde duas garotas se encontravam, um pouco mais distante, quase fora do alcance da câmera.

                - Alguém alterou esta imagem, não havíamos olhado elas antes.

                - Havia suspeitado, a pessoa que fez isto fez muito bem, mas não imaginou que haveria um especialista atento em cada erro dele ou dela. Estão vendo este pequeno risco? Foi o pequeno erro de nosso aprendiz de criminoso, se ele queria uma foto real fingindo ser de noite também deveria ter tomado um pouco mais de cuidado.

                - Como assim? As fotos não foram de noite?

                - Não, fiquei um pouco intricado com este pequeno defeito, verifiquei aos arquivos as fotos também estavam assim, mas a pouco liguei para a loja de conveniência e eles me disseram que não enviaram estas fotos e complementando tudo isso, eles foram vítimas de um estranho assalto ontem de manhã, por volta das sete da manhã.

                - Mas se foi Maria que enviou as fotos diretamente do e-mail da loja de conveniência quando ela teve tempo para modificá-lo?

                - Simples, ela não teve, ela já tinha estas fotos, o posto olhou todas as filmagens de segurança, em nenhuma delas apareceu alguém com esta descrição, os ladrões estavam vestidos dos pés a cabeça, mas disseram que tinham a estatura de uma mulher.

                - John não tem como sabermos onde elas estão?!

                - Nem temos chances, como disse a montagem foi quase perfeita, se não fosse por este deslize...

                - Mas isto quer dizer que ela esteve por lá às sete da manhã de ontem. – Suzana já estava nervosa novamente, a falta de alimentação correta e falta de sono afetavam em seu humor completamente deixando-a cada vez mais irritada. Maria estava abusando de todas as regras, mas no final quem finalizaria o jogo com um belo cheque-mate seria ela. – São apenas quatro e meia temos que avisar Alice assim que amanhecer.

                - Suzana me faça um favor?!

                - Diga Garrett.

                - Estão todos hoje dispensados, vão para casa e voltem somente daqui a três horas no mínimo, trabalhamos demais e estamos todos cansados.

                - Não vou para casa.

                - Você não tem como discutir comigo Suzana.

                - E você irá fazer o que se eu não for descansar?

                - Te retiro do caso. – Garrett pela primeira vez disse seriamente, aturava tudo o que Suzana fazia, mas ela estava se acabando por este caso, não via a hora que a delegada ainda tão nova teria um infarto por causa do stress. – Você me volte aqui somente depois das oito.

                - Mas...

                - Mas nada, vá para casa, descanse e se você quer fechar este caso não me desobedeça.

                Suzana relativamente depois dessa não teve mais escolhas, com uma cara não muito boa ela saiu porta a fora em direção a sua sala, pegando sua bolsa e saindo em seguida rumo a sua casa, mas pelo o que sabemos de Suzana isto não ficaria assim.

***

                O dia havia amanhecido a claridade já ameaçava penetrar através das cortinas em todos os locais da casa. A primeira pessoa que acordara juntamente com o primeiro feixe de luz do sol foi Katherine acostumada a acordar cedo por causa de James e suas exuberantes chegadas de manhã.

                Assim que acordou esfregou ambos os olhos, desligando o abajur ao seu lado, tinha tanto medo de dormir no escuro que chegava até mesmo a choramingar para que deixassem uma luz acesa em seu quarto. Jogou o cobertor de lado e olhou em direção a janela, que com a ajuda da cortina impedia a total luminosidade do quarto. Levantou-se calçando o par de pantufas, era sábado e sua mãe havia lhe prometido fazer um dia de compras com ela, tanto para seu novo quarto quanto para encher seu novo guarda roupas.

                Pensava que aquele enorme quarto já era um imenso exagero para quê mudá-lo se já estava bom assim? Mas não discutiria com sua mãe, para ela seus pais sempre saberiam o que seria melhor, afinal ela tem apenas seis anos e não sabe nem metade sobre o que é viver de verdade.

                Girando a maçaneta devagar para não fazer barulho imaginando que obviamente haveria pessoas dormindo naqueles quartos, abriu a porta e em seguida passou pelo o enorme corredor, desceu a escada bem devagar encontrando ali na sala Milena que sempre já estava de pé muito antes que qualquer um daquela casa, conversava com Elijah, o motorista e segurança da família, um rapaz de vinte seis anos grande feito Emmett, educado e bem compromissado com seu trabalho.

                Ao perceber que a criança descia as escadas Elijah apontou para que Milena a visse.

                - Oi Kath, já de pé?

                - Eu acordo bem cedinho.

                - Então já pensou no que quer para o café da manhã?

                - Qualquer coisa. – A menina respondeu sem saber se seria muito constrangedor se ela pedisse um simples pão com manteiga, isso para ela já estaria de bom grado. Mas parou de pensar nisto ao olhar para Elijah que tanto lhe lembrava alguém. – Você parece com o titio Em. – A menina disse em direção a Elijah fazendo com que o rapaz assustasse um pouco.

                - Tirando a cor dos olhos e cabelos. – Ele brincou com a menina.

                - É como você chama? – Ela perguntou delicadamente, sabia até mesmo pronunca muito bem as palavras, Victoria havia não só protegido a menina bem, mas também havia lhe ensinado muitas coisas essenciais em sua vida.

                - Eu me chamo Elijah, prazer. – Ele agachou um pouco estendendo a mão para Katherine que apertou a mão do rapaz com bom grado. Ela sorriu dando uma singela gargalhada ao vê-lo sorrir para si.

                - Vamos tomar seu café então?

                - Tem pão com manteiga? – Ela perguntou de uma vez perdendo instantaneamente a vergonha de perguntar. Milena sentiu que Elijah lhe encarava espantado, nunca imaginariam que no caso ela pediria algo tão simples para comer e neste momento em que ambos se encaravam foi que Katherine ficou constrangida, suas bochechas ficaram vermelhas, pensou até que teria dito bobagem.

                - Claro que tem, vem vou preparar para você. – Milena esticou os braços fazendo com que Katherine pegasse sua mão guiando-a até a cozinha, ajudou a pequena menina a sentar em uma das cadeiras e foi logo arrumar o que a menina havia lhe pedido. Mas antes de terminar alguém chegou à cozinha tirando a concentração de Katherine em Milena.

                Alice já estava toda arrumada, com uma calça jeans bem ajustada ao seu corpo, uma blusa simples de manga, por cima uma blusa simples de frio, com um sorriso estampado no rosto e o cabelo preso em um coque. Alice parecia até mesmo uma bela bailarina para os olhos de Katherine.

                - Bom dia Milena. – Ela disse de bom grado ao contrário de várias madames por aí, ela tratava seus empregados bem, principalmente Milena que tratava de seus filhos como se fosse dela.

                - Bom dia Alice. – Na casa dos Hale não tinha questão de formalidade, Alice odiava ser chamada de Senhora, sim estava casada no cartório de papeis passados, já era mãe, mas não velha para ser chamada de senhora e pouco lhe interessava a formalidade.

                - E esta menina linda ainda de pijamas?! Ela está lhe dando trabalho?

                - Nem um pouco é um doce de menina.

                - Eu sou educada mamãe. – A menina disse olhando para a mãe, um pouco meio indignada com aquilo, mesmo sem saber o que era isso.

                - Eu sei meu anjo, até mais do que sua mãe. – Alice sorriu, beijando as bochechas rosadas de Kath em seguida desejando-lhe um bom dia. – O que você vai tomar de café?

                - Pão com manteiga. – A menina disse um pouco baixo e meio envergonhada, com medo da mãe ter a mesma reação que Milena e Elijah.

                - Hum, há quanto tempo eu não como um assim. Você pode arrumar um para mim Milena enquanto eu arrumo um suco?

                - Claro.

                Katherine sorriu, ao ver que a mãe não reagira como os dois, apesar deles não ter feito por mal, eles a constrangeram. Katherine ficou observando Alice andar de um lado para o outro da cozinha pegando tudo o que precisava para fazer o seu suco de laranja.

                Alice nunca imaginara que um dia teria uma casa assim, tão grande ou talvez até um pouco maior que a da mãe de Jasper, afinal ela não passava de uma empregadazinha que não sabia o seu lugar. Alice sabia desde o princípio que ela não nascera para ter aquela vida, o futuro lhe reservava coisas boas e agora tem certeza disso, às vezes pensava que tudo isso era um sonho que ela logo acordaria e voltaria para seu verdadeiro pesadelo.

                - Mamãe porque você é modelo?

                - Por quê?! – Alice parou de cortar as laranjas e olhou para a filha. – A mamãe gostava de moda desde pequenininha, mas antes eu não tive uma oportunidade.

                - Aaah... – A menina ainda mantinha seus olhos fixos na mãe que lhe lançou um sorriso cheio de carinho e voltou a fazer o que tinha parado.

                - Você já sabe o que vai querer ser quando crescer?

                Alice perguntou, queria saber o que se passava na cabeça de sua filha, seus planos e planejamentos, com a mesma idade já sonhava com tudo, mas a sua idéia de modelo nunca fugira de sua mente.

                Katherine que por sua vez nunca teve oportunidade de pensar como uma criança antes pensou muito antes de responder, não sabia o que queria ser, seus tempos de brincadeiras e de descobertas foram interrompidos por sentimentos de medo e angustia.

                - Eu não sei. – A menina abaixou a cabeça, lembrando que a única coisa que Victoria podia lhe ajudar era em ensiná-la a ler e escrever, folhetos de propaganda de lojas e restos dos jornais encontrados na rua, eram seus livros didáticos e a menina levava isso muito a sério, até mais que seu irmão que estudava em escolas particular há muito mais tempo, mas que às vezes insistia em ler ou pronunciar palavras erradas apenas por pura birra.

                Ao lembrar-se de Victoria e todos aqueles dias que sua memória ainda tinha guardado uma vontade de chorar lhe veio, como criança ela não conseguira segurar aquilo, deixou uma lágrima escapar e em seguida após um soluço que chamou a atenção de sua mãe, Alice foi correndo para perto da filha deixando tudo para trás pegando apenas o pano para limpar suas mãos.

                - O que aconteceu meu amor? Está sentindo alguma coisa? – Ela estava agoniada por não saber o que se passava com a filha, olhava para a menina que ainda mantinha sua cabeça baixa, tirou as mechas de seu cabelo da frente e em seguida fez com que a menina olhasse para si. – Fala para a mamãe o que aconteceu filha.

                - To com medo. – Alice sentiu um aperto em seu coração, via sua filha sofrer tanto por causa disso que lhe aconteceu, mas ela quase nunca se abria para ela dizendo o que lhe aconteceu, até mesmo fazia lembrar-se de si.

                Alice abraçou a menina pegando-a no colo, Milena olhava esperando respostas, mas nem Alice sabia o que lhe dizer.

                - Termine tudo para mim Milena, por favor. – Alice disse retirando-se da cozinha e levando a menina para a sala, poderiam até ter tido uma conversa ali se não fosse pela chegada de Jasper na sala.

                - Bom dia... – Ele já dizia alegremente, mas o restante da frase e o abraço em seguida foram interrompidos pelos soluços abafados de sua filha. – O que está acontecendo?

                - Ela está com medo... Vou levá-la para o quarto, mas logo desceremos.

                - Está bem. – Jasper passou a mão no cabelo da filha como se quisesse dizer para ela que ele estivesse ali, mas nenhuma reação foi esboçada pela menina que mantinha o rosto escondido na curva do pescoço da mãe.

                 Alice subiu a escada e seguiu pelo corredor, chegando ao quarto da menina fechou a porta e sentou-se em seguida na cama. Visto que a menina ainda chorava apenas afagou seus cabelos carinhosamente para que ela se sentisse segura. Alice queria passar para sua filha, sua querida menininha que ela estava ali para ela, que nunca mais iria deixá-la passar por nada disso, mas sabia que isto iria acontecer sempre e o único recurso para quem tinha algum trauma seria algum tipo de terapia ou algo do tipo.

                Aos poucos ela foi sentindo os soluços diminuírem e a única coisa que se ouvia naquele momento era Katherine fungando por causa do nariz. Passando a mão em formas circulares nas costas da menina Alice pôde vê-la se acalmando bem aos poucos.

                Sua menina, aquela na qual seria provida de alegrias antes agora apenas chorava por medo de alguém ou até de todos, não podia ficar sozinha, mas via-se nos olhos da menina o medo que exalava através de si. Medo de que tudo voltasse a acontecer novamente, medo de James voltar para cumprir com sua promessa, medo de perder quem a amava e que ela também tanto gostava. Estava com medo, mas talvez não conseguisse explicar-se, por um simples motivo apenas ou até mesmo por receio.

                Kath lembrava-se que sempre que ia falar do quanto sentia medo de James para Victoria ela sempre lhe dizia que não era bom falar em coisas ruins pois poderiam atraí-las para si e ela não queria isso novamente, ter que vivenciar cada parte daquele terrível pesadelo novamente e ficar longe de sua família novamente, tinha receio de até esquecê-los com o passar dos tempos.

                Aos poucos que o soluço não era mais audível e que a menina apenas fungava pelo motivo do choro, Alice acariciou seus cabelos e em seguida fazendo massagens circulares em volta de sua costa. A menina aconchegou-se um pouco mais como se aquilo lhe tranqüilizasse imensamente que lhe dera até mesmo vontade de dormir. Seus olhos vermelhos e as marcas de lágrimas chamavam atenção em seu rosto angelical, logo agora que dava para vê-lo. Alice manteve-se firme a todo o momento, não poderia pensar somente em si enquanto seus filhos precisassem de ajuda.

                A menina olhou para um ponto fixo no quarto durante exatamente cinco minutos até que ela ergueu a cabeça e voltou a olhar para a mãe e respirou fundo, passou ambas e pequenas mãos nos olhos para afastar algumas poucas lágrimas que queriam descer. Voltou a olhar nos olhos da mãe, procurando por um pedido de ajuda, sem saber o que dizer e vendo o semblante de sua mãe, lembrou-se de Victoria quando ficava preocupada consigo todas as vezes que James se aproximava dela, percebera então que sua mãe estava preocupada.

                - Desculpa mamãe. – Dissera espontaneamente. Alice formou um singelo sorriso nos lábios. Tanto sofrimento para uma criança, até mesmo em excesso para uma pequena menina frágil como Katherine, se sua fé não fosse tão grande chegaria a culpar Deus por isso, mas sabia que sem ele, sua filha não estaria ali aos seus braços.

                - Está tudo bem minha princesa, não precisa se desculpar por sentir medo. – Alice afastou poucas mechas de cabelo de frente do rosto da menina, podendo vê-la melhor. – Sentir medo é normal, até mesmo depois do que você passou.

                - Tenho medo que ele volte e me pegue de volta. – Ela ameaçou a chorar novamente, mas conseguiu conter-se.

                - Ele não vai mais voltar, mamãe e papai estão fazendo de tudo para sua segurança. Você pode confiar em todos nós, até mesmo em Milena e em Elijah.

                - Você promete?

                - Prometo, ele nunca mais vai encostar em você.

                - Porque então ainda sinto tanto medo mamãe?

                - Ainda é muito cedo para que esse sentimento afaste de você, mas logo, aos poucos você vai esquecer-se de tudo isso que lhe aconteceu. – Alice aproximou a menina para perto de si, com um gesto de abraço. – Eu te amo tanto minha princesa.

                - Eu também te amo mamãe. – Katherine desfez o abraço para beijar a bochecha da mãe, Alice instantaneamente deixou uma lágrima escapar pela tão grande emoção que sentia.

                - Você está triste?

                - Não meu amor, pelo contrario, eu estou muito feliz em te ter aqui novamente.

                - Então porque você está chorando?

                - Às vezes também choramos de felicidades, não é somente a tristeza ou medo que nos roubam as lágrimas.

                Estaria ali a conversa finalizada, enfim, ambas sorriram como se uma dissesse para a outra que estava tudo bem, os olhos de Katherine voltaram a brilhar como a de toda criança, Alice então sentia-se aliviada, mas não muito confiante de que aquela seria a última conversa deste gênero que teria com sua filha, já estaria na hora de procurar um terapeuta para ajudá-la, mas não queria forçá-la a nada.

                - Mamãe, o que você acha que eu posso ser quando for igual a você?

                - Huuum, tem muitas coisas você pode escolher entre aulas de balé, língua estrangeira, aulas de arte... Bom, tem um monte de coisa.

                - Balé?

                - É uma dança meu amor, mas podemos fazer isto depois, vamos tomar nosso café? – A menina gesticulou um sim com a cabeça rapidamente, Alice desceu a menina, colocando-a ao chão e vendo a menina chegar ainda mais perto da porta reparou que logo faltava algo. – Hei mocinha, volte aqui.

                Katherine olhou meio surpresa, ainda se perguntando mentalmente se era consigo mesmo que sua mãe falava. Aproximou-se bem de vagar, Alice levantou-se indo até o guarda roupas, olhando para as poucas peças que comprara para Katherine ela pensou em qual delas seria mais apropriado para o dia de hoje, o céu estava azul com poucas nuvens evidentes, o sol dava as caras apenas para iluminar ainda mais o dia, pois seu calor não chegava até lá, o tempo estava comum de inverno com seu vento forte e gélido.

                Não poderia levar Katherine de modo algum para um passeio ao shopping vestida de tal maneira que em seguida ela pudesse ficar doente, olhou as poucas peças no guarda roupas e pegou uma meia calça branca e um vestido no qual tinha um tom cinza claro, olhou bem qual peça seria melhor para este tempo se era o cardigã ou um, sobretudo. Mas o dia não estava tão frio a ponto de tal exagero, pegou o cardigã cinza um pouco mais escuro que o vestido e uma sapatilha preta a qual servira perfeitamente, ela sabia ao comprar cada peça que seus olhos de mãe nunca lhe deixariam errar ao escolher as roupas para sua filha.

                Assim que terminou de ajudar Katherine a se vestir, foram então decidir o que fariam com o cabelo, Katherine tinha cabelos bem compridos e teria que cortá-los um pouco, fez uma trança espinha de peixe lateral, algumas mechas da franja ficaram soltas, parecendo um bagunçado proposital. A cada vez que se arrumava Kath adorava ir para frente do espelho observar como ficava cada peça de roupa em si. Adorara aquele vestido que na saia tinha pequenas flores brancas.

                - Pronto, agora vamos tomar nosso café, papai e Nic já devem estar nos esperando.

                - Vamos. – A menina pegou a mão da mãe, saindo do quarto e seguindo pelo longo corredor até chegar diante a escada, desceram devagar até a sala e chegaram à cozinha onde Jasper e Nicolas conversavam animadamente enquanto esperavam ambas para o café.

                - Estavamos esperando por vocês. – Disse Jasper ao avistá-las. – Como esta menina está elegante. – Jasper pegou-a no colo em seguida dando um selinho em Alice desejando-lhe um bom dia melhor desta vez. – Vejo que tiveram uma ótima conversa, devem estar com fome.

***

                Enquanto a família tomava café a campainha fora soada anunciando a chegada de algum visitante para a família, quem fora até a porta foi Milena, recebendo educadamente delegada Suzana pedindo que entrasse e sentasse no enorme sofá logo a frente.

                - O que deseja delegada Suazana?

                - Gostaria de falar com Alice e Jasper eles estão?

                - Estão tomando café, a senhora pode esperar alguns minutos? Vou avisá-los que está a espera deles.

                - Obrigada Milena eu espero o tempo que for necessário, não se preocupe comigo, ainda tenho tempo de sobra. – Disse visto que ainda faltava certamente uma hora para voltar para o trabalho e certamente seu supervisor não acharia ruim se ela chegasse atrasada no serviço ou até se não fosse, pelo jeito que a expulsou de seu setor de trabalho era isso que ele lhe deu a entender.

                Passados alguns minutos Alice e Jasper chagaram até a sala avistando Suzana no sofá, que ao ver o casal levantou-se para cumprimentá-los.

                - Alguma notícia Suzana?

                - Sim.

                - Pela sua cara não são nada boas. – Alice deduziu pelo simples sim desanimador de Suzana, estava estampado em sua cara que não tinha notícias boas e mulheres entendiam muito bem cada reação estranha de qualquer pessoa.

                - Não muitas, ainda não conseguimos localizar nem Maria e nem James, peço que tomem cuidado em principal com Maria, estamos na cola de James, logo chegaremos até ele. Mas Maria. – Ela balançou a cabeça um pouco negativamente, demonstrando seu cansaço naquele caso. – Ela está brincando cada vez mais conosco, ela mesmo mandou uma foto dela em uma loja de conveniência no sul de Seattle, mas descobrimos que a foto não se passava de uma armação, ela mudou o fundo da imagem, pediu para que suas comparsas enviassem as tais fotos pelo e-mail da loja para nosso departamento, fotos dela mesma, não conseguimos achar nenhuma pista, tudo indica que mais uma vez ela esta brincando conosco.

                - Ou apenas dando mais um recado. – Alice tinha um olhar vago. – Sul de Seattle, ela está por perto, logo chegará até nós e cumprirá com sua ameaça.

                Alice olhou para Jasper em busca de respostas, do mesmo modo que uma mulher olha para um homem em busca de proteção quando se está com medo. Jasper compreendeu o desespero de sua esposa e entrelaçou seus braços em torno dela, protegendo-a carinhosamente, como mais ninguém sabia fazer.

                - O que mais temos que fazer para esta mulher nos deixar em paz? Mudamos de cidade, de casa, passamos por maus bocados com nossos filhos por culpa dela e mesmo assim ela não nos dá sossego. – Jasper estava exaltando seu tom de voz, estava nervoso e impaciente.

                - Aconselho que não saiam sem seguranças, se precisarem de escolta policial deixaremos alguns disponíveis, mas em principal não tirem o olho de seus filhos, sinto em lhe informar Alice, sei como seu coração de mãe deve estar apertado, pois também tenho um filho me esperando em casa, mas Maria fará de tudo para lhe afetar e ela sabe o seu ponto mais fraco.

                - Meus filhos.

                - Ela tentará lhe atingir através deles, sei que isso é muito doloroso de se ouvir, mas tenho que mantê-los informados de certas coisas.

                - Tudo bem. – Alice não sabia se devia agradecer ou não pela notícia tão ruim, mas esperada. Sabia que Maria não pararia de bombardeá-la enquanto não estivesse atrás das grades.

                - Tenho que pedir algo também se Katherine já estiver pronta, certamente. Precisamos que ela vá até a delegacia para que ela reconheça alguns dos suspeitos que já estão encarcerados.

                - Bem, não sei se seria algo bom para ela agora... – Alice pensou nos acontecimentos que vem rodeando sua casa desde que Kath chegou, seus sentimentos fortes de medo e suas sensações de falta de proteção indicavam que talvez ela não estivesse apta para aquilo.

                - Katherine está tendo pesadelos de noite, até agora pouco estava com sono sentindo medo de que James voltasse e lhe fizesse mal novamente.

                - Entendo, mas me comprometo que ela não ficará assustada, vocês poderão acompanhá-la.

                - E se ela não quiser? – Jasper perguntou pensando em todas as hipóteses convicentes.

                - Esperaremos até que ela esteja preparada, mas digo a vocês que quanto mais rápido ela for será melhor. Queremos saber se ela se lembra do Calisto em uma das cenas do crime, se foi ele juntamente com Maximiliano que a seqüestraram no parque e que a levou até o cativeiro de James.

                - Faremos o possível, mas não sei se ela irá concordar. – Alice disse lembrando-se dos tantos medos que a filha ainda guardava dentro de si. – Ela anda muito assustada mesmo tendo tanta proteção aqui. Pretendemos passar esta semana em Forks ficar um pouco longe daqui.

                - Eu irei ficar por causa de meu trabalho, com o coração na mão.

                - Talvez seja melhor para você e as crianças. Escoltaremos aqui para sua proteção Jasper e um de nossos agentes mais especializado irá te acompanhar até seu trabalho.

                - Tenho que dizer que acho tudo isso muito invasivo, mas não quero me culpar depois por fazer minha esposa e filhos ficarem preocupados comigo.

                - É o melhor que se tem a fazer, nestes momentos nunca é demais a prevenção. Bom, não vou mais tomar do tempo de vocês, peço que tomem cuidado Maria pode estar em qualquer lugar por aqui e ela tem duas aliadas ao seu lado.

                - Tomaremos cuidado, obrigado por nos avisar Suzana. – Jasper lhe estendeu a mão em forma de cumprimento e Alice fez o mesmo. Suzana despediu-se e em seguida foi embora deixando na casa um casal completamente preocupado. – Está tudo bem. Chamaremos mais seguranças para lhe acompanhar em Forks, Maria não irá chegar perto dos nossos filhos e nem de você.

Jasper mesmo, não dizendo com todas as palavras ele se sentia culpado pelo sofrimento que estava causando em Alice, logo após que Katherine foi seqüestrada ele percebeu o tanto que Maria conseguiria ser cruel com quem Jasper ama, mas não tinha para onde correr, mesmo quando estava com ela para que ela pudesse deixar Alice em paz, Maria procurava alguma forma para tingi-la. Não sabia mais o que fazer.

Abraçando Alice ele pôde perceber que sua vida havia ficado de ponta cabeça, virado um verdadeiro filme de terror onde o assassino lhe procurava incansavelmente para sua morte. Ele sabia que Maria nunca desistiria e se nem ao menos a polícia de Seattle está conseguindo detê-la quem faria isto? Maria não pararia de provocar sua família por boa vontade, nem se ele voltasse para ela e deixasse Alice. Não conseguia nem pensar na hipótese de deixá-la novamente, amava tanto Alice que este pensamento chegava a partir seu coração em vários pedaços nos quais ele nunca mais conseguiria juntar novamente, fazendo isto causaria uma dor tão grande em sua esposa que não conseguiria perdoá-lo por isto, então o único meio seria ele mesmo procurar por Maria.

Esta semana ficaria em sua casa só, disse para Alice que não conseguiria ir por causa do trabalho, combinara com Suzana e Garrett um plano, ficaria em sua casa iria para o trabalho, sendo seguido por ambos, que não dariam bandeira, este plano teria tudo para dar certo, mas saberiam apenas se terminaria bem quando ele fosse executado, nem sabiam se Maria iria realmente aparecer.

- Vamos terminar nosso café e ir para o shopping, comprar coisas para nossa filha e pensar apenas na felicidade de nossos filhos, é isso que importa para nós agora, estamos juntos e bem, ela não fará nada conosco.

- Eu queria acreditar que ela não vai mais aparecer. – Alice dizia com um tom de voz desanimador, tentara deixar sua preocupação de lado quando chegaram à cozinha, viram Milena conversando com as crianças, bem dizendo contando-lhe uma de suas histórias e várias vezes Alice pensava que Milena daria uma ótima autora de livros infantis, mas ao contrário dela Milena tinha medo de arriscar e não aceitava as chances que tinha para crescer nesta vida.

As duas crianças davam doces gargalhadas que fez Alice esquecer um pouco de Maria, aproximou-se as crianças ficando no meio de ambas, passando em seguida seus braços em volta de cada um e dando um beijo no topo da cabeça deles. Katherine perdeu a concentração da história e olhou para a mãe, sabia o que aquele olhar e aqueles gestos queriam dizer, sua mãe estava triste. Entendia muitas das coisas pelo o tempo que passou com Victoria, sabia definir cada tipo de sentimento através do olhar das pessoas. Então ela abriu um largo sorriso para sua mãe em seguida se aconchegando um pouco mais nos ombros de sua mãe.

Quando a história foi finalizada Jasper ainda mantinha-se no mesmo lugar apenas observando e pensando no que deveria fazer. Ver o sofrimento nos olhos de Alice não lhe ajudavam a pensar direito.

Observou cada ato de seus dois filhos, Nicolas sempre gostou mais do pai, por questões erradas e tratamento errado que Jasper dera ao menino, não ligava muito para a mãe às vezes, mas a amava, ele sabia disso mesmo vendo a reação do menino diante a mãe, mas sempre acho que ele poderia ser diferente. Muita das vezes Nicolas não escutava o que a mãe dizia, respeitava apenas o pai e quando via que não conseguia nada com ele voltava para a mãe. Não tinha muitos gestos de carinho e quando Alice se aproximava para beijá-lo e abraçá-lo o menino se esquivava, falava que aquilo era coisa somente de mulher.

Mas com Katherine era diferente, não sabia definir se era por sentir tanta falta da mãe ou por ambas serem mulheres. Ela sorria para Alice, abraçava e lhe dava vários beijos. Transmitia tranqüilidade e carinho para Alice que ele jamais viu, ela era carinhosa e nem um pouco mimada como Nicolas, talvez ela fosse se tivesse sido criada por eles, pela vida que levou talvez isso a ensinara dar valor nas coisas mais simples que ela tinha. Katherine gostava de ficar mais com a mãe, sentia-se protegida somente com ela, mas não queria dizer que não gostava de seu pai, ela também brincava com ele, dava-lhe abraços e ficava bem contente quando Jasper a elogiava.

Aquele tratamento especial, porém necessário, com Katherine, deixava Nicolas cada vez mais explosivo, já tinham tido conversas sérias sobre isto, mas o menino compreendia a razão da conversa somente ali e depois insistia em fazer as coisas completamente erradas novamente.

Aquele misto de sentimentos de medo, stress e cansaço poderia deixar Alice um pouco ainda mais aflita do que já estava. Sentia-se às vezes um pouco maluca, como se estivesse dentro de um filme e não conseguisse sair dele nunca, a realidade nunca voltava para si. Tinha medo de perder a cabeça cometer alguma loucura e por fim se arrepender. Poderia estar assim por dentro um verdadeiro furacão, mas por fora se demonstrava tranqüila, não mostrava nem um terço da metade do que sentia de medo, angústia e aflição, estava contendo-se, para não ser tarjada como louca ou depressiva.

Talvez eles precisassem desse dia compras no shopping, comprariam as mobílias para o quarto de Katherine, mais roupas e brinquedos para ela, certamente isso não duraria muito tempo, seria a conta de no máximo uns seis ou sete anos, até ela querer trocar tudo novamente. A infância de Katherine seria apreciada por Alice por pouco tempo, mas estava feliz, ao se lembrar que pensava que nunca mais veria sua menina.

Os dias poderiam ser difíceis, mas ambas as partes deveriam se ajudar, se ambos continuarem escondendo coisas de seu parceiro à situação poderá ficar ainda mais complicada. Deveríamos pensar na hipótese do plano não dar certo, se Maria estava tão atenta e era tão esperta a ponto de enganar os policias, quem me diria que ela não sabe de cada palavra dita por eles naquela casa?

Maria estava sempre a um passo à frente desde então, ela não seria enganada tão facilmente, mas talvez estejamos enganados, sua ambição por Jasper talvez a cegasse tanto que ela nem percebesse que ele a estivesse enganado.

Por isto, às vezes devemos parar para analisar a nossa vida, recolher as evidências, processá-las, achar provas, determinar uma linha de tempo e encontrar uma solução para qualquer problema descoberto, e acima de tudo, conseguir enxergar o que dizem as entrelinhas, e aceitar que gestos falam mais do que palavras.


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Notas finais do capítulo

Então espero que a semana de vocês tenham sido ótima, pois a minha ta legal assistindo filmes e filmes e seriados e to em casa, também fazendo nada... É... Já assistiram Dezesseis Luas? Se sim comentem do filme eu adorei...
Bjos, até o próximo capítulo!



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