Whos Gonna Save Me? escrita por Chloe


Capítulo 10
O susto


Notas iniciais do capítulo

Oi, eu espero que gostem desse capítulo :)



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Quer namorar comigo?”

Meu coração falhou uma batida quando ouvi essas palavras saírem da boca de Kyle. Eu já sabia o que eu queria, então, sem hesitar, respondi com um sorriso de orelha á orelha:

— Sim! – não conseguia conter minha animação.

Então, fui até ele, e ele me abraçou apertado. Senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto, e depois senti outra lágrima cair no meu ombro. Ele estava chorando também. Ele olhou nos meus olhos e disse:

— Quando eu te conheci, eu achei você linda, mas era só isso. Depois, você se tornou uma amiga, depois, minha melhor amiga, e então eu me dei conta de que eu estava apaixonado. Depois, vi que não era só paixão, mas sim amor. Percebi que eu não lembro mais da minha vida antes de você entrar nela e não quero imaginar você fora dela. Eu penso em você desde a hora que eu acordo até a hora em que eu vou dormir. Eu nunca senti nada parecido antes. Eu te amo muito princesa. – ele disse. A esse ponto eu já estava me debulhando em lágrimas.

Beijei ele. E entre o beijo, sussurrei no ouvido dele:

— Também te amo muito meu anjo.

Então, ele pegou um dos anéis da caixinha preta e o colocou no meu dedo anelar direito, depois pegou o outro anel e colocou no seu dedo. Então, ele me deu um beijo rápido e meu celular tocou.

— Alô?

Chloe, já tá tarde, voltem para casa. – ordenou meu pai.

— Tá pai, a gente tá indo. – eu disse e encerrei a chamada.

Voltamos para casa abraçados (ele com o braço envolta do meu pescoço e eu com meu braço envolta de sua cintura), mas quando chegamos no portão nos soltamos. Entramos em casa e vimos meu pai sentado á mesa da cozinha com uma garrafa de cerveja na sua frente. A primeira coisa que ele olhou quando chegamos em casa foi em alguma parte do meu corpo, mas não dei muita importância. Íamos subir quando ele fala:

— O quê é esse anel no dedo de vocês dois? – droga. Era isso o que ele estava olhando. Nós nos entreolhamos e ele disse:

— Brian, eu não quero mentir para você. – ele estava dizendo a verdade para o meu pai. – eu amo ela mesmo, então eu pedi ela em namoro. Eu espero que você entenda e aceite isso.

Então, meu pai se aproximou a uma distância que dava para sentir o cheiro de bebida e disse com um tom de embriaguez na voz:

— Eu só vou aceitar porque eu sei que você é um bom garoto e vai cuidar bem dela. – ele disse sorrindo. – Parabéns para vocês.

Nós sorrimos para ele e fomos para o nosso quarto. Kyle viu que eu estava um pouco quieta demais, e perguntou o motivo.

— Nada, eu só... estou um pouco preocupada. – respondi.

— Por quê?

— Pode ter sido uma impressão, mas... eu acho que meu pai bebeu um pouco demais. Ele não bebia mais cerveja, ele nem comprava mais. Ele só bebia vinho nos restaurantes, mas não tanto. – falei.

— Calma anjo, você deve ter tido essa impressão porque você não via mais seu pai bebendo, agora que ele tá bebendo um pouco você já acha que é demais, é que você desacostumou a ver seu pai bebendo. – como Kyle me conseguia me tranquilizar tão bem?

Assim feito, eu fui tomar banho. Demorei 30 minutos, e quando saí era a vez de Kyle, que entrou no banheiro e se trancou lá. Então voltei a ler o livro que eu estava lendo outro dia (Treze á mesa da deusa da escrita Agatha Christie). Eu estava na parte em que o detetive Poirot estava conversando com seu companheiro, capitão Hastings sobre suas teorias em relação ao assassinato de Lord Edgware, quando Kyle saiu do banheiro, já vestindo pijamas (lê-se: calça de moletom com uma regata branca que matava qualquer uma). Mas uma coisa me fez sair do transe em que Kyle me fazia ficar.

Um grito. Em seguida um barulho. O grito continuava. O barulho também. Eu olhei para Kyle, temendo que minha mente acertasse o que estava acontecendo. Nem Kyle estava com uma expressão calma, mas ele tentou quando meu olhar se cruzou com o dele. Depois de alguns segundos paralisados de horror, descemos as escadas e encontramos uma cena terrível.

Meu medo se tornou realidade. O que eu temia e minha mente ficava me lembrando enquanto os gritos foram se arrastando pelos meus ouvidos, aconteceu.

Analisei a situação geral da sala de estar de minha casa enquanto eu tentava me acalmar lentamente. Uma mesa virada, várias garrafas de cerveja em cima da pia, uma só quebrada no chão, meu pai com o rosto vermelho e escorrendo suor, em frente á Meredith, que estava encostada na parede com o braço sagrando e o rosto vermelho e inchado, chorando sem parar.

Eu e Kyle fomos separar meu pai de Meredith. Kyle não soltou o braço de meu pai enquanto ele estava tentando agredir novamente Meredith. Sentamos meu pai no sofá e eu fui socorrer Meredith.

— Meredith, o que aconteceu? Você tá bem? – perguntei, desesperada.

— N-não, eu fui falar com ele sobre ele me trair e ele começou a me bater. – gaguejou ela. – Eu estou com muita dor! – gritou.

— Klo, pega meu celular e liga pro Tyler. Pede pra ele passar aqui com o pai dele pra levar a Meredith para o hospital. – ordenou Kyle. Fui buscar um copo de água para Meredith e em seguida fiz o que meu namorado pediu. Tyler me prometeu que ele iria vir o mais rápido possível.

A hora que eu voltei para a sala, meu pai (de tão bêbado que ele estava) estava deitado dormindo no sofá enquanto Kyle estava ao lado de Meredith, reconfortando-a. 10 minutos depois, Tyler e seu pai chegaram. Ajudamos Meredith a entrar no carro, trancamos a casa com meu pai lá dentro e fomos para o hospital. O pai de Tyler teve que ir embora pois recebeu um telefonema do trabalho, mas disse que voltaria assim que possível.

Fomos atendidos rapidamente pois não tinham tantas pessoas no hospital, só umas 5 ou 6, sem contar eu, Kyle, Tyler e Meredith, e na sala de espera do andar onde estávamos só tínhamos nós. Porém, na sala do médico e na sala de exames só um acompanhante poderia entrar. Como Kyle era enteado/filho de Meredith, ele foi, enquanto eu e Tyler ficamos na sala de espera vazia. Tyler me acalmava, enquanto eu chorava sem parar.

— Calma Klo, vai dar tudo certo, não se preocupa. – ele me tranquilizou e me abraçou.

— Eu estou com medo do meu pai fazer alguma coisa comigo. – falei. E eu estava mesmo. E se ele descobrisse que eu iria com Meredith e Kyle e deixaria ele sozinho e ele fosse me procurar?

— Por quê? – perguntou ele, me libertando de seu abraço e deixando seu rosto a centímetros do meu.

— Porque eu vou com o Kyle e a Meredith se eles se separarem, e eu estou com medo dele ficar bravo e fazer alguma coisa comigo. – falei entre lágrimas.

— Eu tenho certeza que a Meredith não vai deixar isso acontecer. Nem o Kyle. Nem eu. – disse ele. O Tyler não tinha visto a aliança no meu dedo? Ou ele era cara de pau mesmo?

— Obrigada Tyler. Você é um grande amigo. – disse. Queria que ele entendesse que ele era um amigo, não algo a mais. Aliás, eu estava namorando o melhor amigo dele.

Acho que ele entendeu e se afastou um pouco. Ficamos lá conversando um pouco, depois de mais ou menos uma hora Meredith e Kyle saem da sala, ela chorando e ele com uma expressão devastada.

— Sinto muito. – disse o médico e este saiu.

— O que aconteceu? – eu e Tyler levantamos.

— Seu pai me bateu em várias partes do corpo. No braço, no rosto, na barriga, na perna... e, em uma dessas pancadas na barriga... – ela abaixou a cabeça...


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Notas finais do capítulo

Ok, esse cap. também terminou tenso. Não sei se quem acompanhava antes a fic tá acompanhando ainda, mas eu espero que sim :)) deixem reviews por favor? :3
PS: eu sei que eu fiz uma propaganda enooorme da escritora Aghata Christie, mas ela é diva mesmo, vale a pena ler todos os livro dela! então, é isso :) beijos ♥