Ours Blood escrita por The Fallen Angel


Capítulo 11
Capítulo X - Seja minha, Nora.


Notas iniciais do capítulo

OI, OI. :)
Mais um capítulo para vocês, espero que gostem. u-u
E só para esclarecer, a Pam só tinha uma corrente na barriga, então ela conseguiu levantar e tirar as do Eric, e foi assim que ele chegou até a Nora.
Boa leitura.



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   O vento uivava e balançava as árvores do lado de fora de minha janela.

   Eu estava deitada em minha cama, observando o lado de fora da casa. Já passava da meia noite, e eu estava com os olhos bem abertos. Não parava de pensar em tudo que acontecera essa noite, tudo isso dos vampiros, tudo isso em que eu estava envolvida, parecia tudo tão... Surreal.

   A luz estava apagada, cobri a cabeça com o travesseiro e fiquei em silêncio, estava tudo quieto, tirando o som do vento e o irritante tique-taque do relógio.

  Alguma coisa bateu no vidro da janela ao meu lado, eu ignorei. Os galhos das árvores batiam o tempo todo ali.

   Mais uma batida. Resmunguei e tirei o travesseiro do rosto e na mesma hora rolei para o lado e sai de cima da cama.

   Eric estava do lado de fora da janela, eu não sei como conseguiu se equilibrar num daqueles galhos finos, mas lá estava ele. Não conseguia ver direito o rosto dele, pela escuridão, mas eu reconheceria em qualquer lugar aquele cabelo loiro.

   Subi na cama, fui até a janela e me ajoelhei. Coloquei os dedos, pronta para abri-la. A imagem de Scott de repente surgiu em minha cabeça. Ele estava na cama, com aqueles curativos enormes e uma bolsa de sangue pendurada ao seu lado.

    Parei com os dedos ali e mordi o lábio.

    - O que você quer?

    - Abra. – Foi a única coisa que ele disse, mas ele parecia estar meio nervoso.

   Puxei com força a janela para cima e ela se abriu, deixando o vento frio entrar. Eric continuou no mesmo lugar.

   Dei um longo suspiro e sai da cama, parei um pouco afastada.

    - Entre, Eric. – Idiota. Essa era a palavra perfeita para mim naquele momento.

   E ele entrou. Saltou pela janela e pulou da cama, caindo em pé no chão. Só ai pude ver seu rosto.

   Eric estava com marcas em todo o rosto, como se fossem queimaduras. Seus braços também estavam no mesmo estado, até pior que no rosto.

     - O que aconteceu? – Sem me importar, dei um passo para frente.

    Ele virou o rosto e olhou para o chão.

    Tirando as queimaduras, suas olheiras ainda estavam fortes e ele parecia fraco, de um jeito que eu nunca tinha visto.

     - A autoridade, você queria saber quem era. – Disse ele, me fitando. Agora Eric deu um passo á frente. Estávamos bem próximos um do outro, tirando a diferença de altura.

     - Eles fizeram isso com você? – Minha voz saiu mais preocupada que eu queria.

     - Ou pelo menos mandaram fazer, pelo que eu fiz com seu... Amigo? – Eric deu uma andada no quarto observando as coisas ao seu redor, a cada vez que eu olhava para ele, suas feridas pareciam cicatrizar um pouco.

     - Scott. – Confirmei e fui me sentar da ponta da cama. O vampiro em meu quarto continuou dando voltas, pegando uma coisa ou outra para olhar melhor.

     - Que seja. Agora estão atrás de mim e de Pam, pelo que fizemos.

      - Bem, isso não é problema meu. – Soltei, encarando-o. – Nós não temos nada, não tem por que virem atrás de mim.

      - Então isso vai ser um problema. Eu estava pensando em você quando Sookie leu meus pensamentos.

      - Pensando em mim?

    Espera ai, o que foi que ele disse? Quem estava lendo os pensamentos dele?

    Ele não respondeu, então continuei:

      - Então... Essa tal Sookie pode ler pensamentos?

      - Sim, ela era minha arma, mas parece que agora usaram-na contra mim.

    Eric se sentou ao meu lado na cama, nossos braços roçando de leve.

      - E como ela pode fazer isso? – Eu tinha ficado curiosa com esse assunto, qualquer coisa que me distraísse um pouco daquilo, daquele mundo em que eu estava correndo um sério perigo de morte em todo lugar que eu fosse.

      - É uma telepata, até onde eu sei. – Ele deu os ombros, mostrando um pouco de indiferença. – Precisa ficar em casa, não convide ninguém para entrar.

      Ótimo, agora eu tinha duas pessoas tentando mandar em mim. Era para a minha proteção, mas eu odiava quando os outros tentavam me controlar.

      - Você não manda em mim, Eric.

      - Eu só quero que você fique em segurança, se eu pudesse sairia na luz do sol só para te acompanhar. – Disse ele numa voz baixa, ele descansou o antebraço em seu joelho, ficando meio curvado. Não dava para ver direito seu rosto, mas as marcas de queimaduras quase não estavam mais ali.

     Pensei no que Patch faria se estivesse comigo, ele e Eric provavelmente já estariam discutindo. Eu amava Patch, mais que tudo, não daria um motivo para um briga.

      - E é por isso que eu tenho namorado, não preciso de sua proteção, Eric. – Levantei-me e parei á sua frente com as mãos no bolso de trás da calça.

      A única coisa que ele fez foi rir, aquela risada rouca dele, e extremamente irritante.

      - Seu humano patético morreria em 1 segundo na mão de um vampiro.

      - E quem aqui disse que ele é humano? – Eric já devia saber que mais seres “diferentes” moravam ali, certo? Pois pelo menos Patch sabia muito bem na existência dele.   

      - O que ele é? – Seus olhos pareciam ter aquele brilho de curiosidade.

      - Não é da sua conta. Mas não se preocupe comigo.

     Eric se levantou, eu ainda estava na mesma posição com as mãos nos bolsos da calça jeans. As suas mãos foram em minha direção, com a intenção de pegar em minha cintura, eu recuei.

      - Mais uma coisa, antes de eu ir.

     Esperei ele dizer, mas o mesmo parecia estar se divertindo com uma piada interna.

      - E ai?

      - Seja minha. – A frase me pegou de surpresa, eu arregalei os olhos por um momento e depois sem querer soltei uma risada.

      - O que? – Falei quando me recuperei do ataque de risos que tive, ele só me olhava, meio impaciente.

      - Seja minha, assim nenhum outro vampiro vai poder beber seu sangue. – Minha boca se abriu e fiquei meio besta.

      Ser dele? Ser a bolsa de sangue ambulante dele? Nem pensar.

      - E pelo que me lembro, você está me devendo sangue.

      Era verdade, tínhamos um trato. E mesmo Eric sendo o homem e vampiro, mas desprezível e manipulador que eu já tinha conhecido, não podia me rebaixar ao mesmo nível que ele.

      - Não. Não vou deixar que você tome meu sangue quando bem entender.

      - Ah, e em falar nisso. Você vai ter que tomar o meu. – Ele continuou a falar como se eu não tivesse dito nada. – Sabe, toda aquela troca... Quando você estiver em perigo, vou saber.

      Bati o pé no chão e cruzei os braços.

      - E posso saber por que você se importa tanto comigo?

      Eric deu mais um passo, desta vez ele foi rápido e me puxou pela cintura.

      - Ainda não está obvio? – O mesmo disse baixinho em meu ouvido. Ele era um atrevido, isso sim. Soltei-me de suas mãos e apontei para a janela.

       - Saia.

       - Só depois que tomar meu sangue, ou vou ter que fazer isso á força?

       Engoli em seco, aquilo parecia o pior tipo de errado que existia. Eu me comprometeria de verdade naqule mundo se eu fizesse isso, mas assim eu estaria protegida, não é?

       E foi acreditando nisso que me aproximei, ele sorriu para mim.

       - Seu braço. - Eric disse ao mesmo tempo em que puxava meu braço para si, ele virou meu pulso para cima. As marquinhas dos cortes de três meses atrás ainda estavam ali. Ele olhou com cuidado e depois se curvou um pouquinho. Suas presas aumentaram de tamanho.

       Fechei os olhos esperando a dor, mas quando suas presas entraram na carne de meu pulso não foi bem isso que eu senti. Foi mais... Prazer, a pequena dor que aquilo fazia era aquele tipo de dor boa. Eu sentia o sangue sair das feridas e ir para a boca dele, segundos depois começou a ficar incomodo, ele chupava cada vez mais.

      - Eric! – Eu protestei e na mesma hora, com um pouco de esforço, pelo o que notei, Eric levantou a cabeça.

      Sua boca estava cheia de sangue, o que tinha sobrado de suas feridas agora tinham desaparecido de vez, ele ofegava um pouco. Passou a ponta da língua em seu lábio superior para limpar o sangue.

      - Melhor que eu esperava. Você definitivamente é deliciosa.

      Senti minha pele esquentar, e eu de repente achei o sangue saindo de meu pulso bem mais interessante. Quatro pontinhos estavam ali, vermelhos e quase pingando sangue. Eric puxou meu braço de novo e passou sua... Língua, lá para não pingar.

       Num movimento rápido, ele mordeu seu próprio pulso e colocou sobre minha ferida, elas se cicatrizaram na mesma hora e depois o mesmo me ofereceu seu braço.

       Eric ergueu uma sobrancelha, esperando e eu entendi o que ele queria que eu fizesse.

      - Vamos, antes que se feche.

      - Não vou fazer isso... – Antes de terminar a frase Eric tinha puxado minha cabeça e enfiado a parte cheia de sangue de seu braço em minha boca, eu chupei um pouco e me soltei dele, dando passos para trás.

      Passei as costas de minha mão para limpar meus lábios, enquanto o vampiro ria ainda lambando seus próprios lábios.

      - Não se assuste se sentir uma forte atração por mim, depois disso.

      Nem ao menos tive tempo para rir, segundos depois a janela do quarto estava aberta e ele já não estava mais ali comigo. Subi na cama e fechei a janela, desabei em cima dos travesseiros.

      - E por que eu me sentiria atraída por ele? – Perguntei-me em voz alta. Eu nunca gostaria de Eric Northman, ou pelo menos eu rezava para que não.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Recomendações? u-u



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