A guerra havia acabado, Voldemort fora destruído, assim como alguns Devoradores da Morte. A família Weasley estava pronta para ir embora, depois do aviso de McGonagall que a escola iria ser fechada e depois do funeral de todos os que tinham lutado bravamente, mas não tinham sido tão fortes contra o seu inimigo.
Mrs. Weasley não conseguia parar de chorar, devido à dor que sentia na perda de Fred, Mr. Weasley abraçava-a acompanhando para fora do castelo, o resto da família ia atrás desolada, com a perda do irmão, especialmente George ele sentia que uma parte dele foi com o Fred. Harry e Hermione iam a acompanhar, Harry ainda estava a pensar na sua luta com Voldemort, nas pessoas que lutavam por ele, a morte de Lupin e de Tonks que lhe deixaram um afilhado, já Hermione ia abraçada a Ron a chorar desoladamente perante a situação que deixaram para trás. Bill e Charlie ficaram para trás a tentar convencer Percy a sair da beira da campa do irmão e ir com eles para casa. Ginny e Ron eram aqueles que tentavam ser fortes, mas Ginny tinha desistido de esconder os olhos que estavam inchados e vermelhos, Ron abraçado a Hermione e acariciado a cara dela, deixava cair algumas lágrimas.

–Meninos, coloquem a mão sobre esta panela velha. – Pediu Mr. Weasley.

Harry sobressaltou-se, não dera conta que já estavam em Hogsmead. Estava tudo deserto. Colocaram o dedo indicador na panela e Harry viu que Ginny tinha a mão a sangrar.
Como sempre teve a sensação de que um gancho o puxou, mas desta vez não se importou, continuava a olhar para Ginny, quando esta reparou, virou a cara para o lado.

–Quando disser três, vocês largam a panela, um…dois…três.

Todos caíram no solo com uma pancada forte, só Mr e Mrs Weasley é que caminhavam no ar até pousar, passou a imagem de Cedric e o pai a fazer a mesma coisa com o Mr Weasley, na mente de Harry.

–Hermione, estás bem? – Perguntou Ron a Hermione que se tinha abraçado mais a ele.

–Sim, estou. – Disse afastando-se do ombro deste.

Começaram a caminhar em direção à Toca, quando ouviram um grito. Correram em direção ao som, quando chegaram viram uma rapariga cheia de sangue que continuava a espilrar por toda a parte e contorcia-se de dores. Ela olhou para Hermione ainda a chorar e estendeu-lhe um livro, havia uma página marcada por uma varinha. Hermione baixou-se, pegou no livro e mostrou a capa por uns instantes. Harry não acreditava era o seu livro de poções, ou melhor do Príncipe de Meio Sangue.

Hermione começou a passar a varinha pelo corpo sangrento e murmurou:

–Vulnera Sanentur.