Tarde Demais Para Esquecer escrita por PitufAny
Narrado Por Pedro
Me aproximei e encostei nossos lábios novamente,iniciando um beijo calmo e apaixonado.Uma de minhas mãos acariciavam seus cabelos úmidos e a outra segurava sua cintura levemente enquanto suas mãos acariciavam minha nuca,era uma sensação muito boa e aos poucos ela aumentava e o ar ia se esgotando.Nos separamos por um rápido momento e depois voltamos a nos beijar novamente e só paramos quando não havia mais ar para respirar.Sorrimos um para o outro e ficamos abraçados por um tempo,a chuva forte que insistia em cair já tinha estiado e os ventos estavam mais fracos,mas ainda sim estava frio,o suficiente para me fazer querer ficar abraçado com ela por toda a eternidade. Dormimos ali mesmo e no dia seguinte quando eu acordei ela não estava, devia estar andando por ai como ontem, levantei com um pouco de dor nas costas e sai da cabana, o sol brilhava forte e ventava um pouco, passei a mão pelo meu cabelo e procurando Hanna, me joguei na areia e logo depois a vejo sentando ao meu lado, de onde ela saiu? Sinceramente, eu não sei. Sentei ao lado dela e fiquei olhando para seu rosto por longos segundos e pude perceber que ela era linda, muito linda.
- Que foi? – ela perguntou me olhando sorrindo.
-Já te falaram que você é muito linda? –ela sorriu envergonhada e olhou para cima talvez procurando uma resposta.
-Não, mas uma pessoa muito linda acabou de falar isso. – sorri e cheguei mais perto dela.
-Me diz uma coisa... quem é “Hanna baleia” ? – ela me olhou gelada.
-Co-como você... sabe? – ela perguntou nervosa. Acho que ela não sabia que falava enquanto dormia.
-Ouvi você falando... ontem a noite enquanto dormia. –Ela me olhou indignada.
-Eu não falo dormindo tá ?
-Mas falou ontem, e só foi “Hanna Baleia”, não vai me falar ?
-Por que te falaria?
-Porque eu te amo! E me preocupo com você.
-Não acha que é meio cedo pra dizer que me ama? – ela falou friamente e pude sentir um grande aperto no coração.
-Nunca é cedo demais quando se trata de amor.—ela deu um longo suspiro e fechou os olhos rapidamente.
- Quando eu estava na sexta série eu era bem gordinha... e como você sabe eu nunca tive amigos, e um dos motivos era esse, sempre me chamavam de “Hanna baleia” e eu ficava super mal, me fechava, já até tentei me cortar uma vez, ou mais. Foi isso, coisa de infância. Passado.
- E isso ainda te afeta?
-Um pouco, esse sempre foi o motivo de ninguém querer ser meu amigo, e eu acho que se não fosse por isso eu poderia ter tido amigos, ou não. – ela fez uma careta e ficou olhando o nada, agora eu sabia o motivo de toda aquela bipolaridade e mascaras. O Passado.
-Não precisa se preocupar com o passado se ele não te traz coisas boas, pense no presente, no futuro, e principalmente pense que você está presa numa ilha com o garoto mais lindo do mundo! Já não é uma honra ?—falei tentando ser engraçado e parece que consegui já que ela começou a rir, uma risada linda e que me fez rir junto.
-Sério, você sabe me fazer rir, definitivamente. – ela falou ainda rindo e olhei pra ela com uma das sobrancelhas levantadas.
- Vai me dizer que não é verdade?
- Não, eu to presa numa ilha deserta com um idiota que se acha lindo. Só acha.
-AI, depois dessa vou ali catar coquinho, vi um coqueiro cheio! – falei me levantando e tentando parecer engraçado novamente, e por incrível que parece eu sempre consigo faze-la rir, isso me deixava feliz.
-Hey, eu to brincando!
- Eu sei, eu sei também que você me acha super lindo!
- Não acho, você é super lindo! – Hanna disse envergonhada e sorrindo.
- E você é super linda.
-Lindo.
- Linda.
-Lindo.
-Eu te amo.
-Eu te amo mais. – sorri e ela se levantou ficando de frente pra mim mas mantendo uma certa distancia. Puxei-a pela cintura colando seu corpo ao meu e dei um leve beijo em sua bochecha e desviando para sua boca iniciando mais um beijos, não só mais um, mas aquele beijo. Apertei sua cintura contra mim e Hanna me abraçou pelo pescoço puxando meu cabelo de leve, intensifiquei mais um beijo e senti que ela me empurrava levemente até uma árvore, encostei de dele e desci um pouco minhas mão de sua cintura esperando não estar indo rápido demais e senti ela mordiscando de leve meu lábio inferior me fazendo arrepiar, seu beijo era calmo e urgente, fazia meu coração acelerar e meu estomago pinicar, eu já podia sentir que não estava apaixonado, e sim amando aquela menina que apareceu tão der repente na minha vida e mudou tudo dentro de mim. Depois de longos minutos nos separamos e sorrimos um para o outro, dei uma selinho demorado nela e baguncei seu cabelo.
- Ah não, ele já ta ruim, com você bagunçando ele vai ficar mais pior ainda!
-Mais pior? –falei rindo de seu erro de português.
-Mais pior, mais ruim da tudo no mesmo. – ela disse emburrada com aquele sotaque espanhol que me provocava.
-Você faz pra me provocar né?
-Faço o que? – ela disse-me olhando com medo.
- Esse sotaque.
- Ué, eu falo assim! Você não gosta? Desculpa ai então!
-Eu adoro! – disse rindo se sentando de frente pro mar, ela fez o mesmo e ficou me encarando.
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