A guardiã escrita por Rocky falcony


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem



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No dia seguinte, acordei com Penélope ronronando em meus ouvidos, abracei-a e levantei da cama, quando olhei o relógio, eu já devia ter levantado.

Abri a janela e coloquei Penélope no parapeito.

- vá passear um pouco, não pode ficar presa o tempo inteiro. Ela relutava em sair, mas logo acabou se rendendo a um belo passeio num dia ensolarado.

Apressadamente vesti meu uniforme, tomei um café rápido e sai.

Todos os dias, Thalita ia à escola de carro, mas hoje,quando sai,percebi que estava indo a pé.

-tudo bem com você? Perguntei educadamente.

- não me enche garota! A culpa disso tudo é sua, traíra. Respondeu irritada.

Olhei para o céu e percebi que as nuvens estavam escuras e que em questões de segundos, começaria a chover.

- não venha me falar que a culpa é minha, pois foi você quem procurou por isso, Thalita não me meta nos seus problemas!

- que foi ah? Resolveu afiar a língua mal criada? Pergunta em tom de deboche.

Ignoro suas ironias e aperto o passo deixando-a para trás. Pego meu celular e um fone quase todo destruído no pequeno bolso de minha mochila.

Parei e me virei para trás vendo Thalita fazer o mesmo caminho que eu.

- trouxe guarda-chuva? Perguntei.

- pra que quer saber? Ela pergunta arrumando os cabelos.

- vai chover. Avisei.

Coloquei os fones no ouvido e segui meu caminho até a escola.

Meu dia foi tedioso assim como todos os outros. Aulas chatas, intervalo sem graça, professoras passando lições e trabalhos.

Quando estava voltando para casa, vi o céu escurecendo cada vez mais ate começar a chover.

Minha sorte foi de ter trazido meu pequeno e quebrado guarda-chuva.

Quando cheguei, estranhei o fato de não ter ninguém: Sara Sandro, Samira e Thalita, onde estariam? Normalmente essa hora, Sandro trabalha e Sara aproveita a pequena distância do trabalho e de a casa, e todos os dias vêm para almoçar.

Como de costume comecei a limpar a casa, começando do quarto de minha tia.

Um pensamento me veio em mente. Não, não posso fazer isso, ou será que posso?

Fui ao quarto de Sara, e calmamente cheguei perto da cômoda que ela tanto se incomodava que alguém mexesse.

Até hoje, nunca descobri o que tanto ela escondia, mas estava sentindo que hoje era o dia.

Abri à cômoda e tirei suas roupas, até que...

Uma das gavetas estava enganchada por causa do excesso de roupa, puxei-a com força fazendo a gaveta cair no chão me levando junto.

Quando me recuperei do tombo, peguei a gaveta e percebi que estava oca em baixo. Tirei todas as roupas nela contida e descobri um fundo falso.

Abri cuidadosamente o fundo falso e encontrei um velho papel, amassado e amarelado. Desdobrei-o tendo certa cautela para não rasga-lo.

E nele estava este texto:

Para minha querida filha:

Querida, sei que nunca poderei te conhecer, mas mesmo assim saiba que te amo muito. Sinto que não vou durar muito tempo, por isso estou escrevendo agora para você.

Provavelmente hoje já deve estar grande o suficiente para entender algumas coisas, seu pai está definhando a cada dia, por isso se hoje estiver morando com sua tia Sara, por favor, eu insisto não me julgue, tudo o que fiz foi para lhe proteger. Tem certas coisas que você precisa saber, mas infelizmente não sou eu que encontrarei as respostas e sim você, somente você pode descobrir as respostas para o que procura. Se eu lhe dissesse tudo o que precisava ser dito, te ajudaria muito, mas não posso fazer isso sabendo que esta carta pode cair em mãos erradas, portanto somente você poderá se ajudar.

Não esqueça que sempre estarei com você, não importa onde for minha filha.

Beijos

            Com amor Miriam.

Fiquei perplexa ao ler esta carta, escrita pela minha mãe antes dela morrer, como Sara teve coragem de me esconder algo com extrema importância? Principalmente se tratando de assuntos do meu interesse!

O que ela queria dizer com “tem certas coisas que você precisa saber”? O que mais Sara me esconde? A todo custo preciso descobrir, pois sinto que tem alguma coisa errada.

Dobrei as roupas que espalhei pelo chão e as coloquei novamente na gaveta, não se esquecendo da carta que acabara de ler, pois Sara não poderia nem imaginar que eu fizera aquilo. Preciso pensar um pouco e organizar minhas ideias, processar todas as informações e descobrir o que devo fazer.

O problema é: por onde começar?  Não faço a mínima ideia! Tenho que descobrir primeiro o que mais Sara me esconde, pra tentar entender um pouco da situação.

Ouvi um barulho de portas se abrindo e percebi que Sandro tinha chegado de um longo e estressante dia de trabalho, para sentar-se no aconchegante sofá e descansar.

Deixei o quarto tão bem arrumado que Sara nem perceberia que mexi em suas coisas.

Assim que terminei de limpar a cozinha, fui ver se Penélope estava no meu quarto. Quando abri a porta, fiquei surpresa ao ver um gato no      meu quarto junto de Penélope.

- que ótimo! Até você consegue um amigo e eu não. Falei em tom de sarcasmo.

Comecei a sentir uma tontura repentina, não sei explicar muito bem o que estou sentindo no momento, mas minha cabeça está latejando e por mais que esteja parada, parece que estou rodando feito um peão, até sentir que estou caindo.

E eu estava num lugar desconhecido, levantei-me e tirei a poeira de minha roupa e ouvi uma voz:

- ache-o.

- tem alguém ai?

- ache-o. A voz repetiu.

- o que está acontecendo? Onde estou? Perguntava-me confusa e totalmente desnorteada.

- você tem que encontra-lo. A voz era grave e rouca.

Não entendo o que eu tenho que encontrar? Porque estou num lugar que

Nunca vi em minha vida? O que está acontecendo?

De repente um garoto, aparentemente da minha idade, aparece na minha frente e me olha, começando dos cabelos castanho-avermelhados presos num coque, até meu all-star velho e sujo e olha nos meus olhos verde-claros e diz:

- quem é você?

- meu nome é Elizabeth estou perdida neste lugar.

- você disse Elizabeth?

- sim, por quê?

- ai minha nossa, não pode ser. Disse mostrando um sorriso tímido.

- o que não pode ser? Quem é você? Perguntei confusa.

- meu nome é Philip.

- o que era aquela voz?e porque ficava repetindo as mesmas palavras? Fiz uma nova pergunta, não dando tempo para que respondesse a primeira.

- calma uma pergunta de cada vez. Ele sorri sarcasticamente.

- é que não consigo entender tudo isso! Respondo arrependendo-me logo do tom de raiva que usei.

- você precisa achar um relógio de bolso antigo, ele é muito importante, somente você pode mudar essa maldição lançada entre nós.

- do que esta falando? Que maldição? Caso não se-lembre, estamos no século xxi!

- não importa em que século estamos! Tudo sempre acontece de novo e de novo!

- não vai me dizer que você é um imortal e que vive o século xix!

- não acha que está lendo ficção demais?

- sinceramente não!Não acho.

- esquece! Não vou discutir com você, não temos tempo para isso.


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Notas finais do capítulo

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