Aye Captain escrita por carmpuff


Capítulo 3
Barbossa


Notas iniciais do capítulo

:D



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                - Quem é aquele homem e por que ele parece um prato de sushi? - Angelica perguntou. Um dos membros do Holandês saiu de trás do Capitão Turner e tossiu.

                - Sou Bootstrap...

                - Ninguém - disse Capitão Turner, com uma gota de rancor em seu tom. - Não é ninguém. Como assim George? Virou um pirata?

                - Sim. Mas o que eu faço não é da sua conta.

                - O importante é que ninguém sabe o que aconteceu com a mãe de George. - interrompeu Gillian, sem paciência para reuniões familiares. - E nós precisamos de um plano.

                - Posso fazer uma sugestão? - perguntou Jack.

                - Não!

                - Deviam procura-la em Porto Real. - continuou o antigo capitão. - Não que eu realmente sinta falta daquela mulher, mas porque posso interceptar um navio para vocês, crianças, por lá.

                - Não abrirei mão do Pérola Negra, Jack Sparrow. - Caterina disse asperamente. - Você que arrume um novo para si mesmo. E vamos a Porto Real somente se o governo permanecer longe de lá.

                Porto Real, nos últimos anos, se tornara praticamente um porto pirata. Com a morte do avô de George, as autoridades locais lentamente perderam sua força; em cinco anos, o povo tomou o poder na ilha. A influência dos piratas logo ultrapassou o senso patriota de muitos e tornou a outrora próspera cidade militar num esconderijo de fugitivos.

                Bem o lugar onde Elizabeth Swann se enfiaria.

                Ao invés de acompanhar o plano de Sparrow, George se virou para Caterina.

                - Eu sei que sabe onde ele está.

                Caterina demorou um ou dois segundos para entender do que se tratava. - Aé! Eu sei!

                - Você sabe? - Angelica não gostou da revelação. - Mas ele desapareceu.

                - O importante é que eu sei. - Caterina virou para sua tripulação. - Então o negócio vai ser o seguinte: eu e o Pérola vamos até Filliard, enquanto o navio de frutos do mar vai até Porto Real. Afinal, o Capitão Caduco aqui só pode ficar em terra uma vez a cada dez anos e Porto Real é relativamente perto daqui.

                - Levantem a âncora! - Gillian ordenou. - Em direção a Porto Filliard!

                - Mas não era Gibbs o seu primeiro-oficial? - Capitão Turner perguntou a Jack.

                - Devia ser, quando ele era capitão. - retrucou Caterina. - Quero todos no convés superior!

-x-

                Havia uma razão porque o Porto Filliard era tão temido por marinheiros. Não eram sereias, nem tsunamis, nem redemoinhos súbitos. Além do cheiro permanente de morte sobre a ilha, havia um monstro marinho do tamanho da costa.

                Ninguém realmente o vira de perto. Os que sobreviviam o ataque eram encontrados em estado catatônico ou nunca falavam sobre ele.

                No entanto, Jack Sparrow não dava muita bola para os perigos.

                - Já lutei contra uma serpente marinha. - disse, entrando na cabine superior. Caterina estava balançando numa rede e Gillian examinava um mapa. George levantou de sua própria rede e fez questão de empurrar o homem para fora.

                - Se essa é uma história épica sobre um bêbado derrotando um monstro mítico - Caterina disse sem olhar para ele. - Você pode leva-la para os meus subordinados. Eles adoram uma boa mentira.

                - Pensa que eu estou mentindo? - Jack se esquivou de George. - Não preciso mentir.

                - Algo me diz o contrário. - sua filha retrucou. - Ugh, ficar aqui dentro me dá náusea.

                Caterina saiu do quarto, mas foi seguida por Jack até o volante do navio. Ela pôs somente uma mão na roda de madeira e com a outra consultou uma bússola (uma que realmente funcionava) com a esquerda. Examinou o andar inferior antes de notar o maldito macaco no corrimão em sua frente.

                - Ô velhinho - ela falou sem olhar para trás. - Me diga um motivo para eu não te deixar morrer na ilha de Filliard.

                Jack Sparrow, para surpresa geral, não disse nada engraçado. Só olhou para a filha que não sabia que tinha e tomou responsabilidade por qualquer decisão dela; era, afinal, parecida com ele, mas igual à mãe. Agora era a chance dele de fazer pelo menos alguma coisa certa.

                - Não sei. - ele falou. - É sua escolha.

                Os dois Sparrow assistiram Angelica passar pelo convés, conversando e se misturando com colegas piratas. Além do modo de andar, se vestir e se comportar, eles possuíam a mesma relutância em tomar um passo atrás. Jack não conseguia se arrepender de deixar Angelica na ilha, mas só agora percebeu o que poderia ter acontecido se permanecera; enquanto Caterina adorava ser uma pirata livre para fazer o que quisesse, mas muitas vezes se pegava querendo voltar para a mãe e deixa-la cantar músicas de ninar em espanhol do seu lado.

                Caterina não mudou de expressão. - Não confio em você, Jack Sparrow. Mas você é meu pai, quer eu goste ou não, e minha mãe ama você. Permanecerá em meu navio.

                Jack não teve tempo de esboçar uma reação, porque alguém se lançara para dentro do navio. Caterina desceu de dois em dois degraus até o térreo, com um sorriso no rosto.

                - Aye!

                A pessoa acabou sendo uma mulher; de estatura menor do que a maioria do navio, mas com olhos azuis e cabelos negros como o céu de Filliard. Usava um grande chapéu com plumas atrás, botas até o joelho e um casaco batido.

                - Aye - a mulher repetiu, abrindo os braços para cumprimentar Caterina. - O que te trás à Ilha da Noite Eterna?

                - Uma bússola. - Caterina respondeu. - Cadê teu papai, Olivia?

                Olivia Barbossa apontou para o amontoado de rochas do lado da praia com o queixo. - Reclamando, como sempre.

                - Posso ficar aqui e cuidar do navio. - ofereceu Jack. Caterina, Gillian, Angelica e George viraram ao mesmo tempo com iguais olhares desaprovadores.

                - Você vem conosco. - Angelica disse. Pegou Jack pelo braço e o arrastou para dentro de um bote, no qual entrou Caterina. George pulou em outro e trouxe consigo dois marinheiros, um deles sendo Galloway. Olivia se enfiou do lado deles.


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