PV EDWARD

Eu e minha família chegamos ao local da visão de Alice onde Bonnie estaria, mas infelizmente chegamos tarde, ela já estava caída no chão inconsciente. Quando pensamos em partir para cima do vampiro que a machucou, uma estaca atravessou o peito dele acertando em cheio o coração e caiu morto no chão.

Olhamos na direção de onde veio a estaca e vimos que foi Isabella que arremessou.

Ela devia estar no rastro desse vampiro também. Mas porque motivo ela mataria um vampiro da espécie dela?

— Me deixe ajudá-la? - diz Isabella se aproximando.

— Eu sou médico, posso cuidar dos ferimentos dela. – Carlisle fala analisando os ferimentos de Bonnie.

Ela infelizmente estava muito machucada.

— Prefere que ela leve horas ou dias para se curar?

— E como fará para que ela fique boa rápido? - a questionou papai. 

— Assim. - diz Isabella mordendo seu pulso e sangue começou a sair dele.

— Ei nos queremos que ela fique boa e não que se transforme em vampiro. 

— Eu não vou transformá-la em vampiro, meu sangue só vai curar as feridas dela rapidamente. 

— Mas vocês não têm veneno? 

— Não temos Carlisle. – diz Isabella colocando o pulso na boca de Bonnie deixando seu sangue escorrer.

— E como vocês se transformam em vampiro? 

Isabella tirou o pulso da boca de Bonnie e pressiona com a mão o local de seu ferimento.

— Temos de morrer com sangue de vampiro em nosso sistema. Então torçam para que ela não morra nas próximas vinte e quatro horas que ela vai ficar perfeitamente bem em sua natureza de bruxa.

Como ela sabe que minha irmã é uma bruxa? 

Carlisle pega Bonnie com cuidado em seus braços.

— Ah! E se eu fosse vocês não a deixaria sair por aí sozinha, porque a temporada de caça as bruxas está aberta para um determinado grupo de vampiros da minha espécie. – nos alertou Isabella.

— E o Damon está incluído nele. – falo ao me lembrar que Damon havia procurado Bonnie ontem e que se não fosse por Isabella ter aparecido eu teria descoberto o que Damon queria com Bonnie.

— Não, Damon a quer por outro motivo.

— Pode ser clara.

— Desculpa, não vou falar sobre isso. 

— Como vamos protegê-la sem saber quem são os inimigos?

— Edward! - Esme censurou o tom de voz duro que usei.

— Mãe Edward está certo, temos de saber com quem estamos lidando.

Rosalie não confiava em Isabella. Até a mesma antipatia sem sentido que a Rose tinha com a Bella, ela tem com Isabella. Isso já é demais...

Isabella mordeu os lábios, exatamente como minha Bella fazia quando estava nervosa.

Céus! Como elas podem ser tão parecidas? Não só fisicamente, mas até em algumas atitudes também. Porque ela tinha de aparecer? Deus quer me ver surtar de vez, só pode.

— Isso tudo vai explodir alguma hora mesmo. – Isabella fala isso mais para si mesmo.

O que está acontecendo aqui nessa cidade?

— Primeiro quero deixar claro que Damon não é um inimigo, ele não quer machucá-la, apenas quer algo que acha que Bonnie pode fazer por ser bruxa. Não melhor dizendo, é algo em comum com esse grupo de vampiros, mas não com o mesmo objetivo. Damon não está com eles. 

Filho está claro que ela não quer falar do irmão, Isabella já está fazendo muito por nós. Não vamos questionar mais com relação a Damon.— Carlisle fala a mim por pensamento.

Não fiz sinal para não dar bandeira, mas vi que ele entendeu que acatei sua decisão.

— Porque razão esse grupo de vampiros querem uma bruxa?- perguntou Carlisle.

— Há uma tumba com vinte e cinco vampiros da minha espécie presos aqui em Mystic Falls.

Eu e minha família ficamos preocupados com isso.

— Não há perigo, eles estão bem presos e quase ninguém sabe da existência dela, só as famílias fundadoras e alguns vampiros sabem.

— E o que pode fazer esses vampiros se estão presos? – perguntou Emmet.

— Todos eles têm séculos de existência, isso na minha espécie quer dizer que quanto mais velhos, mais rápidos, fortes e letais podemos ser, esse grupo quer libertá-los para lutar ao lado deles pelo poder.

— Poder? – diz Carlisle.

— Não sabem que alguns vampiros da minha espécie e alguns da de vocês estão em guerra pelo poder, eles querem dominar o mundo. – fala com desgosto evidente em sua voz.

Então ela não era a favor dessa guerra. Menos mal.

— Ah! Isso. Bem ficamos sabendo de algo, mas resolvemos não nos envolver, mas o que uma bruxa tem a ver? – diz Carlisle se lembrando do convite de Aro para que nossa família se juntasse a ele nessa guerra.

Mas papai nem quis saber mais detalhes disso, e não aceitou por que temia perder alguém de sua família, além dele não gostar nem um pingo de guerras.

— Bem a tumba está lacrada com um feitiço, só outra bruxa poderá abri-la, Bonnie é nova, não acho que tenha desenvolvido seus poderes o suficiente para conseguir abri-la, mas infelizmente ela é descendente da bruxa que a lacrou, isso a faz um alvo em tanto para esse grupo de vampiros, tem alguns vampiros daquela época fazendo parte desse grupo. 

— Como sabe que Bonnie é descendente dela? – perguntou Jasper. Pois Bonnie usava o sobrenome Cullen.

— A semelhança é incrível. É o mesmo que vê sua ascendente vinte anos mais jovem. 

— A semelhança pode ser uma coincidência. 

— Temos nossos meios de descobrir o que queremos saber Edward. Infelizmente estou certa com relação a isso. Bonnie é descendente da linhagem de bruxas Bennett.

Infelizmente mesmo, nós sabíamos que Bonnie corria perigo, a mãe dela antes de morrer pediu que Carlisle e Esme a protegesse, mas morreu antes de conseguir dizer de quem, mas agora sabemos é devido sua origem, ela é de uma linhagem de bruxas muito poderosas.

Eu e minha família ficamos mais preocupados ainda com a segurança de Bonnie. Deixá-la sozinha não é mais uma opção, ela não vai gostar de ser vigiada vinte e quatro horas por dia, mas não podemos perder nossa bruxinha. Nós a amamos de mais.

— E Damon quer Bonnie, então ele tem a ver com o grupo, não é? 

— Eu já disse que ele não faz parte do grupo. – me respondeu Isabella irritada.

— Então diga o que ele quer de Bonnie. 

— Desculpa mais isso é algo pessoal. 

— Se não falar porque ele a quer, vou pensar que é isso mesmo e você o está encobrindo. – falei ignorando a recomendação de Carlisle, que me censurou com seu olhar.

— Um antigo affer de Damon está na tumba. – revelou Isabella a contragosto.

— E porque não quer ajudá-lo a resgatar seu amor? – perguntou Alice achando que Isabella estava sendo injusta com o irmão.

— Primeiro por que eu acho que ele não a ama de verdade, é mais como uma obsessão e segundo ela é uma vampira sádica, brincou com os sentimentos dos meus irmãos quando eram humanos, ficou com os dois ao mesmo tempo, Stefan era hipnotizado por ela sempre que percebia algo de diferente nela ou quando começava a desconfiar que ela também ficava com Damon, mas Damon sabia onde estava se metendo.

— Está dizendo que Damon sabia que ela brincava com o próprio irmão. – falo com desgosto.

Que família mais infame é essa que ela tinha.

— Não o condene você não sabe da história. 

— Então nos conte. – pedi moderando meu tom de voz.

Eu podia realmente estar fazendo um pré julgamento errado.

— Bom resumindo foi assim. Stefan se interessou por ela primeiro, Damon estava viajando e quando voltou conheceu a tão falada Katherine que Stefan sempre mencionava quando eles entravam em contato. Damon se apaixonou por ela imediatamente e eles namoravam escondidos, Katherine revelou a ele que era vampira, mas o que ela era não importava para Damon e ele estava cego por ela também, ele não via com clareza o que estava fazendo com Stefan. Vampiros são extremamente manipuladores e persuasivos. Ela conseguiu envolvê-lo no seu joguinho perverso.

Isabella estava certa um vampiro pode ter um humano em suas mãos e fazer o que bem entender dele se quiser.

— E Stefan como reagiu a isso?

— Stefan não era tão louco por Katherine como Damon e depois que ele descobriu que era hipnotizado por ela isso fez com que o que ele sentia por ela acabasse na mesmo hora e bom já faz mais de um século que eles se entenderam com relação a isso.

— E por acaso foi ela que os transformou? 

— Sim foi ela.

— E porque não ajuda Damon a libertá-la já que ele resolveu isso com seu irmão, se ele esta fazendo de tudo para tê-la pode ser amor de verdade Isabella. Já parou para pensar nisso? E quem sabe ela pode ter mudado. Estando todo esse tempo presa ela pode ter repensado suas atitudes, nem tudo é permanente em nós, podemos mudar. Todos merecem uma segunda chance. - diz Alice.

Ela é uma romântica incorrigível. Vê romance até mesmo num caso tão sortido como esse.

— Não acredito nisso, mas mesmo que fosse eu continuaria sendo contra.

— Tem algo contra o amor?- perguntou Alice brincalhona.

Mas Isabella ficou séria.

— Não o ajudo por que uma vez que a tumba for aberta, todos sairiam e será um caos, e Katherine não presta, e ao contrário de você eu acho que ela deva estar pior depois desse tempo todo trancada. Eu darei um jeito de tirar essa ideia absurda da cabeça do meu irmão e ajudarei vocês a proteger Bonnie desse grupo de vampiros também.

— Porque tenho a impressão que isso não é tudo. – falei a ela.

Eu conseguia lê-la pela sua expressão como eu fazia com Bella, tenho certeza que há muito mais nessa história. Ela desviou da pergunta de Alice sobre o amor, e eu sei que esta escondendo coisas com relação a guerra desse vampiros também.

— Isso é tudo o que vocês precisam saber para se protegerem. 

— Ela já nos ajudou muito filho. – diz Carlisle me olhando.

Pare de pressioná-la filho, por favor.— pediu Carlisle a mim por pensamento.

— Muito obrigado Isabella. – Carlisle fala extremamente agradecido.

— Não agradeça. 

— Como não? Você nos fez vários favores hoje, salvando Bonnie e ainda nos contando de quem devemos protegê-la e que ainda vai nos ajudar a protegê-la deles. 

— Isso é o mínimo que eu ... – Isabella deixou a frase morrer.

Ela parecia culpada.

Mas porque teria culpa nisso?

Se claramente não é a favor dessa guerra. Então o que será? Há mais nisso e eu vou descobrir ou não me chamo Edward Cullen.

— Preciso falar com Damon e Stefan agora. Vocês dão um fim nele? – diz Isabella olhando para o vampiro morto.

— Claro.

— Ok Carlisle. – diz Isabella saindo correndo rapidamente floresta a dentro.

Porque você mexe comigo da mesma forma que minha Bella mexia? Eu pensei olhando Isabella sumir entre as árvores.