Ours Blood escrita por The Fallen Angel


Capítulo 23
Capítulo XXII - Respeito? Só para quem merece.


Notas iniciais do capítulo

HOHOHO, olha quem voltou! u_u Últimos capítulos, hein!
Leitores? Onde vocês estão? D: Apareçam! E não me abandonem. u-u E obrigada pelos reviews, leitoras que sempre comentam. ♥
Enfim, boa leitura. :D



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  Já tinha trocado mais umas quatro ou cinco mensagens com Vee, insistindo para que ela ficasse na calçada da casa que estava dando a festa.

  Ela tinha me mandado o endereço, junto com outra mensagem em que ela dizia já ter vomitado três vezes por causa da bebida. Fiz uma careta quando li.

  - Acha que ela pode estar justo lá? Onde Bill e Sookie estão. – Perguntei pela quinta vez, e de novo, Eric fez que não com a cabeça.

  Mas como a sorte nunca estava do meu lado, tinha quase certeza de que ela estaria na festa deles. Pelo que tinha visto nos olhos de Sookie no dia em que nos encontramos na praia, ela tinha ódio, tanto pelo fato de Eric ter deixado-a em Bon Temps, quanto o fato dele já ter deixado bem claro que já se interessava por outra pessoa. E essa outra pessoa era eu, mas ainda não tinha me decidido se eu gostava ou não disso.

  Chegaríamos em Portland em mais ou menos uma hora –mesmo ele dirigindo como um louco-, a cidade não era tão perto assim. E isso me daria tempo suficiente para chegar no assunto que eu queria discutir. As palavras de Pam não saiam de minha cabeça, eu realmente fora capaz de trair Patch?

   Eu sentia nojo de mim mesma, pensava em como eu não passava de uma traidora imunda e como não merecia Patch. Ele era o sonho de qualquer garota.

   Ele era o meu sonho.

   E eu o tinha.

   Mas depois dessa eu duvidava muito que ele me desculpasse outra vez. Isso se eu conseguisse tocar nesse assunto. Só eu fazia as coisas erradas e me sentia constrangida e pequena por isso.

   Abracei-me, tomando coragem para tentar puxar o assunto. Eu queria afundar naquele banco, diminuir e ficar tão pequena á ponto de sumir da vista de todos. Tinha feito a maior burrada da minha vida, decepcionado a pessoa que eu mais amava e estava preste a magoar outra com a qual me importo. Como eu tinha chegado á esse ponto?

   Os pensamentos de quando eu era criança surgiram em minha mente. Eu e Vee costumávamos ler todo o tipo de livro sobre romances com um toque sobrenatural, ou qualquer livro que tivesse um casal no meio. Sonhava em achar alguém tão carinhoso, misterioso, sedutor e... sexy quanto os galãs daqueles romances, envolver-me em algum triangulo amoroso e ser disputada por dois caras completamente diferentes mais ainda assim perfeitos. E agora consigo ver que tudo isso não passa de uma idiotice.

   Uma daquelas coisas que só são boas em livros.

   Porque, na verdade, se apaixonar e ser disputada por duas pessoas ao mesmo tempo não é tão bom quanto parece.

   Alguém sempre vai sair de coração partido. Não há duvidas nisso.

   Respirei fundo e virei-me no banco, para ficar virada para Eric.

   - Eu... tenho que te perguntar uma coisa. – A voz quase não saiu. Pigarreei e olhei, nervosa, para o painel do carro.

   - Qualquer coisa. – Eric responde dando os ombros.

   Fechei os olhos por um segundo e me concentrei em achar as palavras certas para isso.

   - Pam me disse uma coisa... – Eric desviou sua atenção da estrada por um segundo, para que eu visse ele levantar a sobrancelha num ar de duvida. – Disse que... nós transamos.

   As ultimas palavras escaparam tão rápido que não tive certeza se ele entendeu. Mordi o lábio, eu queria ter coragem o suficiente para fitá-lo, descobrir toda a verdade de cabeça erguida e assumir que eu errei, mas não conseguia. Os olhos azuis dele ás vezes conseguiam ser to profundos e expressivos que eu me perdia neles, perdia o fôlego, a razão e a decência, porque sem duvida alguma, qualquer uma que os olhasse de mais ia á loucura.

    - É verdade, não é? – Pressionei quando o silêncio começou a me incomodar.

    - Sim, é verdade. – Eric respondeu formalmente ainda olhando para á estrada.

    - Porque me fez esquecer de tudo?! – Perguntei um pouco exaltada. – Não tinha o direito de fazer isso, eu sou a culpada...

    Ele me cortou.

    - Você não é a culpada, Nora. Eu praticamente te forcei a fazer.

    Senti minha boca se abrir. Eu não duvidava nada que Eric, com certeza, tinha se aproveitado ao máximo da situação, mas assumir toda a culpa assim?

    - Sério, Eric?

    - Sim, sério, Nora. – Ele me lançou um sorrisinho falso sem desviar os olhos da estrada.

    - Não sei porque, mas não estou acreditando... – Cruzei os braços e esperei pela resposta.

    Nada. Tentei de novo.

    - Já sou grande o suficiente para...

    - OK! OK! – Eric me interrompeu de novo batendo as mãos no volante. – Nós transamos, e quer saber? Foi ótimo.   

    Imaginei-me batendo minha cabeça contra uma parede. Eu tinha mesmo feito a burrada de ter traído Patch. Respirei fundo algumas vezes.

    - E foi exatamente por isso que eu apaguei sua memória. – Disse sem olhar para o lado, fitando a rua com uma expressão um tanto fria. – Não queria que ficasse achando que tudo foi um erro.

    - Mas Eric! Você sabe que eu namoro o Patch, é claro que eu vou sentir que isso foi um erro.

    - Que seja, foi por isso que eu apaguei. Quero que fique comigo porque quer e não porque está bêbada.

   Encostei-me no banco e olhei pela janela como se tivesse alguma coisa realmente interessante do lado de fora, qualquer coisa seria melhor do que olhar naqueles olhos de Eric. Eu me sentia tão estúpida e egoísta por ter feito isso com os dois. Duas pessoas que se importam tanto comigo. 

   E mesmo nessas horas, a vergonha de Eric ter me visto nua, ter feito sexo comigo - e sabe se lá quantas outras coisas fizemos -, me incomodava.

    - Já estamos chegando. – Eric finalmente disse depois de longos minutos em silêncio.  

   Fiquei pronta para saltar do carro assim que ele estacionasse. Tínhamos parado na frente de uma casa de frente para a praia.

   Grande e exagerada.

   Eram as palavras que a definiam. Pintada de vermelho em todos os seus andares, dava para ver a piscina no lado direito da casa e no mínimo uns três carros na porta da garagem aberta. As pessoas pulavam por todo o lado de fora da casa e dava quase para sentir o chão tremendo por causa da música alta que vinha de dentro.

   Pulei do carro com Eric ao meu lado, seus dedos da mão roçavam nos meus e eu senti uma vontade enorme de aceitar aquele pedido silencioso para que nossas mãos se juntassem, mas disse a mim mesma que aquilo era culpa minha e segui em frente procurando por Vee.

   Parei na calçada para me orientar por um momento. Vi Vee sentada num dos bancos da varanda da casa, a cabeça baixa e os cabelos louros para frente. Típico dela. Pensei.

   Quando ia correr para pegá-la e sair dali o quanto antes pudesse, Eric colocou o braço na minha frente. Ele olhava diretamente para a porta aberta da casa e eu sabia o que aquilo significava.

   - Sookie? – Murmurei e engoli em seco.

   - E o precioso Rei Bill. – Sussurrou de volta e empurrou-me para trás dele, mas não a tempo suficiente de eu ver um sorrisinho de diversão aparecer em seu rosto. – Ligue para o Anjo, talvez precisemos de uma ajuda.

   Eric disse e no mesmo instante um vento frio passou por nós. Um homem baixinho – comparado á Eric -, moreno e com costeletas surgiu em nosso caminho. Ele usava uma camisa social, calça jeans escura e sapatos lustrosos. Seus dentes apareceram de repente com o costumeiro som de laminas.

   Recuei até bater contra meu carro, Eric continuou com sua postura, nem um pouco preocupado. Puxei o celular do bolso e liguei para Patch, ele atendeu no primeiro toque.

   - Não se mexa até eu chegar ai, entendeu? – Ele estava com raiva, e provavelmente depois que matar os vampiros ia querer me matar.

   - Como sabe onde eu estou? – Sussurrei em resposta na esperança de não atrapalhar Eric e Bill á se encararem fatalmente.

   - Pam. Ela me ligou.

  Congelei por um momento sem saber o que dizer. Mordi o lábio tentando pensar em alguma coisa para dizer. Se Pam disse que tínhamos ido para Porland, ela podia muito bem ter dito tudo o que estava preso dentro dela.

   - Só fique perto de Eric, já estou chegando. – E desligou na minha cara.

   Segurei o celular por mais alguns segundos até guardá-lo em meu bolso. O vampiro das costeletas explodiu num ataque de risos, mas logo voltando á expressão séria, ele contornou Eric e deu alguns passos em minha direção. Eric acabou com o espaço entre nós e praticamente colou suas costas e outras coisas em mim.

   - Nem pense nisso. – Disse ainda numa voz divertida. – Temos contas para acertar. Eu e você, Rei Bill.  

   O “rei” Bill, só levantou a mão como que para espantar uma mosca que estivesse incomodando. Seus olhos estavam em mim, analisando cada detalhe de meu rosto.

   - Deve ser a nova doadora de Eric. – Deduziu e se aproximou mais um pouco de mim, sendo interceptado por Eric no meio do caminho. – Dá para ver porque está tão... Fraco.

   Mordi a língua para não dizer nada. Bill me lançou mais um olhar maldoso.

   - Talvez devesse achar outra. – Um sorrisinho se espalhou por seu rosto. – Uma com mais... atrativos.

   - Uma puta loura igual a sua talvez? – Soltei, olhando fixamente para Bill.

   Seu cabelo lambido para o lado, as presas brancas para fora e seus olhos ligeiramente arregalados pelo comentário voltando ao normal. Ele estava se divertindo com aquilo.

   - É, já deu para ver porque se apaixonou por ela. – O rei passou a mão no queixo, num gesto pensativo e apontou o dedo para Eric. – Gosta de mulheres impossíveis, mulheres que nunca vai ter.

   - E você de mulheres que querem te controlar e te usar como escravo. Deu para perceber. – Eric piscou para Bill. – Devo citar nomes...?

    - Silêncio! – O rei gritou chamando a atenção de alguns poucos bêbados que estavam mais afastados da festa. – Sou sei Rei, e você vai me respeitar.

    - Dê-me algum motivo para isso. – Eric deu os ombros e com um sorriso, suas presas saíram.


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Notas finais do capítulo

REVIEWS? RECOMENDAÇÕES? PUXÕES DE ORELHA? DECLARAÇÕES DE AMOR? ~çalient q



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