Dia De Empreguete, Véspera De Madame! escrita por Fernanda Melo


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura...



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A noite havia sido difícil e as notícias nos jornais já corriam à solta, todos na cidade de Seattle já sabiam do desaparecimento da pequena Katherine, a noticia estava por toda a parte, nos jornais, noticiários de TV e na radio e logo amigos próximos e familiares já souberam, até mesmo os Cullen que por sinal estavam muito preocupados.

                - Alô. – Disse Jasper atendendo o celular rapidamente para que não acordasse Alice, mentalmente xingou-se inúmeras vezes por não colocar o celular no silencioso. Foi tão rápido em atendê-lo que nem ao menos se lembrou de olhar o identificador de chamadas.

                - Jasper é Carlisle. – Ele disse ao perceber pelo o tom de voz do rapaz que ele não sabia de quem se tratava.

                - Oi Carlisle, tudo bem?

                - Bem... – Ele suspirou demonstrando sua aflição. – Ouvimos o noticiário hoje, ligamos para saber como vocês estão.

                - Já estão espalhando a notícia por ai...

                - Jasper quanto mais pessoas souberem melhor... E Alice? Como ela está?

                - Mau Carlisle, ela conseguiu dormir, mas foi de cansaço do dia, quando estávamos na delegacia ela passou mal e a noite chorou, foi só ai que ela pegou no sono. – Jasper passou a mão pelos cabelos os tirando de seu ponto de visão, em seguida inclinou-se para frente no sofá vendo o sol nascer pela janela da sala de estar, permaneceu mudo ao telefone lembrando-se de algo bom que fizeram seus olhos encherem de água.

[flashback on]

                Jasper havia acabado de chegar de seu plantão, o sol começava a nascer e a casa ainda estava em pleno silêncio, hoje seria aniversário dos gêmeos e por isso tinha trocado de turno, estava disposto a passar o restante do dia acordado. Eles completariam três anos apenas.

                Entrou sorrateiramente na sala fechando a porta devagar até demais, mas surpreendeu-se ao ver uma pequena pessoa para ao corredor logo à frente. Katherine já estava acordada havia ido ao quarto da mãe, mas ela ainda dormia, Alice havia tido um evento à noite e estava cansada.

                - Oi pequena o papai lhe acordou? – Ele disse jogando sua maleta no sofá e ajoelhando com os braços esticados preparado para receber um abraço.

                - Não papai, já estava acordada.

                - E o que a minha princesa faz acordada há esta hora?

                - Pesadelo. – Ela disse rápido esfregando os olhinhos.

                - Você não acordou a mamãe?

                - Não ela estava dormindo. – Ele sorriu ao perceber a coragem da filha.

                - Você é muito corajosa princesinha. Mas quanto tempo você está de pé? Está com fome?

                - Já faz um tempo papai... – Ela parou para pensar na segundo resposta, mas nem precisou responder Jasper ouviu seu estomago roncar. – Quero panquecas. – Ela disse com os olhos arregalados de um modo pidão.

                - Tudo bem panquecas saindo.

[Flashback off]

                - Jasper? – Carlisle o chamava, mas nenhuma resposta aparecia, estava começando a achar que a ligação havia caído e quando estava prestes a desligar Jasper lhe responde um ‘oi’. – Pensei que a ligação houvesse caído.

                - Não apenas me distraí me desculpe.

                - Tudo bem... E como você está se sentindo?

                - Eu?... Eu ainda nem tive tempo para pensar nisso... – Ele riu ironicamente. – Tenho que pensar neles primeiro Carlisle e aí sim, depois, eu posso ver o que eu estou sentindo.

                - Jasper, todo mundo tem direitos de sofrer até mesmo você, não fique guardando seus sentimentos. – Jasper já estava com os olhos marejados e com esta conversa do Carlisle não estava lhe ajudando a afastar o choro, as lágrimas foram começando a cair e os soluços apareceram.

                - Eu não sei como isso foi acontecer Carlisle, eu... Devia ter tomado mais cuidado... – Ele respirou fundo tentando se acalmar. – A Kath é tão frágil e inocente, como, como pode acontecer isso?

                - Não sei mesmo como alguém tem coragem de fazer algo assim com uma criança, mas saiba que estaremos todos juntos para o que vocês precisarem, nós vamos encontrá-la. – Jasper se deixou abater pela dor que sentia em perder sua filha, sabia como este mundo estava cruel, se para ele que já era adulto estava difícil imagine para uma criança.

                -Deus te ouça Carlisle.

                - Jasper não sei se este é um bom momento, mas Emmett está querendo ir vê-los, ficou preocupado, mas...

                - Claro ele pode vir irá ser melhor para Alice ter mais alguém ao lado dela.

                - Está bem, assim que eu conseguir irei até aí também.

                - Claro, serão sempre bem vindos. – Jasper ainda enxugava algumas lágrimas que teimavam em cair e sentiu uma breve sensação ruim no corpo ao se assustar com alguém lhe olhando. Era Alice que acabara de acordar e não sabia bem o que fazer agora. – Éhr Carlisle... Podemos conversar em outra hora?

                - Claro, me ligue quando achar melhor.

                - Obrigado por tudo. – Os dois se despediram e assim que Jasper desligou o telefone chamou Alice para perto de si. Ela caminhou lentamente e sentou-se ao seu lado no sofá aconchegando em seu peitoral. Jasper a entrelaçou com seus braços dando-lhe um beijo no topo da cabeça. – Como passou a noite?

                - Normal... – Sua resposta foi mais vaga do que esperar que um animal lhe respondesse ao um bom dia. Alice estava realmente se sentindo mal pelo sumiço da filha e seu coração estava despedaçado.

                - Bem... Você quer um café ou um...

                - Não quero nada. – Ela disse ainda olhando fixamente para a mesinha de centro, Jasper resolveu olhar na mesma direção e percebeu o que estava acontecendo.

                - Oh minha pequena eu sinto tanto... Queria fazer essa dor passar e ter nossa filha aqui conosco. – Ele disse perto do ouvido dela, olhando para o porta retrato que continha toda a família reunida. Jasper esperou por alguns minutos algumas reações por parte dela, mas Alice estava parecendo uma pedra quanto por dentro quanto por fora, seu olhar estava sem brilho e em seu rosto onde reinava um belo sorriso sincero não havia mais nada a não ser uma expressão seriamente triste. – Vou preparar o café da manhã, vem comigo. – Ele disse levantando e estendendo a mão para Alice, ela olhou para a mão dele ali firme o que lhe pareceu bem tentável aceitar, seguiu a linha de seu braço até parar seus olhos de encontro aos dele. Neste momento Jasper viu as lágrimas barradas no olhar dela, sim Alice estava se fechando novamente. Mas ainda era cedo e isso seria reversível, assim que ela pegou em sua mão, foram os dois juntamente para cozinha.

                Alice estava realmente disposta para ajudar no café com o intuito de se distrair um pouco e Jasper a deixou, fizeram os dois o café da manhã sentaram-se juntos no balcão, enquanto Jasper tomava o seu café bem forte e comia alguns biscoitos, já Alice bebia apenas um copo de suco, dizia que não estava se sentindo completamente bem e que depois comeria algumas frutas.

                Em seguida algumas ligações foram recebidas na casa, duas delas direcionadas para Alice que disse para Jasper que não queria atender ninguém, ela havia voltado para seu quarto e assim que Jasper havia atendido todas as ligações ele dirigiu-se para a mesma direção, deparando com a porta do banheiro trancada vinda com um barulho de água lá de dentro. Ele então decidiu deixá-la em paz e voltou para a sala em meio do caminho encontrou com Nicolas acabando de acordar, ainda meio sonolento e com os cabelos bagunçados.

                - Bom dia papai.

                - Bom dia campeão, como passou a noite?

                - Bem, mas... – O menino parou para pensar no que dizer.

                - Mas...

                - Eu tive sonhos com o que aconteceu ontem.

                - Tudo bem, isso tudo vai passar, você verá... Agora vamos tomar um café da manhã?

                - Vamos, mas e a mamãe?

                - Está no banho, depois nós vamos vê-la. – Jasper caminhou com o menino para a cozinha, Nicolas tomou seu café, estava faminto.

                Jasper admirava o filho silenciosamente, sorria a cada gesto e só aí percebeu que estava tão pouco tempo com eles, sempre estudando e trabalhando, tirava folgas somente no aniversário deles, às vezes eles iam ver a família em Forks sozinhos com Alice e ele ficava ali, pois tinha problemas no hospital e não podia sair da cidade.

                Demorou tanto para perceber isso que agora sua filha estava longe de si e não sabia onde ela estaria ou se encontrava bem. Pensou no porque tudo isso tinha que acontecer para alertá-lo.

                - Você está triste papai?

                - Oi?! Bem, estou sim meu filho. – Ele saiu de seu transe.

                - A Kath irá voltar não irá?

                - Sim, ela logo estará aqui brincando com você novamente.

                Jasper não queria pensar no pior, mas não poderia fugir da realidade dos tempos de agora. Desde sua época de criança o tempo havia mudado e cada dia que se passava para pior.

Estava pensando no dia anterior na queixa que foram dar na delegacia, na acusação que Alice havia dado para cima de Maria, indicando-a como inimiga e Jasper se sentiu mais do que obrigado a contar sobre a ameaça que ela havia lhe feito, mas o olhar de Alice para cima dele logo após aquilo era aterrorizante.

Ela ainda não sabia o que fazer sobre este assunto, pois Jasper havia lhe escondido algo que poderia ter mudado o rumo da história, tomando precauções e sendo mais atentos. Não queria ser injusta e culpá-lo por isso além do mais, ela via seu sofrimento e o empenho dele em cuidar dela neste momento, mas o sentimento de raiva estava ainda aflorado nela prestes a explodir, eles haviam prometido que o relacionamento seria sem segredos. Contariam tudo um para o outro, mas ele não cumpriu com a promessa.

Alice encostou sua cabeça contra a parede do banheiro e deixou ali suas lágrimas escaparem novamente. Pensava no pesadelo que seria sua vida agora, tendo que manter um sorriso mesmo ainda sofrendo daquele jeito, não queria voltar mais para seu trabalho durante séculos.

Mas além deles Katherine também sofria, mas por sua vez sem nem ter alguém para ampará-la, Victoria deixava-a solta dentro de casa desde que a mesma estivesse inteiramente trancada, estava começando a ensinar a menina no que ela seria útil naquela casa ou ao contrário receberia muitos castigos.

- Você tem que aprender que quando você é intrusa na casa de alguém que você apenas come e sai da mesa, você tem que limpar as vasilhas. – Ela segurava o braço de Katherine fortemente e a menina desesperadamente chorava.

- Mas que choradeira dos infernos, Victoria dê logo um jeito nesta menina quero dormir.

- Eu? Você é quem devia estar aqui com ela, não fui eu quem topou cuidar desta pentelha.

- Ótimo quer ver como se faz uma criança ficar quieta... Então deixe que eu lhe ensine. – Ele disse em seguida pegando Katherine pelos braços bruscamente e tirando seu sinto. Arrastou a menina para o quarto onde ela ficava trancada durante a noite.

Victoria permanecia com um pequeno sorriso lateral no rosto enquanto ouvia os gritos de Kath, James gritava com ela para que ela parasse de chorar, mas isso não adiantava em exatamente nada, apenas servia para deixar a menina cada vez mais amedrontada. Por fim depois de alguns demorados minutos James sai do quarto fechando a porta em seguida. Olhou para a mulher com cara de satisfeito.

- Está ouvindo o silêncio? É somente isso que eu queria. – Ele disse indo para o sofá deitando-se nele e em seguida fechando os olhos.

Katherine estava deitada no colchão empoeirado e velho em posição fetal, chorava silenciosamente com medo de apanhar novamente, seus cabelos estavam bagunçados e seus braços com marcas vermelhas, ela estava dolorida e apenas dizia mentalmente que queria sua mãe, estava com medo até mesmo de querer espirrar e James voltar para bater-lhe novamente, pelo modo que ele a ameaçara ele não estava brincando.

A única pessoa que se vangloriava com aquilo tudo era Maria, pois até Max estava atordoado com tudo aquilo. Ela ria, brindava, comemorava de todas as formas possíveis, faltava somente fazer uma grande festa pelo o sofrimento alheio, mas mesmo assim ainda seu plano não estava completo, queria que Alice estivesse longe de Jasper e não demoraria muito para que ela contra atacasse novamente.

- Então qual será nosso próximo passo?

- Tenha calma Calisto, vamos dar alguns dias de calma para o casal como meus mais sinceros votos de pêsames.

- Você fala como se tivesse matado a garota Maria. – Max se manifestou pela primeira vez naquele dia.

- Ah resolveu dizer alguma coisa?! Mas bem, é como se ela estivesse ou você não conhece James e Victoria?

- Não, nunca ouvi falar naquelas pessoas insignificantes.

- Bem então vou lhe dizer as principais características deles, Victoria tem medo do marido e é muito impaciente, já James, ele odeia crianças, gosta de calmaria e tranqüilidade. Katherine foi acostumada à mordomia logo irá fazer alguma besteira... Ah já ia me esquecendo James também é muito agressivo. Então não demorará muito até ela estar bem... Você sabe, ou escravizada por eles.

- Nunca imaginei que faria algo neste nível.

- O que está acontecendo com você Max? Está amolecendo seu coração? – Ela dizia de um modo frio e medonho.

- Maria eu faço tudo por você e não me importava de separar Alice de Jasper desde quando antigamente não tinha crianças no meio, separá-los por mim tudo bem, qualquer um suporta ter pais separados, mas crianças órfãs ou mortas isso é demais.

- Você está fraquejando... – Ela disse vagamente, porém muito seriamente. – Você está FRAQUEJANDO?

- Maria eu não tive a vida que você teve, eu não sou um robô sem sentimentos.

- Eu tenho sentimentos sim, eu amo o Jasper.

- Não você não o ama, você apenas não suporta ver alguém lhe dizendo um não, sua mimadinha. Você sempre teve o que quis Maria e agora que alguém lhe nega algo você apenas tem ainda mais ambição por isso e quer passar por cima de tudo para poder ter esta coisa.

- E se for o que você tem haver com isso?

- Exatamente não deveria ter tido nada desde o começo... Você não vê? Não percebe o sofrimento que você está causando na Alice e em sua família?

- Ela não tem família.

- Têm sim, os Cullen é a família dela e estão sofrendo com isso com certeza... Agora acho engraçado uma coisa, você diz amar Jasper...

- Eu AMO Jasper.

- DIZ AMÁ-LO, mas quem ama de verdade gosta de ver a pessoa feliz por mais que a felicidade dele não seja ao teu lado, mas você só está fazendo-o sofrer, apenas isso.

- Você está se voltando contra mim Max? – Neste momento, Max queria explodir e sair dali, dar um belo de um tapa em Maria por ter brincado com ele, mas mudou de idéia ao ver Calisto indo em direção á uma arma a única salvação de sua alma, seria salvar Kath e para fazer isso teria que ficar vivo pelo menos e com a total confiança de Maria para que ela não soubesse de seu plano antes que terminasse.

- Não... Desculpe-me eu... Eu não sei o que me deu... Eu... Eu vou ir para meu quarto, desculpe-me. – Max se retirou do recinto indo em direção ao seu quarto, mas parou no corredor para ouvir o que Maria diria à Calisto sobre o sua explosão temperamental.

- Temos que tomar cuidado com ele Maria, ele irá estragar tudo.

- Eu sei, eu sei, faça o seguinte fique de olho nele 24 horas por dia seja cauteloso não o deixe ficar sabendo, qualquer passo falso dele mate-o sem dó e piedade.

- Claro.


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Notas finais do capítulo

Você gostou do capítulo? Então deixe seu comentário vamos lá não fique com vergonha adoro ler suas opiniões...
E se estiver gostando da história, huum que tal uma recomendação?
Então até a próxima
Bjos...



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