Acordei sem sonhos, desde que tinha começado mais ou menos a namorar com o Draco, eu tinha deixado de ter os sonhos. Já não estava com ele há alguns dias, e sentia tanto a falta dele, mas tinha que fazer isto por causa do nosso relacionamento não interrompesse nenhuma relação na nossa vida. As aulas nesse dia tinham passado rápido e hoje era o dia das provas para a equipa de Quidditch.

-Vens? – Ron perguntou a Hermione que estava a fazer os trabalhos de casa de Ruínas.

-Espera não temos Herbologia? – Perguntou.

-Não a Diretora deixou faltarmos. Quer dizer temos que ir agora, porque o Harry quer falar connosco antes e também vemos os Slytherin a treinar.

Nós levantamos, tentava ao máximo esconder o meu entusiasmo, mas não conseguia muito bem. Fomos á Sala Comum, deixar os livros. Eu e a Hermione, caminhávamos pelos jardins juntas porque estava frio, fomos aos vestiários ter com eles. O Harry dava-lhes um discurso que não parecia ser muito cativante. Estava desejosa de ir lá para fora.

-Boa Sorte. – Desejei-lhes e eu e a Hermione, saímos para as bancadas. Fomos até ao sítio onde eu e o Draco dormimos. Os Slytherin subiram para as vassouras e vi o loiro a subir até ao ponto mais alto. – O Draco é o quê?

-Seeker.

-Hum. – Respondi. 

Ficamos a ver eles a jogar, no fim juntaram-se. Draco de lá de cima, piscou me olho e sorriu. Vi que a Hermione procurou alguém, para ver a quem ele piscou o olho.

-Ah está ali a Pansy. – Eu olhei e ela estava nas bancadas do Slytherin sentada com a Daphne. Ela olhou para mim e sorriu. Ela sabia? Ele piscou o olho para ela? Claro que piscou, ele só andou a gozar comigo este tempo todo. Saí da beira da Hermione e corri. Corri não sei para onde. Só sentia a neve a molhar a minha capa, sentei-me junto a uma árvore e chorei. Como era possível ele ter me enganado desta forma. Eu acreditei mesmo que ele me amasse,  ele tinha feito tudo com a Pansy, só para gozar. Senti uma mão nos meus cabelos.

-Rosalie? – Ouvi a sua voz.

Levantei-me e bati-lhe, ainda tinha vindo atrás de mim? Ele agarrou as minhas mãos e abraçou-me, não sai do abraço.

-Odeio-te, Malfoy. – Disse-lhe.

-O quê?

-Odeio-te tanto.

-Porquê? – Perguntou.

-Por te amar tanto.

Ele colocou as mãos no meu rosto e beijou-me acariciando-me.

-O que foi aquilo? – Perguntou ainda com os seus lábios tocando os meus.

-Tu planeaste tudo com a Pansy.

-Não. Planeei o quê?

-Gozar comigo, como uma Sangue de lama pode ser amada por um sangue puro?

-Não tu estás doida. Nunca chames mais isso a ti.

-Tu já me chamaste. – Acusei.

-Porque te odiava. – Explicou.

-Porquê? – Perguntei.

-Porque te amava. – Repetiu o que tinha dito.

Beijei-o intensamente. Era tão estúpida por cair nas armadilhas da Pansy, ela tinha feito de propósito.

-Espera. Amavas? – Perguntei.

-Amei, amo e vou sempre amar.

Eu ia beijá-lo de novo, mas afastou-se.

-Sabes que estás na Floresta Proibida. – Disse.

-O nosso amor também o é.

Ele beijou-me e afastou-se, quando eu intensifiquei-o.

-Tens que ir. A Hermione só não veio porque eles começaram a treinar e não quer que o Ron e a Ginny se distraiam.

-Está bem. Que desculpa dou?

-Saudades. Do Snape.

Abracei-o, era bom. Eu tinha mesmo. Caminhamos de mãos dadas, entrelacei os nossos dedos. Quando chegamos ele foi para o vestiário e eu fui para as bancadas. Luna fazia companhia a Hermione.

-Que se passou?

-Saudades.

Ela abraçou-me.

-Então Luna, que se passou contigo e o Neville? – Perguntei. A Hermione deu-me uma cotovelada.

-Não faz mal. – A voz doce dela soou. – Nós acabamos. Ele gostava de outra.

-Quem? – Perguntei.

-A Hannah Abbot.

-Desculpa. – Disse boquiaberta. A Hermione também estava.

-Estás bem? – Perguntei.

-Sim, estas férias de Natal vou viajar. Sabes procurar algumas criaturas e viajar.

-Ainda bem. – Disse.

Ficamos a ver o treino e vimos que todos eram muito bons. O Cormac quando defendia olhava para a Hermione, até que Ron foi contra ele e ele parou. A equipa ficou selecionada e parecia muito boa. Eu e a Hermione fomos ter com eles ao vestuário, ela entrou e eu fiquei á porta. Eles estavam a demorar e avisei-os que ia lá para cima. Quando ia a sair senti uma mão a puxar-me pela cintura e levar-me para um cubículo. Comecei a tentar sair dos braços, a pessoa começou a beijar-me o pescoço e comecei a bater em todo lado, quando senti o seu perfume é que me acalmei.

-Seu loiro irritante. – Disse-lhe.

-Sabes que adoro quando me chamas loiro. – Disse-me virando e beijando-me.

-Então vou parar de chamar, seu louco.

-Por ti, tu deixas-me assim. E fiquei mais feliz.

-Porquê?

-Por estares a bater, quer dizer que fazias isso com outro rapaz, mas digo-te que não me aleijaste. E como sabias que era eu?

-O perfume. – Ele beijava-me o pescoço, eu estava a ficar sem forças. – O que te deu?

-Estou apaixonado, nem sei bem o que estou a fazer. Por acaso sei.

-Estás a sair-me um tarado. – Disse-lhe e ele riu-se e beijou-me. – Estamos a arriscar.

-Tu também queres.

-Não num armário de vassouras, especialmente com vassouras do Slytherin.

-Estás a usar  a mesma frase. É injusto. E quero te perguntar uma coisa.

-Sim? – Desconfiei.

-Amanhã vens comigo a Azkaban? Visitar o meu pai?

-Claro, mas disse que ia a Hogsmead também.

-Não faz mal. – Disse beijando-me a mão.

-Eu vou, dá-me só uns minutos lá e depois vou contigo.

-A sério?

-Claro.

-Amo-te. – Sussurrou-me ao ouvido. Arrepiei-me toda.

-Para. – Disse-lhes.

-Então beija-me.

-Tu és malvado. Mas sabes que não te resisto, loiro. – Disse e ele beijou-me, como nunca tinha feito. Cheios de desejo, as nossas línguas travavam uma guerra que parecia mais uma dança. – Por muito que goste disto e gosto, temos que ir vai levantar suspeitas.  

-Tudo bem vamos. - Ele saiu primeiro e depois saí eu.

-Rose?

-Ah. Olá. – Disse-lhes.

-Que fazes aqui? – Perguntou Ginny.

-Vejo as vassouras. – Tentei convencer.

-Pois. – Disse Harry.

-Que vocês fazem aqui? Ainda? – Perguntei.

-Vamos comer? – Perguntou a Ginny.

-Claro, amor. Estou com fome. – Disse Harry vermelho.

Começaram a andar. Eles andavam a fazer certas coisa ás escondidas, pensei rindo. Fui ter com eles e fomos juntos. Depois de jantarmos, fomos para a Sala Comum e só falavam da ida a Hogsmead. Disse-lhes que tinha de vir, pois tinha que acabar rápido os resumos. Fomos todos para a cama, depois de ver que todas estavam a dormir eu fui fazer os trabalhos que tinha que fazer no dia seguinte. Quando acabei fui dormir, estava exausta e adormeci rápido por quatro horas.