Final Alternativo-A Batalha De Hogwarts escrita por SouDaCorvinal


Capítulo 2
A chegada de Voldemort




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- Ele está morto, milorde. Eu o matei.

Fez-se silêncio por alguns instantes. Bellatriz olhava apavorada para o corpo de Harry esparramado no chão, ao seu lado.

- Você... você o que? – sussurrou a voz de Voldemort, como se estivesse fazendo força para manter a calma.

- Eu... Eu...

- Diga, Bellatriz! – estava furioso.

- Eu o matei, milorde.

Instaurou-se mais uma vez o silêncio. Bellatriz não tirava os olhos do corpo do garoto. Suas mãos tremiam. Ela sempre fora a mais fiel comensal de Voldemort. E acabara de desobedecer a uma de suas maiores ordens: “Deixe o garoto para mim”.

Ouviam-se gritos de alunos de fora da sala onde Bellatriz se encontrava. Estavam duelando, fugindo, morrendo.

- Venha até a floresta, Bella. Precisamos ter uma conversa.

Bellatriz engoliu em seco e voou para fora da sala, envolta em uma espessa fumaça negra. Explodiu a janela e se precipitou pela noite escura. A linha de fumaça seguiu até a Floresta Proibida. Chegando lá, Bellatriz se materializou. Começou a procurar por Voldemort. Seus passos apressados e desgovernados a guiaram por uma estreita trilha ladeada de altas árvores. Tropeçou várias vezes em algumas raízes. Foi quando ouviu novamente a voz de seu mestre.

- Venha logo, Bellatriz – a voz ecoou em sua cabeça – não temos muito tempo.

Ela apressou o passo e logo chegou a uma clareira, onde se encontrava Voldemort, cercado de alguns comensais.

- Milorde, eu posso me explicar... – ela disse, lágrimas nos olhos, correndo em direção a ele.

- Não toque em mim! – ele disse, quando percebeu que ela se aproximava demais, as mãos trêmulas tentando gesticular alguma coisa.

- Me perdoe, me perdoe – disse ela, se afastando.

- Bellatriz, me diga, o que eu lhe mandei fazer naquele castelo?

- I-ir b-buscar o garoto. E trazê-lo para o senhor – disse, a voz falhando.

- E o que você fez?

- Eu... eu... eu o m-m-matei.

Ouviram-se murmúrios vindos dos comensais que se encontravam atrás de Voldemort. Ele olhava para Bellatriz secamente, furioso.

- Me diga: qual sempre foi minha maior vontade, Bellatriz?

- M-matar o g-garoto com suas próprias mãos. Tirar você mesmo a vida dele...

- E eu vou conseguir isto agora, Bellatriz?

- N-n-não...

- Por que você fez isso? – ele berrou.

- E-eu não sei... ele estava me desafiando, ele pensou que eu não teria coragem de mata-lo.

- Você não deveria tê-lo matado! Eu queria ter feito isso!

- Eu sei, mas...

- Você me desobedeceu, Bella. Justo você, em quem eu sempre confiei. Você traiu minha confiança, e você sabe que eu não tolero traidores. Você sabe muito bem o que eu faço com traidores.

- Não, milorde, por favor não! – ela se ajoelhou aos pés de Voldemort, que a chutou para o lado.

- Não demonstre fraqueza agora, Bellatriz. Você cometeu o maior erro de sua vida, assuma!

- Eu assumo meu erro, eu assumo! – disse ela, rastejando até Voldemort.

- Isto não é tudo, Bellatriz. Você me traiu. Isto é grave. Você sabe bem o tipo de punição que eu uso contra todos aqueles que me traem. Eu sei, eu sei, você será uma grande perda. Uma das minhas melhores comensais, senão a melhor... mas sua atitude não me deixa outra escolha...

- Não, milorde, não – ela se ajoelhou mais uma vez aos pés de Voldemort, mas não teve mais chance.

- Avada Kedavra! – bradou Voldemort.

Uma forte luz verde inundou a clareira. Os comensais estremeceram atrás de Voldemort. Bellatriz caiu aos seus pés, uma lágrima escorrendo de seus olhos. Seu coração não batia mais. Ela estava morta.

- Isto é para que todos vejam o que acontece àqueles que me traem. Realmente foi uma grande perda, mas as regras são claras. Ela matou o menino. Era um dos meus maiores desejos. Depois disso, não temos mais nada a fazer a não ser invadir aquela escola e matar todos os outros que ainda resistem nela. Não precisam ter piedade. Não poupem ninguém. Até o amanhecer, não quero mais nenhum bruxo vivo naquela escola.

Os comensais seguiram por uma trilha tortuosa em meio à Floresta Proibida, um sorriso despontando nos lábios. Estavam muito confiantes de que venceriam, agora que Harry estava fora do caminho. Voldemort seguia na frente, os olhos fixos em um ponto distante. Saíram da Floresta Proibida e caminharam pelos gramados em direção ao castelo. Enquanto isso, lá dentro, a batalha continuava. Mais alunos morreram. Mas os que ainda sobravam resistiam bravamente. Duelavam incansavelmente. Estavam mesmo dispostos a defender a escola. E também suas próprias vidas. Eles sabiam que um mínimo momento de fraqueza poderia acabar com eles. Vários comensais da primeira remessa que invadiu a escola morreram. Mas o reforço estava à caminho. Voldemort, seguido dos seus comensais de maior confiança, despontou no pátio da escola, fazendo todos pararem seus duelos para olhar. Quando a atenção de todos no local (alunos, professores e comensais) se voltou para ele, ele riu. Deu uma longa gargalhada, como se aquela fosse a cena mais divertida do mundo. Um leve sorriso despontou nos lábios dos comensais. Alunos e professores estavam paralisados, atônitos.

- Uma chegada um tanto magistral, não acham? – disse ele. Apenas os comensais riram. Os alunos fecharam a cara, deram uns passos pra trás. Alguns, os mais corajosos, permaneceram onde estavam, as mãos suadas segurando as varinhas o mais forte que conseguiam.

- Isto era para ser uma piada. Vocês deveriam rir – disse Voldemort aos alunos. Todos continuaram em silêncio.

Voldemort caminhou lentamente em direção a um aluno do primeiro ano, que continuou firme em sua posição. Todos se espantavam com sua coragem. Ele continuou parado, o ar sério, enquanto Voldemort se aproximava.

- Eu mandei rir. Você não vai rir? – sussurrou Voldemort, e o menino o fitou em seus olhos.

- Não – disse o garoto, firme. Todos ficaram estupefatos com a coragem do menino.

- O que você disse? Acho que eu não ouvi direito...

- Eu não vou rir.

- Você é bem corajoso. Muito tolo, eu diria... Você não tem medo da morte? – Voldemort fitava o garoto com um olhar doentio.

- Eu não tenho medo de você. Hogwarts está comigo.

Voldemort o olhou com estranheza. O garoto não se curvava para ele. Ele não tinha medo nenhum.

- Bom, neste caso... – sussurrou Voldemort, erguendo a varinha – Avada...

- Estupefaça! – berrou uma voz, fazendo Voldemort ser arremessado para longe.

Era a voz de Rony Weasley, que saiu do meio dos alunos, a varinha erguida. Ele estava ferido. Estava duelando com comensais do outro lado do castelo com Hermione, ainda não sabia que o amigo Harry estava morto.

Voldemort se levantou rapidamente e levou a mão ao pescoço de Rony. Enforcando-o, levantou voo do pátio, envolto em uma espessa fumaça negra. Seus pés se soltaram do chão e eles rodopiaram por entre as torres do castelo. Foi quando pousaram na Torre de Astronomia.

O corpo de Rony rolou para o lado. Voldemort ficou em pé antes de o garoto conseguir se levantar, empunhou a varinha e bradou “Crucio!”.

O corpo do garoto se contorcia no chão. Ele berrava de dor. Hermione disparara pelo castelo em direção à Torre de Astronomia, procurando Rony. A confusão no pátio voltara. Em poucos instantes, alunos e comensais voltaram a duelar. Muitos comensais estavam morrendo, mas muitos alunos também. Uma batalha um tanto quanto equilibrada. Madame Pomfrey corria como louca resgatando alunos feridos com ajuda de elfos domésticos e levando-os em macas improvisadas até a ala hospitalar. Ela dava seu melhor para ajudar os alunos, mas não estava sendo o suficiente.

Hermione deu de cara com um comensal no corredor, e começou a duelar com ele. Foi um duelo exaustivo. Nenhum dos dois cedia. E enquanto ela estava lá, Rony estava rolando de dor na Torre de Astronomia.

Voldemort parou de tortura-lo e abaixou a varinha.

- Ele está morto – disse Voldemort – Harry Potter está morto.

Rony tomou um susto. Ficou atordoado por alguns instantes, absorvendo a ideia, se recuperando da dor.

- Ele não morreu em vão – disse, com lágrimas nos olhos.

Rony se levantou rapidamente, empunhou sua varinha e apontou-a para Voldemort, que empunhou sua varinha também. Estavam frente a frente, prestes a começar um duelo do qual apenas um dos dois sairia vivo. 


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