Imponente Carvalho escrita por Lúcia Hill


Capítulo 27
Capítulo - Desire




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Amy estava sentada perto da lareira terminando seu bordado, ele tossiu e ela se deu conta de que ele estava parado perto da porta com um pequeno pacote na mão direita, mas não conseguiu encará-lo, nunca o vira sorrir pois estava sempre calado com uma expressão fria no rosto. Ela havia perdido suas palavras, como se ele roubasse todo seu ar apenas com sua presença.

– Trouxe um pequeno presente, espero que goste. – anunciou.

Ela voltou sua atenção para o pedaço da toalha de crochê que estava em seu colo, a voz dele era envolvente,, a seduzia com facilidade. Ela e a todas as outras que tinham caído na mansidão da voz do Lord. Mas ele também era o homem mais formal e distante que ela já conhecera. Podia ser belo, mas tudo o mais nele dizia "não me toque".

- Esperava outro tipo de resposta. – disse.

Ela o olhou friamente.

- Milorde deseja algo? – perguntou.

Oliver sentiu seu estômago revirar, mas manteve sua pose e sorriu levemente, deixando-a boquiaberta com sua atitude um tanto irrelevante. O rosto dele mostrou primeiro confusão, depois choque e finalmente um sutil enrijecer dos músculos.

- Vim lhe trazer esse presente e é dessa forma que me trata? – indagou.

Ele tinha razão, não estava sendo nenhum pouco educada, ela levantou-se deixando seu crochê de canto e aproximou com um olhar desafiador, Oliver estendeu a mão para ela, mas Amy se afastou. Já esperava por essa reação da parte dela.

- Fico grata meu senhor, mas não era preciso. – anunciou assim que pegou o pacote nas mãos.

Agora, fixava o olhar nos olhos de Oliver e, depois de alguns segundos, viu seus ombros caírem. Como se ele estivesse em pose de ataque, mas parecia apenas interessado que ela abrisse o presente.

Quando enfim abrira o pacote que envolvia uma pequena caixinha, os olhos verdes de Amy brilharam, ela levou uma das mãos até sua boca para esconder a surpresa.

- Não era necessário. – disse com a voz falha.

Oliver sorriu, já esperava essa reação. Pois como o joalheiro aconselhara “nada como um par de brincos de esmeralda com rubis para deixar uma dama feliz”, sem que notasse a aproximação dele apenas sentiu os dedos robustos envolverem seu delicado braço puxando-a para próximo de seu corpo.

- Não tome como apenas um pedido de desculpas, mas como um prazeroso presente de minha parte. – disse.

Ela sentiu o olhar de Oliver em sua pele como um ferro quente. O maxilar dele se contraiu de uma forma diferente. Ele beijou a pele morna dela, e soltou a mão. Ouviu a inspiração dela, aquele leve suspiro que dizia que ela estava tão excitada quanto ele com o contato. Sem notar acabara deixando a caixa com o par de brincos caírem no chão duro de madeira.

O corpo dele desejava o dela. Contudo, ele sabia que não devia forçar. Não era justo forçar. Talvez, se a noite anterior tivesse sido um tanto diferente para ela. Ele não conseguiu evitar balançar a cabeça, maravilhado com ela.

Algo a inundou, uma sensação de alívio, raiva e dor; tudo comprimido em seu peito.

Amy sentia o calor de um rubor subindo por seu pescoço, mas se recusou a reconhecê-lo. Em vez disso, desviou seus olhos para um canto tentando se controlar, ele acariciou a pele dos ombros dela, os dedos tão suaves e leves que sentiu a estremecer, pequenos arrepios surgindo no rastro do toque dele.

O primeiro pensamento dela foi de que, se ela quisesse se preservar, preservar seu coração, precisaria afastá-lo. Mas ignorou o rápido pensamento.

Amy o queria dentro de seu corpo novamente, amando-a com a ferocidade e a impetuosidade que eram as marcas da personalidade dele. Ela o queria, por completo. Desesperadamente. Ela enfiou os dedos pelo cabelo dele, adorando a textura. Finalmente sentia-se livre para tocar, para explorar, para tomá-lo para si.

Lord Mclachlan a puxou para mais perto até que ela estivesse sentada com uma perna de cada lado do corpo dele. Então, pôs suas largas mãos na cintura dela e a puxou contra a protuberância de sua ereção. Amy arfou quando a sensação a atravessou com o simples contato dos corpos através do fino tecido que os separava. Ele flexionou os quadris, pressionando com força o centro dela, e o corpo de Amy reagiu com um surto de umidade. O beijo se aprofundou, as línguas se entrelaçando com uma urgência que ela nunca sentira antes. O beijo era quente, intenso e profundo, mas não era suficiente.

Imediatamente, Amy interrompeu o beijo, deixando-o decepcionado. Ela se levantou e arrumou suas vestes. Oliver nunca sentira aquele tipo de urgência antes. Ficava no controle, sempre no supremo controle e agora estava sendo colocado de lado por uma mulher.

As lágrimas marejavam os olhos dela.

Não! Não chegaria a esse ponto. Era uma mulher adulta, no controle de seu destino e de seus sentimentos, precisava se afastar dele antes que cometesse um ato imperdoável contra si mesma.

Oliver fora quem fechou os olhos primeiro. Sua cabeça pendeu para frente entre as mãos, arfou tentando entender o porquê daquela rejeição. Sabia, mas negava-se a acreditar que fosse apenas uma vingança já que o corpo dela reagiu ao seu no primeiro toque.

– Irei me deitar, com sua licença, Milorde. – anunciou cabisbaixa.

Oliver apenas consentiu com um gesto de mão, mas por fim ele levantou o olhar e a encarou de uma forma analítica.

Amy sentiu sua garganta dar nó deixando-a sem ar, a jovem desviou seus olhos para um canto vazio e antes de deixar a sala abaixou para pegar a caixa de veludo que prendia o par de brincos, com passos lentos caminhou na direção da porta.

A raiva faiscou dentro dele. Amy ainda estava com raiva, deixando-o amargurado.

Oliver soltou um ríspido suspiro. Passara praticamente um mês inteiro segurando para não decepcioná-la, mas pelo visto ela ainda o odiava com toda sua força, não a culpava.

– Droga. – disse chutando a pequena mesinha de canto.

Ele suspirou aflito tentando não surtar de vez.



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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!